Foto do dia.

Hoje, em Brasília, Dilma deu o ar de sua graça.

TCU julga crimes fiscais da Dilma na próxima semana.

(G1) O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta-feira (30) que julgará na próxima semana o processo sobre as contas do governo Dilma Rousseff em 2014. O dia exato, porém, ainda será definido. As sessões da corte ocorrem tradicionalmente às quartas-feiras, mas o presidente do tribunal, Aroldo Cedraz, não descarta convocar uma sessão extraordinária em outro dia da semana. A data exata deve ser divulgada até esta quinta (1º).
O relator do processo, ministro Augusto Nardes, defendeu que o julgamento ocorra o quanto antes. “Já foram dadas todas as oportunidades para o governo fazer a sua defesa. Nós demos um prazo muito elástico”, argumentou.

O primeiro pedido de esclarecimentos sobre as contas de 2014 foi feito em junho pelo TCU, com prazo de 30 dias para resposta. Mas devido à inclusão de novos fatos ao processo, no mês de agosto, o governo acabou ganhando mais tempo para se defender da suspeita de ter adotado manobras para aliviar, momentaneamente, as contas públicas.

“Pedaladas fiscais”
 
O processo do TCU que analisa as contas do governo Dilma de 2014 apura supostas irregularidades para aliviar, momentaneamente, as contas públicas. Entre elas, estão as manobras que ficaram conhecidas como “pedaladas fiscais”.

As pedaladas consistem no atraso dos repasses para instituições financeiras públicas do dinheiro de benefícios sociais e previdenciários, como Bolsa Família, seguro-desemprego e subsídios agrícolas. Esse tipo de atraso permite ao governo ter dinheiro em caixa por mais tempo, mas obriga instituições como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil a usar recursos próprios para honrar compromissos.

O TCU afirma que a prática de atrasar os repasses permitiu ao governo melhorar o resultado das contas públicas, inflando o chamado superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública e tentar manter a trajetória de queda). O órgão de fiscalização também destaca que o volume de operações no governo Dilma foi muito superior ao realizado nas gestões de outros presidentes.

O governo argumenta que não há irregularidades na manobra de atraso de pagamentos a bancos públicos e diz que esse procedimento já foi realizado pelos governos Fernando Henrique Cardozo e Luiz Inácio Lula da Silva.

O julgamento das contas é feito todo ano, como determina a Constituição. Nele, os ministros do tribunal dizem se recomendam ou não ao Congresso a aprovação do balanço do ano passado. O TCU nunca votou pela rejeição. Após o julgamento pelo TCU, as contas precisam ser analisadas pelo Congresso Nacional.

Cunha arquiva três pedidos de impeachment.

(Globo) O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivou três dos treze pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff que estavam pendentes de decisão na Casa. Entre os dez pedidos que ainda dependem de decisão de Cunha, está o apresentado pelo ex-petista Hélio Bicudo e emendado pelo jurista Miguel Reale Júnior.

A tendência, segundo Cunha já avisou aos líderes da oposição, é que o presidente da Câmara decida pelo arquivamento de todos os demais pedidos, incluindo o de Bicudo e Reale. A oposição entende que esse é o pedido com melhor fundamentação. 

Assim que Cunha apresentar sua decisão, se for mesmo pelo arquivamento, a estratégia da oposição será recorrer da decisão dele ao plenário da Casa e tentar aprovar, com a maioria dos votos, o andamento do processo na Câmara. Caso consigam aprovar em plenário, o pedido começa a tramitar, é submetido a uma comissão especial e depois ao plenário. Para que haja a abertura de processo de impeachment contra Dilma, no entanto, é preciso o apoio de pelo menos 342 votos no plenário.

Dilma tem apenas 2% de "ótimo" na CNI-Ibope.

É o fundo do poço. Pesquisa CNI-Ibope apresentada agora mostra Dilma com aprovação de apenas 2% de ótimo e 8% de bom. Já ruim e péssimo soma 69%. Regular, 21%. 82% desaprova a presidente. Os números são desesperadores. Leia mais aqui. E aqui.

Lula intermediava empréstimos do BNDES e ainda cobrava pelas palestras para favorecer Odebrecht em obras que geravam propina para PT no exterior.

(Globo) O termo lobby, que traduzido do inglês para o português quer dizer saguão ou antessala, ganhou novo significado na política. A palavra também é usada para designar a atividade de pressão sobre políticos ou poderes públicos, influenciando-os em decisões que beneficiarão pessoas, grupos, partidos ou instituições. Em geral, o pagamento pela atividade é calculado a partir dos valores dos negócios fechados. O lobby não é atividade regulamentada no Brasil, e se for praticada mediante concessão de benefícios ou vantagens pessoais, pode ser interpretada como tráfico de influência.

É isso que é investigado em inquérito da Procuradoria da República no DF, que apura se o ex-presidente praticou tráfico de influência internacional, crime incluído no Código Penal em 2002. Telegramas diplomáticos trocados entre chefes de postos brasileiros no exterior e o Ministério das Relações Exteriores, entre 2011 e 2014, revelados em julho, indicam que as atividades de Lula em favor da Odebrecht no exterior foram além de palestras. Os documentos apontam que Lula atuou em duas ocasiões para beneficiar a empresa. A investigação quer saber se o lobby foi remunerado. O Instituto Lula alegou, à época, que as palestras foram pagas.

A assessoria do Instituto Lula classificou de atuação “lícita, ética e patriótica” do ex-presidente Lula quando defende os interesses de empresas brasileiras no exterior. Diz a nota da assessoria do ex-presidente: 

“Em seus dois mandatos, Lula chefiou 84 delegações de empresários brasileiros em viagens por todos os continentes. A diplomacia presidencial contribuiu para aumentar as exportações brasileiras de produtos e serviços, que passaram de US$ 50 bilhões para quase US$ 200 bilhões, e isso representou a criação de milhões de novos empregos no Brasil. Só uma imprensa cega de preconceito e partidarismo, poderia tentar criminalizar um ex-presidente por ter trabalhado por seu país e seu povo”, escreveu o instituto.

No texto, a assessoria de Lula afirma haver uma “repetitiva, sistemática e reprovável tentativa de alguns órgãos de imprensa e grupos políticos de tentar criminalizar a atuação lícita, ética e patriótica do ex-Presidente Lula na defesa dos interesses nacionais, atuação que resultou em um governo de grandes avanços sociais e econômicos, com índices recorde de aprovação”.

Continua a nota: “temos a absoluta certeza da legalidade e lisura da conduta do ex-presidente Lula, antes, durante e depois do exercício da presidência do país, e da sua atuação pautada pelo interesse nacional”.

O ex-ministro Miguel Jorge admitiu a troca de mensagens com os executivos da Odebrecht. Ele afirmou que presenciou pelo menos “meia dúzia de vezes” o ex-presidente Lula vendendo empresas brasileiras a outros presidentes. — Essa palavra lobby, depois deste escândalo, passou a ser muito pejorativa. O que esses caras fizeram não foi lobby, foi corrupção. Agora, quando você fala que o presidente de um país que tem interesse em um consórcio de empresas brasileiras, das quais duas eram estatais, tenham uma situação importante numa obra de não sei quantos bilhões de dólares, é absolutamente natural. Isso foi feito de maneira absolutamente transparente sem nenhuma sacanagem no meio — explicou o ex-ministro.

O ex-chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, disse em nota “negar categoricamente que recebeu diretamente de Marcelo Odebrecht ou Alexandrino Alencar qualquer sugestão para discursos em agendas internacionais ou assuntos relativos à Odebrecht”.

Segundo Carvalho, “o presidente Lula sempre expressou que queria se transformar em um caixeiro viajante do Brasil”, por isso, em viagens, “sempre fez questão de convidar muitos empresários, realizando reuniões nos países visitados na perspectiva de abrir novas negociações para empresas brasileiras; a Odebrecht foi uma dentre muitas”, afirmou.

Por meio de nota, a Odebrecht informou que “os trechos de mensagens eletrônicas divulgados apenas registram uma atuação institucional legítima e natural da empresa e sua participação nos debates de projetos estratégicos para o País - nos quais atua, em especial como investidora". A empresa disse "lamentar" a divulgação das mensagens nos processos contra a Odebrecht, por considerar que as mensagens não teriam "qualquer relação com o processo em curso”.

