Mais um morte no Itaquerão por falta de segurança. Fiscais interditam e obra para.

Andrés Sanchez e Lula

A montagem das arquibancadas provisórias da Arena Corinthians está suspensa até que sejam instaladas proteções contra queda de operários que atuam em locais altos. A determinação partiu de auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo e é por prazo indeterminado.

A Fast Engenharia, empresa responsável pela implantação dos assentos, confirmou ter recebido a notificação e informou que nesta terça-feira realizará a análise técnica das solicitações da Delegacia Regional do Trabalho. Em seguida, fará pronunciamento sobre o caso e suas consequências no cronograma da obra.

O ex-presidente corintiano Andrés Sanchez, responsável pelo acompanhamento da obra, reagiu com ironia e irritação ao ser indagado pelo Estado sobre a paralisação dos trabalhos. "Não vai ter Copa do Mundo no estádio do Corinthians, você não está sabendo?" A reportagem repetiu a pergunta, e Andrés disse que não falaria sobre o assunto.

Andrés participou nesta segunda-feira no Parque São Jorge de reunião do Conselho Deliberativo do Corinthians e prestou esclarecimentos sobre a obra. Aos conselheiros, ele garantiu que a inauguração do estádio não vai atrasar. "Ele nos informou que a parte que foi interditada é pequena. O resto da obra continua", disse ao Estado o conselheiro Luiz Cezar Leão Granieri. (Estadão)

Brasil que produz quer Aécio presidente.

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves, afirmou nesta segunda-feira que, caso seja eleito, quer cortar pela metade o número de ministérios do governo, hoje em 39. Ao discursar em almoço do Lide, Grupo de Lideranças Empresariais, em São Paulo, para um grupo recorde de 518 empresários, o senador tucano falou ainda em melhorar a concessão dos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), reduzir a carga tributária e investir em Parcerias Público Privadas (PPP).

- Num futuro governo do PSDB, acabaremos com metade dos atuais ministérios e criaremos uma secretaria que, em seis meses, apresente uma proposta num primeiro momento de simplificação do sistema tributário e, no médio prazo, consiga a redução da carga tributária_ disse o senador.

Mais tarde, ao responder a perguntas da plateia, Aécio falou também que iria acabar “com boa parte desses cargos em comissão". O senador defendeu regras mais claras para o acesso a empréstimos do BNDES. - Eu gosto muito dos juros do BNDES, mas eu quero que haja juro do BNDES para todos e não apenas para meia dúzia de escolhidos - disse, sendo aplaudido com entusiasmo pelos empresários.

Aécio aproveitou o apoio da plateia para lançar um desafio e dizer que não se preocupa se o PT decidir trocar a candidatura da presidente Dilma Rousseff pela do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de outubro. - Pra mim, não me importa se é o ex-presidente Lula ou a presidente Dilma que será o candidato. Ao falar da crise da Petrobras, disse que, se eleito, passará o "país a limpo".

Assim como fez o seu provável adversário do PSB, Eduardo Campos, na semana passada, Aécio também manifestou preocupação de que seja feito "terrorismo" com a possibilidade de fim do Bolsa Família se o vencedor da eleição não for um petista. Apesar de ter prometido manter o programa, o tucano afirmou que fará ajustes, como a concessão de bônus para alunos que consigam notas superiores à média e a pais que entrarem em um programa de requalificação profissional. - A grande diferença é que para nós o Bolsa Família é um ponto de partida. Para o PT, é um ponto de chegada.

Durante o evento, foi realiza uma pesquisa entre os empresários presentes, sobre a preferência do Brasil que produz nas próximas eleições presidenciais. Aécio saiu vencedor com 56%, seguindo por Dilma, com 28% e Eduardo Campos, com 13%. 3% dos empresários não responderam. 

Aécio ataca o Brasil de mentiras da Dilma.

O senador e provável candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta segunda-feira, 31, que o governo da presidente Dilma Rousseff comete um novo equívoco ao não admitir as falhas no caso da compra da Refinaria de Pasadena pela Petrobras. "Errar é humano, todos erram, o que me incomoda é não admitir o erro", disse o tucano, ao chegar para dar palestra em um evento na capital paulista, promovido pelo Lide.

Aécio disse que os erros se agravam ao se "achar que está tudo bem". "Porque aí não corrige. (O governo) Acha que não tem inflação. Que estamos crescendo muito bem, é propaganda", emendou. O senador, que encabeça a iniciativa de criação de uma CPI para investigar a Petrobras, disse que o Brasil vive uma realidade distinta da que o governo quer mostrar. "Daqui a pouco a gente vai ter o confronto do Brasil virtual, da propaganda, com o Brasil real", afirmou.

Aécio disse que o Brasil parou de crescer". "Os empregos com melhores salários foram embora. Foram dois milhões nos últimos dois anos." Para o tucano, o Brasil é hoje um "País assustado com a absoluta incapacidade de gestão que o governo (Dilma Rousseff)tem demonstrado em todas as áreas". Segundo ele, "a Petrobras é mais emblemática, mas isso se espalhou pelo governo todo.""Estou esperando por esse momento de enfrentamento entre o Brasil real e o virtual", reforçou. (Estadão)

Eduardo Cunha entrega "blocão" em troca da nomeação do presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro.

O velho sonho de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) acaba de virar realidade. Lembram o quanto ele lutou contra a MP dos Portos, apresentando a Emenda Tio Patinhas, assim denominada por Garotinho? Pois é. Agora, em troca do "blocão" que ele montou fazendo o governo petista tremer nas bases, Mercadante vai lhe entregar um dos cargos mais cobiçados do setor portuário: a presidência da Companhia Docas do Rio. O que parecia ser a redenção de um dos deputados mais fisiológicos da história do Brasil foi apenas mais uma jogada de esperteza. Cunha ganha um dos portos mais importantes do país e o "blocão" vai para o fundo do mar, de uma vez por todas.

Cúmulo do deboche: para escapar da CPI, a Petrobras inocenta a Petrobras.

A Petrobras informou nesta segunda-feira, em comunicado oficial publicado nos jornais, que a comissão aberta para apurar as denúncias de pagamento de suborno a empregados da estatal pela empresa holandesa SBM Offshore “não encontrou fatos ou documentos que evidenciem” as informações. A nota informa ainda que o relatório final será repassado à Controladoria-Geral da União, ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal, que também estão investigando o caso.

A polêmica veio à tona em fevereiro deste ano, quando a mídia holandesa publicou reportagem levantando suspeitas de pagamento de propinas pela SBM à Petrobras. Segundo denúncia de um ex-funcionário da SBM, a companhia mantinha um esquema de suborno em vários países para obter vantagens em contratos de afretamento e operação de plataforma, que teria alcançado a cifra de US$ 250 milhões. Desses, US$ 139 milhões teriam sido repassados à Petrobras.

A SBM é uma empresa que aluga e opera plataformas no mundo inteiro, um serviço que é frequentemente requisitado por grandes petroleiras. Levantamento feito pelo GLOBO nos relatórios financeiros anuais da empresa mostra que, no período do suposto pagamento de propina (2007 a 2011) a fatia da Petrobras no número de contratos da empresa subiu de 18% para 34%. Nenhuma outra gigante do petróleo apresenta crescimento na carteira de projetos da companhia holandesa nesse período.

Após a publicação da notícia pela revista holandesa “Quote”, a própria SBM revelou que abrira investigação interna, em 2012, para apurar supostas irregularidades. No mesmo ano, a companhia levou o caso à Justiça holandesa. Autoridades americanas e do Reino Unido também acompanham o caso.

Segundo a SBM, o suposto pagamento de propina teria se concentrado entre 2007 e 2011, especialmente em dois países africanos e um fora da África. A empresa não confirma se esse terceiro país seria o Brasil. Mas o relatório vazado pelo ex-funcionário que fez as denúncias aponta indícios de irregularidades nos contratos firmados com a Petrobras.

Quem presidia a estatal naquele período era José Sérgio Gabrielli, filiado ao PT e atual secretário de Planejamento da Bahia. Um dos trechos do relatório vazado na internet cita e-mails trocados entre o então engenheiro-chefe da Petrobras, identificado apenas como “Figueiredo”, e intermediários da SBM, para tratar de uma reunião em que seria discutida a possibilidade de estender um contrato com a SBM “sem licitação aberta”.

