PSDB vê Brasil pelo retrovisor. Que pena!

Que coisa mais patética e imbecil esta lenga-lenga do Beto Richa, governador tucano do Paraná, que perdeu Gustavo Fruet, que é muito melhor do que ele, para o PDT, na semana que passou:

" O PSDB pecou na comunicação nos últimos anos. Não soubemos comunicar, apontar a paternidade dos nossos programas, coisa que o PT fez muito bem".

E quem é que está interessado em saber quem é pai de qualquer coisa? Vão trabalhar, tucanada, vão criar coisas melhores, inovar, olhar o Brasil do futuro e não esta imbecilidade de legado do FHC. A Bolsa Escola é muito menos importante que a Bolsa Família. A Bolsa Família é mil vezes melhor, tanto é que elegeu um poste! Essa busca de um ícone chamado FHC só serve para lustrar a biografia do ancião. Ele já fez muito pelo país. Ele não precisa desta babação de ovos. Não usem este subterfúgio, este escudo, esta falácia para esconder a própria incompetência de renovar e de ser melhor que o adversário. Vão trabalhar, vão unificar programas, vão criar marcas comuns, vão mostrar um programa para um país que está deixando de ser pequeno. Deixem de ser incompetentes! O discursinho dos tucanos está muito antigo. Discursinho analógico, na era digital.

Tem mais é que chutar o pau da barraca.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) usou o Twitter nesta sexta-feira (30) para reclamar que ele e o ex-governador José Serra (São Paulo) foram "ignorados" pelo diretório do PSDB em São Paulo na propaganda política da legenda. Nunes disse que não foi consultado sobre as peças publicitárias que estão sendo exibidas. "Resolvi passar recibo publicamente porque sequer fui consultado a esse respeito. Há quase uma década sem representação no Senado, o PSDB paulista me ignorou na propaganda política que está no ar", disse o tucano no microblog.E completou: "A propaganda do PSDB ignora também o líder político com a trajetória e o prestígio popular de @joseserra_ [referência ao perfil do ex-governador]. Vamos bem assim".(Da Folha Poder)

Combinem a notícia acima com o post abaixo.

Ibope: Dilma na margem de erro.

A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff voltou a subir entre julho e setembro, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada na manhã desta sexta-feira (30). O índice de pessoas que consideram como ótimo/bom passou de 48% para 51%.Com isso, caiu a quantidade de entrevistados que consideram sua gestão como regular e também os que avaliam como ruim/péssimo. O índice dos que consideram regular a gestão da presidente passou de 36% para 34%. Os que avaliam como ruim/péssimo passou de 12% para 11%.Leia mais aqui.

A novidade é que a melhoria na avaliação de Dilma cresceu mais entre os eleitores da região Sul, que teve os maiores índices de ótimo ou bom, de 57%. 

Para pensar: o eleitor do Sul, que odiava Lula, está feliz com o silêncio de Dilma. As pessoas no Sul são mais fechadas, querem trabalhar, em vez de ouvir discursos, ofensas, promessas e fanfarronices. Talvez aí esteja o sucesso da presidente: ficar quietinha no seu canto e não incomodar quem produz. Mantenha o bico calado e se reeleja, Dilma Rousseff. Até porque para esta oposição que aí está...

Óbvio.

Se a legislação permite que seja fundado um novo partido e que para ele migrem políticos eleitos pelo voto do povo e não por siglas partidárias, é justo que a este partido sejam garantidos os mesmos direitos dos outros, por lei. Desta forma, é ponto pacífico que o PSD terá fundo partidário, tempo de TV e espaços físicos no Congresso, na proporção das suas bancadas. É o ônus a ser pago pelos partidos que hoje são menores do que eram naqueles idos tempos de 2010.

Em busca do FHC perdido.

Hoje, em Goiânia, tem reunião dos oito governadores do PSDB. Vão analisar, em comitê, a pesquisa "fim do mundo" realizada por Antônio Lavareda, aquela que foi vazada para o PT propalar que hoje Dilma venceria Serra no primeiro turno e que este reduziu o número de votos, estando, obviamente, acabado para a política. Comandada pelo vitorioso Sérgio Guerra, ex-senador e agora deputado pelo Pernambuco, presidente do partido e artífice estratégico do Novo PSDB, os tucanos buscam acertar o discurso. Já faz parte da decisão final resgatar o legado de Fernando Henrique Cardoso. Com o resgate, será uma barbada eleger 1.000 prefeitos em 2012 e vencer a eleição presidencial em 2014.O povão não aguenta mais de saudade do FHC.

Aécio e a síndrome do vice.

Do Painel da Folha:

O gesto de Aécio Neves, que saiu da hibernação para anunciar à bancada do PSDB a disposição de concorrer à Presidência contra "Lula ou Dilma", foi interpretado em Brasília como resposta ao protagonismo crescente de Eduardo Campos (PSB), que fez da eleição da mãe ao TCU uma exibição de força, e Gilberto Kassab, que, de posse do registro definitivo de seu PSD, vai contabilizando adesões em número capaz de fazer a sigla eventualmente superar a bancada tucana na Câmara. Não por acaso, as especulações para 2014 passaram a incluir, entre as chapas possíveis, uma com Aécio e Eduardo -mas com o pernambucano na cabeça.

Serra abaixo.


Na última eleição do diretório nacional do PSDB, José Serra, o tucano de 40 milhões de votos, foi humilhado e praticamente expurgado do partido. Recebeu um título inexistente, de presidente do Conselho Político, com a promessa de verbas próprias e prestígio, além de voz nas decisões. Hoje, no site do PSDB, na aba do "quem é quem", José Serra é tratado como "membro" e não como "presidente". Aliás, não por mero acaso, é o último nome da lista, apesar da ordem alfabética. Alguém duvida do que Aécio, Guerra, Tasso e o insosso Alckmin (observem o nome em caixa alta) querem fazer com José Serra?

PSD terá a maior bancada no Rio.

Indio da Costa, o ex-vice de José Serra, lidera a formação do PSD no Rio de Janeiro. A bancada do novo partido será a maior do estado, com 12 deputados. Inicialmente aliado a Sérgio Cabral(PMDB) e adversário dos agora unidos para sempre, na alegria e amargura, Rodrigo Maia (DEM) e Garotinho (PR), Indio faz em meio ano no Rio de Janeiro o que o PSDB e o DEM não conseguriam fazer uma vida inteira.

Operação Bandidos de Toga: CNJ condena, STF "descondena".

O STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu quase metade das punições aplicadas pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) a juízes acusados de cometer crimes desde a criação do organismo. Os ministros do Supremo concluíram que o conselho só poderia ter entrado em campo depois dos tribunais estaduais, e somente nos casos em que eles tivessem sido omissos ou conduzido as investigações com desleixo. Atualmente, o CNJ tem o poder de abrir inquéritos para examinar a conduta de juízes sob suspeita quando os tribunais em que eles atuam nos Estados não fizerem nada para investigá-los.

A AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) considera inconstitucional a resolução que dá esse poder ao CNJ e moveu uma ação no Supremo contra o conselho, alegando que ele interfere na independência dos tribunais. Das 33 punições impostas pelo CNJ com fundamento nesse poder, 15 foram suspensas por liminares concedidas por ministros do Supremo. A principal decisão favorável do STF ocorreu num caso que envolve dez juízes de Mato Grosso acusados de desviar dinheiro para uma instituição ligada à maçonaria. O CNJ determinou que os dez magistrados fossem aposentados compulsoriamente, mas liminares concedidas pelo ministro Celso de Mello suspenderam a pena e reconduziram todos ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Desde sua instalação em 2005, o conselho atuou em outros 23 casos em que confirmou ou revisou punições aplicadas pelos tribunais nos quais os juízes atuavam.

A controvérsia em torno dos poderes do conselho provocou uma crise na cúpula do Judiciário nesta semana, pondo em lados opostos a corregedora do CNJ, Eliana Calmon, e o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, que também preside o conselho.A corregedora afirmou numa entrevista que o Poder Judiciário sofre com a presença de "bandidos escondidos atrás da toga". Peluso e associações de juízes reagiram acusando Calmon de fazer acusações genéricas. O julgamento da ação da AMB contra o conselho estava marcado para esta semana, mas foi suspenso porque os ministros do Supremo decidiram buscar uma solução para o impasse que evite um desgaste maior para a imagem do Judiciário. A ideia é criar limites para a atuação do CNJ sem esvaziá-lo completamente, definindo com mais clareza as circunstâncias em que ele poderia tomar a iniciativa de investigar juízes antes dos tribunais dos Estados. (Da Folha de São Paulo)

Operação Bandidos de Toga: mais da metade dos corregedores são alvos de ações no CNJ.

Pesquisa feita pelo Estado no sistema processual do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra que 18 de 29 atuais e recentes corregedores de tribunais de Justiça respondem ou responderam a processos no próprio órgão. Nos tribunais regionais federais, três dos cinco corregedores já foram ou são alvos no CNJ. Dos 27 presidentes dos tribunais de Justiça do País, 15 têm processos em tramitação ou arquivados no Conselho. Dos cinco presidentes de tribunais regionais federais, dois possuem processos em tramitação ou arquivados no CNJ.

