Belo Horizonte sem prefeito.

Pressionado pelos protestos, o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB) ofereceu cinco centavos de desconto nas passagens de ônibus. A partir daí, a violência tomou conta das ruas, sem que ele tivesse um ato de diplomacia ou negociação para impedi-los. Ao contrário, pediu para a PM bater mais. Declarou que a PM tinha batido pouco. Depois, como de praxe, sumiu. Escafedeu-se. Tendo em vista esta postura covarde, já que é o único prefeito de capital que ainda não recebeu manifestantes, a Câmara Municipal foi invadida no último sábado. Os invasores exigem uma reunião com o prefeito. Sabem o que o ocupante da Prefeitura respondeu? Que não tinha agenda, neste domingo, para receber os manifestantes. É ou não é um ato de provocação, que coloca o prefeito de uma grande capital no mesmo nível dos invasores? Os invasores querem que um aumento de R$ 0,15 seja revogado. O prefeito insiste em dar apenas R$ 0,10 de redução na tarifa. Por R$ 0,05, Belo Horizonte arde em chamas.

Povo na rua: oposição também não está entendendo nada.

O presidente do DEM, José Agripino (RN), se mostrou cauteloso em relação ao resultado positivo para o PT em cenário com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa de 2014 --o petista é capaz de vencer no primeiro turno, segundo pesquisa Datafolha. "Em qualquer circunstância, o desgaste da presidente Dilma é com o governo do PT e inevitavelmente chegará ao Lula", avalia. 

O senador afirmou ser um "perigo" o crescimento de eleitores indecisos, mas afirmou que o eleitor brasileiro está "vacinado" diante de candidaturas de aventureiros. "Em experiências anteriores, ele já viu no que deu. Na hora do voto, vai fazer a reflexão: não vale a pena aventurar", disse. Para Agripino, o crescimento do percentual de indecisos, de 12% no início do mês para 24% é sinal de "descrédito da classe política" de uma forma geral.

Agripino minimizou a pequena variação no desempenho do colega Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato a presidente. "O fato de se manter e até crescer é sinal de resistência. Ele está no jogo há bastante tempo, exposto, e é a própria classe política", disse, se referindo à família do senador, neto de Tancredo Neves. 

Para o presidente do MD (Mobilização Democrática, fusão do PPS com o PMN), Roberto Freire, ainda é cedo para projetar cenários para o próximo ano. "O que 2014 pode nos dizer é que não tem nada resolvido. Ainda estamos no calor das manifestações, não sabemos o que vai acontecer."

Freire também minimizou o desempenho do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), cujas intenções dobraram durante os protestos. Para ele, o desempenho de Joaquim Barbosa "é uma tendência por alternativas", que vem ganhando força diante das manifestações das últimas semanas.Por isso, avalia, a oposição sai fortalecida dos protestos. "As manifestações estão favorecendo as oposições brasileiras, partidárias ou não.(Folha Poder)

Lula em tratamento mediúnico.


Do Panorama Político, de Ilimar Franco, em O Globo 

O ex-presidente Lula tem recorrido a recursos não convencionais para cuidar de sua saúde. Ele tem feito consultas com o médium João de Deus, que recebe doentes do mundo inteiro, na cidade de Abadiânia (GO). Com o aval de seus médicos, Lula já esteve, pelo menos, duas vezes com João de Deus. Para ministrar "tratamento espiritual" a Lula, o médium fez viagens até São Paulo.

Operação discreta

Independentemente da evolução e do diagnóstico atual do câncer do ex-presidente Lula, segundo um amigo, ele tem recorrido ao médium. Um secretário estadual confidenciou o fato a amigos. Um profissional liberal, que conhece os fatos, conta que João de Deus, conhecido no exterior por seus "tratamentos espirituais" e "cirurgias mediúnicas", atendeu também o vice José Alencar. O petista acrescenta que outros políticos recorreram recentemente ao médium. O profissional cita, ainda, o caso da recuperação do familiar de um importante integrante do gabinete da presidente Dilma. João de Deus tem na sua lista de pacientes o ex-presidente Bill Clinton.

Observação: há alguns dias este Blog alertou para o fato de Lula ter sumido... Abaixo, a sua foto hoje, na Etiópia.

Mesmo vaiada por dois milhões de pessoas, Dilma aposta no fim dos protestos.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, recebeu vaias ontem, 29 durante a 21ª Marcha para Jesus, que reuniu dois milhões de pessoas em São Paulo, ao anunciar que participava do megaevento evangélico em nome da presidente Dilma Rousseff. na avaliação do governo, as manifestações das ruas já perderam força. O protesto programado para a última quarta em Brasília foi considerado pelo Planalto um completo fracasso. Eram esperadas 50 mil pessoas e cerca de 4 mil policiais foram acionados. Mas os PMs encontraram, no auge da concentração, apenas cerca de 5 mil manifestantes. Dilma acha que a violência de vândalos infiltrados nos eventos está assustando os manifestantes e dispersando o movimento. Não pode dizer o mesmo da Marcha de Jesus, que reuniu em um só lugar mais pessoas que todos os protestos em todo o Brasil, sem uma ocorrência de violência.

Única estratégia de Dilma é jogar a culpa dos problemas de governo nos políticos. Estes se organizam para dar o troco.

O governo federal já se organiza para enfrentar uma batalha política dentro do Congresso. Em reuniões com seus principais auxiliares, a presidente Dilma Rousseff já foi prevenida que integrantes de sua base de apoio - aliados à oposição - preparam retaliações contra o governo, insatisfeitos com a relação com o Palácio do Planalto.