No relatório, também é citada a existência de uma comissão de 3% em propinas, que seria rateada entre funcionários da estatal e representantes da Oildrive Consultoria e da Faercom Energia. A Oildrive foi constituída em 2006, um ano antes do período do suposto pagamento de propinas. Em seu acordo de acionistas, ao qual o GLOBO teve acesso, há uma cláusula que impede a empresa de ter clientes com interesses contrários à SBM. A Oildrive a a Faercom Energia foram representantes exclusivas da SBM por mais de 30 anos no Brasil. A partir de 2012, a SBM passou a ter estrutura própria no país. (O Globo)

Aparece mais U$ 85 milhões de prejuízo na negociata da Petrobras da Dilma com a sucata de Pasadena.

A Petrobrás pagou US$ 85,14 milhões à Astra Oil em fevereiro de 2007 para garantir à sua então sócia na refinaria e na trading de Pasadena um lucro mínimo com o negócio, atendendo à exigência do acordo de acionistas que as duas empresas haviam assinado no ano anterior. Com esse desembolso, o preço final que a estatal brasileira pagou pela operação do Texas sobe ainda mais - de US$ 1,18 bilhão para pelo menos US$ 1,265 bilhão.

O pagamento é confirmado em memorando da Astra à Receita Federal americana apresentado em um dos processos judiciais nos quais as duas empresas se enfrentaram. Com data de 19 de dezembro de 2008, ele tenta esclarecer dúvidas levantadas pelo auditor J. Clark Armitage sobre a natureza da transferência.
Os advogados da Astra respondem que o desembolso é um "pagamento garantido", que deveria ser feito pela Petrobrás à Astra quando a receita da empresa de trading que abastecia a refinaria de Pasadena ficasse abaixo de determinado patamar. Esse benefício seria pago por dois anos, no valor máximo de US$ 85,14 milhões em cada um deles, em um total de US$ 170,28 milhões.

Chamado de "alocação especial", esse dispositivo é distinto de outro que dava à sócia belga da Petrobrás uma rentabilidade mínima líquida com o negócio de 6,9% ao ano, por um período de 15 anos. Esse item ficou conhecido como "cláusula de Marlim", porque foi justificado com o argumento de que se tratava de uma compensação à Astra pelo fato de a Petrobrás poder refinar em Pasadena o óleo pesado que produzia no campo de Marlim, na Bacia de Campos, Rio de Janeiro.

O acordo de acionistas, no entanto, não prevê nenhuma contrapartida ou benefício para a Petrobrás em troca da "alocação especial" que a estatal teria de pagar à Astra em 2007 e 2008, tendo como base os resultados da trading dos anos anteriores. O documento diz que o "pagamento garantido" de 2008 dependeria das receitas obtidas em 2007 - não está claro se ele chegou a ocorrer nem qual o seu valor.

A "cláusula de Marlim" e a "alocação especial" que gerou o pagamento de US$ 85,14 milhões estavam entre as condições que tinham o objetivo de favorecer a sócia belga e protegê-la de riscos associados à operação. Na prática, era uma garantia de lucro mínimo que seria bancada pela estatal mesmo na hipótese de a receita bruta com as operações da trading ser insuficiente para a realização dos pagamentos.

"A quantia dessa alocação especial deve reduzir o montante dos lucros (ou aumentar o montante das perdas) que seriam de outra maneira alocados à sócia Petrobrás", diz trecho do item 4.3 do acordo de acionistas de setembro de 2006 que criou a trading de Pasadena, que era uma empresa distinta da refinaria.

No documento à Receita Federal americana, os advogados da Astra explicam que a estatal brasileira concordou em contribuir com "certas quantias" para o capital da trading, e que esses recursos seriam usados para os "pagamentos garantidos" que asseguravam à Astra a obtenção de lucro na operação independentemente do que acontecesse. (Estadão)

Hoje, 31 de março, há um golpe em andamento contra o Congresso. PT desafia a democracia e usa terrorismo para impedir a CPI da Petrobras.

Berzoini e Dilma: golpeando a CPI democrática da Petrobras.

Hoje, o ainda não empossado ministro das Relações Institucionais, Antônio Berzoini, um notório envolvido com dossiês mentirosos contra adversários políticos, o ex-ministro da Previdência que botou velhinhos de 90 anos na fila do INSS para fazer prova de vida, o sindicalista que criou uma cooperativa (Bancoop) que lesou milhares de bancários na compra de uma casa própria que nunca foi entregue, promete atacar a CPI da Petrobras, aprovada no Senado. A forma como, sob as ordens do Palácio do Planalto e de sua candidata à reeleição, Dilma Rousseff, o PT está manobrando para impedir a investigação de escândalos comprovados, mas obscuros, na maior estatal do país, é um golpe contra a democracia. Parlamentares relatam chantagens do governo federal. Ameaças. Ofertas de propina. Gestos que somente regimes chavistas são capazes de perpetrar. O PT corrupto, preso na Papuda, não resistirá, se ficarem conhecidos os detalhes de mais um conjunto de malfeitos que já chegam a bilhões de reais na Petrobras. O povo brasileiro vai acompanhar e delatar aqueles que sentarem junto com o Partido do Trambique para conspirar contra o país. Dos petistas, corruptos e golpistas, nada se espera. Que os demais partidos respeitem a democracia.

54% dos brasileiros quer punir os terroristas.

Atentado terrorista no aeroporto de Guararapes, Recife.

Mesmo que a Folha de São Paulo justifique que os sequestradores, assaltantes de bancos e assassinos que mataram inocentes durante a guerrilha já pagaram por seus crimes, o que é uma inverdade, 54% dos brasileiros entrevistados pelo Datafolha acham que eles deveriam ser punidos. 46% dos brasileiros, portanto bem menos, entendem que os torturadores também deveriam ser julgados. O país, depois de quase 30 anos do fim do regime militar, bombardeado por uma revisão constante e mentirosa da história, continua entendendo o que de fato aconteceu em 31 de março de 2014. Um pequeno grupo queria implantar o comunismo no Brasil. Foi derrotado. Não são heróis. Como o próprio povo afirma na pesquisa, são antidemocratas que merecem condenação, mesmo 50 anos depois. Que estes mercenários, indenizados por bilhões de reais que desviam dos programas sociais, tentem revisar a lei da Anistia. Não passarão. Leia aqui post de Reinaldo Azevedo.

Mais um escândalo no governo Dilma envolvendo a Petrobras: leilão entregou pré-sal às multinacionais, conclui estudo da Câmara dos Deputados.

Estudo da Consultoria Legislativa da Câmara acusa a Agência Nacional do Petróleo e demais organizadores do leilão de Libra, o maior campo do pré-sal descoberto no país, de agirem ilegalmente, em prejuízo dos cofres públicos e em benefício da empresas petrolíferas. Pelas regras, o governo assumirá os riscos do negócio ao ter sua rentabilidade reduzida a níveis abaixo dos permitidos pela lei, porque os ganhos foram condicionados à produtividade dos poços e à cotação do petróleo. Isso poderá baixar o índice de recursos para o Estado a até 9,93%. 

Para o autor do estudo, um ex-engenheiro da Petrobras e o deputado André Figueiredo (PDT-CE), um dos principais negociadores do projeto que aumentou o repasse dos royalties para a educação e a saúde, o percentual mínimo deveria ser de 60%. Uma ação popular para barrar a disputa e que questiona os mesmo problemas ainda está à espera de julgamento da Justiça Federal do Rio. Na quinta-feira (27), ela chegou ao gabinete do juiz Marcelo Guerreiro.

A gestão do governo à frente da Petrobras, a maneira como executa os negócios do petróleo e suspeitas de corrupção são os principais ingredientes da CPI a ser instalada no Congresso esta semana. O governo não conseguiu impedir as retiradas das assinaturas da oposição e nesta semana deve batalhar para ampliar o foco de denúncias a serem apuradas pela comissão de inquérito.

De acordo com o estudo da Consultoria Legislativa, o leilão de Libra jogou os riscos da exploração do petróleo para o governo, ou seja, para o contribuinte, apesar de isso ser proibido pelas leis brasileiras. Os empresários ganharam o direito de explorar as riquezas com lucros maximizados. “O edital da licitação (…) não atende ao interesse público e contém uma série de ilegalidades. A principal delas é transferir o risco da baixa produtividade e do baixo preço do petróleo para o Estado brasileiro”, diz no documento consultor legislativo Paulo César Ribeiro Lima, que foi engenheiro na Petrobras por 17 anos.

O texto ainda inédito, mas revelado pelo Congresso em Foco a partir do mês passado, mostra também que as receitas do petróleo atingirão R$ 5,5 trilhões no período entre 2013 e 2030. Porém, menos de 7% irá financiar a educação. Só 2,2% irão para a saúde. A maior parte, 72% ou R$ 4 trilhões, vai para o caixa de empresas petrolíferas, como a Shell, Total, BP e a própria Petrobrás, que tem mais da metade do capital nas nãos da iniciativa privada.