Mercadante por um fio.

Três interlocutores da presidente Dilma Rousseff informaram na noite desta terça-feira que o ministro Aloizio Mercadante deve deixar a Casa Civil. Ele continuará no governo, provavelmente no Ministério da Educação, pasta que já ocupou anteriormente. O nome mais cotado para a Casa Civil, segundo as fontes, é o atual ministro da Defesa, Jaques Wagner, que ontem esteve no Planalto com a presidente. Seu nome vem sendo defendido pelo ex-presidente Lula desde o ano passado.

Dilma abastece a inflação: diesel sobe 4% e gasolina 6%.

(Folha) A Petrobras decidiu reajustar em 6% o preço da gasolina e em 4% o preço do diesel nas refinarias. O aumento passou a vigorar a partir desta quarta-feira (30). A decisão foi tomada pela companhia na noite desta terça-feira (29) diante dos problemas de caixa da empresa após a forte alta do dólar nos últimos dias –em setembro a moeda americana se valorizou em 13% ante o real. 

O reajuste é uma sinalização ao mercado de que a empresa, que passou a ser comanda por Aldemir Bendine em fevereiro, tem autonomia para definir sua política de preços dos combustíveis. "A empresa tem independência na sua política de preços e assim será", disse o executivo à Folha em julho. 

Integrantes do governo disseram à Folha que o próprio Palácio do Planalto considerou inevitável o reajuste dos combustíveis em razão das dificuldades financeiras da empresa, fortemente impactada pela disparada recente do dólar, o que ampliou os já elevados níveis de endividamento da companhia. 

A nova alta dos combustíveis também deve ser um novo desafio para o Banco Central cumprir a sua meta de inflação (4,5% neste ano em 2016, com tolerância de dois pontos percentuais), já que a mudança de preço se reflete em uma série de itens, como transporte público e transporte de carga. 

O preço nas bombas é livre e costuma ser reajustado à medida que o combustível com preço novo chegue aos postos. Em geral, segundo sindicato dos postos de combustíveis, os últimos aumentos de preço para o consumidor têm sido um pouco menor que o das refinarias. 

O reajuste anterior da gasolina havia acontecido em novembro, 11 dias após o segundo turno da eleição que garantiu o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, houve um aumento de 3% no preço da gasolina e de 5% no do diesel nas refinarias. Em anos anteriores, o governo (principal acionista da empresa) havia resistido a liberar o aumento, pelo seu impacto na inflação. 

Desta vez, porém, o endividamento da Petrobras (que já perdeu o grau de investimento de duas das maiores agências de classificação de risco, Moody's e S&P) está crítico e vem sendo pressionado pela alta do dólar, já que parte dela (73%) está atrelada à moeda norte-americana. Segundo dados do primeiro semestre (os mais recentes), a estatal tem uma dívida de US$ 140 bilhões. Desde então, o dólar à vista se valorizou em 32%. 

Outro problema para a companhia é que a valorização da moeda americana fez com que a estatal passasse a ter nas últimas semanas prejuízo na venda da gasolina –vende o combustível mais barato no país do que a cotação internacional. 

Estimativa do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) mostra que essa defasagem era de 5,8% no dia 23. Essas dificuldades, além do escândalo de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato, contribuíram para as ações da estatal perderem um terço do valor neste ano.

Tuitaço do PT irrita Dilma e antecipa queda de ministro.

A presidente Dilma Rousseff demitiu por telefone nesta terça-feira (29) o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Em uma conversa fria, ela afirmou ao petista que ele fica no cargo até quinta-feira (1°), data em que deve ser anunciada a nova configuração da Esplanada dos Ministérios. Segundo relatos, a petista ficou irritada com declarações recentes do ministro à imprensa e com a suspeita de que ele estaria trabalhando para se manter no cargo junto a médicos sanitaristas e profissionais do ramo da saúde.Na verdade, um tuitaço petista tentava contestar a demissão já anunciada para dar a Saúde ao PMDB. Dilma chutou o balde e o ministro Chioro junto.

Reforma de Dilma é digna de uma república de bananas.

(Folha) O senador Aécio Neves (PSDB-MG) criticou nesta terça-feira (29) as negociações que o governo da presidente Dilma Rousseff tem feito com os partidos da base aliada para a reforma ministerial, que pretende anunciar ainda nesta semana. Para o tucano, a presidente distribui "nacos de poder como em uma feira livre" para quem "der a melhor oferta". 

"(A reforma) está tendo como resultado a desqualificação ainda maior de um governo muito pouco qualificado. A forma como a presidente da República está distribuindo nacos de poder, como em uma feira livre, distribuindo para quem der a melhor oferta áreas de tamanha relevância como o Ministério da Saúde sendo trocado por 20, 30 votos, o Ministério da Infraestrutura por outros 10 votos. É a negação de tudo o que o Brasil precisava estar vivendo. Essa era a oportunidade do retorno à meritocracia", afirmou o senador. 

Aécio acusou Dilma de ter dito durante a campanha eleitoral do ano passado que o chamado "toma lá, dá cá" da política nacional estava encerrado mas disse que a prática voltou "com toda a velocidade e profundidade". "A presidente da República acha que governa mas é governada pela pior das lógicas, do toma lá, dá cá", disse. 

O tucano criticou ainda a possibilidade de o governo retirar o status de ministério da CGU (Controladoria-Geral da União) na reforma administrativa e chamou a iniciativa de "criminosa". Entre as ideias que já foram apresentadas uma seria alocar a pasta, responsável pelo controle interno dos atos de todos os ministérios, sob a guarda da Casa Civil ou da Justiça. 

"Ao retirar o status ministerial e ao submetê-lo a dois ou três ministérios, fatiar, é fazer o trabalho daqueles que não querem fazer apuração nenhuma. No momento em que fica subordinado a órgãos de estado, decisão para de ser técnica e passa a ser política", disse. 

Para Aécio, a medida seria um estímulo a não apuração de casos de corrupção que envolvem o governo. "Tirar o status ministerial da Controladoria é estimular a não apuração, não investigação das inúmeras denúncias que recaem sobre o governo nos Estados, portanto, teria sido melhor se a presidente sequer fizesse a reforma", disse.

Dilma quer acabar com a CGU.

Faixa estendida na Esplanada dos Ministérios ao lado do Congresso Nacional por servidores da CGU (Foto: Michele Mendes/G1)
(G1) Analistas e técnicos da Controladoria Geral da União (CGU) no Distrito Federal e de 20 estados fizeram uma marcha em Brasília nesta terça-feira (29) para defender a manutenção do órgão na reforma ministerial prevista para ser anunciada nos próximos dias pela presidente Dilma Rousseff. Os manifestantes chegaram a fechar três das seis faixas do Eixo Monumental.
A presidente decidiu adiar para esta semana o anúncio da reforma administrativa, informou na última quinta (24) a Secretaria de Comunicação Social da Presidência. A assessoria da CGU disse que oficialmente não recebeu nenhum comunicado sobre o fim ou a transferência de atribuições do órgão para outros ministérios.

Os manifestantes – 600 pessoas, segundo a Polícia Militar; mil, de acordo com os organizadores do ato –  seguiram da sede do órgão, em Brasília, até a Praça dos Três Poderes. O presidente do sindicato da categoria, Rudinei Marques, disse que o ato tem o apoio de movimentos sociais e organizações não governamentais.

"Os órgãos de  transparência e de combate à corrupção estão aqui hoje dando mais voz ao protesto, que exige nada mais nada menos que respeito ao órgão que mais combate a corrupção e atua em prol da correta aplicação do dinheiro público. Vamos fazer uma caminhada passando pelo ministério  do planejamento porque Nelson Barbosa está na frente desta reforma e queremos mostrar para ele que que não a aceitamos", disse.

A coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, entidade sem fins lucrativos, Maria Lúcia Fattorelli, disse que o eventual fim da CGU seria “um desastre”. “A CGU é um órgão novo, que tem pouco tempo de existência, e já demonstrou a importância dela para o país. A gente vai lutar muito para que não aconteça esse projeto burro de acabar com a CGU."

