Peemedebista deve ser eleito para Câmara com 85% dos votos.

Apesar das denúncias de irregularidades e das divisões dentro do principal aliado, o PT mantém inalterado o apoio à candidatura do líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), a presidente da Câmara dos Deputados. "O PT é cumpridor de acordo e vai cumprir esse acordo", disse o líder do PT, José Guimarães (CE). "Vamos até o fim com Alves. Não há a menor hipótese da bancada não apoiá-lo. Chance zero. Temos um acordo e vamos cumpri-lo", disse o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).

A avaliação geral na bancada e no partido é de que as denúncias de favorecimento de recursos de emendas parlamentares e a de contratação de empresa fantasma para prestar serviços ao seu gabinete não abalaram a candidatura de Alves. Foram interpretadas apenas como decorrentes de rachas internos do PMDB. Mas há outros fatores políticos que preponderam sobre esses e colaboram para o partido manter e defender a eleição de Alves.

Internamente, o grupo petista mais antipático a alianças com o PMDB e que sempre cogitou lançar um petista contra ele na disputa pela presidência da Casa se enfraqueceu nos últimos meses. Perdeu espaços na bancada e deputados de peso. Com uma diferença de 11 votos, André Vargas (PR) derrotou Paulo Teixeira (SP) no embate interno pela indicação do PT a vice-presidência, em dezembro. Em outra frente, José Guimarães (CE) assumiu a lideranças no lugar de Jilmar Tatto (SP), que deixou Brasília para assumir a Secretaria de Transportes de São Paulo.

Outro possível foco de dissidência, o presidente da Câmara, Marco Maia (RS), seguiu orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aderiu completamente à candidatura Alves. Com ele, cumpriu um périplo com empresários e políticos nesta semana em Porto Alegre (ver matéria abaixo). Restaria, assim, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), tentar se lançar, mas aparentemente não há muito espaço nem tempo para manobras de última hora. Que, a rigor, poderiam lhe custar o cargo, uma vez que a orientação da presidente Dilma Rousseff continua a ser a de apoiar Alves. O máximo que Chinaglia fez nesta semana, segundo petistas, foi telefonar a Rose de Freitas para sondá-la do cenário político.

Dificulta também qualquer recuo a frente ampla de acordos costurados por Alves para a disputa. Ele tem declarados os apoios das bancadas do PT, PSDB, DEM, PP, PR, PSD, PCdoB, PPS, PSC, PRB, PTdoB, PRP, PHS, PTC, PSL e PRTB além, claro, do PMDB. O que lhe dá, em tese, 85% dos votos.

Além disso, as outras duas candidaturas colocadas, a da vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES), e a do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), são consideradas pelo PT perigosas e de alto risco ao governo. Delgado é correligionário do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, já considerado pelo petismo adversário de Dilma em 2014. Também incomoda o fato de ele ser de Minas Gerais, mesmo Estado de outro presidenciável, Aécio Neves (PSDB), e onde há focos oposicionistas no próprio PMDB. Já Rose de Freitas é tida como imprevisível demais para assumir o cargo.

Os dois deputados, assim como Alves estão em plena campanha. Na segunda-feira, Delgado esteve em Minas, onde se encontrou com o governador Antonio Anastasia (PSDB). Ontem, o deputado foi a Manaus. Rose de Freitas concentrou sua campanha em Brasília. (Valor Econômico om agências noticiosas)

5 comentários

Não há agora a menor dúvida de que nosso congresso não tem nada de diferente do venezuelano.

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Sr Coronel:


Como fica o psdb nesse embrulho?
Não fica.
Corrupção Já,Ampla,Geral e Irrestrita

Saudações

Ps Chegou a hora do psdb honrar acordos políticos,Corrupção Já,Ampla,Geral e Irrestrita.
Aproveitando,o seu jorge,aquele que gosta de dragões de fino trato,vai levar a rose para Cuba?

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"Nós semus teu e tu és noçço".

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curioso mesmo eh o candidato psolento dizer que Renan representa "a volta" dos coronéis?

como assim "a volta"?

e o coroné atual nao conta?

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"Você é nosso e nós somos teu".Ninguem vai ganhar do Vaccarezza essa frase.

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