Para esses parlamentares, Dilma aumentou a pressão da opinião pública contra eles ao tentar "empurrar" a culpa pelos problemas do País para o Congresso, após propor uma reforma política por meio de plebiscito.
As retaliações que o Planalto tentará neutralizar são pesadas. Incluem a ameaça de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Copa, que investigaria gastos para o evento, e também alterações no sistema eleitoral. Nesse último caso, um grupo de parlamentares do PP passou a defender abertamente o fim da possibilidade de reeleição já para as próximas eleições, o que tiraria a chance de Dilma concorrer a um novo mandato.

Num cenário extremo, as propostas de retaliações poderiam incluir emenda que impeça que governantes ocupem cargo no Executivo por mais que dois mandatos. Isso tiraria do jogo também o ex-presidente Lula e deixaria o PT sem opções claras de candidatura presidencial. Por causa disso, o governo passou os últimos dias recebendo líderes aliados e mandando recados na tentativa de abrir diálogo até com a oposição. Existe a avaliação que o maior foco de insatisfação está na Câmara e que é preciso reatar as pontes de ligação com a base de sustentação dentro do Congresso. As conversas e reuniões deflagradas na semana passada têm o objetivo de garantir pelo menos a reabertura de um canal de negociações.

Mesmo sabendo do tamanho da encrenca que será enfrentar uma Câmara com até a base aliada enfurecida, Dilma não recuará novamente na ideia de reforma política. Mas é por pura falta de opção. Não há dentro do governo nenhuma outra carta na manga para conter a onda de insatisfação que levou milhares de manifestantes às ruas. A petista aposta todas as fichas em ajustes pontuais nos serviços públicos e na reforma como respostas definitivas para aplacar o clamor das ruas.

Conforme interlocutores da presidente, caso os parlamentares se recusem a realizar o plebiscito, Dilma prevê que ainda assim poderia sair ganhando nesta batalha, pois publicamente mostraria que suas boas intenções esbarraram na má vontade do Legislativo. Para se ter ideia da lógica presidencial, ela tomou como vitória pessoal a aprovação no Senado do projeto que tipifica corrupção como crime hediondo, na quarta-feira. Embora a votação tenha sido realizada pelos senadores, Dilma contabilizou a fatura em sua conta, pois foi a primeira a retomar a ideia em seu discurso na segunda-feira passada.

Não que a presidente esteja otimista, pois está ciente de que enfrenta a pior crise nesses dois anos e meio de poder. Mesmo assim, ela pediu que uma pesquisa de opinião fosse encomendada para tomar a temperatura entre futuros eleitores. Foi aconselhada pelo marqueteiro João Santana a esperar, pois o clima estaria "contaminado" e não representaria o real sentimento da população..(Estadão)

Dilma perde mais da metade das intenções espontâneas de voto.

A maioria dos entrevistados pelo Datafolha recusa-se a dizer espontaneamente um nome como candidato para presidente em 2014, comportamento que cresceu 9 pontos percentuais em 20 dias. Dilma, que nessa questão já chegou a ser lembrada por 35%, tem agora apenas 16%. A mesma tendência é observada na intenção de voto estimulada, em que o índice de sem candidato chega a crescer 12 pontos percentuais em uma das situações propostas pelo instituto. Outro dado que também ilustra a conclusão é que, nesse mesmo curto período de tempo, cresceu significativamente o percentual dos que negam ter um partido político de preferência. É o eleitor em busca de uma nova proposta, o mais distante possível do PT. (Com informações da Folha)

Datafolha: enquanto Dilma perdeu 21%, Lula, quietinho e escondido, perdeu apenas 10%.

Depois de três semanas de manifestações de rua em todo o país, a presidente Dilma Rousseff é a pré-candidata que mais perdeu apoio na corrida pelo Planalto. Sua taxa de intenção de votos caiu até 21 pontos percentuais. Embora ainda lidere a disputa de 2014, a queda indica que hoje ela teria de enfrentar um segundo turno. Para piorar a situação da presidente, seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, se mostrou bem mais resiliente à insatisfação geral dos eleitores com os políticos. Além de ter perdido só dez pontos percentuais, o petista ainda ganharia no primeiro turno a eleição hoje em um dos cenários apresentados. 

Há um crescente movimento dentro do PT que pede a volta de Lula em 2014. O Datafolha foi às ruas na quinta e na sexta-feira. Entrevistou 4.717 pessoas em 196 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. 

O cenário hoje mais provável para a sucessão inclui Dilma, Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Nessa simulação, a petista tinha 51% das intenções de voto nos dias 6 e 7 deste mês. Agora, desceu para 30%. Esse é o mesmo percentual da aprovação de seu governo, apurada no mesmo levantamento e divulgada ontem pela Folha. Nesse mesmo cenário, Marina Silva subiu de 16% para 23%. Aécio Neves foi de 14% para 17%. Campos oscilou de 6% para 7%. Os três adversários juntos pularam de 36% para 47%. Nessa hipótese, seria realizado um segundo turno entre a petista e Marina. 

Impressiona o aumento de eleitores sem candidato --que dizem não saber quem escolher ou que afirmam votar em branco, nulo ou nenhum. No início do mês, eram 12%. Agora, são 24%. No outro cenário no qual Dilma aparece como candidata é incluído também o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa --que tem negado intenção de disputar eleições. Nessa hipótese, a petista tem 29% e há três nomes empatados em segundo lugar: Marina (18%), Aécio e Joaquim (15% cada um). Campos pontua 5%.

Lula é testado em duas simulações. Numa delas, vai a 45%. Nesse cenário, Marina, Joaquim, Aécio e Campos somam juntos 43% e ficam empatados tecnicamente com o ex-presidente. Haveria possibilidade de segundo turno. 