O analista da Werbethe Vilar disse que a extinção do órgão prejudica o combate à corrupção. "Se for verdadeira essa previsão, isso enfraquece o controle interno do poder Executivo, o combate à corrupcão, a boa gestão dos recursos públicos. A mudança só interessa aos corruptos, que não querem o controle do bem público."

O também analista Fábio Felix disse que o fim da CGU não se justifica pela redução de gastos que o governo se propõe a fazer. “Em termos de gastos ela não representa praticamente nada em relação ao Orçamento brasileiro. Se ela [CGU] for rebaixada, isso enfraquece as condições de combate à corrupção e assim fica difícil de fiscalizar e punir." 

PT vai perder ministério da Cultura para PMDB.

A presidente Dilma Rousseff está sendo aconselhada a oferecer um sétimo ministério ao PMDB para contemplar todas as alas da legenda e garantir seu apoio praticamente integral ao governo na busca de aprovar o pacote fiscal e evitar a abertura de um processo de impeachment contra a petista. O Ministério da Cultura seria a sétima pasta para ser negociada com o partido para contemplar todas as alas do partido. Já imaginaram o barulho dos mamadores das verbas públicas e aquele bando de CCs sem uma boquinha?

Explode o desemprego, segundo Pnad Contínua. 8,6 milhões de desempregados procuram vaga no mercado estagnado.

No Brasil 8,6 milhões de pessoas estão desempregadas, segundo o IBGE  
(Estadão) Na pesquisa do IBGE, o resultado é maior do que os 8% vistos no trimestre anterior e do que os 6,9% registrados no mesmo período de 2014; renda do trabalhador ficou em R$ 1.881 nos três meses encerrados em julho, alta de 2% em relação ao ano passado. - A taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,6% no trimestre até julho de 2015, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados nesta terça-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Trata-se do maior resultado desde 2012, quando a série teve início. A taxa apurada também é maior do que a observada em igual período do ano passado, que ficou em 6,9%. No trimestre móvel até abril deste ano, a taxa havia sido de 8,0%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 1.881,00 trimestre até julho de 2015. O resultado representa alta de 2,0% em relação ao período de maio a julho de 2014 e recuo de 0,9% ante os três meses até abril deste ano. A comparação é feita com o trimestre até julho ante o trimestre até abril para que não haja repetição das informações coletadas, segundo o IBGE, já que a cada mês são visitados 33% dos domicílios da amostra. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 164,1 bilhões no trimestre até julho de 2015, alta de 2,3% ante igual período do ano passado e recuo de 0,9% ante o trimestre até abril deste ano.

O número de desempregados em todo o País aumentou 26,6% no trimestre até julho ante igual período do ano passado, diz o IBGE. Isso significa que 1,810 milhão de pessoas passaram a buscar uma vaga nesse período. Com isso, o Brasil tinha, nos três meses até julho, 8,622 milhões de desempregados, o maior nível da série, iniciada em janeiro de 2012. A maior procura por emprego é o principal combustível para o avanço da taxa de desocupação. 

A força de trabalho, que inclui as pessoas que estão empregadas e quem está atrás de uma vaga, cresceu 2,1% no trimestre até julho ante igual período de 2014. Ou seja, 2,064 milhões de pessoas ingressaram na população ativa. Só que a geração de vagas foi insuficiente para acomodar esse contingente. No mesmo tipo de confronto, a população ocupada avançou 0,3%, isto é, foram abertos 255 mil novos postos de trabalho em todo o País. O restante ficou na fila de desemprego, contribuindo para a maior taxa de desocupação.

A população fora da força de trabalho (os inativos) também cresceu, mas menos do que em períodos anteriores. O avanço foi de 0,4% no trimestre até julho ante igual período de 2014, a menor alta da série. Ao todo, 242 mil pessoas saíram da força de trabalho.

Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação com periodicidade trimestral para todo o território nacional. A nova pesquisa tem por objetivo substituir a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange apenas seis regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produz informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.

Kassab fica sem novo partido.

(Globo) O Ministério Público Eleitoral encaminhou nesta segunda-feira parecer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contrário à criação do Partido Liberal, um projeto do ministro das Cidades, Gilberto Kassab. Segundo o subprocurador-geral da República Humberto Jacques de Medeiros, o PL não conseguiu reunir o número mínimo de assinaturas de apoio exigido por lei para fundar um partido. A meta eram 486.678 assinaturas certificadas. Foram apresentadas 440.347 – ou seja, 46.331 a menos do que o necessário.

Ainda segundo o parecer, o novo partido não comprovou que foi afetado pela lentidão dos cartórios eleitorais nos estados e pela greve do Judiciário para conseguir certificar as assinaturas, conforme alegou o PL perante o TSE. Muitas assinaturas do novo partido foram invalidadas nos estados porque, entre os apoiadores, havia gente filiada a outra legenda, o que é proibido pela nova lei. A outra condição da lei, que é registrar órgão partidário em ao menos nove estados da federação, foi cumprida.

O novo lote de assinaturas de apoiamento para a criação do PL chegou ao TSE na semana passada e foi encaminhado para uma sala, onde está sendo feita a contagem das assinaturas. O processo não está incluído na pauta de julgamentos de terça-feira e deve ser analisado na quarta-feira. No entanto, se a contagem terminar a tempo, o relator, ministro Tarcísio Vieira, poderá levar o tema ao plenário na terça-feira. O tribunal considera a opinião do Ministério Público para julgar processos, mas nem sempre segue à risca a recomendação.

Em agosto, o PL teve o pedido negado, porque apresentou apenas 167.627 assinaturas. Na época, os advogados do partido argumentaram que outras 484.169 assinaturas já teriam sido recolhidas, mas estariam em “procedimento de certificação” nos tribunais regionais e zonas eleitorais do país. A Lei dos Partidos Políticos, de 1995, prevê que um novo partido tenha o apoio de eleitores em número correspondente a, pelo menos, 0,5% dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, sem contar votos brancos e nulos.

No julgamento de agosto, os ministros declararam que o PL precisaria formalizar um novo pedido, com a coleta de assinaturas concluída, para conseguir o registro. Isso dificulta o nascimento da nova legenda, porque ela ficaria submetida à lei nova, mais rigorosa. A regra impede que, entre as assinaturas coletadas, existam pessoas filiadas a algum partido.

O PL recorreu da decisão e o TSE vai dar agora a palavra final sobre se o registro do partido será analisado à luz da lei antiga ou da nova. Para poder disputar as eleições de 2016, o PL deve ser reconhecido pelo TSE até 1º de outubro deste ano – ou seja, um ano antes das votações municipais.

O partido pediu a apresentação gradual das assinaturas, aproveitando o processo já em andamento, porque “alguns cartórios eleitorais não têm observado os prazos para cumprimento do processo de verificação das assinaturas de apoiamento e também têm rejeitado muitas assinaturas sem justificativas”.

Em agosto, o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, avaliou que a argumentação seria uma estratégia para o PL evitar o enquadramento nas regras da nova lei de registro de partidos. No julgamento, os ministros estranharam que a coleta de assinaturas tenha começado há oito anos, mas o pedido de registro tenha sido feito recentemente.

Petrobras demite 800 e paralisa única obra em andamento.

Unidade de gás era a única mantida no plano da estatal 
Ontem o governo anunciava uma grande descoberta no pré-sal. Hoje anuncia a paralisação da única obra da Petrobras ainda em andamento. Até quando este governo vai mentir e enganar o país nesta roubalheira sem fim na maior empresa brasileira? 
 
(Estadão) Única obra do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) mantida no Plano de Negócios da Petrobrás para o período entre 2015 e 2019, a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) teve as obras paralisadas, nesta segunda-feira, 28, pelo consórcio responsável pelo projeto. Cerca de 800 trabalhadores foram demitidos, segundo o consórcio formado por Tecna, Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás - as duas últimas investigadas na Operação Lava Jato.

Ao custo de R$ 1,8 bilhão, a unidade estava planejada para escoar a produção de gás do pré-sal e tinha a entrada em operação prevista para 2017. O consórcio atribuiu a suspensão a "insustentáveis impactos sobre o contrato, decorrentes da crise econômica e seus efeitos no câmbio".