Pânico da Dilma com CPI da Petrobras é tão grande que PT entrega estados ao PMDB para impedir investigações.

Dilma faz a alegria dos caciques do PMDB, obrigando o PT a abrir mão do seu projeto hegemônico para que ela seja blindada na CPI da Petrobras.

A iminência da abertura de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar a Petrobrás levou o Palácio do Planalto e o comando da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff a começar um processo de reaproximação com o PMDB, após semanas de uma intensa disputa política com o principal aliado. O objetivo é consolidar apoios no Congresso que ajudem a blindar Dilma durante a investigação. Em troca, o PT cede espaços na elaboração dos palanques regionais.

O primeiro caso a ser revisto foi justamente onde as negociações estavam mais complicadas: Ceará. No Estado, a crise na Petrobrás pôs fim à disputa de meses entre os irmãos Cid e Ciro Gomes e o senador Eunício Oliveira (PMDB), que reivindicava o direito de disputar o governo. Eunício, que chegou a ser convidado para assumir o Ministério da Integração Nacional para abrir caminho para os irmãos Gomes, rejeitou a oferta de Dilma e afirmou que só aceitaria a candidatura ao governo. Passou, desde então, a frequentar todas as reuniões de grupos dissidentes. Mas os problemas na estatal aceleraram a solução. Com o aval da presidente, ele será o candidato da base.

Aos irmãos Gomes restou o lançamento de Ciro ao Senado, numa disputa com seu ex-padrinho Tasso Jereissati (PSDB), apontado nas pesquisas como favorito à única cadeira em jogo. A entrada de Ciro na corrida ao Senado sacrificou o deputado José Guimarães, ex-líder do PT na Câmara e vice-presidente do partido.

A crise na Petrobrás também deverá empurrar o PT do Maranhão para uma aliança com o senador José Sarney (PMDB-AP) e com a governadora Roseana Sarney (PMDB). Até agora, uma forte ala do PT insistia em romper com os Sarney e apoiar Flávio Dino, do PC do B. Mas, por causa da CPI da Petrobrás, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva praticamente fechou o acordo para que os petistas desistam de Dino. Com isso, o PSB do governador Eduardo Campos formalizará aliança com o maior adversário de Sarney, lançando ao Senado o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha.

Na Paraíba, a ordem é levar o PT para o PMDB do senador Vital do Rêgo. Escolhido em setembro ministro da Integração pelos senadores peemedebistas, Vital não chegou a ser convidado por Dilma para a função. No auge da crise com o PMDB, há um mês, ela ofereceu a ele o Ministério do Turismo. O senador não aceitou. Na coleta de assinaturas para a criação da CPI da Petrobrás, ele disse que não daria seu apoio por pertencer à base do governo. Dilma decidiu que o PT deverá apoiar o candidato Veneziano do Rêgo ao governo. Ele é irmão de Vital.

A CPI da Petrobrás deverá mudar também o quadro político em Goiás. O PT havia decidido que só se aliaria ao PMDB se o candidato fosse o ex-governador Iris Rezende. Mas o partido passa por uma disputa interna, com favoritismo de José Batista Júnior, o Júnior da Friboi. Há, nesse instante, uma pressão interna do PT para que o partido desista de lançar a candidatura do prefeito de Anápolis, Antonio Gomide, e apoie o nome do PMDB, mesmo que seja Júnior da Friboi.

O Planalto já sente os efeitos da reaproximação. A bancada do PMDB no Senado defende que o foco da CPI seja ampliado e alcance denúncias de cartel e fraudes em licitações de trens em São Paulo e o porto de Suape, o que atingiria partidos da oposição, como PSDB e PSB.

Danos. Com a estratégia de concessões nos Estados, o governo quer reduzir danos políticos que a CPI deverá causar. O mais certo deles é que Dilma vai atravessar a campanha presidencial tendo de administrar as denúncias contra a estatal e as revelações que forem surgindo. A economia também pode ficar mais vulnerável, já que a maior empresa do País estará sob investigação. Outro fator é que as condições da eleição na Bahia, o quarto maior colégio eleitoral do País, ficarão ainda mais difíceis.

"O ex-presidente da Petrobrás era do PT e agora está no governo Jaques Wagner, que era do Conselho de Administração na época em que a refinaria de Pasadena foi adquirida. A crise tem a digital do PT baiano", disse o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB), do grupo dissidente, irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que pretende concorrer ao governo do Estado contra o PT. "O desenrolar da CPI pode significar uma diminuição no apoio a Dilma. Se ela perder credibilidade, até partido que recebeu ministério na reforma pode pular fora", disse.

Como consequência, o PT da Bahia quer se fortalecer com outros partidos da base. O candidato a governador é o deputado Rui Costa, que terá na vice o deputado João Leão, do PP. Wagner desistiu de disputar o Senado para abrir espaço para o atual vice-governador, Otto Alencar (PSD). (Estadão)

Não vai fazer trem bala e nenhuma nova ferrovia no seu mandato. Hora de mandar embora a "Dilma Maria Fumaça".

Descarrilou o plano do Palácio do Planalto de construir 10 mil quilômetros de ferrovias em cinco anos. Lançado em agosto de 2012 com a ousada meta de fazer 12 novas ligações ferroviárias integrando praticamente todo o país, ao custo estimado de R$ 91 bilhões, o plano não terá nem sequer uma obra de ferrovia iniciada até o fim do governo da presidente Dilma Rousseff.

Havia apenas uma ferrovia com chance de ser concedida neste ano, entre Mato Grosso e Goiás. Mas uma disputa empresarial entre gigantes da soja e da construção civil deve emperrar o negócio. O plano de concessão de ferrovias previa um novo sistema, em que a vencedora era remunerada pela obra e pelo serviço prestado. Caso a quantidade de clientes fosse insuficiente para pagar essas despesas, o governo compensaria.

Por outro lado, se houvesse muitos clientes, o governo ficaria com o excedente. As grandes construtoras do país não gostaram do modelo porque, na prática, elas deixariam de ser concessionárias e voltariam a ser apenas construtoras. O governo tirou delas o risco de perder dinheiro, mas também de ganhar, caso o negócio desse certo. Por esse motivo, na visão de um conhecedor do mercado, as ferrovias acabaram ficando sem "padrinho" para ajudá-las a vencer a burocracia estatal.

INTERESSE

No pacote do governo, havia um trecho ferroviário que gerou interesse inicial do mercado: a via que ligava Lucas do Rio Verde (MT) a Uruaçu (GO), onde a ferrovia nova se encontraria com a Norte-Sul. Pelo menos três grandes grupos privados começaram a analisar as possibilidades do trecho.

O governo, que não fez um estudo aprofundado sobre essa ferrovia, imaginava que ela seria um caminho mais rápido e barato para escoar a gigantesca produção de soja de Mato Grosso que hoje desce mais de 2.000 quilômetros de caminhão até os portos do Sul e do Sudeste, elevando os custos de exportação.

Mas as grandes companhias vendedoras de soja do país (Bunge, Cargill, Amaggi e Dreyfus) se aliaram à companhia de logística EDPL (Estação da Luz Participações) para um estudo próprio, iniciado em 2013, que concluiu que essa ferrovia não trazia melhora significativa aos custos de transporte. O grupo passou então a estudar uma alternativa também ferroviária: levar a soja de Mato Grosso direto para o Pará e, de lá, por via marítima, até a Ásia e a Europa. Segundo o estudo encomendado, essa solução reduziria os custos em mais de 30% e teria potencial, aliada a outras ferrovias, para levar quase toda a soja produzida na região por trem.

RODOVIA

Antes que o grupo pudesse apresentar a solução ao governo, o Ministério dos Transportes anunciou, em janeiro deste ano, a abertura de estudos para duplicar quatro novas rodovias, entre elas a estrada que vai de Mato Grosso ao Pará, a BR-163. Até 2013, nenhum desses trechos era cogitado pelos órgãos técnicos do governo como passíveis de concessão. Três deles são complementações de estradas concedidas, no ano passado, para os grupos Odebrecht e Triunfo. Caso os novos trechos venham a ser duplicados, a rentabilidade das concessões existentes será melhorada.

Após o anúncio do governo, as vendedoras de soja decidiram contra-atacar e pediram oficialmente ao Ministério dos Transportes que estudasse a possibilidade de construção da ferrovia no local onde se pretende duplicar a BR-163 no Pará. Os estudos para rodovia e ferrovia serão feitos, mas dificilmente se encontrará viabilidade para as duas construções ao mesmo tempo.