Em outra cartela, quando o nome de Joaquim não é incluído, Lula tem 46% contra 37% de Marina, Aécio e Campos somados --aí o petista venceria no primeiro turno. No geral, é possível dizer que os votos perdidos por Dilma foram, em parte, herdados por Marina e Joaquim. Um outro segmento de ex-dilmistas preferiu fazer um "pit stop" no grupo dos que não têm candidato. Aécio e Campos não se beneficiaram da desidratação de Dilma. 

Outro indicador duro com a atual presidente é na pesquisa espontânea, aquela na qual o entrevistado não é confrontado com uma lista de nomes. A petista já havia caído de 35% para 27% de março para o início de junho. Agora, bateu em 16%. Lula se manteve estável, com 6%. Joaquim Barbosa, que nunca aparecia na pesquisa espontânea, surge com 2%. Há oscilações nas intenções de voto quando se comparam as taxas do interior do país e de áreas urbanas. Dilma vai melhor no interior.(Folha de São Paulo)

Dilma desaba 24% nas intenções de voto. Marina, Aécio e Campos sobem e Datafolha mostra um duro segundo turno.


Após três semanas de manifestações, a taxa de intenção de votos da presidente Dilma Rousseff caiu até 21 pontos percentuais. Embora ainda lidere a disputa de 2014, Dilma é a pré-candidata que mais perdeu apoio na corrida presidencial e a queda indica que hoje ela teria de enfrentar um segundo turno. O cenário hoje mais provável para a sucessão inclui Dilma, Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). 

Nessa simulação, a petista tinha 51% das intenções de voto nos dias 6 e 7 deste mês. Agora, desceu para 30%. Esse é o mesmo percentual da aprovação de seu governo, apurada no mesmo levantamento e divulgada neste sábado (29) pela Folha. Nesse mesmo cenário, Marina Silva subiu de 16% para 23%. Aécio Neves foi de 14% para 17%. Campos oscilou de 6% para 7%. Nessa hipótese, seria realizado um segundo turno entre a petista e Marina. O Datafolha foi à ruas na quinta e na sexta-feira. Entrevistou 4.717 pessoas em 196 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. (Folha de São Paulo)

Queda de Dilma: avaliação de "péssimo e ruim" já supera "ótimo e bom" no Sudeste.

O Sudeste tem 43% dos eleitores. Na região, o Datafolha aponta Dilma Rousseff com apenas 26% de "ótimo e bom" contra 30% de "ruim e péssimo". A queda foi brutal na região: 35% em 90 dias.

O Sul, que possui 15% dos eleitores, apresenta um empate técnico: 30% de "ótimo e bom" contra 29% de "péssimo e ruim".

No Norte e Centro-Oeste, o quadro ainda e mantém positivo para Dilma: 29% dão "ótimo e bom" e 25% cravam "péssimo e ruim" na avaliação. O Centro-Oeste tem 7% dos votos do país.

Como sempre, o Nordeste é a região que melhor avalia o governo: 40% avaliam o governo como "ótimo e bom", enquanto apenas 19% consideram o governo de Dilma "péssimo e ruim". A região tem 27% dos votos do país.

Aprovação de Dilma despenca para 30%, segundo Datafolha.

Pesquisa Datafolha finalizada ontem mostra que a popularidade da presidente Dilma Rousseff desmoronou. A avaliação positiva do governo da petista caiu 27 pontos em três semanas. Hoje, 30% dos brasileiros consideram a gestão Dilma boa ou ótima. Na primeira semana de junho, antes da onda de protestos que irradiou pelo país, a aprovação era de 57%. Em março, seu melhor momento, o índice era mais que o dobro do atual, 65%.

A queda de Dilma é a maior redução de aprovação de um presidente entre uma pesquisa e outra desde o plano econômico do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1990, quando a poupança dos brasileiros foi confiscada. Naquela ocasião, entre março, imediatamente antes da posse, e junho, a queda foi de 35 pontos (71% para 36%). 

Em relação a pesquisa anterior, o total de brasileiros que julga a gestão Dilma como ruim ou péssima foi de 9% para 25%. Numa escala de 0 a 10, a nota média da presidente caiu de 7,1 para 5,8. Neste mês, Dilma perdeu sempre mais de 20 pontos em todas regiões do país e em todos os recortes de idade, renda e escolaridade. 

O Datafolha perguntou sobre o desempenho de Dilma frente aos protestos. Para 32%, sua postura foi ótima ou boa; 38% julgaram como regular; outros 26% avaliaram como ruim ou péssima. Após o início das manifestações, Dilma fez um pronunciamento em cadeia de TV e propôs um pacto aos governantes, que inclui um plebiscito para a reforma política. A pesquisa mostra apoio à ideia (confira na pág. A8). A deterioração das expectativas em relação a economia também ajuda a explicar a queda da aprovação da presidente. A avaliação positiva da gestão econômica caiu de 49% para 27%.




















A expectativa de que a inflação vai aumentar continua em alta. Foi de 51% para 54%. Para 44% o desemprego vai crescer, ante 36% na pesquisa anterior. E para 38%, o poder de compra do salário vai cair --antes eram 27%. Os atuais 30% de aprovação de Dilma coincidem, dentro da margem de erro, com o pior índice do ex-presidente Lula. Em dezembro de 2005, ano do escândalo do mensalão, ele tinha 28%.

Com Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a pior fase foi em setembro de 1999, com 13%. Em dois dias, o Datafolha ouviu 4.717 pessoas em 196 municípios. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos.(Folha de São Paulo)

Como o povo não sabe do que está falando, há apoio para o plebiscito

A iniciativa da presidente Dilma Rousseff de propor um plebiscito para destravar a reforma política foi bem aceita pela população. Segundo o Datafolha, 68% dos brasileiros acham que Dilma agiu bem ao propor uma consulta popular sobre a criação de um grupo de representantes eleitos pelo povo para propor mudanças na Constituição. Só 19% entendem que ela agiu mal. Outros 14% não souberam responder.