 Na última semana, as empresas se reuniram com a Petrobrás para discutir os termos e os repasses do contrato, mas não houve acordo. O impasse teria acelerado a paralisação das obras. A justificativa sinaliza que a estatal já apertou o freio em seus projetos diante do agravamento da sua situação financeira, especialmente seu endividamento, após a disparada do dólar nas últimas semanas.

Demissões. Ao longo do dia, uma longa fila de trabalhadores se formou na área administrativa do consórcio para a formalização das demissões. Foram dispensados operários da área civil e também dos setores administrativos. Em nota, o consórcio QGIT informou também que as demissões respeitaram "integralmente a legislação trabalhista" e que ainda segue em negociações com a Petrobrás "visando a mais breve retomada das atividades".

"Acho que ela vai voltar em janeiro, mas não é nada certo", lamentou o funcionário Anderson Francisco, funcionário há um ano e cinco meses do consórcio. Segundo ele, os boatos entre os trabalhadores eram que a obra será hibernada por quatro meses.

Esta é a segunda vez que o operário, natural de Itaboraí, cidade na região metropolitana do Rio onde o Comperj é construído, é demitido das obras do empreendimento, onde trabalhou na área de construção civil nos últimos cinco anos.

Atualmente, cerca de seis mil operários atuam no Comperj, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí (Stimenni), Edson Rocha. A previsão é que, até o final do ano, outros consórcios façam demissões, uma vez que os contratos relacionados às obras da refinaria serão paralisados à espera de um sócio para investir na conclusão do projeto.

"Mas a Petrobrás garantiu que novas licitações devem ser feitas para obras de asfaltamento, esgoto e iluminação, com previsão para início em janeiro", afirmou Rocha, que se reuniu há duas semanas com representantes da estatal.

O programa do PDSB de hoje à noite.

Assistam e comentem. Só não façam oposição à oposição.

Stedile avisa: negócio com Alckmin é pessoal, não é com o PSDB. Ainda bem.

Alckmin  ainda não liberou as fotos do eventos. Este tucano tem um timing perfeito. Hoje vai ao ar o programa de segundo semestre do partido e ele inventa este fato lamentável. Parece que está com algum problema de cabeça. Além disso, o MST invadiu a fazendo de Pedro Corrêa, o homem que está provando que Lula criou o Petrolão.

(Estadão) O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, afirmou nesta segunda-feira, 28, que a reunião dele com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não significa uma aproximação com o PSDB. Segundo ele, as relações do MST com governos municipais, estaduais e federal são sempre de autonomia. Alckmin recebeu os militantes do MST para uma reunião de trabalho. Ainda bem. Já pensaram o PSDB se aproximando de uma guerrilha rural, ilegal, que tem ligações com as FARC e que promete colocar um exército na rua para combater decisões constitucionais?

"O que nos surpreendeu, inclusive, foi que o Alckmin foi muito prudente. Em todos os pontos que colocamos, ele foi muito receptivo", ressaltou.  Stédile também agradeceu ao governador por ter cedido o parque estadual da Água Branca, na capital paulista, para realização de uma feira nacional de reforma agrária, que será promovida pelo MST de 22 a 25 de outubro.

Em 3 meses, mercado dobra queda do PIB para 2015 e 2016. Não dá mais pra esperar.

 
(Informações O Globo) Os economistas do mercado financeiro consultados pela pesquisa Focus, do Banco Central (BC), preveem que a atividade econômica vai registrar uma contração de 2,80% este ano – é a 11ª piora seguida nas expectativas. Para o ano que vem, a previsão foi reduzida pela oitava vez consecutiva e já se espera que a economia encolha 1%. A previsão de inflação para 2015 e 2016 também foi elevada, assim como a cotação do dólar no fim deste ano e taxa Selic que estará em vigor em dezembro do ano que vem. Olhem a evolução do gráfico. São pouco mais de três meses. Precisa dizer mais? Precisa mostrar para que fundo de poço Dilma e o PT estão nos levando, agora com o fundamental apoio dos ladravazes do PMDB, com as garras estendidas para o que restou do país?

Dilma acaba com o Aqui Tem Farmácia Popular para 2016.

(Estadão) O aperto nas contas vai atingir em cheio um dos programas prediletos da classe média na área de saúde, o Aqui Tem Farmácia Popular. A proposta orçamentária para 2016 encaminhada para o Congresso prevê repasse zero para a ação, que neste ano receberá R$ 578 milhões.  Criado em 2006, o programa permite a compra em farmácias credenciadas pelo governo de medicamentos para rinite, colesterol, mal de Parkinson, glaucoma, osteoporose, anticoncepcionais e fraldas geriátricas. Os descontos chegam a 90%. Com a redução a zero os recursos, na prática essa política deixa de existir.

Pela proposta encaminhada pelo governo ao Congresso, ficam mantidos o braço do programa chamado de Saúde Não Tem Preço (em que o paciente não precisa pagar na farmácia remédios para diabetes, hipertensão e asma) e as unidades próprias do Farmácia Popular. O problema, no entanto, é que o número de unidades próprias dessas farmácias, que já é pequeno, deve minguar mais em 2016. A previsão é de que não ultrapasse 460 postos de venda, em todo o País.

Economia fora de controle. Inflação de 2015 já beira 10%, oficialmente.

Para o fim de 2015, mercado elevou projeção para o dólar para R$ 3,95 
(Estadão) O Relatório de Mercado Focus mostrou mais uma rodada de piora das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o documento divulgado pelo Banco Central, a perspectiva de retração da economia este ano passou de 2,70% para 2,80%. Para 2016, a mediana das previsões passou de -0,80% para -1%. Segundo o IBGE, o PIB brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro e 1,9% ante o mesmo período de 2014. No Relatório Trimestral de Inflação de setembro, divulgado na semana passada, o BC revisou de -1,1% para -2,7% sua estimativa para a retração econômica deste ano.

No boletim Focus de hoje, a projeção para a produção industrial também mostrou piora significativa: saiu de uma baixa de 6,45% para um recuo de 6,65%. Já para 2016, a mediana das estimativas foi reduzida de uma alta de 0,20% para uma queda de 0,60%.

A mediana das projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do ano que vem, onde está o foco de atuação do Banco Central, apresentou a oitava elevação consecutiva - e das fortes. A taxa subiu de 5,70% para 5,87%. No Top 5 de médio prazo, grupo dos economistas que mais acertam as estimativas, a previsão também disparou, saindo de 5,98% para 6,46%. Para o fim de 2015, mercado elevou projeção para o dólar para R$ 3,95.

O BC promete levar a inflação para a meta de 4,5% no fim do ano que vem, mas a autarquia vem chamando a atenção para "novos riscos" que surgiram para o comportamento dos preços. Pelos cálculos da instituição revelados no Relatório Trimestral de Inflação de setembro o IPCA para 2016 subiu de 4,8% para 5,3% no cenário de referência e passou de 5,1% para 5,4% no de mercado. No caso da inflação de 2015, a mediana da Focus passou de 9,34% para 9,46%. No Relatório de Inflação de setembro, o BC havia apresentado estimativa de 9,5% tanto no cenário de referência quanto quando usou os parâmetros de mercado.

O mercado financeiro voltou a alterar seu cenário para o comportamento da Selic no ano que vem no Relatório de Mercado Focus. A mediana das projeções para 2016 subiu de 12,25% ao ano para 12,50% aa.Para este ano na pesquisa geral, as expectativas ficaram congeladas em 14,25% ao ano pela nona semana seguida. Com alta próxima de 50% apenas neste ano, as projeções para o dólar sobem a passos largos e, para 2015, ainda continuam abaixo da cotação atual para o câmbio à vista. Para este ano, a mediana das estimativas avançou.

O PMDB vai salvar o PT? Isso, coloquem uma cobra congelada debaixo do fogão para ver o que acontece.