Os números mostram que a cúpula dos tribunais brasileiros já se viu sob a ameaça de punição pelo CNJ, fato que pode explicar a resistência da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) às investigações do órgão. No grupo de investigadores que acabaram investigados, dois corregedores de Justiça do Amazonas e do Rio de Janeiro já foram afastados do cargo em razão de investigações de irregularidades graves. O corregedor do Tribunal de Justiça do Amazonas, Jovaldo dos Santos Aguiar, foi afastado do cargo justamente por suspeitas de proteger colegas suspeitos de irregularidades ao paralisar os processos disciplinares que respondiam. O então corregedor do Rio, Roberto Wider, foi afastado pelo voto unânime do CNJ, suspeito de patrocinar irregularidades em cartórios do Estado. Ambos sempre negaram qualquer irregularidade.

Dados como esses ajudam a explicar por que a corregedora-nacional de Justiça, Eliana Calmon, defende o poder do Conselho Nacional de abrir e punir magistrados, mesmo que eles não tenham sido investigados pelos tribunais de Justiça local. Quando a cúpula dos tribunais está envolvida em suspeita de irregularidades, argumenta a corregedora, os colegas quase sempre não possuem força própria para levar adiante as investigações. Em casos como esses, a Corregedoria Nacional intervém e atua por conta própria, abrindo investigações e punindo os magistrados suspeitos. Decisões como essas motivaram críticas de ministros do Supremo e são a razão da crise deflagrada nesta semana no Conselho Nacional de Justiça.

No final de semana, a ministra Eliana Calmon apontou a existência no Judiciário de bandidos de toga. A reação do presidente do Conselho, Cezar Peluso, acarretou a publicação da nota de repúdio às declarações da ministra, classificada por todos os conselheiros de levianas. Enquanto Eliana Calmon defende a manutenção dos poderes do CNJ de investigar magistrados suspeitos, Peluso encampou a tese de que os tribunais de Justiça têm autonomia para apurar irregularidades e julgar os juízes. O confronto entre os dois e a ameaça de intervenção do Congresso, com a aprovação de uma emenda constitucional para blindar o CNJ, conduziu os ministros do Supremo a buscarem uma saída para preservar as competências do Conselho e, ao mesmo tempo, manter a responsabilidade dos tribunais de julgarem os juízes locais. As definições dos critérios que serão impostos às corregedorias locais e à Corregedoria Nacional fizeram com que o STF adiasse, por tempo indeterminado, o julgamento do processo da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) que busca, em última instância, reduzir os poderes do CNJ, criado em 2004.(Do Estadão)

Homem armado entra no Palácio para falar com Dilma.

Um homem de 31 anos, vestido todo de preto e armado com um revólver de calibre 38, entrou na recepção do Palácio do Planalto na manhã de hoje, enquanto a presidente Dilma Rousseff concedia andares acima uma entrevista à TV Record. Identificado como Maycon Kusther Pinheiro, o homem exigia a presença da imprensa e dizia que 'isso tudo só está acontecendo porque recorri a todas as esferas da Justiça e não fui atendido'.Maycon tinha em mãos um documento que pretendia entregar à presidente, em que dizia que recebeu do seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, cargo de diplomata e 'mais de um bilhão de reais com o objetivo de executar os membros da facção criminosa que domina todas as esferas da sociedade capixaba desde a polícia'. Ele alegava ser perseguido por uma organização criminosa e, como não conseguiu amparo na Justiça, ameaçou tentar suicídio. Após uma hora de negociação, Maycon se entregou e foi levado à superintendência da Polícia Federal em Brasília. (Do Estadão)

Alckmin age para blindar neto de Covas.

A base do governo na Assembleia Legislativa de São Paulo atuou ontem, na primeira reunião do Conselho de Ética sobre a suposta venda de emendas parlamentares, para evitar que o deputado Roque Barbiere (PTB) vá ao órgão submeter-se às perguntas dos parlamentares e para blindar o secretário de Meio Ambiente, Bruno Covas (PSDB). O encontro foi secreto, a pedido do deputado Campos Machado (PTB), um dos membros do conselho. 'Não vou aceitar essa questão de democracia. Isto é demagogia', disparou. A base governista, que tem maioria no conselho, aprovou a proposta por seis votos a dois. As manifestações contrárias foram dos dois petistas da comissão.

O conselho aprovou um convite para que Roque Barbiere deponha na próxima quinta-feira. Por não se tratar de uma convocação, o deputado não é obrigado a comparecer. Durante a reunião, Campos Machado propôs que Barbiere preste depoimento por escrito em um prazo de até 30 dias a partir do momento em que for notificado do convite. A proposta foi vista por alguns parlamentares como uma tentativa da base de protelar as explicações e esvaziar as denúncias. Leia mais aqui.

Anistia ameaçada.

A tentativa de parlamentares defensores da punição de torturadores de rever a Lei da Anistia sofreu um revés na Câmara dos Deputados. A Comissão de Relações Exteriores da Casa rejeitou ontem dois projetos que tratam do tema. A proposta segue tramitando e irá ainda à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e ao plenário, mas o parecer contrário torna mais difícil transformar a ideia em lei. As propostas foram apresentadas ao Congresso neste ano pelos deputados Luiza Erundina (PSB-SP) e Chico Alencar (PSOL-RJ). Eles desejam editar uma norma legal determinando que crimes cometidos por agentes públicos contra pessoas que combateram a ditadura militar não se incluem no conceito de 'crimes conexos' dispostos na Lei da Anistia. O tema foi debatido no ano passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e o resultado foi de que os crimes praticados por agentes públicos estão anistiados pela lei. Para Erundina, porém, o julgamento não encerra o debate e o Congresso teria o poder para mudar a legislação. Ela destaca que o País já foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por não ter punido torturadores. Leia mais aqui.

Fora, Padilha.

A presidente Dilma Rousseff admitiu nesta quinta-feira, 29, que a área de saúde enfrenta um “problema sério de gestão”, durante entrevista ao vivo ao programa “Hoje em Dia“, da TV Record. Para a presidente, não é possível aceitar que a saúde no Brasil “não precisa de mais dinheiro”. “Tem um problema sério de gestão sim. A gente tem recursos e o uso desse recurso tem de ser melhorado”, disse a presidente, ao ser questionada pelo apresentador se dava para melhorar a saúde do Brasil e se era necessário um novo imposto para isso. 

“Não estou pedindo hoje um aumento de impostos. Nós vamos melhorar a gestão da saúde nesse País e, quando ficar claro para população que ela precisa de mais coisa, ela mesma vai se encarregar de pedir. Temos de provar, o governo federal, estaduais, municipais, que nós podemos gerir bem a saúde e a partir daí começar a conversar claro para a população”, comentou Dilma. Segundo Dilma, é possível “contar nos dedos” os países que oferecem serviço universal de saúde, gratuito e de boa qualidade. A presidente observou que o Brasil investe menos per capita do que países vizinhos. “Se você olhar, a Argentina per capita investe mais em saúde do que nós, 42% a mais, o Chile, 27% a mais, e se você olhar o setor privado versus o setor público, o setor privado per capita está colocando 2 vezes e meia mais.” ( Do Estadão)
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Se o ministro da Saúde, o petista Alexandre Padilha, trabalhasse mais em vez de badalar em encontros de blogueiros do esgoto e viver atrás de um flash, a área não teria tantos problemas de gestão. Então a Dilma poderia começar a faxina demitindo o ministro incompetente.

A cada hora que passa, mais boquinhas são caladas.

O líder do PSD na Câmara, Guilherme Campos (SP), afirmou que não deve aceitar o convite para participar das reuniões semanais realizadas pelos líderes da base aliada ao governo. O motivo: a "independência" da nova legenda, comandada nacionalmente pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. "Agradecemos o convite, essa é um atitude elegante e respeitosa ao PSD, mas nós somos independentes. Se aceitássemos esse convite cairia por terra tudo que temos falado, pela simbologia de participar desses encontros", disse Campos. 

Mais cedo, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), havia dito que convidaria Campos para participar dos encontros, que acontecem tradicionalmente durante os almoços das terças-feiras.O petistas classificou a criação do PSD como o principal fato político partidário do ano. "Acho não há precedentes, construir um partido desse tamanho, sem tempo de TV. Isso tem um significado político imenso, o maior do ano", afirmou.(Da Folha Poder)

Ex-ministro de Lula sai do PMDB para o PSD. Pelo tom da saída, não parece estar trocando seis por meia dúzia.