Quando o Datafolha pediu uma opinião específica sobre a reforma política, 73% afirmaram que são a favor da apreciação desse tema por parte do grupo de eleitos. Opiniões contrárias somam 15%. O apoio ao plebiscito ocorre de forma mais ou menos uniforme entre homens e mulheres e em todas as faixas de renda, idade e escolaridade. No Nordeste, a aceitação é de 74%. No Sul, de 57%.(FSP)

PDT e PSB desistem de apoiar o PT no plebiscito.

Carlos Lupi, presidente do PDT, já disse que o partido não aprova o voto em lista fechada, sonho de consumo do PT golpista. Beto Albuquerque, líder do PSB na Câmara dos Deputados, desqualificou o vice-presidente da legenda, Roberto Amaral, que foi à reunião com Dilma e se propôs a sediar encontro na quarta-feira. "O PSB não vai se agarrar a frente alguma. Vamos defender na reforma política nossas próprias posições'', diz o deputado gaúcho, com aval de Eduardo Campos. A bancada do Senado seguirá essa orientação. É hora de estraçalhar o partido do Mensalão, no bom sentido. Sem o apoio das ruas e com os aliados livres para tomar o seu caminho, nunca na história deste país haverá oportunidade igual.

Plebiscito petista é golpe.

Coluna de Merval Pereira intitulada " O golpe do PT", publicada em O Globo:

É claro que a reforma política é fundamental para avançarmos no processo democrático, e não é à toa que há anos buscam-se fórmulas para aperfeiçoar nosso sistema político-partidário, responsável principal pelas distorções na atividade política.

Quando os manifestantes nas ruas dizem que não se sentem representados pelos partidos políticos, e criticam a defasagem entre representante e representado, estão falando principalmente da reforma política. Mas há apenas uma razão para que o tema tenha se tornado o centro dos debates: uma manobra diversionista do governo para tentar assumir o comando da situação, transferindo para o Congresso a maior parte da culpa pela situação que as manifestações criticam.
 
O governo prefere apresentar o plebiscito sobre a reforma política como a solução para todos os males do país e insistir em que as eventuais novas regras passem já a valer na eleição de 2014, mesmo sabendo que dificilmente haverá condições de ser realizado a tempo, se não pela dificuldade de se chegar a um consenso sobre sua montagem, no mínimo por questões de logística.

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, convocou para terça-feira uma reunião com todos os presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para começar a organizar a logística para um possível plebiscito. Ao mesmo tempo, a diretoria de Tecnologia do TSE já começou a estudar qual a maneira mais rápida de montar uma consulta popular nas urnas eletrônicas. Só depois dessas reuniões, o TSE terá condições de estimar o tempo previsto para implementar o plebiscito, e até mesmo sua viabilidade, já que o sistema binário (de sim ou não) pode não ser suficiente para a definição de temas tão complexos quanto o sistema eleitoral e partidário.
 
Mas já há movimentos dentro do governo no sentido de que o prazo mínimo de um ano para mudanças nas regras eleitorais, definido pela Constituição, seja reduzido se assim o povo decidir no plebiscito. Ora, isso é uma tentativa de golpe antidemocrático que pode abrir caminho para outras decisões através de consultas populares, transformando-nos em um arremedo de república bolivariana. A questão certamente acabará no Supremo, por inconstitucional.

A insistência na pressa tem boas razões. O sonho de consumo do PT seria mudar as regras do jogo com a aprovação das candidaturas em listas fechadas, em que o eleitor vota apenas na legenda, enquanto a direção partidária indica os candidatos eleitos. Como o partido com maior apelo de legenda, o PT teoricamente seria o de maior votação. Mas, se as mudanças não acontecerem dentro do cronograma estabelecido pelo Palácio do Planalto, será fácil culpar o Congresso pela inviabilização da reforma política, ou o TSE.
 
Já no 3º Congresso do PT, em 2007, o documento final - que Reinaldo Azevedo, da "Veja", desencavou - defende exatamente os pontos anunciados pela presidente Dilma em seu discurso diante dos governadores e prefeitos. Ela própria admitiu que gostaria que do plebiscito saíssem o voto em lista e o financiamento público de campanha. Até mesmo a Constituinte exclusiva, que acabou sendo abortada, está entre as reivindicações do PT desde 2007. "Para que isso seja possível, a reforma política deve assumir um estatuto de movimento e luta social, ganhando as ruas com um sentido de conquista e ampliação de direitos políticos e democráticos", diz o documento do PT.
 
Para os petistas, "a reforma política não pode ser um debate restrito ao Congresso Nacional, que já demonstrou ser incapaz de aprovar medidas que prejudiquem os interesses estabelecidos dos seus integrantes". A ideia de levar a reforma para uma Constituinte exclusiva tem como objetivo impedir que "setores conservadores" do Congresso introduzam medidas como o voto distrital e o voto facultativo, "de sentido claramente conservador", segundo o PT.

De acordo com o mesmo documento, "a implantação, no Brasil, do financiamento público exclusivo de campanhas, combinado com o voto em listas preordenadas, permitirá contemplar a representação de gênero, raça e etnia". Portanto, a presidente Dilma está fazendo nada menos que o jogo do seu partido político, com o agravante de ser candidata à Presidência da República na eleição cujas regras pretende alterar.

Os pontos-chave

- O governo apresenta o plebiscito sobre a reforma política como a solução, mesmo sabendo que dificilmente haverá condições de ser realizado a tempo
 
2 - O sonho do PT seria mudar as regras do jogo com a aprovação das candidaturas em listas fechadas
 
3 - Já no 3º Congresso do PT, em 2007, o documento final defende exatamente os pontos anunciados por Dilma

Um dos "pais do Real" prevê estagflação.