Enquanto o PT ataca Dilma, meia dúzia de escrotos do PMDB, da famosa máfia peemedebista com seus tentáculos espalhados pelos mais diversos feudos, trata de salvar a presidente. Eles não conseguem. Onde enxergam uma chance de pilhar o país, de roubá-lo escandalosamente, de loteá-lo, estão lá. Querem até o último centavo. Até mesmo os jovenzinhos como este Leonardo Picciani, que arvora-se em não ter pedido nenhum ministério e ter ganho dois de Dilma. Que grande idiota, tendo o povo ao seu lado, trocar povo por prestígio e poder provisórios ou acha ele que poderá atropelar velhos cardeais do partido?

Hoje a Fundação Perseu Abramo, que deveria estar construindo conceitos favoráveis pelo ajuste fiscal da Dilma publica um  documento devastador contra o PT e contra a presidente. Está no governo com mais de 100.000 cargos comissionados, duas dezenas de ministérios, mas se acha confortável para ser contra a roubalheira que produziu entre seus "intelectuais" para manter um  projeto de poder.  Entre eles o mentiroso contumaz do IPEA Marcos Porchman.

Vejam o que disse a Perseu Abra,o, como se não fosse o PT o responsável:

"A lógica que preside a condução do ajuste é a defesa dos interesses dos grandes bancos e fundos de investimento. Eles querem capturar o Estado e submetê-lo a seu estrito controle, privatizar bens públicos, apropriar-se da receita pública, baratear o custo da força de trabalho e fazer regredir o sistema de proteção social", afirma o documento. 

O texto continua: "O ajuste fiscal em curso está jogando o país numa recessão, promove a deterioração das contas públicas e a redução da capacidade de atuação do Estado em prol do desenvolvimento. Mais grave é a regressão no emprego, salários, no poder aquisitivos e nas políticas sociais". 

Segundo as entidades, o pacote fiscal deteriora o ambiente econômico e social, o que enfraquece o governo e "amplifica a crise política e as ações antidemocráticas e golpistas em curso". 

O trabalho, que teve a participação de uma centena de especialistas, será lançado em um evento em São Paulo para o qual foram convidados sindicalistas, movimentos sociais e "personalidades do campo progressista", segundo o convite. 

O documento acusa os apoiadores do plano proposto por Dilma de quererem fazer regredir os avanços sociais da Constituição. 

"Dilma não aprendeu a lidar com os profissionais do partido", disse um integrante da cúpula da sigla. Segundo esse mesmo peemedebista, Picciani ainda faz parte do time de amadores. Os recados já foram dados. No sábado, 26, em discurso no seu ato de sua filiação ao PMDB, a senadora Marta Suplicy (SP), recém chegada, foi enfática com Picciani: "Ouça os mais velhos". 
Na verdade, o PMDB está colocando uma cobra congelada debaixo do fogão. Quando a cobra descongelar o seu nome será Lula e a picada será mortal. É bom que aprendam, antes que seja tarde. A hora é de  destruir o PT e de destruir este governo, pois ainda há três anos para consertar. Talvez aí sim, os ladrões do PMDB tenham até reconquistado a confiança do povo e possam almejar a presidência da República. Pelo menos estes roubam para si, e não para o partido.

Folha mais preocupada com voos legais de Aécio do que com voos de Lula em jatinhos de empreiteiras.

A Folha de São Paulo, quando não consegue dar vida a uma pauta furada, especialmente contra a Oposição, parte para o editorial. É o que faz hoje abordando os voos feitos por Aécio Neves para o Rio de Janeiro, aos finais de semana, cobertos por lei, justificados até mesmo pelo suspeitíssimo governador petista Fernando Pimentel (aquele do avião cheio de dinheiro frio), para tentar atacar o ex-governador mineiro. Mistura o aeroporto de Cláudio, factóide que criaram em 2014 e sobre o qual nada ficou provado. Já sobre os voos de Lula em jatinhos de empreiteiras, montando falcatruas contra a Petrobras mundo à fora, nenhuma linha. Para que saber quem pagou e porque pagou? Para a Folha, visitar uma filha é mais relevante do que enriquecer um filho. Este é o jornal que temos como um dos principais do país. Que inclusive mantém como repórter especial do PT uma jornalista chamada Marina Dias, filha de José Américo Dias, coordenador nacional de Comunicações do PT e sobrinha de Edinho Silva, homem de imprensa da Dilma no Governo Federal. É a editora do partido no jornal. A produtora dos conteúdos. A linha direta com os press releases oficiais. Faz parte da história da Folha dos Frias contribuir com  regimes suspeitos. Não seria diferente agora. Antes era usando camionetes "veraneios", agora é usando jatinhos.

Gates e Dilma: amigos, amigos, negócios à parte.

Nada mais político do que o desmentido forjado de que a Fundação Bill Gates não está processando a Petrobras pela roubalheira contra a fundação que ele dirige. Gates foi "desmentir" o fato diretamente com Dilma, em New York, acompanhado da esposa, Melinda. Houve troca de sorrisos e presentinhos. Gates explicou que um agente que representa a fundação é quem está processando a Petrobras. Um preposto. Um  autorizado. Um representante. Quer dizer: a fundação, por terceiros, o está fazendo e se vencer a ação Gatees recuperará as suas perdas. Em nenhum momento o mega empresário informou Dilma que está ordenando o tal agente a retirar a ação contra a estatal. Não está. Segue na Justiça. Amigos, amigos, negócios à parte.

Odebrecht era dona de uma conta de onde saíram U$ 45,4 milhões em propina.

Longe dos holofotes da Operação Lava-Jato, um diretor e funcionário de confiança da Odebrecht está diretamente ligado a uma das provas de pagamento de propina pela empreiteira no exterior a ex-dirigentes da Petrobras. Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho é quem assina carta localizada por autoridades suíças na sede do banco PKB. No texto, ele afirma que a Odebrecht é a única responsável pela conta da offshore Smith & Nash no banco. De acordo com o MPF, foi por meio desta conta que a Odebrecht pagou propinas a Renato Duque, Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco e Jorge Zelada, integrantes da cúpula da estatal no governo Lula.
O GLOBO verificou que a assinatura de Hilberto na carta endereçada ao banco suíço, de 2013, é a mesma usada por ele em uma procuração para processo de despejo do inquilino de um de seus imóveis, em São Paulo. A semelhança reforça a autenticidade do documento suíço e a relação da Odebrecht com os pagamentos da Smith & Nash. De acordo com extratos obtidos na Lava-Jato, entre 2006 e 2011 a Odebrecht repassou US$ 45,4 milhões à Smith&Nash. Por sua vez, a offshore repassou US$ 9,5 milhões e 1,9 milhões de francos suíços para a conta de diretores da Petrobras ou offshores intermediárias. Há dois meses, autoridades suíças pediram à Justiça brasileira que Hilberto fosse ouvido sobre a conta no exterior, mas a oitiva ainda não ocorreu. Leia mais aqui.

PSDB lança programa na TV e rádio amanhã com duras críticas a Dilma.

 Clique e assista aqui. 
O único que não critica o PT é Geraldo Alckmin, como sempre.  

Alckmin faz acordo com a guerrilha rural do MST para revolta do Agro paulista.

(Estado) A União Democrática Ruralista (UDR), entidade que representa fazendeiros e produtores rurais, reagiu à decisão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de buscar uma aproximação com o Movimento dos Sem-Terra (MST), conforme noticiou o Estado neste domingo, 27. "Vai ser um tiro no pé", disse o presidente Luiz Antonio Nabhan Garcia. "No momento em que abre as portas para uma organização fora da lei, o governo cria uma situação de grande desgaste com o setor produtivo rural do Estado", acrescentou.

Como revelou o Alckmin agendou para esta segunda-feira, 28, no Palácio dos Bandeirantes, uma reunião entre as lideranças do MST e o secretário chefe da Casa Civil, Edson Aparecido. Titulares das pastas da Agricultura, Meio Ambiente, Justiça e Educação também participam do encontro. O governador paulista se aproxima do movimento social num momento em que o MST, aliado histórico do PT, externa descontentamento com os rumos do governo da presidente Dilma Rousseff.

