Apesar da desoneração anunciada pelo governo, os preços dos itens de
primeira necessidade tiveram reajuste de 0,55% nesta última semana. O
valor médio de uma cesta com 31 produtos, que na quinta-feira passada
era de R$ 384,58, passou ontem para R$ 386,71. A conta é de pesquisa
semanal da Fundação Procon feita, em parceria com o Dieese, em
supermercados da Região Metropolitana de São Paulo. Ainda de acordo com o
levantamento, 16 produtos tiveram alta, contra 14 quedas.
A cesta básica considerada pelo Procon inclui alguns itens que não foram contemplados pelo governo. Mesmo destacando esses produtos da conta, o resultado continua sendo de aumento: de R$ 99,13, de quinta-feira passada, para os atuais R$ 99,69, variação de 0,56%. Para efeito de comparação, nos primeiros sete dias de março (portanto, antes do anúncio da desoneração) o preço médio da cesta havia caído 0,41%, na comparação com a última semana de fevereiro.
Entre os itens que tiveram corte de impostos e subiram estão farinha de mandioca, leite, macarrão, biscoito e batata, com altas de até 15,9%.
A desoneração de tributos federais foi anunciada pela presidente Dilma Rousseff na última sexta-feira. O objetivo era reduzir o preço da cesta básica em 12%. Já na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, convocou para reunião em Brasília os principais empresários e representantes do setor de supermercados e comércio e cobrou "repasse imediato" ao consumidor dos menores impostos. Participaram do encontro representantes de redes como Pão de Açúcar, Carrefour, WalMart e BR Foods.
Na Ao final da reunião, Fernando Yamada, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgou nota afirmando que o setor responderia "positivamente a esta medida de combate à inflação". No mesmo texto, João Galassi, da Associação Paulista de Supermercado (Apas), disse que a redução de impostos era "um pleito" do setor e garantiu que "a partir de agora, os repasses dos produtos ao consumidor serão de 100% com base nos repasses da indústria". Procurados ontem, nem Abras nem Apas quiseram se pronunciar.
Quarta-feira, entidades industriais comentaram a desoneração e não mostraram otimismo sobre o repasse de descontos. A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) que, por meio de nota enviada à Apas, disse que não poderia reduzir preços dos produtos. "Tendo sido cancelado o crédito presumido de 7,4%, concedido pelo governo para a indústria na desoneração prevista na MP 609, fica a indústria do café impossibilitada de assumir aumentos de custos resultantes da diferença com o PIS/Cofins de saída, igual a 9,25%, sob pena de prejuízos", dizia a nota.
Ontem, a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) divulgou que "os cálculos de impacto sobre os preços dos produtos desonerados são complexos, pois envolvem particularidades tributárias dentro das diversas cadeias produtivas" e completou que "ainda não é possível apresentar os percentuais de redução dos preços da indústria ao varejo".
"O Ministério da Fazenda e a indústria têm se reunido diariamente, desde a última segunda-feira, para dirimir dúvidas sobre a operacionalidade das medidas que desoneraram a cesta básica e, assim, compreender a redução real dos preços da indústria", completa a Abia.
Para consultores de varejo, os menores impostos só serão sentidos pelo consumidor a partir da primeira semana de abril. Mas a expectativa não é de repasse total. Será de um terço ou, no máximo, três quartos do total do desconto. - Os estoques de produtos da cesta básica giram rápido, em 20 dias. Os preços menores começarão a ser sentidos na primeira semana de abril. Mas não será uma explosão de descontos - explicou Nelson Barrizzelli, economista especialista em varejo e professor da FEA/USP.