Reinhold Stephanes decidiu trocar o PMDB pelo PSD, diz que “a decisão está tomada” e que está escrevendo a carta de desfiliação. Antes de deixar o partido, porém, ele faz uma radiografia do que viu e viveu durante os anos de estada no ninho peemedebista. A próximas linhas mostram um pouco do que Stephanes pensa do PMDB, “um partido que está se desfazendo”, e de sua cúpula, marcada pela “burrice e incapacidade” de gestão, “que trabalha apenas para si”. Diz Stephanes:

- Depois que saí da Agricultura, recebi uma série de homenagens por virtudes éticas e morais que são hoje a razão do meu veto pela cúpula do PMDB. Quando entrei no ministério, a primeira coisa que veio a mim era que o PMDB queria indicar os diretores do fundo de pensão da Conab. Não aceitei o loteamento de cargos e o fisiologismo do PMDB. O partido não quer apenas um ministro. O partido quer um ministro do partido e para o partido. Fui um ministro para o país. (Do Radar Online, da Veja)

Cobertura do Maracanã custa R$ 47 milhões na Polônia e R$ 197 milhões no Brasil. Ora, são só R$ 150 milhões!

O secretário adjunto de Planejamento e Procedimento do Tribunal de Contas da União (TCU), Marcelo Luiz Souza da Eira, disse, em audiência no Senado nesta quinta-feira (29), que há indícios de sobrepreço nas obras de cobertura do estádio do Maracanã. Em sua opinião, o estado do Rio de Janeiro e a União precisam dar justificativas ao tribunal. Marcelo Eira participou da quarta audiência pública do seminário Primeira Avaliação Parlamentar da Copa do Mundo de 2014, que discutiu, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), a fiscalização das obras da Copa do Mundo de 2014.

O secretário adjunto disse que estádios similares na Ucrânia e na Polônia, usando o mesmo tipo de fornecedor, tiveram custo de R$ 47 milhões, enquanto que o valor estimado para a cobertura do Maracanã chega a R$ 197 milhões. Ele salientou que a diferença é "astronômica" e que o estado deve rever a estimativa de custo. O TCU também constatou sobrepreço em editais de obras em outros estados, que já foram corrigidos, e não há indícios de outras irregularidades graves, disse o secretário do tribunal. Ele explicou que a atribuição do TCU é fiscalizar os contratos de financiamentos para fundamentar as decisões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Caixa Econômica Federal. Informações sobre o acompanhamento das obras da Copa pelo TCU pode ser acessadas na internet.
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Se o secretário do TCU chama um sobrepreço cinco vezes maior de "indício",  que será que é prova para o tribunal? Cobrar e cobertura e não instalar?

É a treva: PT de São Paulo filia demos e tucanos.

O Partido dos Trabalhadores (PT) abandonou as restrições históricas para a inclusão de novos membros e anunciou um pacote de filiações que inclui até mesmo políticos remanescentes de siglas rivais, como PSDB e DEM. Nesta reta final do prazo estipulado pela justiça eleitoral para a filiação em partidos políticos dos interessados em se candidatar nas eleições municipais de 2012 - a data limite é 7 de outubro - pelo menos 57 lideranças de vários partidos, ou mesmo sem legenda, estão a caminho do PT no Estado de São Paulo.
De acordo com uma lista obtida com exclusividade pela Agência Estado, entre os novos filiados estarão o prefeito de Santa Lúcia, cidade na região de Araraquara, o tucano Antonio Carlos Abuabud Júnior "Claro que aceitamos tucanos; o cara fez campanha para o Lula e o Mercadante e já tinha se convencido do nosso projeto", disse Edinho Silva presidente estadual do PT, sobre Abuabud Júnior.

"O namoro faz tempo que existe, minha ficha já foi levada ao PT, mas por problemas particulares, com o falecimento do meu pai, ainda não fechei essa questão", afirmou o prefeito, que foi convocado pela executiva do PSDB para prestar esclarecimentos sobre o assunto. "Acho que até o mês que vem resolvo isso, mas não estou tão preocupado, porque não sou candidato à reeleição", completou Abuabud Júnior. Ao ser indagado sobre o fato de ter recebido ao menos seis integrantes ou ex-filiados do arquirrival DEM, Edinho rebateu: "o objetivo é ter lideranças que estão saindo de outros partidos para fortalecer o PT no Estado; são pessoas que fizeram a opção, apoiaram Dilma, ou defendem nossos projetos nas cidades", disse. Entre os ex-Democratas ou em processo de desfiliação do partido, estão o prefeito de Álvares Machado, Juliano Ribeiro Garcia e o vice-prefeito de Guarantã, Élio Piccello. (Do Estadão)

Voto distrital quase lá.

Neste momento, o abaixo-assinado pelo Voto Distrital já ultrapassou 98.000 assinaturas. A meta é 100.000. Se você ainda não assinou, clique aqui e ponha seu nome lá.

Bate-bola com comentarista (2).

De um comentarista anônimo (referente ao post abaixo):

Não sou o Boina Verde (talvez eu seja o "hipotético comentarista"), mas o que explicou a questão jurídica envolvida e a diferença entre poder constituinte originário e poder constituinte reformador. Mas vou responder a uma das perguntas, ao menos.

É verdade que o PT tem a maioria no Congresso, somado aos aliados. Porém, boa parte desses aliados podem não fechar com a reforma política pretendida pelo PT. Além disso, o PT quer mudar mais coisas que, por emenda (PEC), a Constituição atual pode não permitir. Daí preferir uma assembléia constituinte formada por representantes exclusivamente eleitos para esse fim, que coexistiriam, enquanto funcionasse essa assembléia, com o Congresso formal que temos hoje.

Então pergunto: que representantes seriam esses, que após os trabalhos constituintes, se retirariam para suas casas? Seriam políticos convencionais, de carreira, ou não? Em não o sendo, quem seriam eles? Esclhidos por quem e de que modo? Pelos "movimentos sociais"? Pelas entidades da "sociedade civil organizada"? Que partido teria mais condição de emplacá-los? O PSD?  Mesmo que fossem políticos, que políticos seriam? Quem se candidataria para essa missão? Quem teria mais condições de ser eleito?

É óbvio que o PT teria maiores chances de fazer maioria assim do que com os aliados que tem hoje no parlamento.  Portanto, mesmo que as cláusulas pétreas não fossem tocadas num primeiro momento, no mínimo, o PT teria muito mais chance dessa forma de fazer a reforma política que almeja que os demais partidos.
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Algumas questões para o comentarista anônimo, mas jamais hipotético. Segundo o projeto apresentado (não conheço o inteiro teor), os partidos indicariam os seus luminares para que fossem eleitos juntamente com os deputados e senadores nas eleições de 2014. Cada partido teria os seus candidatos e o eleitor escolheria pelo seu currículo, pela sua afinidade ideológica, pelo histórico de cada um. Isto posto:

1. Sabendo que os constituintes seriam eleitos apenas por dois anos, sem direito a salários, apenas a diárias, você acha que a lista seria formada por políticos tradicionais, que trocariam toda a mordomia de quatro anos para serem constituintes?

2. Você acha que a mídia, tendo em vista a importância de uma Constituinte, não esclareceria a população sobre a necessidade de escolher personagens com perfil e bagagem para realizar tão nobre missão? E que o próprio TSE não realizaria uma ampla campanha de esclarecimento?

3. Será que o PT terá as maiores chances de eleger a maioria dos represetantes? Se for assim,  ele não elegerá folgada maioria do mesmo jeito em 2014,podendo, da mesma forma, mudar a constituição sem necessitar negociar com ninguém?

Bate-bola com comentarista.

Do comentarista Boina Verde:

Coronel, o hipotético comentarista, criou também uma hipotética situação. Não que as clausulas pétreas não possam vir a ser modificadas. Com uma maioria absoluta no Congresso e um judiciário aparelhado, tudo se pode. Não é alarmismo, mas estamos falando de um partido cujo projeto é o totalitarismo de esquerda, situação essa inserida num projeto maior de igualdade de regimes em toda a AL,coisa mais do que clara no Foro São Paulo e nas várias tentativas do PT de exercer controles importantes como liberdade de imprensa, implantação do PNDH ( a oposição já deixou esquecer) alem da famigerada Comissão da Verdade. Não conseguindo emplacar tudo num pacote só vão emplacando pelas beiradas, como mostra a tentativa de censura ate a um comercial de uma modelo.

O risco, não esta de imediato na mudança das clausulas pétreas.O risco esta em conseguir uma Constituinte exclusiva, com um Congresso com extensa maioria petista. Ali sim, seria pavimentada a estrada que levaria ao totalitarismo leal, tal qual se fez na Venezuela. O partidarismo, ou a defesa de um partido não pode se transformar num par de óculos escuros que impeçam de se ver o risco real. O PSD teve sim a enorme possibilidade de ocupar um espaço onde caberiam os mais de 40 milhões de votos que não são deles e mais alguns milhões de votos arrependidos. Pelo que eu sempre senti e hoje vi o Kassab falar, o PSD prefere apoiar a reeleição de Dilma. O Brasil definitivamente, está órfão.
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Algumas perguntas ao comentarista Boina Verde:

1. O governo já não tem maioria absoluta no Congresso? O que o PSD alterou no quadro?

2. Quantos deputados e quantos senadores compõe esta "extensa maioria" do PT? É o PT quem dá maioria absoluta ao governo, para que o governo possa mudar a constituição ao seu bel prazer?