A consequência provável é que os pibinhos que se vêm se manifestando desde 2011 continuarão a mostrar sua cara feia neste e no próximo ano. Não é só a cara, o nome também é feio: trata-se da estagflação, uma combinação de estagnação com inflação. O governo colhe os frutos de se ter comportado como o proverbial aprendiz de feiticeiro. Brincou com a inflação que tanto custou a ser contida há 19 anos, ao promover uma expansão descontrolada do crédito dos bancos públicos e dos gastos governamentais, ao postergar os reajustes dos preços controlados e ao não deixar o Banco Central atuar a tempo para conter a alta dos preços. Agora terá que lidar não só com as novas demandas populares mas também com a estagflação que ronda a economia.

Edmar Bacha, em artigo em O Globo

Popularidade de Dilma desaba e segundo turno é uma certeza.

A aprovação de Dilma entrou em parafuso depois que as manifestações começaram. Um dos registros é do instituto Ideia, ligado a marqueteiros que trabalham para a oposição. Antes das manifestações, 72% dos entrevistados consideravam o governo Dilma bom ou ótimo. Agora, são 46%. Houve impacto também na intenção de voto. Há duas semanas, Dilma tinha 54%. Caiu para 44%. Marina Silva (Rede) ganhou 4 pontos percentuais e foi para 24%. Aécio Neves (PSDB) somou mais 2 e foi para 20%. Eduardo Campos (PSB) tem 5%. A avaliação de governadores e prefeitos de capitais caiu 30 pontos, em média.

Levantamentos feitos nos Estados por outros institutos também mostram o derretimento dos governantes. Dados em mãos do PT baiano a colocam no patamar dos 30 pontos. No Amazonas, ela ficou com 32. Esses números começam a lançar sementes de dúvidas sobre sua reeleição e impõem a necessidade de mudança em seu comportamento para recobrar o rumo político. Mas, sem reconhecer erros, será possível mudar? (Revista Época)

PT quer jovens que protestam contra Governo trocando ruas por um "observatório participativo".

Diante das diversas demandas apresentadas por jovens que participam de manifestações em todo o País, o governo decidiu criar um "canal de diálogo" nas redes sociais na internet para ouvir a juventude, anunciou nesta sexta-feira a secretária nacional de Juventude, Severine Macedo.

(Vejam que, em vez de agir, o governo quer conversar pelo twitter e pelo facebook...)
"Precisamos ampliar e qualificar os espaços de participação e ouvir a opinião da juventude, e para isso estamos propondo a criação do observatório participativo, que será lançado sem ser na próxima semana, na outra, para que a gente possa ter um canal de diálogo permanente com os jovens, através das redes sociais, para consultas públicas e aprofundar o conteúdo acerca dos temas de juventude", disse, após receber, no Palácio do Planalto, movimentos ligados à juventude, como as Uniões Nacional dos Estudantes (UNE) e Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).

( "Observatório participativo" é tipo uma jaulinha: em vez do jovem sair para as ruas exigindo que este governo sem vergonha na cara melhore educação, saúde, emprego, vai pra internet bater papo com militante do PT)
As redes sociais têm sido usadas como um dos principais ambientes de mobilização e convocação de protestos. De acordo com Severine, poderão ser discutidas no "observatório participativo" questões como o enfrentamento da violência nas periferias, educação e demandas dos jovens que vivem no campo.

( É muita cara de pau!)
"A nossa avaliação é fortalecer cada vez mais esse diálogo da Presidência (da República), da Secretaria-geral (da Presidência) e de todos os ministérios que têm pauta de juventude. Nosso entendimento é que as políticas sociais e universais são as que mais têm feito que a juventude hoje avance, mas suas especificidades precisam ser mais asseguradas. Daremos sequência a esse diálogo pelas redes sociais, mas também com momentos presenciais de elaboração, de acompanhamento e participação", detalhou.

( Vai sair um 0800-Embromation, um chat enrolation e o que mais? O PT não entendeu nada!)
Segundo ela, o observatório servirá para abrir um canal de comunicação com jovens que não necessariamente pertençam a alguma organização social. "O observatório está aberto para o diálogo, para o jovem que quer opinar, ser consultado, discutir um tema da sua vida, sem, necessariamente, ter de ser eleito para um espaço de participação. Essa voz dele também será ouvida e sistematizada", afirmou. 

( No power point está tudo bonitinho. Vocês já imaginaram o que vai custar um projeto absurdo destes, num governo onde nada funciona?)

Com informações do Estadão

Por que Dilma tem medo de um referendo?

Ontem, ao defender o plebiscito, Dilma Rousseff disse aos políticos que a desaprovação de uma proposta feita pelo Congresso, em referendo, seria o pior dos mundos. Deixou claro, assim, que a culpa pela crise de credibilidade do seu governo é dos políticos e que ela e sua caótica e corrupta equipe são apenas o reflexo dos maus. Os aliados vão engolir esta fraude? A questão é simples: Dilma não confia no discernimento do povo para aprovar ou não o que é melhor para o Brasil num referendo. Dilma entende que um plebiscito com um pacote fechado de perguntas que o povo não entende, feitas pelo PT, o partido da corrupção, será mais democrático do que uma reforma discutida em plenário, diante da TV, como foi o julgamento do Mensalão. A pergunta é: o que o Congresso perderá optando por um referendo que já não perdeu ao longo dos últimos anos? Em qualquer pesquisa, os políticos apresentam índices ridículos de credibilidade. Um plebiscito não salvará os políticos, salvará apenas o governo podre e sujo do PT, que terá roubado mais uma prerrogativa do Legislativo. É simples de entender: o referendo será feito pelos políticos, o plebiscito será feito pelo João Santana, o marqueteiro da Dilma. Um referendo poderá mostrar que a política mudou. Uma boa proposta de reforma, feita às claras, à luz do dia, no calor dos debates, com as galerias cheias, devolverá a força que o Congresso perdeu. O plebiscito, por sua vez, será uma cova rasa onde os políticos e a nossa pobre democracia serão enterrados.Como na Venezuela, na Bolívia, no Equador.