Para um interlocutor do governo, como o projeto original de criar um sistema logístico nacional foi perdido com o fracasso do programa, vão restar brigas por trechos mais lucrativos, como a que está ocorrendo pelo caminho da soja para o Pará. (Folha de São Paulo)

CPI da Petrobras dá resultados antes de ser instalada. Outro diretor envolvido na negociata de Pasadena é demitido.

Azevedo e Gabrielli: parentalha saqueando a Petrobras.

Em reunião na última quinta-feira, a diretoria da Petrobras decidiu exonerar o engenheiro José Orlando Azevedo do cargo de diretor comercial de uma de suas subsidiárias, a TAG (Transportadora Associada de Gás). Primo de José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, Azevedo presidiu a Petrobras America entre 2008 e 2012 --por indicação do parente--, período em que a petroleira esteve envolvida na disputa judicial com o grupo belga Astra Oil pelo controle da refinaria de Pasadena. Apesar de a reunião ter ocorrido na quinta, a estatal confirmou a informação apenas ontem, por meio de nota. "A substituição do senhor José Orlando Azevedo foi uma mudança de caráter gerencial rotineira", diz o texto. A informação havia sido antecipada pelo jornal "O Globo".

Petrobras nega informações ao TCU e impede investigação de numerosos escândalos que envolvem Dilma.

Nos últimos anos, a Petrobras tem travado uma batalha com o TCU (Tribunal de Contas da União), que apontou em várias auditorias manobras jurídicas, sonegação e atraso de informações por parte da estatal. A Petrobras é a maior empresa do país, cujo plano de investimentos prevê gastos de quase R$ 100 bilhões por ano. São os contratos de obras bilionárias que estão no radar do TCU.

A auditoria da polêmica compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, é um dos casos. O autor da denúncia que originou as apurações, o procurador do TCU Marinus Marsico, pediu documentos para fazer a análise da compra em 2012. Segundo ele, a Petrobras deixou de encaminhar vários atos que foram solicitados. "Não foi bacana o que eles fizeram", afirmou o procurador sobre a empresa. As obras das refinarias são o principal foco de problemas entre a Petrobras e o órgão de fiscalização.

Na unidade de Abreu e Lima, no Estado de Pernambuco, onde o TCU aponta suspeitas de irregularidades que alcançam R$ 1,6 bilhão --apenas nos cinco principais contratos da obra--, o órgão diz que a Petrobras obstruiu a fiscalização. Empreiteiras pediram um aditivo à Petrobras no valor de R$ 600 milhões para continuar uma das obras da refinaria, cujo contrato original era de R$ 3,4 bilhões.

O TCU solicitou à companhia as justificativas das empresas para tal pedido, com a intenção de analisá-los antes que o contrato sofresse o aumento dos preços. Alegando que os documentos não estavam prontos e que os daria apenas após passarem por análise interna, a Petrobras se recusou a enviá-los ao órgão. O resultado é que o TCU acabou apontando sobrepreço somente depois de já assinado o aditivo.

A demora na entrega dos pedidos também era algo comum na companhia. Na fiscalização das obras de um terminal no Espírito Santo, a Petrobras demorou 840 dias para encaminhar ao órgão de controle os documentos --dois anos e três meses. Outro subterfugio já identificado foi a empresa se recusar a dar dados de algumas de suas subsidiárias em que ela tem até 49% das ações, alegando que elas não seriam empresas públicas.

HISTÓRICO

A briga entre a Petrobras e o TCU era mais tensa na gestão anterior. Agentes envolvidos com as negociações dizem que na gestão Graça Foster a empresa tem tido uma postura de maior colaboração e parceria com os órgãos de controle, aceitando até algumas mudanças propostas. Mas a principal rusga do passado ainda não está resolvida. Em 2010, a Petrobras conseguiu no STF (Supremo Tribunal Federal) uma liminar para não cumprir uma determinação do TCU para que a empresa seguisse a Lei de Licitações.

O TCU alegava que não há uma lei que ampare uma decisão da companhia de fazer um tipo de procedimento licitatório próprio, mais simplificado, por ser uma empresa de mercado. A estatal afirma que um decreto ampara a decisão. O Supremo ainda não julgou o mérito da matéria. Mas a liminar teve um efeito no órgão de controle que passou, desde então, a auditar a Petrobras conforme os parâmetros que a companhia utiliza nas concorrências, nem sempre os mesmos da Lei de Licitações. Mesmo usando os parâmetros da empresa, irregularidades continuaram sendo apontadas.

VERBA DA CHUVA

O caso mais emblemático é a chamada "verba da chuva". A empresa decidiu pagar às empreiteiras uma verba específica pelos dias parados por causa da chuva em suas obras de grande porte. A fiscalização do TCU apontou que, mesmo com a obra parada, a estatal estava pagando por itens como uso de combustível, o que levava a empresa a ganhar mais quando não trabalhava.

Resultado: nas obras do Comperj, no Rio de Janeiro, a terraplanagem ficou parada por mais dias que os chuvosos na região. Nessa obra, o órgão de controle apontou um superfaturamento de R$ 76 milhões apenas nesse item. A empresa recorreu da decisão, mas teve recurso negado no ano passado.(Folha de São Paulo)

Oposição pode ampliar investigação sobre a Petrobras, incluindo as tenebrosas transações da estatal com o BNDES.

Luciano Coutinho, presidente do BNDES e conselheiro da Petrobras, com José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras. Até onde vai esta relação?

Ninguém sabe ao certo o quanto a Petrobras deve ao BNDES. Mas a conta passa fácil dos R$ 50 bilhões. O Tesouro Nacional emite, repassa para o BNDES, que injeta na Petrobras. Especialistas informam que a exposição do banco em relação à petroleira chega perto de R$ 100 bilhões. Endividada, a Petrobras não consegue mais financiamento internacional. Para cumprir seu plano de investimentos, a companhia recorre ao BNDES e até mesmo ao Banco do Brasil e à Caixa, drenando dinheiro público que deveria ser investido em empresas de menor porte. E tudo subsidiado! A grande pergunta é: os empréstimos do BNDES para atividades no exterior, que o governo Dilma teima em manter secretos, envolvem os péssimos e desastrosos negócios da Petrobras? 

Além disso, a CPI da Petrobras também quer levantar as perdas da Petrobras com a falida exploração de petróleo em Cuba. Lula prometeu, assinou acordo, colocou a estatal lá e, dois anos depois, ela abandonou o projeto. Puro uso político da Petrobras pela "cumpanherada" do PT, unida com os "camaradas" cubanos. Quem autorizou mais este negócio danoso no Conselho de Administração? Dilma Rousseff. Outra vertente da investigação poderá ser estendida para a Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, para saber o quanto a perda de valor da estatal pode vir a comprometer as aposentadorias futuras. Há muito o que investigar na Petrobras, para limpar a lama que tomou conta da maior empresa do Brasil, durante os governos do PT. 

Petrobras virou a casa da mãe Dilma.

Em nota oficial de 19 de março passado, sobre a escandalosa compra da sucata de Pasadena, Dilma Rousseff informava, entre outras coisas:

A aquisição pela Petrobrás das ações remanescentes da Refinaria de Pasadena se deu em 13.06.2012, ao ser cumprido o laudo arbitral proferido pela Câmara Internacional de Arbitragem de Nova York e confirmado por decisão das Cortes Superiores do Texas.

Não é o que diz o relatório de demonstrações financeiras da companhia, referente ao ano de 2012. Vejam abaixo:
O negócio foi fechado e pago à vista 16 dias depois do informado por Dilma. Pelo texto acima, a Petrobras já antevia a perda da demanda judicial, já tendo provisionado o prejuízo decorrente. Faltava apenas a "merreca" de U$ 70 milhões, lançado naquele mesmo mês de junho. 

Quando uma nota oficial da Presidência da República erra a data do desfecho deste negócio escabroso fica fácil de entender porque o PT e a Dilma têm tanto medo de uma CPI. Aquilo lá virou a casa da mãe Dilma.

O aloprado Berzoini ainda não assumiu, mas já promete um dossiê contra FHC.

Até hoje ninguém sabe de onde veio o dinheiro do Dossiê dos Aloprados, que rendeu a demissão de Berzoini.

Anunciado nesta sexta-feira como o novo ministro de Relações Institucionais, responsável pela articulação política, Ricardo Berzoini disse que o governo vai para a ofensiva na CPI da Petrobras. — Não há motivo para ficarmos na defensiva. Vamos para a ofensiva, vamos mostrar o que foi a Petrobras no governo Fernando Henrique (Cardoso) e o que é a Petrobras nos governos Lula e Dilma.