3. Por que o PSD, que só foi criado porque os seus membros foram escorraçados do DEM para favorecer o PSDB do Aécio,  deveria cuidar dos 40 milhões de votos dados ao PSDB e ao DEM?  Você acha que estes votos estavam bem cuidados?

4. Você poderia reproduzir exatamente a frase inteira de Kassab, em relação ao apoio à reeleição de Dilma? E, por obséquio, a frase toda dita em relação ao apoio à Serra? Ou alguma declaração explícita (em frase inteira!) de apoio integral ao governo Dilma, em troca de cargos, por exemplo?

Bolívia: BNDES rasga regulamento para financiar a Rodovia da Morte.

Para cumprir com sua própria política interna, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não poderia emprestar dinheiro para a construção da rodovia Santo Ignácio de Moxos-Villa Tunari, na Bolívia, sem a garantia de que a obra não tem problemas ambientais. Embora não tenha feito desembolso até agora, o banco estatal brasileiro assinou contrato para emprestar US$ 332 milhões (cerca de R$ 609 milhões pelo câmbio comercial de ontem) para a obra que está sendo executada pela construtora OAS.

O traçado da rodovia boliviana corta o território indígena do Parque Nacional Isiboro Sécure, conhecido como Tipnis. A rejeição dos habitantes do parque à passagem da rodovia acabou resultando em violento confronto com forças policiais bolivianas. O BNDES não quis informar se fez ou não as exigências que suas políticas recomendam antes de aprovar o empréstimo, alegando tratar-se de um assunto interno de outro país. A política socioambiental do BNDES, uma das chamadas "políticas transversais" do banco, está assim definida no site da instituição: "Promover o desenvolvimento sustentável de forma pró-ativa em todos os empreendimentos apoiados, considerando a concepção integrada das dimensões econômica, social, ambiental e regional". 

A seção sobre ambiente, em outra área do site, diz que "o BNDES considera a preservação, conservação e recuperação do meio ambiente condições essenciais para a humanidade". Com essa premissa, o banco diz que "busca sempre o aperfeiçoamento dos critérios de análise ambiental dos projetos que solicitam crédito e oferece suporte financeiro a empreendimentos que tragam benefício para o desenvolvimento sustentável".Fontes do BNDES ouvidas pelo Valor garantem que foram feitas exigências ambientais e que a demora para a liberação das primeiras parcelas do financiamento estaria relacionada, entre outras coisas, com essas exigências. A obra está sendo executada pela OAS desde o começo de junho.

Outra fonte do banco disse que, ao menos no passado, esse tipo de exigência não costumava ser feito. O empréstimo para a rodovia destina-se à compra de equipamentos e serviços brasileiros, sendo o tomador final o governo boliviano. Em 2009 o BNDES sofreu duras críticas em razão de problemas ambientais. Acusado de emprestar dinheiro a frigoríficos que abatiam gado criado em áreas de desmatamento ilegal da Amazônia, o banco apressou-se em editar normas que exigiam licenciamento ambiental dos fornecedores para que frigoríficos tivessem crédito. (Do Valor Econômico)

Você sabia...

que as cláusulas pétreas da Constituição Federal não podem ser mudadas por nenhuma revisão constitucional? Nem Constituinte, nem prostituinte, nem o seguinte... Mas quais são estas cláusulas pétreas? Pétreas vem de PT? De petralha? Não, parece que vem de pedra... Vamos ver quais são elas?

Artigo 60, § - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I -  A forma federativa de Estado (artigo 1º da Constituição Federal);

II - O voto direto, secreto, universal e periódico (artigo 14 da Constituição Federal);

III - A separação dos poderes (artigo 2º da Constituição Federal) e

IV - Os direitos e garantias individuais (artigo 5º e seus incisos da Constituição Federal).

Você já leu o Artigo 5o. da Constituição Federal? Clique aqui para conhecer.

Leu? Atenção! O comentário abaixo é do blogueiro, interpretando vários comentaristas que estão enviesando o assunto. O comentarista abaixo é hipotético, o comentário é apenas uma colagem até certo ponto exagerada do que tem aparecido por aqui.

Não adianta, não me convenceu, Coronel! Nada disso vale. O PSD e o Kassab querem mudar a Constituição Federal para implantar o chavismo no Brasil. Eles vão acabar com estas cláusulas pétreas. A senadora Kátia Abreu está mentindo. Ela não é uma ruralista, ela é uma militante do MST, quer acabar com a propriedade privada. O Kassab, então, já deu todas as provas de que é um governista traidor. Traiu o José Serra igualzinho o Aécio Neves. É amado pelos petistas em São Paulo, especialmente pela Marta Suplicy. Esse PSD que tem até o Jorge Bornhausen? Aquele amigão do Lula, que o apedeuta brincou que queria extirpar? Ora, não me enganem. Este PSD quer dar um golpe de estado. Já estou vendo o Afif liberando São Paulo para os camelôs e estatizando os shoppings centers. Cuidado, senhores e senhoras, estamos às vésperas de um golpe constitucional. Socorro, só os burros como o Coronel não enxergam isto! DEM, por favor, venha nos salvar!

Sou eu de novo! Prometo que não falo mais no assunto, mas é que já li, já deletei e já escutei tanta bobagem que não resisti. Quando a gente é contra alguma coisa, tem que no mínimo olhar o todo, para não virar massa de manobra. Tem gente que fala na Constituição Federal sem nunca ter manuseado o livrinho. A intenção é desqualificar, rebaixar, com outras intenções.  Um beijo a todos e um bom dia!

A frase que resume o Brasil.

"Antes de pensar numa nova Constituinte, precisamos regulamentar a de 1988".

Senador Álvaro Dias (PSDB-PR), resumindo o que somos: um país sem uma constituição de verdade. Essa que está aí já teve 73 emendas nos últimos 23 anos, além de 753 ações de inconstitucionalidade deferidas pelo STF e outras 1.116 em tramitação. A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) não tem motivos para ficar preocupada e achar que o o país está travado por falta de leis que funcionem. Definitivamente, o Brasil não precisa de uma Constituinte nova. Já estamos em Assembléia Nacional Constituinte permanente, desde 1988. Continuaremos até quando?

Que dia!

Os ministros do STF, diante das provas mais do que claras de que existe uma quadrilha de toga no Judiciário, recuaram de retirar o poder do Conselho Nacional de Justiça para investigar juízes criminosos, garantindo a própria impunidade... 

O Conselho de Ética da Câmara achou melhor não abrir processo contra o réu confesso deputado Valdemar da Costa Neto(PR-SP), velho mensaleiro, com voto de apoio até mesmo de deputado do DEM...

A ONG que resolveu protestar com vassouras na Esplanada dos Ministérios, contra a corrupção, viu os seus esforços frustrados: grande parte dos símbolos foram roubados no coração da República, fato que não ocorreu nas areias do Rio, tão difamadas pelos arrastões...

No Senado, por unanimidade e sem oposição, foi aprovada a Bolsa Verde da Dilma, que em nada difere da Bolsa Família, a não ser pelos motivos da concessão...

À noite, a imprensa registrou o evento organizado pelo chefe da sofisticada organização criminosa do mensalão, que lançou o seu livro cercado por ministros e corruptos, entre os quais um que agora chama o quadrilheiro de Che Guevara e que registrou que ali estava meia República...

No meio de tudo isso aconteceu a primeira reunião da executiva do PSD, denominado pela mídia paulista como o partido do Kassab. Um partido que não era de esquerda, nem de centro e nem de direita, que a partir de ontem também não pode ser de centro, porque centro pode ser tudo. Que, por decreto da imprensa, terá que obrigatoriamente ser fisiologista, governista e adesista. Ainda vai morrer colunista e jornalista da Folha de São Paulo se algum fato não acontecer nos próximos dias que justifique os prognósticos que já vem de meses...

No meio de toda esta bandalheira do Judiciário, da Câmara, do Senado e da roubalheira das vassouras, o PSD lançou uma intempestiva e mal explicada Constituinte para fazer a reforma política, a reforma fiscal, a reforma previdenciária, a reforma do Judiciário... Bastou falar em Constituinte, mesmo que preservadas as cláusulas pétreas, o foco definido e que seja uma PEC para 2014, que precisa de 27 assinaturas no Senado - viva a democracia!- para gerar total indignação. Factóide! Bandeira do Lula! Chavismo! Marquetagem! Viu? Eu não disse? Eu já sabia! Afinal de contas, para todos os indignados, tanto os sinceros quanto os de aluguel, o Brasil não precisa de reformas estruturais. O Judiciário funciona, o Legislativo funciona, o Executivo funciona, o Brasil funciona. Entre si eles continuarão fazendo os seus acordos e os seus conchavos, no que chamamos de presidencialismo de coalizão, de concessão que,na verdade, é presidencialismo de corrupção, desde que o PT entrou no poder. O dia de ontem provou isso, não é mesmo? Que dia!
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Como bem lembrou a Chris, ainda houve a censura que o governo quis impor ao comercial da Hope, com Gisele Bundchen, considerada a brasileira mais bela do mundo... Se fosse feia, passava.