Hora de escorraçar o PT do poder.

É bom que os partidos políticos lembrem que o PT não tem 20% dos votos da Câmara e do Senado. Sem os seus aliados, não aprova absolutamente nada. Se houver plebiscito, ele deve ser exatamente o contrário do que o PT prega. É mais do que uma questão de inteligência. É uma questão de sobrevivência política e da própria democracia. Se o PT vencer este plebiscito, teremos um por semana, como na Venezuela. E vamos rumar, rapidamente, para sermos mais uma república bolivariana socialista. O PT é o inimigo a ser vencido. É bom que os seus aliados acordem para isso, pois foi a bandeira vermelha com a estrela que foi queimada na rua por jovens e por carteiros. E nada mais povo do que carteiros. Nada mais trabalhadores do que carteiros. O PT humilhou o PMDB e os demais partidos ao propor uma constituinte exclusiva e um plebiscito. Não perguntou a opinião de ninguém, nem mesmo do vice-presidente. O plebiscito é a oportunidade única e rara de dizer não ao PT. E com o apoio do povo na rua.

Com 1.500.000 views em um dia, video mostra "presidenta" dizendo aos políticos: "vamos ter que roubar menos".

Vídeo imperdível que retrata muito bem o que o povo pensa do atual governo e do atual partido que nos desgoverna. Se fizer um plebiscito perguntando se este governo é corrupto, 99% vai votar sim. Os outros 1% serão eles, os próprios.

Lula, que há 15 dias não aparece em público, chama Dilma de "barbeira".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou com petistas da estratégia do governo Dilma Rousseff para dar uma resposta à onda de protestos pelo país. A aliados, Lula chamou de "barbeiragem" a articulação. Antigo defensor da ideia, ele queixou-se da forma "atabalhoada" como foi gestada a proposta da convocação de uma constituinte exclusiva para discutir a reforma política, sem uma discussão prévia com o Congresso. Mais ainda, do recuo da iniciativa apenas um dia depois.

Ainda segundo petistas, Lula criticou especialmente a decisão de consultar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) sem que governistas, entre eles o vice-presidente Michel Temer (PMDB), fossem ouvidos. Dentro do PT, a atuação dos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Aloizio Mercadante (Educação), que auxiliam Dilma, também tem sido objeto de reparos.

Após a onda de manifestações que tomou conta das ruas do país, Dilma propôs um pacto nacional que incluía, entre outros pontos, a convocação da constituinte para a reforma política. Menos de 24 horas depois recuou após reação do Congresso e de ministros do Supremo Tribunal Federal para quem a medida é inconstitucional.

O governo passou então a defender a ideia de um plebiscito para a reforma. Ontem Dilma fez três reuniões no Planalto com congressistas e presidentes de partidos aliados para discutir o tema. A proposta de plebiscito também não agrada a aliados do ex-presidente. Na avaliação deles, a consulta é temerária: como cabe à Câmara elaborar as perguntas, nada impede que assuntos controversos como o fim da reeleição entrem no plebiscito.Lula teria telefonado a Mercadante para externar sua insatisfação. A assessoria do Instituto Lula diz desconhecer o telefonema.

Na semana passada, a presidente foi a São Paulo para consultar seu padrinho político sobre a explosão de protestos pelas ruas do país. A convocação de uma constituinte não estava na pauta. Interlocutores afirmam que Lula tem reservado sua opinião a público restrito, como o grupo de jovens recebido na quarta-feira. Após ouvi-los, Lula disse que o governo deveria apresentar dados em defesa da gestão petista.

Uma deficiência apontada na comunicação do governo está em registrar as obras de mobilidade urbana como gastos da Copa, alimentando a ideia de que esse custo é para a construção de estádios. O secretário-geral da Presidência e principal nome ligado a Lula no ministério de Dilma, Gilberto Carvalho, confirmou que Lula tem ouvido os movimentos sociais. "O presidente Lula fez uma reunião ontem [anteontem] com os jovens, que eu soube que foi muito interessante. Acho natural os partidos procurem nesse momento articular as suas bases, suas militâncias para fazer esse debate, fazer essa disputa que está dada na sociedade."(Folha de São Paulo)

É surpresa Dilma não saber como tirar o trem bala do papel?

O governo desistiu de ter empreiteiras como sócias na construção do trem-bala. Agora, em vez de conceder a obra de todos os 511 km a um consórcio só, o governo avalia fatiar a construção do Trem de Alta Velocidade (TAV) em vários trechos, que poderão ser contratados como obra pública ou por concessões menores, em que as empreiteiras terão um papel restrito. Nesse modelo novo, o governo quer se associar às prefeituras onde estarão as estações, para lucrar com a valorização imobiliária das áreas do entorno, explicou Bernardo Figueiredo, presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL). A poucos dias da data-limite para divulgar o edital de operação do TAV (para que a entrega das propostas ocorra em 13 de agosto), o governo decidiu elevar a Taxa Interna de Retorno (TIR) do projeto de 6,32% para algo entre 8% e 8,5% para atrair mais interessados. (O Globo)

Até Bart Simpson quer o Brasil sem PT.

Do Blog Os Navegadores:

A notícia foi divulgada pela Fox Channel, no último dia 25, por meio de uma nota oficial. Nela consta que o criador do desenho Os SimpsonsMatt Groening, estaria sensibilizado com a atual situação dos protestos no Brasil, período em que o povo resolveu ir às ruas reivindicar seus direitos contra o governo atual. Não precisamos entrar em detalhes nesse sentido, mas o que importa é que Groening resolveu dar o seu apoio ao nosso país, numa espécie de homenagem em um dos novos episódios da nova temporada.