Ligado à ala sindical do PT, Berzoini esteve no centro do escândalo dos aloprados, em 2006, acusado de integrar grupo que teria encomendado um dossiê contra o então candidato ao governo de São Paulo José Serra (PSDB). Ele sempre negou o envolvimento no caso, mas foi afastado naquele ano do comando de campanha à reeleição de Lula, de quem foi ministro da Previdência e do Trabalho.

Como ministro de Lula, comandou o vergonhoso recadastramento dos aposentados, exigindo que velhinhos com 90 anos de idade fossem para a fila do INSS, como prova de vida. Ou teriam o benefício cortado sem dó e nem piedade.

Como sindicalista, Berzoini foi o idealizador da Bancoop, a cooperativa dos bancários que roubou centenas de milhões de trabalhadores, não entregando as casas que vendeu, em um dos maiores escândalos da telebrosa história do PT.

Para livrar Dilma, Petrobras joga a culpa em Cerveró.

Dilma diz que não viu. Cerveró diz, para interlocutores, que Dilma não só viu como aprovou a compra. Há um nítido esforço para jogar toda a culpa nas costas do ex-diretor internacional. Por falar em costas, Paulo Roberto Costa, o outro ex-diretor envolvido, continua preso e tem muito a contar sobre onde foi parar a dinheirama da compra superfaturada de Pasadena. 

O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró escolheu a avaliação mais alta para sustentar a decisão de oferecer US$ 700 milhões na tentativa frustrada de comprar os 50% restantes na refinaria Pasadena, nos EUA, em dezembro de 2007.

A avaliação havia sido realizada, por encomenda da Petrobras, pela empresa Muse Stancil, que disse ter elaborado o estudo em menos de duas semanas, como antecipou o jornal "Valor Econômico" nesta semana.A análise contemplava três cenários, com cinco situações em cada, nas condições em que se apresentava a refinaria na época. A mais conservadora estabelecia que Pasadena inteira custava US$ 582 milhões. A mais otimista atingia US$ 1,54 bilhão.

Com o estudo na mão, Cerveró decidiu oferecer US$ 700 milhões por 50% do ativo. O fato de a oferta não corresponder à metade de nenhuma das cifras apresentadas no estudo chamou atenção da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que questionou a escolha de valores "aleatoriamente, sem comprovação, entre todos os cenários possíveis".

O questionamento foi feito em processo aberto para investigar a compra da refinaria em 2013. A investigação foi arquivada por ter sido feita depois do prazo legal. Em resposta à CVM, Cerveró justificou que os valores foram respaldados por "avaliação interna" e eram "objeto de confirmação por instituição financeira de renome mundial". O Citigroup, que deu aval ao negócio, foi procurado, mas não comentou.

Conforme documento interno da Petrobras, ao apresentar a negociação, dois meses depois da oferta, a equipe de Cerveró informou à diretoria que as áreas internacional, financeira, de estratégia e abastecimento --esta comandada por Paulo Roberto Costa, preso na semana passada na operação Lava Jato-- estudaram todos os cenários, mas validaram opções entre US$ 1,2 bilhão e US$ 3,4 bilhões para Pasadena.

Em seu parecer sobre a atuação de Cerveró, como mostrou o jornal "Valor Econômico", a CVM disse que "não é razoável que um diretor assine um documento em nome da companhia fazendo referência a valores que não tenham sido resultado de avaliação conclusiva e refletida". Afirmou, ainda, que "Cerveró negociou valores sem o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar".

A CVM questionou Cerveró por ter apresentado a oferta pelos 50% restantes sem aval do conselho de administração da Petrobras, que só soube da oferta dois meses depois de ter sido feita. A partir daí o conselho tomou conhecimento das cláusulas "Put Option", que dava à Astra o direito de vender sua parte no negócio, e Marlim, que garantia rentabilidade mínima. Logo depois, a Petrobras entrou em arbitragem contra a Astra, e a Astra exerceu o direito à "Put Option".

A intenção da CVM, após investigar o caso ao longo de 2013, era submeter Cerveró a julgamento administrativo por desobediência ao "dever de diligência", cujas penas vão de advertência a multa e proibição de atuar como administrador por até 20 anos. Procurada, a Petrobras repetiu que criou "comissão interna de alto nível para apurar todos os detalhes do processo referente a Pasadena". Cerveró não foi encontrado. (Folha de São Paulo)

PT bota cerca contra mendigos no comitê eleitoral de Dilma em Brasília.

Na manhã desta sexta-feira, foi instalada uma cerca na frente do prédio onde funcionará o comitê da campanha reeleitoral da presidente Dilma Rousseff, em Brasília. Além de restringir a passagem de pedestres, o equipamento impedirá que mendigos durmam sob a marquise do edifício – fato corriqueiro no local nos últimos anos.

“Foi um pedido do pessoal do PT e do dono do prédio”, explicou um funcionário. Na parte térrea do prédio, onde estão as grades, irão funcionar doze salas para abrigar parte do staff da campanha. O PT também alugou o primeiro andar do prédio. No total, o partido vai usar 1.800 m² e terá direito a catorze vagas na garagem.

Tombada como patrimônio mundial da humanidade, Brasília mantém regras rigorosas para intervenções urbanísticas como a colocação de cercas no pilotis de prédios. Nos edifícios residenciais, o cercamento é proibido. Já para os edifícios comerciais pode haver autorizações específicas.

Para o ex-superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan-DF), o arquiteto Alfredo Gastal, a cerca colocada no comitê do PT fere a legislação. “A meu juízo, é irregular. A não ser que tenha havido alguma autorização”, diz.

Segundo a assessoria de imprensa da Administração de Brasília, até então não havia existência de nenhuma autorização para construção de cerca no edifício onde funcionará o comitê de Dilma. O órgão ressaltou ainda que a intervenção deverá ser vetada pela Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis).

Oficialmente, a campanha presidencial só começa em julho. No entanto, equipes de comunicação já começaram a trabalhar e ficarão nas salas do novo comitê. O PT alugou o imóvel no começo deste mês. A sigla irá pagar cerca de 135.000 reais mensais pelo uso das salas.

Procurada por VEJA, a assessoria de imprensa do PT não quis se manifestar sobre as obras no comitê da campanha reeleitoral de Dilma. Em 2010, o principal comitê da candidata petista funcionou no Setor Comercial Sul, onde também fica localizado o Diretório Nacional do partido. (Veja)

A farsa de Pasadena.

No Relatório de 2005, a Petrobras informou que havia adquirido 50% da Refinaria de Pasadena, inclusive divulgando o preço que havia pago: U$ 370 milhões. No entanto, para o mercado, foi anunciado apenas um Memorando de Entendimento, com o seguinte texto, em 16 de novembro de 2005, onde o preço não era citado. Vejam!

Memorando de Entendimento para refino nos EUA

Rio de Janeiro, 16 de novembro de 2005 – PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS, [Bovespa: PETR3/PETR4, NYSE: PBR/PBRA, Latibex: XPBR/XPBRA], uma companhia brasileira de energia com atuação internacional, comunica que assinou um Memorando de Entendimento com a Astra Oil Company (“Astra”) com o objetivo de estabelecerem uma operação conjunta através de uma companhia de comercialização e refino nos Estados Unidos. O plano de negócios inicial compreende a operação conjunta e o gerenciamento comercial da Pasadena Refining System Inc. (PRSI), antiga Crown Refinery em Pasadena - Texas. A refinaria PRSI encontra-se em processo de melhoria para atendimento aos novos padrões ambientais fixados pela Environmental Protection Agency (EPA) para a gasolina e o diesel, e tão logo seja possível, será também modificada para processar uma larga faixa de óleo pesado com alto teor de enxofre, incluindo a produção da Petrobras no Campo de Marlim.

A Astra é uma subsidiária da Belgian Compagnie Nationale A Portefeuille, com participações na comercialização internacional de óleo, carvão, coque e gás natural, navegação oceânica e refino. A Astra adquiriu a Crown Refinery, localizada em Pasadena, em Janeiro de 2005.

Confiram abaixo a reprodução do que a estatal publicou no Relatório 2005:

Aqui, a bomba! A compra só foi concluída em setembro de 2006! O preço anunciado pela Petrobras? U$ 360 milhões, praticamente os mesmos U$ 370 milhões que já estavam lançados no Relatório de 2005!