Filho da mãe.

Clique na imagem para ampliar e ler o editorial do Estadão.

Bandidos de toga: eles existem.

Ao menos 35 desembargadores são acusados de cometer crimes e podem ser beneficiados caso o STF (Supremo Tribunal Federal) decida restringir os poderes de investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), órgão que fiscaliza o Judiciário. Os desembargadores são juízes responsáveis por analisar os recursos contra sentenças nos tribunais de Justiça. Formam a cúpula do Judiciário nos Estados. O Judiciário foi palco de uma guerra esta semana após declaração da corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, de que o Poder sofre com a presença de "bandidos escondidos atrás da toga".

A corregedora tenta evitar que o Supremo restrinja a capacidade de investigação do CNJ ao julgar uma ação proposta pela AMB (Associação dos Magistrados do Brasil). O caso seria analisado na sessão de ontem, mas os ministros adiaram o julgamento para buscar uma saída que imponha limites ao CNJ sem desgastar a imagem do Judiciário. Dentre os 35 desembargadores acusados de crimes, 20 já foram punidos pelo conselho -a maioria recorre ao STF para reverter as punições. Os demais ainda respondem a processos no âmbito do CNJ. Dependendo do que decidirem os ministros do STF, os desembargadores acusados poderão pedir em juízo a derrubada das punições e das investigações em andamento. Os casos envolvem suspeitas de venda de sentenças, favorecimento a partes pelo atraso no trâmite de processos e desvios de recursos, entre outras acusações.

Considerando também os juízes de primeira instância, cerca de 115 investigados podem ser beneficiados caso a ação da AMB seja vitoriosa. A entidade defende a tese de que o CNJ não pode abrir processos contra juízes sem que eles antes sejam investigados pelas corregedorias de seus próprios tribunais.O debate ocorre sob alta temperatura e opõe Eliana Calmon e o presidente do STF, ministro Cezar Peluso (que também preside o CNJ). Peluso reagiu duramente à declaração de Calmon, coordenando a redação de uma nota de repúdio às frases da corregedora, que considerou genéricas e injustas. Ontem, o ministro Gilmar Mendes defendeu a corregedora ao dizer que sua declaração foi motivada pelo resultado positivo do trabalho da corregedoria do CNJ. Mendes disse que vê com bons olhos a tensão entre os órgãos do Judiciário. "Vamos fazer do limão uma limonada", disse sobre o debate.( Da Folha de São Paulo)

Finalmente, Aécio lança sua candidatura à presidência.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) indicou pela, primeira vez, à bancada tucana na Câmara que pode ser candidato ao Planalto em 2014, independentemente de quem concorrerá às eleições. Apesar da sinalização, ele fez questão de ressaltar que a tarefa agora é modernizar e repaginar o partido, e não discutir nomes para Presidência.  O recado foi dado em um jantar na casa do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) anteontem, para 40 deputados do PSDB. "No início de 2013, se for o momento certo de tratar disso, independentemente de quem seja o adversário, estou à disposição, contem comigo", disse Aécio aos colegas.

Embora as pretensões do mineiro não sejam segredo no meio político, ele evita tratar abertamente do futuro para não melindrar outros potenciais candidatos dentro do partido. Entre eles estaria José Serra (PSDB-SP), que disputou as eleições presidenciais em 2010. O lançamento de nomes agora atrairia, prematuramente, ataques de adversários. "Uma decisão certa, no tempo errado, é uma decisão errada", disse Aécio, citando frase atribuída ao avô Tancredo Neves.  O PSDB fará um seminário no Rio de Janeiro, no próximo mês, para discutir rumos e resgatar o legado do governo Fernando Henrique Cardoso.(Folha de São Paulo)

"Nova política" da Marina acaba antes de começar.

O empresário Ricardo Young, ex-candidato do PV ao Senado, deve filiar-se na sexta-feira ao PPS para concorrer à Câmara Municipal. O acordo sinaliza que o grupo político de Marina Silva pode estar a caminho do PPS. Aliado de Marina, Young desfiliou-se ao PV em julho, também insatisfeito com a falta de espaço no comando do partido. Desde então, os "marineiros" têm buscado legendas em que possam disputar as eleições municipais no ano que vem. A aproximação entre Young e o PPS começou há cerca de um mês, por iniciativa do partido. Contudo, as negociações esbarraram no desejo do empresário de ser candidato a prefeito. O PPS já havia prometido a cabeça de chapa à ex-vereadora e apresentadora de TV Soninha Francine. Mas a direção do PPS ofereceu ao ex-verde a possibilidade de liderar a lista de candidatos a vereador do partido.(Do Estadão)

Quem está mentindo?

Hoje saiu no Estadão e o Blog publicou que o BNDES, por ordem do Governo Federal,  suspendeu o empréstimo para a Bolivia construir a Rodovia da Morte. Agora surge a notícia que a Comissão de Relações Exteriores da Câmara vai chamar o ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para exigir que os repasses sejam suspensos.Afinal de contas, quem está mentindo?

Tucano Fruet voa para o PDT.

O ex-deputado paranaense Gustavo Fruet, que deixou o PSDB em julho, anunciou nesta quarta-feira (28) a filiação ao PDT. Fruet pretende disputar a Prefeitura de Curitiba em 2012, e saiu do PSDB devido à falta de apoio para disputar o cargo pelo partido. "Não guardo nenhuma mágoa do PSDB. Estou pensando no futuro", disse o político. Fruet, que foi deputado federal por três mandatos, era um dos líderes da oposição ao governo Lula no Congresso e ganhou projeção nacional depois de ter sido um dos relatores da CPI dos Correios, em 2005, que investigou o mensalão. 

Agora, ele vai integrar um partido que compõe a base aliada do governo de Dilma Rousseff (PT). Sobre a mudança, Fruet se justificou: "Não se faz política sem enfrentar também essas contradições, sem ter a capacidade de construir uma aliança com lideranças de diferentes partidos a favor de um projeto maior, sob pena de não avançarmos. Nesse momento, ou eu faço uma opção ou deixo a vida pública". A respeito do governo Dilma, afirmou que continuará "com a mesma postura crítica", mas que agora está focado na questão local e na disputa da Prefeitura de Curitiba. "Não sou mais deputado federal. Não adianta haver uma expectativa de que eu vá ter os mesmos pronunciamentos que eu tinha na Câmara", disse.(Da Folha Poder)

Kassab e seu velho problema com o marketing.

Novamente, Gilberto Kassab tropeça no marketing. No dia em que deveria lançar o partido, com toda a pompa, aproveitando a mídia espontãnea para turbinar a militância, enfia uma notícia sobre uma Constituinte que ninguém sabe como será. Não carecia. O resultado é que toda a imprensa, toda a blogosfera, toda a tuitosfera está falando mal de um projeto sem saber o que ele é e como ele será, se for! Leiam aqui o post de Reinaldo Azevedo, que também tenta adivinhar que bicho é esse. Obviamente, a tal Constituinte não é só isso que o Kassab não disse.Tem assuntos que não se comunica com teaser. Tem que anunciar em página dupla ou em encarte de quatro cores.

Pelo menos um não botou o chapéu.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes saiu nesta quarta-feira, 28, em defesa da corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, e admitiu que o Judiciário, como qualquer outra instituição, enfrenta casos isolados de desvios de conduta. O ministro disse não ver más intenções nas declarações de Eliana - de que a magistratura "está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga" - e atribuiu a frase ao envolvimento dela com a atuação na corregedoria. "Acredito até que a ministra está muito estimulada com seu trabalho. Quem lida com problemas concretos certamente se empolga e quer resolvê-los", afirmou Mendes, que participou de seminário sobre guerra fiscal realizado na capital paulista. Leia mais aqui.

Kátia Abreu vai propor Constituinte exclusiva para fazer reformas. É a primeira bandeira do PSD.

O prefeito de São Paulo e fundador do Partido Social Democrático (PSD), Gilberto Kassab, afirmou nesta quarta-feira (28) que a legenda é "de centro" e vai ter posição de "independência" em relação ao governo federal. Na noite de terça (27), a Justiça Eleitoral aprovou o registro nacional do PSD. A decisão permite que a nova sigla filie candidatos e concorra nas eleições municipais de 2012.

Em entrevista ao programa "Bom Dia Brasil", da TV Globo, na manhã desta quarta, Kassab afirmou que "a questão de centro é ideológica". "Está desvinculada da relação do apoio ou não ao governo federal. Em relação ao governo federal, nossa posição será de independência. Para que os parlamentares que se somaram a esse partido que tenham sua posição, alguns a favor, outros contram, continuem tendo essa liberdade. Não teria sentido, seria incoerência, para um partido que quer inovar impor ao parlamentar mudanças de sua conduta", disse.

