Por Dilma, PT proíbe diretórios estaduais de enfrentar José Sarney, Jader Barbalho e Sérgio Cabral.

Com a prioridade de reeleger a presidente Dilma Rousseff, a direção nacional do PT tem interferido nos planos eleitorais de seus diretórios estaduais com o objetivo de agradar aliados ou minimizar estragos. A mais de um ano da eleição já há pelo menos dois casos de possível intervenção da direção nacional, ainda que informal. No Pará, setores do partido resistem em apoiar a candidatura de Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho (PMDB), para o governo do estado. No Maranhão, o comando nacional acompanha com atenção o racha petista quanto à manutenção do apoio ao PMDB da família Sarney.
 
No Rio de Janeiro, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, já entrou em campo para conter o pré-candidato petista ao governo do estado, senador Lindbergh Farias, que queria que o partido desembarcasse do governo Sérgio Cabral (PMDB) antes de outubro. O diretório regional do PMDB do Rio é o que tem mais votos na convenção nacional do partido, que decidirá o rumo na eleição para presidente da República em 2014.— Convencionamos com Lindbergh que não vamos tomar essa decisão (de sair do governo) antes de outubro. O mais provável é lá para dezembro — disse Falcão.
 
O presidente nacional do PT também já determinou ao diretório estadual do Pará o apoio à candidatura de Helder Barbalho. Além disso, Falcão se comprometeu pessoalmente com Jader, em jantar há 13 dias em Brasília. Além de reeleger Dilma, a prioridade da direção nacional do PT é aumentar as bancadas na Câmara e no Senado. Assim, o comando nacional está exigindo sacrifícios de sua base nas disputas para governador.
 
Desafiando a orientação nacional, o deputado federal Claudio Puty, pré-candidato petista a governador do Pará, disse, em artigo veiculado na internet esta semana, concordar que o ponto central para 2014 é reeleger a presidente Dilma, mas que esse objetivo “não pode destruir simbólica e materialmente o PT, ao transformá-lo em sublegenda de projetos contraditórios com o nosso programa histórico”.
 
Integrante da segunda maior corrente interna do PT, a Mensagem ao Partido, Puty foi o coordenador da campanha derrotada à reeleição da então governadora Ana Júlia Carepa (PT), em 2010. O deputado disse que há uma rejeição “gigantesca” da militância petista em apoiar a candidatura de Helder Barbalho.— Não definimos nada oficialmente. No Pará, o diretório (regional) não decidiu ainda. O Puty quer ser candidato, mas isso não quer dizer que ele vá ser — disse Falcão.
 
Em 2006, Jader apoiou, no segundo turno, a campanha vitoriosa de Ana Júlia Carepa ao governo do estado. No decorrer do mandato, porém, petistas e peemedebistas se desentenderam e, na eleição seguinte, o PMDB não só lançou candidato contra Ana Júlia como, no segundo turno, apoiou informalmente a candidatura de Simão Jatene (PSDB), que saiu vitorioso. Agora, às vésperas do lançamento da candidatura de Helder, os peemedebistas desembarcaram mais uma vez do governo.
 
No Maranhão, o PT está rachado entre o apoio ao candidato da família Sarney e a candidatura de Flávio Dino (PCdoB). Embora já tenha enquadrado o PT local em 2010, impondo o apoio à governadora Roseana Sarney (PMDB) contra o próprio Dino, essa é uma saia justa para a direção nacional petista. Isso porque, de um lado, o senador José Sarney (PMDB-AP) foi um apoiador de primeira hora dos governos Lula e Dilma; de outro, o PCdoB é um aliado histórico, que esteve junto com o ex-presidente Lula desde 1989.— Se tivermos que reeditar a aliança com o PMDB será um apoio mais cartorial, porque a militância do PT já está com o Flávio Dino — afirmou Marcio Jardim, integrante da executiva estadual petista no Maranhão.
 
No fim de abril, a direção nacional do PT determinou a retirada do ar de inserção de televisão no Maranhão, na qual eram feitos ataques ao governo Roseana.  — O Maranhão continua ostentando os piores indicadores sociais do país. Somos os piores na saúde e na educação. Vivemos num estado de profunda insegurança, medo e violência. Com o PT, haveremos de inaugurar um tempo de mudança, renovação e esperança no Maranhão — dizia o programa. Presidente do PT no estado, Raimundo Monteiro divulgou, na época, uma nota afirmando que foi surpreendido pelo conteúdo crítico à administração Roseana: “Não fosse pela contradição de o PT criticar o governo do qual faz parte, também não faz sentido investir contra uma liderança que tem apoiado desde o início o nosso projeto nacional”. ( O Globo)

8 comentários

Coronel,

OFF - veja a entrevista onde Marilena Basso fala contra Evo Morales e a Bolívia!
Está sendo escurraçada pela petralhada!

http://www.viomundo.com.br/denuncias/maristela-basso-a-bolivia-e-insignificante-em-todas-as-perspectivas.html

Pulem para 36m.
Excelente comentário da parte dela!

Em compensação o de blusa amarelinha... deveria estar vestido de vermelho!
A discussão entre os dois é ótima!!!
O cara chega a levantar a voz! Fica irado!

"Ou a gente dá um jeito de dar uma solução para a humanidade do planeta..." diz o santo vermelhinho! É ou não um petralha escraxado em pleno jornal da Cultura??

Pobre Brasil.

Deus nos ajude!

SOCORRO FORÇAS ARMADAS!


Flor Lilás

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Coronel,
a Anta II tem de se unir a qualquer pilantra que possa lhe dá votos. Este é o sistema político no Brasil. Os otários eleitores ou os eleitores otários elegem qualquer candidato sem olhar seu passado, seu presente e muito menos seu futuro.

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eh a ditadura sobrando no rabo da petezada...

vao ter que fazer campanha pro Sarney...ehehe

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cel,

Faltou Maluf e Collor.

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Nada mais sensato, e eles gostam porque a continuidade para eles é ótima.

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VAGABUNDOS!

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Já pensou um jantar com barbalho e ruim falcão? Putz, tô fora!

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O PT mandou bem, fechar com o Cabral é sempre uma boa, ate porque o povo o ama!

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