Para a UDR, assessores que sugeriram essa estratégia ao governador esqueceram que, ainda há pouco, o MST ameaçava lançar seu "exército vermelho" nas ruas contra eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff. A entidade tem sede no Pontal do Paranapanema, região que concentra os conflitos fundiários no Estado de São Paulo. "Há poucos dias estávamos com fazendas invadidas por essa organização criminosa, que promete fazer novas invasões", disse Nabhan. Segundo ele, os fazendeiros devem programar uma manifestação contra possível aliança de Alckmin com o MST. "É uma afronta aos produtores que foram invadidos e vamos às ruas dar uma resposta."

Quem paga os jatinhos do Lula?

Levantamento feito no Instituto Lula aponta que, de 2011 a 2014, Lula não economizou tempo e presença visitando boa parte do planeta. A maratona aérea teve 174 reuniões, nas quais Lula se encontrou com 107 chefes de Estado, autoridades, empresários e dirigentes de organismos multilaterais e organizações sociais, 63 deles no Brasil e 111 no exterior. O Ministério Público está com uma grande investigação aberta para saber quem pagou estas viagens que podem ter ultrapassado, sem dúvida, os R$ 10 milhões de reais. Leia mais aqui.

800 "mortadelas" petistas lançam "Primavera Democrática".

 Muito palanque para pouco militante. O PT reuniu ontem, na Sé, um dos pontos mais movimentados de São Paulo, 800 "mortadelas" para embalar o lançamento da "Primavera Democrática". Segundo a Folha, as bases do movimento são a defesa do partido e do governo Dilma Rousseff e preparar a volta do ex-presidente Lula nas eleições de 2018. 

"Nós vamos defender o mandato legítimo da Dilma, vamos evitar que haja golpe e preparar o caminho para continuar com nosso projeto nacional, tendo à frente, de preferência, em 2018, o presidente Lula", afirmou em discurso o presidente nacional do PT, Rui Falcão. 

Falcão afirmou ainda que setores querem criminalizar o PT para evitar a participação de Lula em 2018. Ele também criticou a condenação do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto na Operação Lava Jato.  

Havia 40 barraquinhas vendendo camisetas, bonés, pins e distribuindo os famosos lanchinhos de mortadela para alimentar a militância. Uma barraca para cada 20 participantes.

Leonardo Picciani: PMDB pare um herdeiro do que há de de mais sujo no partido.

À esquerda, em 2014, apoiando Aécio Neves na campanha eleitoral.

(Estadão) Todo o esforço do governo para redesenhar seu mapa de ministérios e garantir o apoio do PMDB, maior partido da Câmara, contra eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff, pode ser em vão. Líder da bancada de 66 deputados, Leonardo Picciani (RJ) diz não haver “vinculação direta” entre oferta de cargos e pedidos de afastamento.

Em entrevista ao Estado, Picciani afirma ainda que o vice-presidente Michel Temer, presidente do PMDB, não está isolado na reforma ministerial, mas “feliz com o respeito que tem sido dado às bancadas do PMDB”. Mais próximo ao governo, defende Dilma. “Governa quem venceu as eleições”.

Como se deu sua aproximação com a presidente Dilma?
É necessário, neste momento, construir pontes de governabilidade que beneficiem o País. Quando os políticos ficam brigando é o povo que perde. A presidente Dilma venceu as eleições e governa quem venceu as eleições. Tenho ajudado em razão da legitimidade que ela tem.

O vice-presidente Michel Temer sai menor desta reforma, já que a presidente buscou no Congresso as indicações?
De forma nenhuma. Tenho certeza de que o presidente Temer fica feliz com o respeito dado às bancadas do PMDB.

A oferta de ministérios garante o apoio do PMDB?
A bancada tem ajudado mesmo sem se sentir representada em ministérios. Os ministérios sinalizam uma participação da bancada. Isso melhora o ambiente.

O governo pode contar com o PMDB para a manutenção do veto ao reajuste do Judiciário?
A bancada decidiu, por fechamento de questão, que votará contrária à derrubada do veto por entender que ele é inoportuno neste momento.

A oferta de ministérios tem força para esfriar o impeachment?
Não tem uma vinculação direta uma coisa com a outra, mas este rearranjo é necessário para construir um Ministério mais integrado com a correlação de forças do Congresso.

Quais as chances de o governo conseguir recompor sua base?
Muito em breve, a base estará absolutamente recomposta. A tese do impeachment não alcançou ainda um número majoritário de parlamentares.

O senhor é favorável à recriação da CPMF?
Além do corte de despesas, pode ser que seja necessário um incremento de arrecadação. Esta é a vida real. Considero a CPMF um imposto justo. Tem alíquota pequena, base ampla, é igual para todos, mas atinge, sobretudo, quem tem mais. Quem está preocupado com a CPMF não é quem gasta o que ganha. É quem gasta acima do que ganha, é quem tem caixa 2. 

Eduardo Cunha já disse que a CPMF não será aprovada...
Respeito a posição do presidente, mas acho açodada porque a matéria não será votada hoje, tem um curso de tramitação.

O sr. se afastou de Cunha?
Minha relação (com Cunha) é exatamente a mesma. Não há nenhum afastamento. Mantemos uma relação pessoal boa, e uma relação política positiva. Temos diferenças de opinião.

Com o PMDB contemplado nesta reforma ministerial, há clima para desembarque do governo?
Essa é uma discussão que deve ser feita na convenção nacional (em março de 2016).

Dilma esconde R$ 25,5 bi de cortes e praticamente acaba com vários programas sociais prometidos na campanha mentirosa.

(Estado) Pronatec reduzido para um terço. Construção de creches reduzidas a 15%. Ciências sem Fronteiras cai pela metade. Minha Casa, Minha Vida, ainda um mistério, mas tende a qause zero. A presidente Dilma Rousseff cortou R$ 25,5 bilhões dos gastos com programas sociais previstos em 2016, em relação ao orçamento deste ano, segundo levantamento feito pelo ‘Estado’ com números oficiais do Ministério do Planejamento. A tesourada atingiu até mesmo a construção de creches, unidades básicas de saúde e cisternas. A maior redução de aportes foi justamente em “vitrines” da gestão petista, como investimentos sociais do PAC, Minha Casa Minha Vida e Pronatec.Durante a campanha e no início do segundo mandato, Dilma repetiu à exaustão que “em hipótese alguma” cortaria recursos dos programas sociais criados pela gestão petista. Mas foi obrigada a abrir mão da promessa para tentar recuperar a confiança dos investidores na economia brasileira. Se somados os cortes adicionais em projetos do PAC que ainda não estão definidos, mas que também atingirão a área social, o enxugamento em 2016 pode chegar a R$ 29,34 bilhões. Leia mais aqui.

Pedro Corrêa pode botar Lula na cadeia.

 Da Veja:

"Não é à toa. Ele tem citado perto de uma centena de políticos de detalhado roubalheiras em outros órgãos e estatais. " Se o Pedro falar tudo o que sabe, será o fim. O PP terá que se refundar. Não sei se sobrará alguém nos outros partidos também", diz um deputado do partido. " O Pedro é um dos homens da República que mais sabem desde o governo FHC. Se ele falar, terá condições de passar a limpo toda uma página da nossa história", diz Michel Saliba, ex-advogado de Corrêa, a Veja. Pedro Corrêa negociou a participação de seu partido no governo Lula, no mensalão e no petrolão. Sabe de cor e salteado de quem é a responsabilidade pelas roubalheiras bilionárias praticadas nos últimos anos na Petrobras, no Ministério da Saúde e, principalmente, no Ministério das Cidades. Ele tem na manga detalhes impressionantes de como o ex-presidente tentou melar o julgamento do mensalão. Naquela ocasião, o petista não conseguiu livrar seus aliados da prisão. Agora são seus aliados que ameaçam Lula com a possibilidade de cadeia."

Foto do dia.

Cartaz colocado no ato em defesa do PT realizado hoje na Sé. em São Paulo. Pelo jeito, está faltando o cara que pagava a tubaína e a mortadela para os militontos servirem de massa de manobra, enquanto roubava bilhões de dólares do Petrobras para os petistas do andar de cima comprarem apoio no Congresso e ficarem podres de ricos.

PT condenado a ser terceiro partido no Congresso.