Segundo Kassab, parte desses parlamentares apoiou o candidato do PSDB José Serra nas eleições presidenciais do ano passado e parte apoiou a presidente Dilma Rousseff. "Cada um continua com suas convicções. Claro que, a partir de agora, o partido começa a preparar uma unidade de ação para chegar com essa unidade em 2014." Ao "Bom Dia Brasil", Kassab afirmou que as denúncias não têm fundamento. "Em todos os estados, o partido foi aptovado pelos TREs por unanimidade. Fica claro, e vamos olhar para frente, que eram denúncias sem fundamento. Em alguns casos, armação de adversários, lamentáveis."

Giberto Kassab prometeu ainda apresentar um manifesto à nação que defende, entre outras questões, a criação de uma Assembleia Nacional Constituinte Exclusiva em 2014, só para tratar da atualização da Constituição Federal. "Seria paralela ao funcionamento o Congresso para que as reformas efetivamente aconteçam. Vamos pedir à senadora Kátia Abreu que apresente projeto no Senado para que tenhamos campanha de mobilização da importância da aprovação. Para que possamos ter as reformas que o Brasil precisa, política, trabalhista, administrativa", afirmou o prefeito e fundador do PSD. (Do G1)

Cegos de ódio.

Do Painel da Folha:

Alckmistas enxergam a digital de José Serra em esforços que pipocam na blogosfera para desconstruir no nascedouro a pré-candidatura do tucano Bruno Covas à Prefeitura de São Paulo. 
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Observação: O prefeito que ofereceu propina para Bruno Covas era serrista? O repórter do Estadão que gravou a confissão do menino de que mandou dar o dinheiro para Santa Casa era serrista? O Estadão faz parte da blogosfera serrista? Os deputados petistas que querem convocar o garoto a dar explicações são serristas? A única conclusão que dá para tirar de tamanha besteira é que os alckmistas continuam não enxergando nada. Estão vendo fantasmas até mesmo nos blogs que apenas registram e alertam...

Lobista honoris causa.

O vídeo abaixo não deixa dúvidas sobre os objetivos da Sciences Po em conceder um título de doutor honoris causa para Lula. Foi uma decisão de marketing. A instituição acaba de abrir um campus em Poitier, que denomina de eurolatinoamericano. Quem melhor do que Lula para vender vagas no continente para este novo business da escola? Aliás, a entrevista dada por Lula é para dois alunos brasileiros. Quantas bolsas o Brasil compra lá na Sciences Po? No final da entrevista, Lula faz uma cobrança para Dilma: ela deve continuar tratando como prioritária a parceria com a França na área de defesa. São os Rafales, estúpido. Lula é, sem dúvida alguma, um lobista honoris causa.

PSDB: guerra contra Serra.

Tucanos fizeram uma pesquisa para queimar José Serra. Por isso, não é de duvidar que a mesma tenha sido manipulada e que os seus resultados tenham sido outros. Abaixo, matéria de O Globo. Clique e amplie para ler.

Lulinha Beira-Mar.

No crime organizado, nada tira o poder do chefão. Ele vai para um presídio de segurança máxima, mas continua dando as ordens pelo celular e pelos advogados, escorado na chantagem contra policiais e nas ameaças à integridade de juízes. Lá fora, a quadrilha continua a todo o vapor, controlando tudo, em seu nome. Em um certo partido político, não é diferente. Segue, abaixo, matéria da Folha de São Paulo.

Aliados do ministro Fernando Haddad (Educação) aumentaram a pressão para tentar atrair petistas ligados à senadora Marta Suplicy na disputa interna que definirá o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo em 2012. Integrantes do grupo dele usam os nomes do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff e dizem que os colegas que permanecerem fiéis à ex-prefeita podem ser retaliados com perda de espaço no governo e até de verba para futuras campanhas. O objetivo é agravar o isolamento de Marta no partido e forçá-la a abrir mão da candidatura, o que evitaria a realização de prévias na sigla.

Haddad disse que não tomou conhecimento da prática e não autorizou nem apoia qualquer ameaça a rivais. A Folha apurou que, em conversas de bastidor, articuladores dele têm dito que a fidelidade a Marta será vista como uma insubordinação ao ex-presidente, que faz campanha aberta para lançá-lo. A pressão combina dois argumentos: 1) Lula pode exercer poder de veto com doadores em futuras campanhas; 2) Quem permanecer ao lado da senadora também enfrentaria dificuldades nas relações com o Planalto -uma referência indireta à distribuição de cargos e verbas federais.

Um dos principais articuladores de Haddad repetiu esses dois pontos à reportagem "No PT, não existe vitória se Lula for derrotado", disse. O discurso será levado ao deputado Jilmar Tatto, visto como terceira força na disputa pela chapa petista. Se as prévias ocorrerem, o grupo de Haddad quer evitar que ele dê apoio a Marta num eventual segundo turno. Aliados da senadora dizem que ela não pretende retirar sua pré-candidatura e evitam comentar as pressões. "Não acredito na existência dessas ameaças", disse o deputado José Mentor. Informado sobre o teor da reportagem, Haddad afirmou: "Alguém pode ter se excedido, mais isso não é política da minha pré-candidatura. Desconheço qualquer ação neste sentido e, se soubesse, reprovaria."

Vaiar Sarney é coisa de maconheiro, segundo deputado aliado.

O deputado estadual Magno Bacelar (PV-MA) disse, em discurso, que "muitos dos metaleiros" que foram ao Rock in Rio e xingaram o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), durante o show do Capital Inicial, são "drogados e maconhados (sic)". Bacelar é vice-líder do governo de Roseana Sarney (PMDB) na Assembleia Legislativa do Maranhão. Segundo ele, o público do show representa "pequena minoria da população".Bacelar é o mesmo parlamentar que havia dito que Sarney "não é uma pessoa qualquer" no episódio revelado pela Folha em que o senador foi flagrado utilizando helicóptero da polícia do MA em viagens particulares.  Naquela ocasião ele questionou: "Queria que o presidente [Sarney] fosse andar de jumento? Enfrentar um engarrafamento [?]". 

No novo discurso, ele afirmou que vai propor moção de repúdio contra a banda Capital Inicial por ter dedicado a José Sarney a música "Que País é Esse". Enquanto a canção era executada, era possível ouvir o público gritando: "Ei, Sarney, vai tomar no c...". Segundo ele, os xingamentos ocorreram em "ambiente [...] onde tem criança". "E muitos dos metaleiros vão ali drogados, maconhados." O deputado disse à agência de notícias que a moção de repúdio também será destinada ao cantor da banda, Dinho Ouro Preto."Ele disparou vários palavrões", disse. (Da Folha de São Paulo)

BNDES suspende empréstimo para Bolívia.

Ontem, o blog publicou este post cobrando que o Brasil parasse de financiar obras na Bolivia que atentam contra os direitos humanos. Abaixo, notícia do Estadão dando conta que o BNDES suspendeu o empréstimo. Será que suspendeu? Já o governo brasileiro, que se mete na Palestina, na Líbia, no Irã, em Honduras para proteger ditadores,  não quer se meter nos assuntos internos dos companheiros bolivarianos. Corta o dinheiro, mas fecha os olhos para o corte de cabeças que está acontecendo na Bolívia, não é Maria do Rosário?



Folha de São Paulo se apequena.

Por que a Folha de São Paulo, depois de desbragada campanha contra a fundação do PSD, insiste em chamar a nova legenda de "partido do Kassab", quando este nasce com meia centena de deputados, senadores, governadores e caminha para ser a terceira em importância? Simples. Para atacar o prefeito de São Paulo, a mando de alguém, em defesa de alguém, para favorecer alguém, para minar o prestígio e a imagem de Kassab, às vésperas do ano eleitoral. Ao tentar apequenar o novo partido, quem se apequena é a Folha, de tão escancarado que ficam os seus objetivos, que de jornalísticos não têm nada. Abaixo, um pequeno trecho matéria de capa de hoje da cada vez mais pequena Folha de São Paulo, onde informa o surgimento do PSD.

Kassab festejou a vitória na casa do deputado Fábio Faria e sinalizou que o PSD terá tendência governista. Segundo Kassab, o partido nasce com "a enorme responsabilidade" de "não só procurar interpretar o sentimento do povo, mas também ajudar na condução do país".

Comentário: será que a Folha queria que Kassab dissesse que o partido nasce para não ouvir o povo e para lutar pela ingovernabilidade?

Eu já sabia.

Como este Blog avisou, imaginem o impacto deste fato na campanha eleitoral. A matéria abaixo é do Estadão.

Partidos de oposição na Assembleia Legislativa querem ouvir, no Conselho de Ética da Casa, o secretário de Meio Ambiente e deputado licenciado, Bruno Covas (PSDB), sobre o suposto esquema de venda de emendas parlamentares. A decisão de apresentar requerimento para convocá-lo foi tomada ontem pelas bancadas do PT e do PSOL.O deputado Carlos Giannazi (PSOL) colocou em suspeição o recuo do secretário nas declarações de que um prefeito lhe teria oferecido propina para o recebimento de emendas.“O Bruno Covas tem que denunciar. Ninguém acreditou no que ele falou, nisso de ter voltado atrás. Tem a gravação do áudio. Agora ele tem que assumir e denunciar. Ele é um deputado estadual e o deputado estadual é um fiscal”, afirmou Giannazi.

