Ex-secretário estadual da Educação e pré-candidato a prefeito de São Paulo, o deputado Gabriel Chalita (PMDB) usou teses praticamente idênticas para concluir dois mestrados, um em ciências sociais e outro em direito. O caso é um exemplo típico de autoplágio, conduta rara e considerada antiética no ambiente acadêmico. O primeiro mestrado de Chalita, em ciências sociais, foi defendido em 1994. Três anos depois, ele obteve o título de mestre em direito. Cerca de 75% da segunda tese é uma reprodução da primeira. Os dois capítulos principais, além da conclusão do trabalho, são idênticos. "O fato é inusitado. Nunca tinha visto caso idêntico ou similar a este", afirma André Ramos Tavares, pró-reitor de pós-graduação da PUC-SP, instituição responsável por conceder os dois títulos de mestre a Chalita. Entretanto, Tavares informou que a universidade não vê irregularidade no caso.
Há cursos da própria PUC, porém, que preveem que a identificação do autoplágio deverá levar "à imediata reprovação do aluno". A Folha procurou seis professores titulares de quatro universidades diferentes e perguntou se, em tese, aprovariam um aluno que defendesse uma segunda dissertação de mestrado nas mesmas condições de Chalita. Todos disseram que não, e alguns afirmaram, sem citar o caso concreto, que seria possível pensar na revogação do título acadêmico. "É evidente que um mestrado assim não vale", diz Lenio Streck, consultor "ad hoc" de avaliação da Capes (órgão do Ministério da Educação responsável pelos cursos de pós-graduação). "O aluno precisa apresentar o resultado de sua pesquisa. Se o trabalho é igual, o que ele pesquisou?", questiona Streck, professor da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos, RS).(Da Folha de São Paulo).
6 comentários
antietico?
Replypressupõe-se que haja alguma ética no pais então?
me mostrem qual...
o pais esta em frangalhos...
alias, nem parece mais um pais, e sim apenas um amontoado de interesseiros...
Depois que a UnicamPT deu o título de "doutor" ao Mercadante, acredito em qualquer coisa!
ReplySó tem picareta conseguindo títulos, inclusive o Lula!
Chris/SP
Mercadante, o jubilado, defende sua tese um século após a conclusão dos créditos, na UNICAMP. E não defende absolutamente nada. Discorre sobre o desgoverno LULA, apoiando-se em falácias e ilações. Com uma banca escolhida a dedo, é aprovado.
ReplyChalita, o mestre golpista deslumbrado, defende a sua tese mudando o título da própria dissertação. Não é à toa que escreve livros e mais livros de auto-ajuda.
Hoje, no Brasil, qualquer um pode ter títulos de mestre e doutor. Não existe mais mérito; agora todo mundo é esperto.
Com o desgoverno petista no poder, houve a multipilicação de cursos de pós-graduação. A qualidade desses cursos é pífia, na sua maioria; é nivelada para baixo.
Nunca nestipaiz o ensino foi tão ruim. Os profissionais aqui formados são péssimos, beirando à ignorância.
Mercadante e Chalita são a prova da desconstrução da educação que impera no desgoverno atual.
Obs. O orientador e a banca de tese do Chalita são muito ruins, ou mal intencionados, em não ter o cuidado, a obrigação mesmo, de pelo menos folear algumas páginas da dissertação do espertalhão. A maior culpa por tudo isso, a meu ver, é dos acadêmicos da banca.
Anônimo das 10:25
ReplyEra pior do eu pensava. A dissertação é a mesma, só muda o curso na própria instituição de ensino.
É muita cara de pau dos envolvidos.
Cadê meu uísque?
-.-.-.-.-.-.
Mestrado em Ciências Sociais PUC/SP
Título: Relações de Poder em Maquiavel e La Boétie, Ano de Obtenção: 1995.
Mestrado em Direito PUC/SP
Título: O Poder no Período Renascentista, Ano de Obtenção: 1997.
tô na área
ReplyEste pré-Reitor(sic)André Ramos Tavares deveria ler mais o blog do Professor Marcelo(UNB) dos milhares de casos de plágio,auto-plágio e auto-citação.Os sites "especializados estão abarrotados de casos e tem MUITO BRASILEIRO envolvido assim como universidades e BANCAS DE REVISÃO e REVISTAS.
fui..
E o Mercadante que simplesmente apresentou como tese um livro que tinha escrito há muito tempo bajulando Lula e, num piscar de olho, descolou seu título de doutor, contrariando todas as regras ? Nesses tempos de Pt, há Faculdades e faculdades.
Reply