Fica comprovado que o negócio foi fechado efetivamente em 2005! Está escrito! Está documentado!  Tudo o que veio depois do negócio fechado não passa de um teatro, como fica claro na Nota Oficial publicada em 19 de março de 2013 pela Presidente Dilma Rousseff.  Veja abaixo que a então presidente do Conselho de Administração informa que este autorizou a compra em 03 de fevereiro de 2006, contrariando o Relatório de 2005:


Se o preço já havia sido divulgado pela Petrobras no Relatório de 2005, como é que o Conselho de Administração não sabia das cláusulas? Será que estes conselheiros não leram o documento que foi distribuído a todo o mercado? Se foram feitas tantas diligências e negociações, por que o preço não mudou entre o final de 2005 e setembro de 2006? 

Fica claro que está sendo armado um jogo de cena, confirmado pela informação dos jornais, no dia de hoje, de que a "due diligence" foi concluída em menos de 20 dias! Clique aqui para ler.

Esta denúncia é grave. Pode estar sendo feita uma montagem de documentos para encobrir um negócio escabroso, que foi fechado sem seguir os requisitos mínimos de respeito ao dinheiro público. Abaixo, o histórico dos comunicados da Petrobras ao mercado:

A Refinaria da Pasadena (Pasadena Refining System Inc. - PRSI) é uma refinaria localizada na cidade de Pasadena, no estado do Texas, que pertence à Petrobras com capacidade instalada para 106.000 mil barris/dia. Histórico Em novembro 2005, a Petrobras assinou um Memorando de Entendimento com a Astra Oil Company ("Astra") com o objetivo de estabelecer uma operação conjunta de comercialização e refino nos EUA. (Comunicado da Petrobras divulgado em 16.11.2005)

Em setembro de 2006, a Companhia concluiu a aquisição através de sua subsidiária Petrobras America Inc. (PAI). O valor total pago de US$ 360 milhões inclui US$ 190 milhões por 50% das ações e ainda US$ 170 milhões pelos estoques da refinaria. (não houve Comunicado da aquisição!) 

Desentendimentos entre os sócios levaram a Astra a requerer o direito de vender seus 50% remanescentes à Petrobras. Em laudo arbitral de abril de 2009 esse direito foi confirmado sendo fixado o valor de US$ 296 milhões pela refinaria, acrescido de US$ 170 milhões por sua parcela no estoque, totalizando, US$ 466 milhões. (Comunicado da Petrobras divulgado em 16.04.2009)

A esse montante foram acrescidos, ainda, US$ 173 milhões, conforme sentença arbitral proferida, correspondentes a reembolso de parte de uma garantia bancária pelos sócios, juros, honorários e despesas processuais. Com isso, o total objeto da decisão alcançou US$ 639 milhões, registrados na nota explicativa 11.4 das Informações Trimestrais - ITR do terceiro trimestre de 2009, divulgadas ao mercado em 13/11/2009. (Comunicado da Petrobras divulgado em 12.03.2010)

Em 10 de março de 2010, a Corte Federal de Houston, Texas, EUA, confirmou Sentença Arbitral proferida em abril de 2009, a qual considerou que a PAI, seria a titular da refinaria de Pasadena e da sociedade de trading correlata (Trading Company). (Comunicado divulgado em 12.03.2010)

Finalmente, em junho de 2012, um acordo extrajudicial, que prevê o término de todos os litígios - arbitragem e outras causas judiciais - acrescidos de juros e custos legais pertinentes totalizou US$ 820 milhões. Parte desse montante, US$ 750 milhões, já vinha sendo provisionado para pagamento nas demonstrações financeiras da Petrobras, restando o complemento de provisão de US$ 70 milhões, a ser reconhecido no resultado da Companhia no segundo trimestre de 2012. (Comunicado da Petrobras divulgado em 29.06.2012)

Petrobras pagou mordomias para genro de Dilma e para parentalha de ministros na Fórmula 1 em Interlagos.


Lista inédita dos convidados VIP da Petrobrás para assistir ao GP do Brasil de Fórmula 1, em novembro, revela que o agrado, originalmente usado pela estatal “para relacionamento com grandes clientes corporativos”, teve como beneficiados o genro da presidente Dilma Rousseff, Rafael Covolo; dois filhos do ministro da Fazenda, Guido Mantega; e a irmã, o cunhado e a sobrinha da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, além de parlamentares da base aliada e seus familiares.

Mantida em segredo pela gerência executiva de Comunicação Institucional da Petrobrás, a lista foi obtida pelo Estado via Lei de Acesso à Informação. O cargo é ocupado desde 2003 por Wilson Santarosa, sindicalista amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pedido de informações foi negado duas vezes, e só foi atendido por decisão da presidência da Petrobrás.

As cortesias dão direito à vista privilegiada da pista do Autódromo de Interlagos, além de acesso aos boxes das escuderias, hospedagem em hotel cinco estrelas e buffet de bebidas e comidas durante o GP. Estima-se que o custo unitário dos convites oferecidos pela Petrobrás chegue a R$ 12 mil – o ingresso mais caro vendido ao público no ano passado, com benefícios semelhantes, valia R$ 11.200.

A Secretaria de Comunicação Social do governo afirmou ontem que Covolo “compareceu ao GP Brasil” a convite da Petrobrás, desacompanhado da mulher, Paula Rousseff, e que Dilma não sabia do convite. “A presidenta disse que, se tivesse sido (consultada), teria dito para ele não comparecer. Isso porque, embora não exista irregularidade, não vale o incômodo.” Procurado, Covolo avisou pela secretária que “não tinha interesse em se manifestar”. O secretário adjunto do gabinete de segurança da Presidência, coronel Artur José Solon Neto, também foi convidado. O oficial confirmou o convite, mas disse não saber por que foi escolhido.

Pedido. Dois filhos de Mantega, que preside o Conselho de Administração da Petrobrás, estão na lista VIP da estatal, assim como amigos deles. O pedido de ingressos para Carolina e Leonardo Mantega partiu do próprio ministro. Procurada, Carolina fez um pedido. “Por favor, eu gostaria que você não escrevesse essa matéria.” Perguntada se ganhou o ingresso do pai, repetiu: “Eu não quero falar sobre isso”. Leonardo não foi localizado.

Os filhos de Mantega levaram um amigo, Felipe Isola. “Eu fui convidado porque gosto de assistir à Fórmula 1. O camarote é minha posição preferida”, afirmou. Questionou se tinha algum negócio com a estatal que justificasse a cortesia, Isola disse que a pergunta deveria ser feita à Petrobrás. “Não sou da empresa, mas conheço pessoas de lá”, afirmou.

Em nota, Mantega afirmou que “os convites mencionados pela reportagem foram dados pela empresa devido ao fato de o ministro ser conselheiro da companhia, tratando-se de uma prática usual da Petrobrás para com seus conselheiros”.

Miriam Belchior é outra ministra e conselheira da Petrobrás cujos parentes foram ao camarote. Irmã da ministra, Virgínia confirmou ao Estado ter recebido o ingresso, mas desligou o telefone ao ser perguntada sobre como ganhou o convite.

Por meio de sua assessoria, a ministra afirmou que membros do Conselho de Administração constituem um dos diversos “públicos” de interesse da estatal. “Esse procedimento é praxe por parte de qualquer empresa pública ou privada que patrocina grandes eventos. Não infringe nenhuma norma estabelecida.”

O marido da titular das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o subtenente do Exército Jeferson da Silva Figueiredo, também foi convidado para o camarote VIP. A ministra recebeu o convite, mas afirmou não ter ido ao evento. Figueiredo não quis falar sobre o assunto.

Base. O ex-presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), também tem um parente na lista VIP da Petrobrás. O neto do senador, João Fernando Sarney, não quis falar sobre o convite. O Estado identificou na lista nove deputados federais, um distrital e dois senadores, além de suas mulheres, irmãos, namoradas e filhos. Lá estão o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e o senador Gim Argello (PTB-DF), dois dos principais articuladores contra a CPI da Petrobrás.

O gabinete de Argello confirmou o uso da credencial, estendida ao irmão e à mulher, mas disse que “não utilizou o serviço de hospedagem a que tinha direito”. Chinaglia não quis comentar. Por meio de assessoria, Marcus Pereira Aucélio, subsecretário de Política Fiscal do Tesouro, Paulo Fontoura Valle, subsecretário da Dívida Pública do Tesouro, e Marcio Holland, secretário da Fazenda, confirmaram a presença no evento, mas disseram que, ao aceitarem o convite, “consideraram que a Petrobras é uma empresa pública e não enxergaram nenhum potencial conflito de interesses, por se tratar de evento promocional e com convite extensivo a várias outras autoridades”.

