Código Florestal: uma questão acima dos partidos.

A nação foi a grande vitoriosa do acordo que aprovou no Senado o novo texto do Código Florestal

O NOVO texto do Código Florestal é um belo exemplo de engajamento dos parlamentares e da opinião pública em geral em um intenso debate, com consequências amplamente benéficas para toda a sociedade brasileira.

Após a aprovação do relatório do deputado Aldo Rebelo pela Câmara, o projeto de lei foi enviado ao Senado, que se envolveu em uma ampla discussão, de certa forma polarizada entre os parlamentares representantes do setor agropecuário e os ambientalistas. No entanto, todos os parlamentares, independentemente de seus vínculos setoriais e partidários, participaram ativamente da discussão, exercendo um importante papel moderador.

O texto aprovado no Senado não apresentou nem vencidos nem vencedores, sendo a nação a grande vitoriosa desse processo. O Poder Executivo participou ativamente dessas negociações, contribuindo para que um texto de consenso pudesse, enfim, ser apresentado. É forçoso admitir, porém, que nem todas as demandas do setor agropecuário foram atendidas, tanto que a Câmara, dentro do rito legislativo, está discutindo aspectos que podem ser melhorados, o que não invalida o acordo obtido.

Há um pleno exercício das prerrogativas do Parlamento e é incompreensível que ambientalistas, que tiveram todo o espaço para convencer os legisladores sobre as suas teses, provoquem um falso conflito entre o Legislativo e o Executivo. Pontos discordantes, que não tenham sido objeto de acordo, irão naturalmente ao voto e não representam derrota ou vitória, mas a expressão da vontade da maioria.

Eis por que não canso de me surpreender com as atitudes radicais dos que se recusam a aceitar o fruto desse trabalho de convergência. Na verdade, faz descaso e desrespeita vários pilares da democracia, se atendo apenas à exigência de um veto presidencial. Da mesma forma, é pueril a tentativa de reduzir esse amplo debate a um choque entre ruralistas maus e ambientalistas bons, para jogar a opinião pública contra o Parlamento, contra a presidente e contra um setor que congrega 5,3 milhões de produtores e responde por quase 30% do PIB nacional.

Nunca é demais lembrar que o debate do Código Florestal tem sido suprapartidário. Isso tem se refletido em todas as votações. Quer um exemplo? A Frente Ambientalista tem 237 deputados federais. No entanto, na votação da Câmara, o Código Florestal foi aprovado com apenas 63 votos contrários e uma abstenção.
A matemática é prova do consenso: 173 parlamentares ambientalistas, no mínimo, votaram a favor da nova lei. No Senado, o resultado não foi diferente. Esses dados desfazem a manipulação grosseira dos fatos por uma minoria barulhenta, que tenta chantagear a presidente da República para que vete uma das mais consensuais decisões do Parlamento brasileiro em todos os tempos.

O que diriam os ambientalistas se as posições fossem invertidas e o setor agropecuário estivesse defendendo o veto? Estariam nos considerando democratas? Provavelmente diriam que a bancada ruralista estaria aplicando um golpe na democracia.

Artigo da Senadora Katia Abreu (PSD-TO), presidente da CNA, na Folha de São Paulo

8 comentários

Ser ambientalista não é privilégio de ninguém. A esquerda usa o ambientalismo para seus propósitos... marxistas.

Comunista cristão, esquerdista ambientalista, socialista humanista, marxista democrático... Isso só pode ser ironia, sarcasmo. Mais fácil achar chifre em cabeça de cavalo.

A verdade é que todos os produtores de alimentos são ambientalistas, pois é da terra que vem o seu (e o nosso) sustento.

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Veja, Coronel, o mimo que encontrei na internet:

'A CIA e o FBI criou as FARC's para controlar através da Colombia uma forma de desestabilizar governos latinos americanos, e foram tendenciosas e iverteram a noticia dos aocontecimentos.'

Não sei se é para rir ou chorar.

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Coronel,
me diga onde e quando as questões estão acima dos partidos e acima desses parlamentares corruptos.

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Coronel,

essa senadora é maravilhosa!
Queria que fosse presidente ou vicwe do Brasil.

Artigo que dá um literal soco na cara dura da Marina Mogno-Roubado da Silva.

Que a lucidez prevaleca.

Flor Lilás

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Os Ongabientalistas estrangeiros querem mesmo é "comer" as nossas florestas. Bons gourmets que são não as querem cruas , preferem-as MARINADAS.

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Coronel,
o Demóstenes, com toda razão, continua na página principal da Veja. Já a nossa musa das águas, a Ideli a piranha, foi deletada. A Veja, apesar dos pesares, está se ajoelhando. Só não o fez de verdade como diz o Cearense, por ter jornalistas de fibra como o Policarpo e alguns outros. Na essência, já era.

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Friedrich von Hayek

"A geração de hoje cresceu num mundo em que, na escola e na imprensa, o espírito da livre iniciativa é apresentado como indigno e o lucro como imoral, onde se considera uma exploração dar emprego a cem pessoas, ao passo que chefiar o mesmo número de funcionários públicos é uma ocupação honrosa."

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Ongolóides parecem macacos porque precisam de árvores em todo o Brasil para reinar a rainha Marina Silva, do Grão Pará ( antigo reino indígena na amazônia, espanhois e portugueses nunca dominaram a amazônia, depois da independência o território de 5 milhões de quilometros quadrados foi afinal incorporados ao Brasil.
A ongolóide quer o país todo como um novo grão pará, sem governo nem moeda e apenas índios e macacos na área. FORA RAINHA VAGABUNDA DA FOME E MISÉRIA BRASILEIRA.

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