O PT está esvaziando no Brasil inteiro. Saem deputados e senadores às pencas, sem contar prefeitos e vereadores. Com a nova eleição do Congresso Nacional, os petistas devem perder postos importantes, ficando atrás do PMDB e PSDB em número de deputados eleitos. Será o começo do fim, com pouquíssimo protagonismo político. Hoje Marta Suplicy filia no PMDB, mais tarde saem Paulo Paim (RS) e Walter Pinheiro (BA). Deputados estão deixando o partido do Petrolão em todo o Brasil. 2016 é ano de eleições municipais. São elas que dão base para deputados e senadores em 2018. O PT caminha para o fim. Ninguém que ainda tenha um pingo de decência quer ficar no partido da corrupção e da roubalheira.

Youssef negocia delação premiada com autoridades americanas. Welcome, FBI e Departamento de Justiça.

Alberto Youssef sendo preso pela PF  (Foto: Paulo Lisboa/Estadão Conteúdo)
(Época) Sob sigilo extremo está em curso uma negociação inicial entre procuradores de Nova York e o doleiro Alberto Youssef para realizar um acordo de delação premiada. O objetivo é que o principal operador da Lava Jato conte o que sabe sobre as falcatruas na estatal. As conversas, em estágio preliminar, têm sido conduzidas pelo advogado Antonio Figueiredo Basto, defensor de Youssef no petrolão. 

O criminalista viajou para os Estados Unidos no dia 22 de setembro para desenhar uma cooperação de seu cliente com as autoridades americanas. As tratativas, se avançarem, deverão ser concluídas até dezembro deste ano – e colocarão o FBI, a polícia federal americana, no encalço de ex-diretores e ex-conselheiros da Petrobras, incluindo a presidente Dilma Rousseff.
 
No momento, estão em discussão os termos do processo civil movido por investidores que perderam um dinheirão com a queda das ações da Petrobras na Bolsa de Nova York. Youssef, para evitar o bloqueio de seu patrimônio no exterior, poderá explicar como funcionavam os pagamentos de propinas e o uso político da estatal pelo Planalto. O responsável por negociar com os colaboradores da Lava Jato será o procurador americano Patrick Stokes, que deverá viajar para Curitiba entre outubro e novembro para falar diretamente com Youssef. 

 Essa não é a primeira vez que Figueiredo Basto faz um acordo de delação premiada internacional. Em 2005, ele ajudou o doleiro Clark Setton a fazer uma colaboração com autoridades americanas no caso de evasão de divisas do Banestado – que também teve Youssef como um de seus principais operadores. Procurados, Figueiredo Basto e as autoridades americanas não comentaram o assunto.

A ideia de Youssef colaborar com os investigadores nos Estados Unidos surgiu em agosto, após um encontro realizado entre o advogado do doleiro, um agente do FBI e representantes de um grupo de investidores que teve prejuízo com a desvalorização dos papéis da Petrobras. Entre eles estão o USS, maior fundo de pensão do Reino Unido; o State Retirement Systems, união dos fundos de pensão de servidores dos Estados americanos Ohio, Idaho e Havaí; a gestora de recursos norueguesa Skagen, entre outros. 

O cálculo estimado para as perdas chega a mais de meio bilhão de reais. Esses acionistas entraram com ações coletivas, conhecidas como “class-action”, que estão em curso na Corte de Nova York. Por isso, estiveram no Brasil, atrás de provas colhidas pela Lava Jato.

No dia 24 de setembro, a Fundação Bill & Melinda Gates, do fundador da Microsoft, também entrou com uma queixa na Corte federal de Nova York, alegando que foi lesada pelo “esquema de suborno e lavagem de dinheiro” na Petrobras.

Nos Estados Unidos, o acordo de colaboração com a Justiça existe desde a década de 1960. O objetivo de Youssef em fechar uma cooperação com as autoridades americanas é evitar se tornar alvo também de um processo por lá. Numa eventual condenação criminal, Youssef seria proibido de entrar nos Estados Unidos ou de viajar para o exterior. No entanto, o maior prejuízo seria a condenação numa ação cível, que poderia bloquear seu patrimônio para ressarcir os investidores prejudicados. 

A Petrobras, que tem operações nos Estados Unidos, poderá ser condenada e proibida de fazer negócios com o governo americano, caso não feche um acordo. Se depender do potencial explosivo de Youssef e da eficiência do FBI, a bomba no colo do governo será grande.

Pedro Corrêa confirma que Petrolão foi criação de Lula e mantido por Dilma.

(Veja) Expoente de uma família rica e tradicional do Nordeste, o médico Pedro Corrêa se destacou, durante quase quatro décadas, como um dos parlamentares mais influentes em negociações de bastidores. Como presidente do PP, garantiu a adesão do partido ao governo Lula e - como reza a cartilha do fisiologismo - recebeu em troca o direito de nomear apadrinhados para cargos estratégicos da máquina pública. 

Essa relação de cumplicidade entre o ex-deputado e o ex-presidente é notória. Ela rendeu a Corrêa uma condenação à prisão no processo do mensalão, o primeiro esquema de compra de apoio parlamentar engendrado pela gestão petista. Mesmo após a temporada na cadeia, Corrêa se manteve firme no propósito de não revelar o que viu e ouviu quando tinha acesso privilegiado ao gabinete mais poderoso do Palácio do Planalto. 

Discreto, ele fez questão de ser leal a quem lhe garantiu acesso a toda sorte de benesse. Havia um acordo tácito entre o ex-deputado e o ex-presidente. Um acordo que está prestes a ruir, graças à descoberta do petrolão e ao avanço das investigações sobre o maior esquema de corrupção da história do Brasil.

Como outros mensaleiros, Corrêa foi preso pela Operação Lava-Jato. Encarcerado desde abril, ele negocia há dois meses com o Ministério Público um acordo de colaboração que, se confirmado, fará dele o primeiro político a aderir à delação premiada. Com a autoridade de quem presidiu um dos maiores partidos da base governista, Corrêa já disse aos procuradores da Lava-Jato que Lula e a presidente Dilma Rousseff não apenas sabiam da existência do petrolão como agiram pessoalmente para mantê-lo em funcionamento. 

O topo da cadeia de comando, portanto, estaria um degrau acima da Casa Civil, considerada até agora, nas declarações dos procuradores, o cume da organização criminosa. Nas conversas preliminares, Corrêa contou, por exemplo, que o petrolão nasceu numa reunião realizada no Planalto, com a participação dele, de Lula, de integrantes da cúpula do PP e dos petistas José Dirceu e José Eduardo Dutra - que à época eram, respectivamente, ministro da Casa Civil e presidente da Petrobras. Em pauta, a nomeação de um certo Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras.

Pedro Corrêa, José Janene e o deputado Pedro Henry, então líder do PP, defendiam a nomeação. Dutra, pressionado pelo PT, que também queria o cargo, resistia, sob a alegação de que não era tradição na Petrobras substituir um diretor com tão pouco tempo de casa. Lula, segundo Corrêa, interveio em nome do indicado, mais tarde tratado pelo petista como o amigo "Paulinho". "Dutra, tradição por tradição, nem você poderia ser presidente da Petrobras, nem eu deveria ser presidente da República. É para nomear o Paulo Roberto. Tá decidido", disse o presidente, de acordo com o relato do ex-deputado. 

Em seguida, Lula ameaçou demitir toda a diretoria da Petrobras, Dutra inclusive, caso a ordem não fosse cumprida. Ao narrar esse episódio, Corrêa ressaltou que o ex-presidente tinha plena consciência de que o objetivo dos aliados era instalar operadores na estatal para arrecadar dinheiro e fazer caixa de campanha. Ou seja: peça-chave nessa engrenagem, Paulinho não era uma invenção da cúpula do PP, mas uma criação coletiva tirada do papel graças ao empenho do presidente da República. A criação coletiva, que desfalcou pelo menos 19 bilhões de reais dos cofres da Petrobras, continuou a brilhar no mandato de Dilma Rousseff - e com a anuência dela, de acordo com o ex-presidente do PP.

Matéria completa da edição impressa.

Lula, de volta às origens.