Para o diretor da consultoria Mixxer, Eugênio Foganholo, o preço menor será sentido mais em mercados focados no público de menor renda. - O pequeno varejista repassa o desconto porque o cliente compra itens da cesta básica. Nos supermercados sofisticados, a procura é por outros produtos e parte da desoneração pode tornar-se margem de lucro. (O Globo)
A cesta básica considerada pelo Procon inclui alguns itens que não foram contemplados pelo governo. Mesmo destacando esses produtos da conta, o resultado continua sendo de aumento: de R$ 99,13, de quinta-feira passada, para os atuais R$ 99,69, variação de 0,56%. Para efeito de comparação, nos primeiros sete dias de março (portanto, antes do anúncio da desoneração) o preço médio da cesta havia caído 0,41%, na comparação com a última semana de fevereiro.
Entre os itens que tiveram corte de impostos e subiram estão farinha de mandioca, leite, macarrão, biscoito e batata, com altas de até 15,9%.
A desoneração de tributos federais foi anunciada pela presidente Dilma Rousseff na última sexta-feira. O objetivo era reduzir o preço da cesta básica em 12%. Já na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, convocou para reunião em Brasília os principais empresários e representantes do setor de supermercados e comércio e cobrou "repasse imediato" ao consumidor dos menores impostos. Participaram do encontro representantes de redes como Pão de Açúcar, Carrefour, WalMart e BR Foods.
Na Ao final da reunião, Fernando Yamada, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgou nota afirmando que o setor responderia "positivamente a esta medida de combate à inflação". No mesmo texto, João Galassi, da Associação Paulista de Supermercado (Apas), disse que a redução de impostos era "um pleito" do setor e garantiu que "a partir de agora, os repasses dos produtos ao consumidor serão de 100% com base nos repasses da indústria". Procurados ontem, nem Abras nem Apas quiseram se pronunciar.
Quarta-feira, entidades industriais comentaram a desoneração e não mostraram otimismo sobre o repasse de descontos. A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) que, por meio de nota enviada à Apas, disse que não poderia reduzir preços dos produtos. "Tendo sido cancelado o crédito presumido de 7,4%, concedido pelo governo para a indústria na desoneração prevista na MP 609, fica a indústria do café impossibilitada de assumir aumentos de custos resultantes da diferença com o PIS/Cofins de saída, igual a 9,25%, sob pena de prejuízos", dizia a nota.
Ontem, a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) divulgou que "os cálculos de impacto sobre os preços dos produtos desonerados são complexos, pois envolvem particularidades tributárias dentro das diversas cadeias produtivas" e completou que "ainda não é possível apresentar os percentuais de redução dos preços da indústria ao varejo".
"O Ministério da Fazenda e a indústria têm se reunido diariamente, desde a última segunda-feira, para dirimir dúvidas sobre a operacionalidade das medidas que desoneraram a cesta básica e, assim, compreender a redução real dos preços da indústria", completa a Abia.
Para consultores de varejo, os menores impostos só serão sentidos pelo consumidor a partir da primeira semana de abril. Mas a expectativa não é de repasse total. Será de um terço ou, no máximo, três quartos do total do desconto. - Os estoques de produtos da cesta básica giram rápido, em 20 dias. Os preços menores começarão a ser sentidos na primeira semana de abril. Mas não será uma explosão de descontos - explicou Nelson Barrizzelli, economista especialista em varejo e professor da FEA/USP.
Para o diretor da consultoria Mixxer, Eugênio Foganholo, o preço menor será sentido mais em mercados focados no público de menor renda. - O pequeno varejista repassa o desconto porque o cliente compra itens da cesta básica. Nos supermercados sofisticados, a procura é por outros produtos e parte da desoneração pode tornar-se margem de lucro. (O Globo)
13 comentários
Coronel,
Replyessa turma que se instalou no poder ainda não aprendeu o que "oferta e procura". Que sem aumento na produção a desoneração só atinge produtos específicos. Que com a grande seca no nordeste e a falta de estoques estratégicos, por pura incompetência, é o principal problema no aumento dos produtos básicos (feijão, arroz, farinha, carne, entre outros) foi não querer investir nos estoques. O governo só está interferindo quando os produtos estão abaixo do preço mínimo, sem se importar com análise conjuntural de mercado na escassez destes produtos. A falta de visão, a incompetência, o desleixo, é quem comanda o Ministério da Agricultura e a CONAB. Só age quando o incêndio já não pode ser debelado.