Confira a lista completa de convidados:

Cota da presidente:  Rafael Covolo, genro de Dilma

Família Mantega:  Carolina Mantega, filha do ministro Guido Mantega (Fazenda);  Leonardo Mantega, filho do ministro Guido Mantega;  Felipe Isola, amigo da filha do ministro Guido Mantega;  Reginaldo Valença, amigo da filha do ministro Guido Mantega

Ministra do Planejamento:  Miriam Belchior, ministra (Planejamento) e membro do Conselho de Administração da Petrobrás;  Virginia Belchior Carneiro de Campos, irmã da ministra;  José Renato Carneiro de Campos, cunhado da ministra;  Carolina Belchior Carneiro de Campos, sobrinha da ministra
Relações Institucionais

Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais;  Jeferson Figueiredo, marido da ministra e sargento do Exército (Estadão)

Estes senadores precisam do nosso apoio para vencer a máquina de assassinar reputações do PT. Envie seu e-mail.

Peço aos leitores que copiem a mensagem acima e enviem para os três senadores. A pressão que eles estão recebendo é desumana. A chantagem do PT e do Palácio do Planalto não pode vencer. Não vamos deixar que três heróis sejam transformados em três vilões. Vamos dizer a eles que o país está ao lado deles. Que o gesto deles entrará para a História. Estes são os e-mails: 


É hora de mostrar para este governo corrupto que eles não podem tudo. Vamos salvar a maior empresa do Brasil das mãos de uma quadrilha. Participe. Mande o seu apoio a estes senadores. 

Delúbio tinha razão: olhando a roubalheira na Petrobras, o Mensalão do PT virou piada de salão.

O "trenzinho" da Petrobras vem desde Lula, sempre liderado por Dilma. Aliás, foi porque ela sabia tudo de energia e petróleo que virou Presidente da República.

O cálculo da Procuradoria Geral da República é que o Mensalão do PT desviou R$ 141 milhões dos cofres públicos. Quanto será o rombo ou roubo da Petrobras? Somente na Refinaria de Pasadena, se considerarmos que custou apenas e tão somente apenas o dobro do preço, já envolve mais de 10 Mensalões. E ainda tem o Conperj. E a Refinaria Abreu e Lima. E o propinoduto das plataformas. Já chegamos, fácil, em mais de 50 Mensalões. Por isso, o pânico está instalado dentro do Palácio do Planalto. A CPI da Petrobras pode virar a CPI da Papuda. 

Dilma autorizou a compra da sucata de Pasadena sem seguir procedimentos administrativos dos mais elementares, mesmo avisada dos riscos.

O "trenzinho" da Petrobras. Costa, o lavador de dinheiro autografa as costas de Dilma que, por sua vez, autografa o coração de Gabrielli, então presidente da estatal, observada ao fundo pela fiel escudeira Graça Foster, hoje encarregada de jogar a sujeira  de todos para debaixo do tapete.

O processo de compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras envolveu um prazo “muito curto” de due diligence — espécie de auditoria considerada um dos passos essenciais em processos de fusões e aquisições, na qual são avaliadas questões jurídicas, financeiras e operacionais. A afirmação foi feita pela própria Petrobras e está em documento confidencial, datado de 31 de janeiro de 2006, ao qual O GLOBO teve acesso.

Ao todo, o processo levou cerca de 20 dias. Especialistas ressaltam que essa etapa de análise de informações de uma empresa consome, em média, de dois a três meses. Em um dos anexos do documento, a consultoria contratada pela estatal na ocasião, a BDO Seidman, de Los Angeles, nos EUA, diz que, em razão do “tempo limitado”, a estatal deveria buscar sua própria avaliação de dados.

Batizada de Projeto Mangueira, a compra da refinaria envolveu a reorganização de cinco afiliadas da Astra Trading. De acordo com o documento da Petrobras, ocorreu a fusão de três destas companhias, criando a chamada Pasadena Refining Systems (Nova PRSI), dona da refinaria em si, na qual a Petrobras comprou 50% em 2006. Paralelamente, para vender combustível de Pasadena, a Petrobras criou com a Astra outra empresa, a PRSI Trading.

O documento da Petrobras detalha o processo de análise de dados. Após a coleta de documentos e reuniões com diretores financeiros da Astra entre os dias 11 e 25 de novembro de 2005, a estatal teve de fazer nova avaliação em apenas cinco dias.

“A estrutura mudou e passou a considerar a fusão das três empresas... tornou-se necessário verificar possíveis contingências contábeis/tributárias dessas outras empresas. Isso foi feito no escritório da Astra entre os dias 23 a 27 de janeiro de 2006. (...) Contamos com a ajuda dos consultores da BDO Selman LLP, que elaboraram relatório com base em entrevistas e documentos disponibilizados pela CFO (diretora financeira) da Astra, Kari Burke. Sobre esse aspecto, ressaltamos que o prazo foi muito curto em relação ao que uma due diligence normalmente requer. Não obstante, o trabalho procurou cobrir o máximo possível”, diz o documento.

Como forma de se precaver de possíveis passivos, a equipe jurídica e tributária da estatal recomendou a criação de cláusula que responsabilizava a Astra por qualquer tributo devido em decorrência da reestruturação. O documento de 31 de janeiro de 2006 foi assinado por gerentes da área tributária e jurídica da Petrobras. A análise foi feita um dia após o recebimento do relatório feito pela BDO Seidman — e não Selman, como escrito no documento.

No dia anterior, a BDO enviou carta a Renato Tadeu Bertani, presidente da Petrobras America na qual menciona prazo de 25 a 30 de janeiro de 2006 para análise de dados, data que tem uma pequena variação em relação ao documento da Petrobras. “Devido ao tempo limitado para completar esse projeto e programação urgente de trabalho de campo, ficamos limitados na nossa capacidade de identificar assuntos que poderiam potencialmente ser encontrados em uma avaliação mais detalhada”, diz a carta da BDO, que lista questionamentos à estatal.

Acordo previa comitê de proprietários

A consultoria vai além: “Esses serviços e procedimentos não podem servir de base para divulgar todos os assuntos significativos sobre as atividades relacionadas ao projeto e à operação de aquisição, ou para divulgar erros, fraudes ou outros atos ilegais que possam existir”. A BDO diz que as análises até aquele momento não eram suficientes para constituir auditoria aceita pelos modelos estabelecidos. “PAI (Petrobras) deve fazer sua própria diligência”.

Para Rodrigo Meyer Bornholdt, da Bornholdt Advogados, o prazo necessário para auditoria é de dois a três meses. Ele explica que não há obrigação de se fazer due diligence, mas ela é fundamental na aquisição de negócio de médio a grande porte.

O advogado José Antônio Miguel Neto, sócio do Miguel Neto Advogados, explica que a avaliação é feita em várias etapas. A primeira é a comercial, na qual é analisado o negócio em si, como faturamento e equipamentos. A segunda etapa é contábil, com análise financeira. Por fim, é feita a análise jurídica, para conhecer e calcular os riscos, como passivos ambientais, tributários e judiciais. — Uma due diligence demora, em média, de 45 a 60 dias — afirmou, ressaltando que estava falando em tese, sem conhecer o caso de Pasadena.

Procurada, a Petrobras não respondeu. A BDO confirmou que já fez trabalhos para a Petrobras. A Astra não retornou as ligações. Em outro desdobramento do caso, o comitê de proprietários de Pasadena, que a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse ao GLOBO desconhecer até a última segunda-feira, já fazia parte do acordo de acionistas assinado entre a estatal e o grupo belga Astra, em 2006. O representante da Petrobras era o ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso na semana passada sob suspeita de envolvimento com lavagem de dinheiro. (O Globo)

Dilma e o PT tentam esconder do país a roubalheira da Petrobras. Agora querem saquear a CPI criada pela Oposição.

Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, preso por lavagem de dinheiro pela PF, escrevendo sabe-se lá o que nas costas da Presidente da República. O pânico tomou conta do Planalto com as ligações perigosas de Dilma com o maior escândalo da história deste país.

No dia em que a oposição formalizou o pedido de criação da CPI da Petrobras no Senado, o Planalto orientou sua base aliada a propor a inclusão de "aditivos" no objeto de investigação da comissão que podem atingir o PSDB de Aécio Neves e o PSB de Eduardo Campos, os principais adversários da presidente Dilma Rousseff na eleição.

A ideia é que, além da compra da refinaria de Pasadena, a CPI investigue as suspeitas de formação de cartel e fraude em licitações de trens em São Paulo, que atinge os tucanos, e o porto de Suape, administrado por Campos. PSDB e PSB articularam a criação da CPI da Petrobras. A estratégia foi definida em reunião com Dilma como alternativa à operação de retirada de assinaturas do requerimento protocolado ontem pela oposição, que tem apoio de 29 senadores, sendo oito de partidos da base aliada.