(Estadão) O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual recomenda que o relator das investigações da Lava Jato, ministro Teori Zavascki, aceite pedido da Polícia Federal (PF) que deseja colher novos depoimentos, entre eles o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Se Zavascki autorizar o depoimento, Lula será ouvido como testemunha no âmbito de um inquérito que apura a formação de uma organização criminosa geral para praticar os atos de corrupção na Petrobrás. Na última semana, o delegado da PF Josélio Souza solicitou ao STF a autorização para ouvir Lula, além dos ex-ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência, governo Dilma Rousseff), Ideli Salvatti (Secretaria de Relações Institucionais, governo Dilma) e José Dirceu (Casa Civil, governo Lula) no âmbito da operação Lava Jato.

No ofício da PF, o delegado aponta que indícios devem ser buscados para identificar eventuais vantagens pessoais recebidas pelo então presidente, como atos de governo que "possibilitaram que o esquema" fosse mantido. "A investigação não pode se furtar de trazer à luz da apuração dos fatos a pessoa do então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva que, na condição de mandatário máximo do país, pode ter sido beneficiado pelo esquema em curso na Petrobrás, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal", escreve o delegado da PF.

O pedido da PF usa como base depoimentos do doleiro Alberto Youssef, do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa e do ex-gerente da estatal Pedro Barusco, delatores do esquema de corrupção.

Dilma. No mesmo ofício, a PF aponta que a presidente Dilma Rousseff não pode ser investigada por uma vedação prevista na constituição, segundo a qual presidentes da república não podem ser responsabilizados por atos estranhos às funções enquanto estão no exercício do mandato. Nesta sexta-feira, 25, o PSDB usou o relatório policial para protocolar uma petição no STF com pedido para que Zavascki autorize uma investigação da presidente Dilma.

O PSDB argumenta ao STF que, pela peça da Polícia Federal, "há elementos mais do que suficientes para dar início às investigações de Dilma Rousseff". A vedação à responsabilização de presidente da República, segundo o partido, precisa de uma reanálise. Com base em despacho do próprio ministro Teori Zavascki, o PSDB argumenta que a presidente pode ser investigada, ficando restrita apenas a abertura de uma ação penal.

Dilma desemprega uma Cuiabá inteira em 2015.

(Estadão) O Brasil fechou 86.543 vagas formais de emprego em agosto, a quinta queda mensal consecutiva, informou nesta sexta-feira, 25, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Esse é o pior resultado para o mês desde 1995, quando foram fechadas 116.856 vagas. O saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é fruto de 1.392.343 admissões e 1.478.886 demissões. O resultado é muito inferior ao do mesmo mês do ano passado, quando foram criadas 101.425 vagas. Nos primeiros oito meses do ano, o total de postos fechados é de 572.792. Equivale a população de Cuiabá, capital do Mato Grosso. Os dados são sem ajuste, ou seja, não incluem as informações passadas pelas empresas fora do prazo. O pesadelo está apenas começando.

PSDB entra no STF para investigar Dilma por estar no centro de fatos criminosos.

(Estado) Com base no pedido da Polícia Federal para ouvir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito das investigações da Operação Lava Jato, o PSDB protocolou uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido para que o ministro Teori Zavascki autorize uma investigação da presidente Dilma Rousseff. 

O documento, protocolado no início da tarde desta sexta-feira, 25, é assinado pelo líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio. "Os fundamentos lançados por Vossa Excelência são no sentido de que a presidente Dilma Rousseff pode, sim, ser investigada. O que ocorreu naquele caso concreto é que, no entendimento de Vossa Excelência, não haveria elementos para que a mesma fosse investigada", escreve Sampaio, sobre a avaliação da PGR endossada pelo ministro Teori Zavascki de não investigar a presidente em março, quando inquéritos contra políticos foram abertos no STF. 

"Entretanto, diversa é a hipótese deste processo, em que todos os elementos conduzem para a necessidade de se investigar. A própria condição funcional de Dilma Vanna Rousseff à época dos fatos, ou seja, Ministra de Minas e Energia, Presidente do Conselho de Administração da Petrobrás e Ministra da Casa Civil, por si só, a coloca no centro dos fatos criminosos, exigindo, no mínimo, explicações plausíveis e aceitáveis para eventual alegação de que 'nada sabia'", escreve o PSDB.

Juízes, sejam todos Moros.

 
É impossível que os juízes brasileiros vendo a unanimidade em que Sérgio Moro se transformou não sigam o seu exemplo. Contra o fatiamento da Lava Jato, vamos multiplicar os Moros. Que os juízes adotem a mesma linha, o mesmo comportamento, a mesma agilidade, a mesma dignidade. Chegou a hora da primeira instância dar uma lição nos togados dos tribunais superiores. No aparelhamento do Judiciário. Nos ex-petistas transformados em juízes do STF. Chegou a hora de fazer a Justiça funcionar de baixo para cima. De pressionar. De incendiar a opinião pública. Senhores juízes, adotem a campanha que está em toda a rede social: sejam todos Moro!

Atualização: leiam a Carta de Florianópolis.

Até Bill Gates processa roubalheira na Petrobras. Bem-vinda a New York, Dilma.

Parlamentares das CPIs e juristas brasileiros deveriam aprender com o poder de síntese da Justiça americana.

(Exame) A Fundação Bill & Melinda Gates, a maior instituição filantrópica do mundo, entrou com processo contra a Petrobras em Nova York para recuperar perdas com investimentos feitos desde 2009 em papéis da empresa brasileira. "A profundidade e a amplitude da fraude na Petrobras é espantosa", afirma a ação entregue na Corte de Manhattan.O texto do processo afirma que, como admitiu a própria Petrobras, "o esquema de propina afetou mais de US$ 80 bilhões de seus contratos, cerca de um terço de seus ativos totais". 

A Fundação Bill & Melinda Gates foi criada pelo fundador e ex-presidente da Microsoft, Bill Gates, e sua esposa, Melinda Gates, em 2000 e não tem fins lucrativos. Com sede na cidade de Seattle, nos Estados Unidos, tem US$ 44 bilhões em ativos. O fundo WGI Emerging Markets Fund, com sede em Boston, também entrou na mesma ação.

Como réus no processo, além da Petrobras, é citada a PricewaterhouseCoopers, empresa que auditou os balanços da petroleira. "Este caso surge de um esquema de suborno e lavagem de dinheiro realizado pela Petrobras e deliberadamente ignorado pela PwC", afirma o processo, de 103 páginas."Este é um caso de corrupção institucional, formação de quadrilha e uma fraude maciça aos investidores", destaca a ação, aberta nesta quinta-feira, 24, mas divulgada pela Corte nesta sexta-feira.

"A Petrobras não apenas escondeu a fraude do público investidor, a empresa repetidamente burlou seus controles internos, suas informações financeiras e a governança corporativa em suas declarações públicas", ressalta o texto, mencionando que a verdade sobre a companhia "começou a vir a tona" em setembro do ano passado, quando ex-executivos da empresa, como Paulo Roberto Costa, começaram a delatar o esquema de corrupção.

Por meio de divulgação de informações "falsas e enganosas" e "omissões", a Petrobras conseguiu captar quantidade expressiva de recursos nos últimos anos, incluindo US$ 70 bilhões em uma oferta de ações em 2010, de acordo com o processo. O documento afirma ainda que, nos últimos anos, os gestores de recursos da Fundação Bill e Melinda Gates e do WGI Emerging Markets participaram de diversas reuniões com executivos da Petrobras, foram a apresentações para investidores no Brasil e nos EUA e acompanharam a empresa "de perto". 

Os gestores fizeram "repetidos questionamentos" sobre o ambicioso projeto de investimento da Petrobras, mas sempre foram convencidos pelo argumento de que a infraestrutura deficiente do Brasil demandava investimentos do tipo.

O processo da Fundação de Bill Gates é a 16ª ação individual aberta contra a Petrobras nos EUA este ano, com investidores reclamando prejuízos por conta das investigações da Operação Lava Jato.
Além dessas, foram abertas mais cinco ações coletivas, que foram unificadas em um único processo pelo juiz federal da Corte de Nova York, Jed Rakoff. Fundos dos Estados Unidos, Irlanda, França, Holanda, Hong Kong, Reino Unido, entre outros países, fazem parte das diversas ações.