O líder do PT, Ênio Tatto, vê “gravidade” na providência que o secretário de Meio Ambiente diz ter adotado quando o prefeito lhe ofereceu R$ 5 mil. Covas afirmou ao Estado ter dito ao prefeito que doasse o dinheiro para uma Santa Casa. “O deputado tomou uma decisão muito grave, que foi pedir para doar para uma instituição. Acho errado”, afirmou Tatto. Na avaliação do líder do governo, deputado Samuel Moreira (PSDB), não há necessidade de convocação do secretário. “Ele não é denunciante nem réu. Não fez uma denúncia e nem está sendo acusado de nada. Precisa ver se há fundamento nisso”, disse. Além de Covas, o PT vai apresentar ao Conselho de Ética requerimentos convocando os deputados Roque Barbiere (PTB), pivô das acusações, e Major Olímpio (PDT), que relatou ao Estado ter ouvido, de um dirigente de uma associação, que há na Casa deputados que usavam artifícios para desviar parte do valor das emendas.

DEM: vão-se os anéis, mas ficam os dedos.

Não é porque respeita a Justiça Eleitoral que José Agripino Maia, presidente do DEM, considera a criação do PSD "assunto encerrado", não recorrendo ao STF. É porque, muito em breve, o TSE vai estar julgando o tempo de TV e o fundo partidário que o novo partido vai tentar conseguir. Seria uma afronta ao TSE recorrer de um decisão de 6 x 1. O ditado "vão-se os anéis, mas ficam os dedos" cai como uma luva para o presidente do DEM.

Nasceu o "partido do cala boquinhas".

O TSE, Tribunal Superior Eleitoral, apesar da Folha de São Paulo, apesar do DEM, apesar do PPS, apesar do PTB, aprovou, esta noite, o registro do PSD, Partido Social Democrático, por 6 x 1. Intitulado pelos desafetos e falsificadores de atas de "partido da boquinha" agora ele é o "partido do cala boquinhas". Leia o que a Folha ( que continua chamando o PSD de "partido do Kassab") está dizendo, clicando aqui.

Ex-guerrilheiro tucano vai relatar Comissão da Verdade.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), confirmou nesta terça-feira que o senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP) será o relator o projeto que cria a Comissão Nacional da Verdade. O texto, aprovado na semana passada na Câmara, ainda não chegou à Mesa Diretora da Casa. O nome de Nunes Ferreira já era cogitado nos últimos dias. O senador, perseguido e exilado durante a ditadura militar, falou publicamente que é favorável à investigação dos crimes contra os direitos humanos entre 1946 e 1988. A escolha, no entanto, pode ser questionada pelo DEM, que durante as discussões na Câmara pediu a escolha de "pessoas isentas" para tratar do tema e a situação de perseguido pode ser usada como argumento contrário à indicação de Nunes Ferreira.

Brasil financia crime contra direitos humanos na Bolivia. Onde está a Maria do Rosário?


Onde está a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, que não foi bater às portas do BNDES para congelar imediatamente o financiamento à estrada na Bolivia, que arrasa com uma reserva indígena? O caso é tão grave e desumano que a ministra da Defesa boliviana, Cecilia Chacón, renunciou ontem por discordar da ação policial que, no domingo, prendeu manifestantes e dissolveu uma marcha de protesto contra a construção de uma estrada planejada para atravessar uma reserva indígena . Depois que moradores bloquearam estradas e a pista do aeroporto para impedir que centenas de manifestantes fossem levados de volta para Trinidad, de onde partiram, a polícia decidiu libertar os detidos. A estrada está sendo paga com financiamento de US$ 322 milhões do BNDES, entregue para a Odebrecht, a tradicional doadora das campanhas petistas. Em Brasília, o Itamaraty soltou nota em que afirma ter recebido "com preocupação" a notícia sobre os distúrbios. Não tem que ter "preocupação". Tem que suspender o financiamento. Ou os indígenas bolivianos são menos humanos que os indígenas brasileiros, tratados a pão de ló com o sacrifício de milhares de agricultores na Reserva Raposa Serra do Sol? Ou será que a violência é aceita só porque lá o governo é socialista bolivariano, aliado do PT? Te mexe, Maria do Rosário!

Impressionante! O PT vai conseguir trazer a inflação de volta.


O mercado não acredita mais que a inflação medida pelo IPCA ficará este ano dentro do intervalo de tolerância estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Divulgada ontem, a mediana das projeções colhidas pelo Banco Central na sexta-feira indica que, para a maioria dos participantes da pesquisa, a variação do índice atingirá no mínimo 6,52% este ano. Essa é primeira vez em que a expectativa de não cumprimento da meta aparece no boletim Focus desde julho de 2008. O número ultrapassa em apenas 0,02 ponto percentual o limite superior da meta, fixada em 4,5% com tolerância de dois pontos para cima ou para baixo. Se for confirmado, porém, será suficiente para obrigar o Banco Central a encaminhar carta ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicando por que não conseguiu manter a inflação na banda.

Na opinião de analistas, a recente desvalorização do câmbio puxou para cima as estimativas do mercado. A Tendências Consultoria prevê desde março que o IPCA vai superar o teto da meta em 0,1 ponto percentual no fim do ano. Segundo o economista Thiago Curado, já então a consultoria acreditava que a inflação de serviços, que gira na casa dos 9% em 12 meses, não cederia em resposta ao aperto monetário do início do ano. Também circulam informações de quebras de safra de alimentos e etanol que terão viés inflacionário aumentado pelo câmbio, diz Curado. A projeção de IPCA em 6,6% para 2011, afirma, provavelmente será revisada para cima se o real continuar a se desvalorizar.

Segundo o economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho, o estouro da meta neste ano "já está dado". Além dos fatores internos citados por Curado, ele sustenta que o aumento do IPI para os veículos importados poderá ter efeitos nos indicadores de preços, cuja intensidade o mercado ainda está medindo. "É bem viável que a inflação supere o teto da meta, com desvio de 0,10 a 0,15 ponto percentual neste ano, mas o problema é 2012", diz ele. Na previsão da Prosper, haverá revalorização do real nos próximos meses e o câmbio deve fechar o ano ao redor de R$ 1,70, influenciado por possíveis medidas do BC e por uma piora do cenário internacional, que traria capitais de volta ao Brasil. Além disso, Velho destaca que, desde a última reunião do Copom que decidiu por cortar em meio ponto percentual a Selic, para 12% ao ano, projeções de crescimento das economias centrais foram revisadas para baixo e as commodities continuaram em queda, o que vai em linha com o quadro deflacionário desenhado pela autoridade monetária.

Fabio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores, revisou na semana passada de 5,8% para 6,2% sua projeção para o indicador oficial de inflação apenas em função do câmbio, já que, para ele, a economia doméstica está desacelerando e não terá influência sobre a inflação nos próximos meses. Ele acredita que a taxa de câmbio não voltará ao nível pré-valorização, mas vai aguardar algumas semanas para, se for o caso, aumentar sua projeção de R$ 1,65 no fim do ano. No Focus, as projeções para a taxa de câmbio mostram que o mercado espera reversão, pelo menos parcial, da desvalorização sofrida pelo real. Tanto para dezembro de 2011 quanto para dezembro de 2012, a mediana das projeções aponta dólar a R$ 1,68, nível acima do esperado na pesquisa anterior, mas abaixo do preço atual. No que se refere à taxa básica de juros, a maioria dos participantes da pesquisa acredita que o BC seguirá afrouxando a política monetária e reduzirá a meta da Selic para 11% até o fim deste ano e para 10,75% até dezembro de 2012. (Do Valor Econômico)

Por que torço pelo PSD?

Esta é uma pergunta que tem frequentado a área de comentários, incessantemente, a maioria das vezes seguida de ofensas e impropérios. No dia em que o PSD pode ter o seu registro concedido, presto alguns esclarecimentos aos leitores. Em primeiro lugar, nenhum blog defendeu tanto o DEM quanto este, nos últimos anos. Isso enquanto o DEM existiu e não virou uma legenda de aluguel para Aécio Neves e o seu projeto pessoal. Isso enquanto o DEM, comandado por todo o tipo de Maia, não rasgou acordos escritos, não falsificou documentos,  praticamente expulsando os seus maiores quadros, fazendo com que a única saída dos assaltados fosse fundar, em tempo recorde, uma nova legenda. Ponto e parágrafo.

