Povo acha que Dilma não está à altura do cargo.

 
Editorial do Estadão: "Povo acordou. Dilma não."
 
Já era esperado que as manifestações que sacudiram o País - e ainda continuam a fazê-lo em menor intensidade - levassem a uma queda tanto do índice de aprovação do desempenho da presidente Dilma Rousseff como dos que se mostram dispostos a votar por sua reeleição em 2014. O que surpreendeu e assustou foi o tamanho da queda, registrada na última pesquisa do Datafolha. Em apenas três semanas, a porcentagem dos que consideram seu governo ótimo ou bom despencou de 57% para 30%, Uma perda de 27 pontos - a maior registrada por aquele instituto desde que o ex-presidente Collor, em 1990, congelou a poupança - em tão pouco tempo realmente impressiona.
 
Aquilo que Dilma e seus aliados parecem não ter percebido é que, se nem todas as insatisfações que levaram às manifestações foram ainda identificadas, entre elas dificilmente deixarão de estar o mau desempenho da economia - com a inflação crescente assustando principalmente as camadas de baixa renda, as mais prejudicadas por ela - e as difíceis relações entre a presidente e sua vasta e heterogênea base de sustentação no Congresso. Esses dois ingredientes, que já seriam suficientes para provocar mal-estar, para não dizer crise, foram potencializados pela ira das mas.
 
Descontente em especial com a má qualidade dos serviços pelos quais paga caro e com a corrupção que continua a correr solta, e há muito tempo, o povo acordou e está dando seu recado de forma em geral ordeira. Já Dilma e seu governo ainda parecem entorpecidos pela ilusão de que tudo ia pelo melhor dos mundos. Embora se dizendo disposta a ouvir a voz das ruas, a presidente não deu mostras até agora de ter entendido, como deveria, o seu recado. As medidas de natureza administrativa e econômica anunciadas para aplacar a ira dos manifestantes são quase todas requentadas e pouco animadoras. O mesmo se pode dizer das destinadas a combater a corrupção, que não tocaram, nem de leve, em áreas sombrias de seu governo, que voltaram a ser ocupadas pelos correligionários dos que delas foram afastados pela faxina promovida no início de seu mandato.
 
É tudo isso - mais a constatação de que a presidente não está à altura do cargo - que está por trás do tombo de Dilma na apreciação do povo. E, como a queda diz respeito à eleição de 2014, na qual Dilma está abertamente empenhada, seus efeitos desorientam ainda mais a já desorientada presidente. No cenário em geral considerado mais provável da sucessão - tendo como candidatos Dilma, Marina Silva, Aécio Neves e Eduardo Campos a presidente perdeu 21 pontos em relação à última pesquisa, caindo de 51% para 30% na preferência dos ouvidos pelo Datafolha.
 
Assustados com o futuro, que começa a ficar incerto, seus aliados – até mesmo o PT - tomam precauções, pedem mudanças no governo e na articulação política e insinuam possíveis rompimentos. O próprio líder no PT no Senado, Wellington Dias (PT-PI), foi tão direto quanto possível para alguém em sua posição. Lembrando os exemplos dos ex-presidentes Fernando Henrique e Lula, que estavam bem colocados antes de se candidatarem à reeleição, afirmou que, "se ela (Dilma) estiver bem posicionada em 2014, será a nossa candidata. Isso é o que estamos sentindo nas reuniões do PT". Senão... Isso explica os movimentos ainda velados de "Volta Lula".
 
De imediato, Dilma tem de enfrentar o descontentamento de sua base aliada no Congresso - que já existia e cresceu com o susto das manifestações e sua queda nas pesquisas -com o desempenho dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, da encarregada da articulação política, Ideli Salvatti, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Já é notória a incapacidade das duas ministras na articulação da base parlamentar, que se soma à falta de aptidão da presidente para os entendimentos políticos.
 
A presidente pode se enganar mais uma vez, se achar, como dá mostras, que vai melhorar sua situação a curto prazo, agarrando-se ao plebiscito da reforma política, porque ele tem a simpatia de 68% da população. Em vez disso, deveria ouvir a advertência - não sem uma dose de ironia involuntária - de seu aliado Carlos Luppi, presidente do PDT, afastado por ela do governo: "Quando o navio naufraga, os ratos saltam".

8 comentários

Para a Dillma ouvir a voz do povo só se inventarem a cura para autista!

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Coronel, tá na hora do Brasil todo sair às ruas e pedir o impeachment dessa louca.
A cada dia que passa ela afunda mais e mais o nosso país. Vamos dar um basta definitivo nisso tudo.

IMPEACHMENT JÁ!!!!

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Plebiscito é GOLPE!!!!

Impeachment é DESRATIZAÇÃO!!!!

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Pelo que estou ouvindo, das pessoas mais simples, é que elas querem que este plebiscito acabe com as mordomias dos políticos.
Acham que eles já ganham muito bem.
Só quero ver quando o povo descobrir que vai ter que opinar sobre assuntos que não vão resolver nada do que querem.
A população quer moralidade e o fim da impunidade.


Tree

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Como vai acordar?

É burra demais para isso, assinou o atestado de burrice na hora que aceitou o Brasil quebrado pelo bêbado mór, o 51171 escolheu essa mula por isso mesmo.

Ai a corda arrebentaria na mão dela e ele voltaria a pedido do povo, só não contava que o alem já lhe preparava uma cama de gato para acabar com seu rompante, a pior coisa que poderia ter acontecido com o velhaco corrupto e bêbado era...perder a voz, aquela merda rouquifenha que ele usava para enrolar as pessoas.

Que o capeta o carregue logo.

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Será que dilma lê os jornais? Duvido muito.

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ELA FOI SECRETARIA AKI NO RS, E REALMENTE, É UMA DESQUALIFICADA ADMINISTRADORA PÚBLICA COM PÓS DE MENTIRA NO CURRICULO

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Dilma decepcionou!

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