No episódio em questão, em uma das aberturas mais precisamente, Bart escreverá no quadro negro “It’s not 20 cents. #CHANGEBRAZIL”. Essa não será a primeira vez que o autor cita o Brasil em um dos episódios da família Simpson. Sempre com uma boa dose de sarcasmo e ironia, desta vez ele não deixou passar em branco a grande manifestação que atingiu todo o território brasileiro.

A nova temporada de Simpsons estreia em setembro nos Estados Unidos.

O plebiscito da Dilma vai custar R$ 2 bilhões. É mais do que 9 ministérios gastaram em todo ano de 2012. É isso que o povo pediu nas ruas?

O custo do plebiscito da Dilma está orçado em R$ 2 bilhões. É um absurdo! Nove ministérios não receberam esta verba em 2012. O Meio Ambiente recebeu R$ 200 milhões menos. O Ministério da Cultura recebeu a metade deste valor. O Ministério da Pesca e Aquicultura recebeu pouco mais de 5% deste valor. Foi isto que o povo pediu na rua? Que a Dilma gastasse R$ 2 bilhões para fazer um plebiscito? 

Sabem quantos creches daria para construir com este dinheiro? 4.000 creches! Só a Universidade Federal do Rio de Janeiro recebeu mais de R$ 2 bilhões de 2012! A Universidade Federal Rural da Amazônia recebeu 7% deste valor! Para pesquisa e inovação, o governo gastou um quarto disso. E por aí vai.


O que um Pimentel está fazendo neste governo? Se houvesse seriedade, o amiguinho da Dilma já teria sido demitido. Ficou e continua aprontando.


Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, é um dos envolvidos na rede de escândalos que enlameia o governo do PT, um governo que é corrupto e corruptor,  porque é quem tem o dinheiro para pagar a corrupção em todos os níveis. Não existe corrupção sem dinheiro. E quem manda no dinheiro é o Executivo, não é o Legislativo. Clique aqui para lembrar. Em vez de ser demitido, Pimentel, o consultor, continuou no governo. Por quê? Para aprontar mais. É ele quem está por trás da transformação dos empréstimos para Cuba e Angola em gastos secretos. Por que estes dois países socialistas? Por que estes dois países onde Lula conduz as negociações diretamente, fazendo lobby de empreiteiras? 

Leiam o que informa Rubens Valente, na Folha:

O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) tornou secretos os documentos que tratam de financiamentos do Brasil aos governos de Cuba e de Angola. Com a decisão, o conteúdo dos papéis só poderá ser conhecido a partir de 2027. O BNDES desembolsou, somente no ano passado, US$ 875 milhões em operações de financiamento à exportação de bens e serviços de empresas brasileiras para Cuba e Angola. O país africano desbancou a Argentina e passou a ser o maior destino de recursos do gênero.

Indagado pela Folha, o ministério disse ter baixado o sigilo sobre os papéis porque eles envolvem informações “estratégicas”, documentos “apenas custodiados pelo ministério” e dados “cobertos por sigilo comercial”. Os atos foram assinados por Pimentel em junho de 2012, um mês após a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação. É o que revelam os termos obtidos pela Folha por meio dessa lei.

Só no ano passado, o BNDES financiou operações para 15 países, no valor total de US$ 2,17 bilhões, mas apenas os casos de Cuba e Angola receberam os carimbos de “secreto” no ministério do Pimentel. Este é o Brasil do PT, onde os responsáveis pelos desmandos com dinheiro público querem fazer plebiscito para reforma política, quando o que o povo clama nas ruas é contra a corrupção. Justamente a corrupção que deve existir debaixo da rubrica chamada "gastos secretos", que vai desde as despesas da amante de Lula no cartão corporativo até os empréstimos inexplicáveis a países que figuram entre os mais corruptos do mundo.

Plebe não quer plebiscito. Plebe quer o fim da corrupção no governo do PT, que é quem paga por ela.

Os presidentes dos três maiores partidos de oposição divulgaram nota nesta quinta-feira (27) para acusar a presidente Dilma Rousseff de sugerir a realização de reforma política para tentar tirar o governo do foco das manifestações populares. A oposição defende a realização de refendo, e não plebiscito, para que a população defina o novo sistema político do país --ao contrário do que sugeriu a presidente. Um plebiscito é uma eleição na qual a população escolhe uma entre diferentes propostas sobre um tema. Já no referendo o povo aprova ou rejeita uma decisão de Estado já aprovada. 

Os presidentes do PSDB, DEM e Mobilização Democrática --Aécio Neves, José Agripino Maia e Roberto Freire-- se reuniram nesta quinta para unificar o discurso contra Dilma --quando elaboraram a nota conjunta. "A iniciativa do plebiscito, tal como colocada hoje, é mera manobra diversionista, destina a encobrir a incapacidade do governo de responder às cobranças do brasileiros, criando subterfúgio para deslocar a discussão dos problemas reais do país", diz a nota. 

Os presidentes dos partidos de oposição afirmam que a reforma política possui uma "legislação complexa" que impede a população de responder apenas "sim" ou "não" ao definir o novo modelo de sistema político brasileiro, como previsto em um plebiscito. "Legislação complexa, como a da reforma política, exige maior discernimento, o que só um referendo pode propiciar", afirmam. No referendo, o Congresso aprova o novo modelo político e, posteriormente, consulta a população --que mantém o que foi aprovado, ou rejeita as mudanças feitas por deputados e senadores. 