A política de fornecimento de esmolas é contraprodutiva. O imprescindível é a educação. Como a educação não é conveniente aos governantes por motivos eleitorais, ela será sempre restritiva, porquanto a um eleitor culto será fácil identificar os candidatos demagógicos. As chamadas bolsas serviriam apenas em casos especiais e por tempo limitado. O resto é o socialismo barato e canalha. Cagliostro
ReplyCoronel,
ReplyO país esta descontrolado.
O governo Dilma acabou.
Já começaram a brigar entre elles(ex.: Gerdau x Dilma).
Foi assim o final do NAZISMO!!!
Somente piorando mais(infelizmente), começaremos a melhorar!!!
JulioK
Coronel,
ReplyComplementando, retomo minha teoria:
- O candidato que realmente ASSEGURAR que tem capacidade para reorganizar o Brasil, estará com a campanha paga!!!
- O PT jogou o país na lixeira!!!
JulioK
Ucho Haddad como sempre, perfeito:
Reply"Nada pode ser pior do que o governo de Dilma Vana Rousseff, que gastou os dois primeiros anos do mandato fazendo nada"
Apesar de alguns aumentos fique feliz pois foram incluidos o filé mignon , foie gras e o bacalhau evitando que tenhamos que restringir seu consumo a uma ou duas vezes por semana . Também fique chateado pois a Dilma me enganou e isentou produtos já isentos como informa a Folha : "Café e açúcar devem ficar 3% mais baratos. Os demais itens que compõem a cesta, como leite, feijão, arroz, farinha de trigo e massas não deverão apresentar variação de preços porque já eram isentos de impostos." .
ReplyEsse governo é uma piada. Parece bombeiro que chega ao local do incendio e encontra os hidrantes secos. Não sabe mais o que fazer para dominar o dragão que voltou com força. Até o presidente do BC parece estar querendo jogar a toalha
ReplySó falta tabelar,tirar zero do Real,Plano Dilma,desaparecimento de produtos,barulhos de maquininhas de remarcar.Socorro chamem o FHC Itamar e Meireles.Já vi esse filme.
ReplyCEl,
ReplyObservei que o aumento dos produtos nas prateleiras dos diversos supermercados são maiores que os anunciados.
Logo logo os funcionários dos supermercados estarão de volta circulando com as famosas "maquininhas" de remarcar preços, a todo vapor.
E o povo diz: vivas ao Lula, vivas à Dilma, vivas ao PT.... Que vão todos para o inferno, governo PeTralha e seus eleitores.
Índio Tonto/SP
No governo desses calhordas tudo é trapassa.
ReplyO dia que não tivermos mais nenhum trambiqueiro petista no comando da Nação, o Brasil terá vencido um câncer quase letal e voltará ao seu caminho de crescimento econômico, de ética, explendor, dignidade e soberania. Amém!
Fui ao supermercado agora. Reajustes assustadores. Detergente: de 1,20 foi para 1,35. Cebola: de 2,80 para 3,50. Pão integral: de 5,00 para 6,50.
ReplyPresidanta: dê uma chegadinha a um supermercado. Converse com donas de casa. Não adianta só ficar no gabinete cheiroso e com ar condicionado, sendo adulada por um dos 39 ou 40 ministros. Faça como o papa Francisco: seja humilde, conciladora, simpática. Escute o povo.
O circo vai pegar fogo, a petralhada fudeu o país.
ReplyReparou, Coronel, que arrumaram um outro nome para congelamento de preços de certos itens. Como não foi completa, os comerciantes simplesmente não a estão acatando, já que com o aumento dos combustíveis, inevitável seria o aumento de tudo num país que depende de caminhões para transportar até pensamento.
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