O governo ainda não desistiu de convencer seus aliados a desistirem da CPI, mas já reconhece que a operação tem poucas chances de dar certo. As pressões serão concentradas em Sérgio Petecão (PSD), Clésio Andrade (PMDB) e Eduardo Amorim (PSC). A estratégia do Planalto foi colocada em prática ontem na Câmara e no Senado. A equipe presidencial diz que a tática é respaldada em precedentes no Congresso, como na CPI das ONGs, que teve aditivos ao objeto investigado.

Como terá maioria na comissão, o governo quer, inclusive, iniciar as investigações pelas irregularidades no metrô paulista, com o argumento de que seriam mais antigas. O Planalto ainda tentará fazer com que a CPI seja mista (Câmara e Senado). A oposição vai combater a operação sob o argumento de que é necessário que os temas tenham vinculação com o objeto principal da comissão, que é investigar a Petrobras.

Ontem, o líder do PT na Câmara, Vicentinho (PT) não conseguiu explicar o motivo de incluir o porto de Suape nas investigações da CPI. O mesmo aconteceu com o caso dos trens de São Paulo. Lançada pelo PSDB, a CPI da Petrobras, além do caso Pasadena, mira o suposto superfaturamento de refinarias, irregularidades em plataformas e a suspeita de que empresa holandesa pagou propina a funcionários da estatal. A previsão é que dure 180 dias. A ideia de criar a comissão ganhou o apoio final necessário com a adesão do PSB.

RESISTÊNCIA
Aliado do Planalto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), resistia à apuração, mas ontem disse que "não há mais o que fazer" e que discutiria com os líderes a instalação. A oposição cobrou pública e reservadamente que ele leia o pedido de criação da CPI até a terça.

Aécio criticou a movimentação para forçar governistas a abandonarem a CPI. "Não acredito que nenhum dos signatários possa se submeter a qualquer tipo de chantagem."

O governo foi defendido pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR): "Se é para fazer investigação política, era importante trazer esse tema [Metrô de São Paulo] para a CPI. Eles estão politizando". Ao ser indagada se o caso não era estranho ao objeto da CPI, ela disse: "Tem que ter coerência. Se eu sugiro investigação política para algo que já tem investigações técnicas, como é o caso da Petrobras, por que fazer só para um tema e não para o outro?".

Em visita ao Congresso, o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Augusto Nardes, comentou o caso Pasadena. "Pelas informações que nós temos, me parece que não foi um bom negócio. Com certeza, o prejuízo para a nação brasileira foi bastante significativo", disse. (Folha de São Paulo)

Carlos Eiji e mais 800 mil brasileiros não vão votar na presidente que está destruindo a Petrobras.

O noticiário dos últimos dias sobre a Petrobras tem preocupado investidores, especialmente os chamados acionistas minoritários. Mas os economistas recomendam calma.

A expressão no rosto de Carlos diz tudo. Em 2009, com a perspectiva de aumento na produção de petróleo, ele ficou animado e investiu R$ 18 mil reais em ações da Petrobras. Estava preparando a sua aposentadoria. Mas como os resultados previstos não vieram, as ações despencaram e, hoje, o saldo dele é de apenas R$ 7 mil. Vender as ações agora seria realizar o prejuízo. Então, o jeito é adiar os planos.

“Vou ter que dar uma adiada bem grande, porque a perda foi muito grande, também”, afirma Carlos Eiji, bancário.

Carlos é um dos quase 800 mil acionistas de uma das maiores empresas brasileiras. Boa parte da euforia causada pela descoberta das enormes reservas de petróleo na camada do pré-sal foi apagada por uma série de problemas nas contas da empresa. Isso se refletiu no preço das ações. Em 2008, o valor de mercado da Petrobras alcançou R$ 450 bilhões. Hoje, não chega a R$ 190 bilhões.

O texto acima é de uma matéria do Jornal Nacional, veiculada hoje.No dia em que foi instalada a CPI da Petrobras para, finalmente, abrir a caixa preta da corrupção que o PT e o governo Dilma instalaram dentro da estatal, transformando-a na empresa mais endividada do mundo e que perdeu a metade do valor nos últimos quatro anos.

Queda de Dilma em pesquisa valoriza ações da Eletrobras e faz Petrobras disparar na Bolsa.

A bolsa brasileira ignora a queda dos mercados em Wall Street e pega carona, mais uma vez, nas pesquisas políticas, na tentativa de tirar o atraso de 2014. A piora na avaliação da presidente Dilma Rousseff na pesquisa CNI/Ibope voltou a alimentar as esperanças dos investidores em uma possível vitória da oposição, caso a corrida presidencial chegue ao segundo turno.

Na pesquisa, a avaliação positiva do governo Dilma caiu para 36% em março, ante 43% em dezembro. A aprovação pessoal da presidente da República recuou para 51%, de 56%. Além disso, cresceu a fatia dos que desaprovam o combate à inflação do governo.

“Essa pesquisa foi uma surpresa, tendo em vista que na pesquisa do Ibope divulgada na semana passada, Dilma não tinha perdido terreno para seus opositores”, aponta o economista sênior da INVX Global Partners, Eduardo Velho. “A bolsa já vinha subindo graças à entrada dos estrangeiros. Ao que tudo indica, daqui para frente, as pesquisas eleitorais serão o grande indicador para o mercado, que alimenta uma perspectiva de vitória da oposição no segundo turno.”

Às 16h35, o Ibovespa subia 3,37%, para 49.580 pontos, com volume muito forte, de R$ 8,6 bilhões. Porém, segundo operadores, os estrangeiros estão na ponta vendedora, embolsando ganhos recentes. Assim como aconteceu na semana passada, quando circularam rumores sobre a pesquisa eleitoral do Ibope, as ações de estatais lideram os ganhos: Eletrobras ON dispara 9,84%, seguida de Petrobras PN (7,43%), Petrobras ON (7,18%) e Banco do Brasil ON (7,01%).

Entre as demais ações de peso do índice, os ganhos são mais modestos: Vale PNA sobe 1,41%, Itaú PN avança 1,89% e Bradesco PN tem alta de 3,96%. Apenas Suzano PNA (-0,12%) cai entre as 73 ações do Ibovespa. (Valor)

Dilma bota Brasil no cheque especial. Rombo de fevereiro é de R$ 3,1 bilhões.

Depois de reclamar do rebaixamento da nota do Brasil por uma agência de classificação de risco, o governo divulgou um buraco nas contas do Tesouro Nacional em fevereiro. No mês passado, os gastos federais com pessoal, programas sociais, custeio administrativo e investimentos superaram em R$ 3,1 bilhões as receitas.

Isso significa que, em vez de poupar para o abatimento de sua dívida, o Tesouro Nacional precisou tomar dinheiro emprestado para bancar suas despesas cotidianas e as obras públicas. É o que se chama, em economês, de deficit primário. O resultado contrasta com a promessa, feita para convencer os investidores de que não haverá descontrole das contas neste ano eleitoral, de poupar -fazer um superavit primário- de R$ 80,8 bilhões até dezembro.

Na segunda-feira, a agência Standard & Poor’s reduziu a nota da dívida pública brasileira de BBB para BBB-. Em caso de nova queda, emprestar ao governo deixa de ser considerado um investimento seguro. Em nota, o Ministério da Fazenda chamou a decisão de “inconsistente” e afirmou que “o país tem gerado um dos maiores superavits primários do mundo nos últimos 15 anos”. Verdadeira para o longo período mencionado, a afirmação omite a queda aguda do superavit de 2012 para cá.

O Tesouro encerrou o primeiro bimestre com superavit de R$ 9,9 bilhões, bem abaixo dos R$ 19,7 bilhões do período correspondente de 2013 -ano encerrado com o menor superavit em 15 anos. Os números apontam que o governo Dilma Rousseff mantém os gastos em alta e se apoia em previsões perigosamente otimistas para a arrecadação de impostos. Nos dois primeiros meses do ano, as despesas cresceram 15,5% e somaram R$ 158,5 bilhões, enquanto as receitas, de R$ 168,3 bilhões, subiram apenas 7,3%.

Os tributos sobre os lucros das empresas, casos do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) decepcionaram. Os resultados só não foram piores porque o Tesouro extraiu R$ 2,9 bilhões dos lucros das estatais para engordar seu caixa. Manobras do gênero foram citadas pela agência de risco ao explicar a decisão de rebaixar a nota brasileira. (Folha Poder)