Assessores do gabinete do senador Aécio Neves (PSDB-MG) estão
engordando seus contracheques graças a cargos em estatais mineiras. Três
servidores comissionados recebem, além do salário do Senado,
remunerações por integrar conselhos de empresas do Estado, governado
pelo tucano de 2003 a 2010 e agora sob o comando do aliado Antônio
Anastasia (PSDB). Assim, turbinam os rendimentos em até 46%. Ninguém é
obrigado a bater ponto no Senado e, nas estatais, são exigidos a ir a no
máximo uma reunião por mês.
Nomeado assessor técnico de Aécio em
fevereiro de 2011, o administrador Flávio José Barbosa de Alencastro
recebe R$ 16.337. No Conselho de Administração da Companhia de
Abastecimento de Minas (Copasa), ele tem direito a até R$ 5.852 por mês,
totalizando R$ 22.190. A política de remuneração da Copasa, enviada à
Comissão de Valores Mobiliários, diz que em 2011 foram reservados R$
632.100 para o pagamento dos nove conselheiros. Metade é paga como
parcela fixa mensal e o restante, conforme a participação nas reuniões.
Alencastro foi eleito para o conselho em 15 de abril, menos de um mês
após a nomeação no Senado.
Reuniões. Também assessora de Aécio,
com salário de R$ 16.337, a jornalista Maria Heloísa Cardoso Neves
recebe jetons de R$ 5 mil por mês da Companhia de Desenvolvimento
Econômico de MG (Codemig) para participar, obrigatoriamente, de três
reuniões anuais do Conselho de Administração. E, por vezes, de encontros
extraordinários. Em 2011, foram três. Heloísa foi indicada em 2004,
pelo então governador Aécio, e admitida pelo Senado em 2011. Ela diz que
sua atribuição é, sobretudo, cuidar de estratégias de comunicação e
projetos ligados à área.
Assistente parlamentar do senador, Maria
Aparecida Moreira, trabalha como atendente no escritório político do
tucano na capital, com salário de R$ 3.202 pago pelo Senado. A Companhia
de Habitação (Cohab-MG) lhe garante R$ 1.500 mensais por integrar o
Conselho de Administração. Segundo o órgão, os integrantes participam de
'até uma reunião ordinária mensal'. A assessora está no conselho desde
2003 e no Senado desde agosto de 2011. Questionado, Alencastro não
se pronunciou. Heloísa Neves e Maria Aparecida disseram que não há
irregularidade e que a documentação referente aos conselhos foi entregue
ao Senado, sem objeções. A Casa não se pronunciou sobre o acúmulo de
cargos.
Aécio informou, via assessoria, que não há vedação legal
ou incompatibilidade entre as funções. Alegou que a acumulação indevida,
prevista na Constituição, não se aplica a esses casos e que o STF, em
medida cautelar, acolheu esse entendimento. Aécio disse que os
funcionários cumprem carga horária regular no Senado. (Do Estadão)
3 comentários
eh a terra da fantasia...
Replyjornalista que ganha 16 paus + 5 de jetons?
Sr Coronel:
ReplyGENTE COISA É OUTRA FINA
UMA VEZ TRAÍRA
SEMPRE TRAÍRA
.........
Saudações
UM MUNDO MELHOR É POSSÍVEL
FORA PT
Manda o ministerio público, o TSE,o STF e quem mais for de direito acabar com a farra,isso, se é farra, claro pois de acordo com as leis vigentes e com o que a carmarilha vote, até então está certo, segundo o Aécio. Se não, o Bornhausen (cadê ele?)e seus apaniguados bem que poderiam tomar a frente dessa cruzada e acabar com a questão.Seria a total e completa moralização do país.
ReplyAbraços, Borchio.