A oposição diz que Dilma tenta dar destaque sobre a realização do plebiscito depois que viu derrotada sua "tentativa golpista de uma constituinte restritiva" para discutir a reforma política. "Se tivesse, de fato, desejado tratar com seriedade esta importante matéria, a presidente já teria, nesses dois anos e meio [de governo], manifestado à nação a sua proposta para o aperfeiçoamento do sistema partidário, eleitoral e político brasileiro", afirmam na nota.

Segundo os presidentes dos partidos de oposição, enquanto Dilma tira o foco da crise para a discussão da reforma política, o cenário econômico brasileiro se agrava, a inflação cresce, o crescimento do país se retrai e o governo perde credibilidade no exterior. "As oposições continuarão debatendo, como sempre fizeram, as questões que interessam aos brasileiros. Jamais faremos oposição ao país", diz a nota.

Embora estejam dispostos a conversar com a presidente para dialogar sobre os rumos do país, os oposicionistas até agora não receberam convite do Palácio do Planalto para conversar --embora o governo tenha divulgado que a Dilma pretende se reunir líderes da oposição. A intenção do grupo é apresentar à presidente, durante o encontro, uma pauta de 26 propostas detalhadas em manifesto lançado como resposta às manifestações populares. 

O documento sugere a redução pela metade no número de ministérios e cargos comissionados do governo federal, revogação do decreto que proíbe a divulgação dos gastos em viagens presidenciais e transparência nos negócios feitos pela Petrobras e nos empréstimos do BNDES. A oposição também tem propostas nas áreas de saúde, segurança, transporte e educação, como duplicar os investimentos da União nos gastos com segurança e concluir todas as obras de mobilidade urbana até o início da Copa do Mundo. Também há o apoio ao repasse de 100% dos royalties à educação e investimentos mínimos de 10% da receita corrente líquida da União na saúde.(Folha Poder)


A plebe já falou, Dilma. O problema não é reforma política.


A reforma política é um problema da Dilma, não é um problema do Brasil, pelo menos neste momento. O que precisa acabar é essa farra com dinheiro público, cargos de confiança, ministérios inúteis, corrupção para pagar cooptação de partidos de aluguel. O povo na rua vai votar muito melhor em 2014. Vejam, abaixo, como o plebiscito já nasceu morto. Aliás, plebiscito não, referendo sim. 

Integrantes da base aliada e da oposição começam a se unir contra a proposta defendida pela presidente Dilma Rousseff de realizar um plebiscito para a reforma política. As críticas ainda se estendem quanto à validade das eventuais mudanças nas regras já para as eleições de 2014.

Ontem pela manhã, o relator da reforma política e designado pelo governo como o negociador do plebiscito na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (PT-RS), defendeu que a consulta ocorra por volta do dia 20 de agosto, contenha algo como oito perguntas e valha já para as eleições de 2014.

Nem base, nem posição, reagiram bem. "Isso é inviável. Se forem 8 perguntas vão virar 15. Quando começarem todos a colocar suas pautas não vai haver nenhum plebiscito", disse o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ).

Para ele, há ainda aspectos práticos que dificultam os efeitos do plebiscito para 2014. "Como seria a campanha do plebiscito, o tempo de TV, o financiamento? Tudo isso em um mês? Eles estão na ilusão que é para 2014. Não há a menor chance, estão sonhando." Cunha disse que o partido irá tirar uma posição sobre o assunto na semana que vem, mas defende que haja uma questão sobre parlamentarismo e presidencialismo: "Se estivéssemos no parlamentarismo esse governo já teria caído."

O líder do PP, Arthur Lyra (AL), afirmou que o melhor caminho é o Congresso votar uma reforma política e submeter a decisão à um referendo popular. "Há dificuldades sobre a pauta do plebiscito. Para 2014, é muito difícil." Segundo ele, seu partido é a favor, dentre outros pontos, do fim da reeleição. Lembra que, uma vez incluído isso e aprovado já com validade para o próximo ano, Dilma não poderia ser candidata.

O líder do PSB, Beto Albuquerque (RS), disse que é muito difícil imaginar que até setembro tudo esteja resolvido. Aponta, contudo, um empecilho maior no plebiscito: o governo está disposto a apreciar todos os pontos que sugerirmos? O que falta é quem propôs o plebiscito conversar com o Congresso." Segundo o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), uma reunião de Dilma com líderes do Congresso deve ocorrer ainda nesta semana.

Nas oposições, há uma sensação parecida. O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), defende a realização de um referendo, e não plebiscito. "Como vai colocar textos tão complexos e técnicos para que a sociedade possa votar? A Casa poderia aprovar o texto e mandá-lo para ser referendado pela população. Vamos para votação e, uma vez aprovado, vai para o referendo."

Ao apresentar uma prévia do modelo do plebiscito, Fontana disse ontem que o "grande embate" será no que incluir no plebiscito. "O grande embate democrático é sobre quais perguntas devem entrar no plebiscito". Ele defendeu que algumas questões são certas na consulta: financiamento de campanha, fidelidade partidária, modelo eleitoral, coincidência de eleições e fim das coligações proporcionais.

De acordo com ele, as perguntas devem ser aquelas mais complexas e onde o entendimento é difícil no Congresso Nacional. "Não precisa o plebiscito ter perguntas óbvias. Por exemplo, a possibilidade de o cidadão apoiar um projeto de lei ou emenda constitucional por assinatura digital. Isso teria apoio da população e não precisa ser objeto de consulta." Nesse caso, Fontana disse que a reforma política seria complementada com algumas votações no Congresso.

O petista afirmou ainda que a data do plebiscito deve ser aquela suficiente para que as novas regras valham nas eleições de 2014: "Como o prazo limite para que novas regras tenham valor é 5 de outubro, uma ideia é que a consulta plebiscitária possa ocorrer em torno do dia 20 de agosto, porque daí o Parlamento teria 30 ou 40 dias para adaptá-las." ( Valor Econômico)