A partir daí, o DEM passou a travar uma luta sem tréguas contra o novo partido, acusando-o de ser o "partido da boquinha" e "governista", quando o próprio Democratas é aliado do PT em centenas de municípios do país. Políticos como ACM Neto, Onix Lorenzoni e até mesmo o honrado e honesto Ronaldo Caiado passaram a emitir as mais pesadas ofensas contra ex-colegas de grande passado oposicionista, agindo como petistas dos mais baixos, usando as mesmas técnicas da desqualificação. Neste aspecto de baixaria promovida por pessoas, nada mais decepcionante do que um senador como Demóstenes Torres sugerir que o presidente do TSE, Ricardo Levandowski, é advogado de defesa de Gilberto Kassab, por estar favorável à criação de um novo partido. O DEM, na sua luta para sobreviver com o que restou, uniu-se ao PTB de Roberto Jefferson, figura que dispensa comentários, além de fazer acordos com Roberto Freire, do PPS, dono de partido e um dos maiores coronéis da política brasileira, que comanda o ex-PCB com mão de ferro há mais de 20 anos. Por que tanto ódio? Por que tanto desespero? Por que tanto ressentimento? Por que tanta baixaria?

Da mesma forma, este blog foi um esteio na campanha de José Serra. Com um milhão de acessos por mês, agitou a militância, fez campanha de oposição aberta, lutou até o último minuto contra as traições de Aécio Neves, Tasso Jereissatti e Sérgio Guerra. E não vai assistir de braços cruzados um Geraldo Alckmin, no seu ressentimento contra a cidade de São Paulo e na sua luta recalcada contra Serra acabar com o que existe do PSDB. Alckmin, assim que surgiu o novo partido, afastou o vice-governador que saiu para o PSD e abriu guerra contra Kassab e o novo partido. Quanta habilidade. Isto contra um Kassab que declarava, abertamente, que se o candidato a prefeito fosse Serra, ele seria Serra. Ou seja: seria PSDB. Se Alckmin mantivesse esta ligação e Serra não quisesse, como parece não querer, disputar a prefeitura de São Paulo, o pindamonhangabense teria um Kassab comprometido com a aliança vitoriosa que comanda a cidade. Não, Alckmin prefeiru continuar a sua luta mesquinha para acabar com José Serra e possui um poderoso aliado para isso: Aécio Neves. Para ver o que está acontecendo com o PSDB, nada melhor do que ler este post do Reinaldo Azevedo.

O PSD nasce tão governista quanto o Alckmin e o Anastasia, por exemplo, ambos agarrados à barra da saia da Dilma. Eles são tucanos e governam os dois maiores estados da federação. Nasce, no entanto, tendo em seus quadros um Raimundo Colombo, uma Kátia Abreu, um Jorge Bornhuausen e um fiel e leal aliado dos tucanos, Gilberto Kassab.  É óbvio que para nascer em tão curto espaço de tempo um partido é obrigado a fazer concessões. Ou não vinga. Não deslancha. Prefiro acreditar nos 12 mandamentos do PSD, publicados neste blog, dias atrás, antes de fazer julgamentos se o partido é de esquerda, centro ou direita. Prefiro uma Kátia Abreu, no plenário, de peito aberto, votando contra o aumento do salário mínimo porque defende a responsabilidade fiscal do que ver o ACM Neto trancado dentro de um banheiro entregando a Comissão da Verdade para a Dilma. O PSD vai votar com o governo, algumas vezes, na busca de espaço político? Tomara que sim, se for pelo bem do país. Mas que não apóie a censura à imprensa, o aumento de impostos, o fim da propriedade privada, a restrição ao lucro e os valores fundamentais do liberalismo. O PSD tem todo o direito de ser criado. É da democracia. Os seus fundadores foram roubados pelo DEM, quando a atual direção falsificou documentos e rasgou acordos. Deveriam estar calados e envergonhados. Perderam. Que percam como homens, não como ratos.

Por último: não sou demo, não sou tucano, não sou filiado a nenhum partido político. Sou blogueiro, sou brasileiro e não desisto nunca de acabar com o PT. Por isso, não aceito patrulha de militante pago. Nem petralha, nem demo, nem tucanalha. Eu trabalho por amor à democracia. Respeito é bom ou deleto.
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E a baixaria do DEM não termina... Vejam a notinha do Lauro Jardim, da Veja. 

Longa amizade 

Depois de acompanhar o relatório de Nancy Andrighi para lá de favorável ao PSD, um integrante do DEM lembrou: Nancy e Kátia Abreu, possível futura presidente do PSD, são amigas de longa data. Kátia, aliás, anda radiante com o voto de sua amiga. Amanhã o TSE deve retomar o julgamento do pedido de registro do partido de Kátia.

Judiciário: cego, surdo, mas muito falante.


"Justiça no Brasil vai mal, muito mal. Porém, de acordo com o relatório de atividades do Supremo Tribunal Federal de 2010, tudo vai muito bem. Nas 80 páginas — parte delas em branco — recheadas de fotografias (como uma revista de consultório médico), gráficos coloridos e frases vazias, o leitor fica com a impressão que o STF é um exemplo de eficiência, presteza e defesa da cidadania. Neste terreno de enganos, ficamos sabendo que um dos gabinetes (que tem milhares de processos parados, aguardando encaminhamento) recebeu “pela excelência dos serviços prestados” o certificado ISO 9001. E há até informações futebolísticas: o relatório informa que o ministro Marco Aurélio é flamenguista.

A leitura do documento é chocante. Descreve até uma diplomacia judiciária para justificar os passeios dos ministros à Europa e aos Estados Unidos. Ou, como prefere o relatório, as viagens possibilitaram “uma proveitosa troca de opiniões sobre o trabalho cotidiano.” Custosas, muito custosas, estas trocas de opiniões. Pena que a diplomacia judiciária não é exercida internamente. Pena. Basta citar o assassinato da juíza Patrícia Acioli, de São Gonçalo. Nenhum ministro do STF, muito menos o seu presidente, foi ao velório ou ao enterro. Sequer foi feita uma declaração formal em nome da instituição. Nada.

Silêncio absoluto. Por que? E a triste ironia: a juíza foi assassinada em 11 de agosto, data comemorativa do nascimento dos cursos jurídicos no Brasil. Mas, se o STF se omitiu sobre o cruel assassinato da juíza, o mesmo não o fez quando o assunto foi o aumento salarial do Judiciário. Seu presidente, Cézar Peluso, ocupou seu tempo nas últimas semanas defendendo — como um líder sindical de toga — o abusivo aumento salarial para o Judiciário Federal. Considera ético e moral coagir o Executivo a aumentar as despesas em R$ 8,3 bilhões. A proposta do aumento salarial é um escárnio.

É um prêmio à paralisia do STF, onde processos chegam a permanecer décadas sem qualquer decisão. A lentidão decisória do Supremo não pode ser imputada à falta de funcionários. De acordo com os dados disponibilizados, o tribunal tem 1.096 cargos efetivos e mais 578 cargos comissionados. Portanto, são 1.674 funcionários, isto somente para um tribunal com 11 juízes. Mas, também de acordo com dados fornecidos pelo próprio STF, 1.148 postos de trabalho são terceirizados, perfazendo um total de 2.822 funcionários. Assim, o tribunal tem a incrível média de 256 funcionários por ministro.

Ficam no ar várias perguntas: como abrigar os quase 3 mil funcionários no prédio-sede e nos anexos? Cabe todo mundo? Ou será preciso aumentar os salários com algum adicional de insalubridade? Causa estupor o número de seguranças entre os funcionários terceirizados. São 435! O leitor não se enganou: são 435. Nem na Casa Branca tem tanto segurança. Será que o STF está sendo ameaçado e não sabemos? Parte destes abuso é que não falta naquela Corte. Só de assistência médica e odontológica o tribunal gastou em 2010, R$ 16 milhões.

O orçamento total do STF foi de R$ 518 milhões, dos quais R$ 315 milhões somente para o pagamento de salários. Falando em relatório, chama a atenção o número de fotografias onde está presente Cézar Peluso. No momento da leitura recordei o comentário de Nélson Rodrigues sobre Pedro Bloch. O motivo foi uma entrevista para a revista “Manchete”. O maior teatrólogo brasileiro ironizou o colega: “Ninguém ama tanto Pedro Bloch como o próprio Pedro Bloch.”

Peluso é o Bloch da vez. Deve gostar muito de si mesmo. São 12 fotos, parte delas de página inteira. Os outros ministros aparecem em uma ou duas fotos. Ele, não. Reservou para si uma dúzia de fotos, a última cercado por crianças. A egolatria chega ao ponto de, ao apresentar a página do STF na intranet, também ter reproduzida uma foto sua acompanhada de uma frase (irônica?) destacando que o “a experiência do Judiciário brasileiro tem importância mundial”. No relatório já citado, o ministro Peluso escreveu algumas linhas, logo na introdução, explicando a importância das atividades do tribunal.

E concluiu, numa linguagem confusa, que “a sociedade confia na Corte Suprema de seu País. Fazer melhor, a cada dia, ainda que em pequenos mas significativos passos, é nossa responsabilidade, nosso dever e nosso empenho permanente”. Se Bussunda estivesse vivo poderia retrucar com aquele bordão inesquecível: “Fala sério, ministro!” As mazelas do STF têm raízes na crise das instituições da jovem democracia brasileira. Se os três Poderes da República têm sérios problemas de funcionamento, é inegável que o Judiciário é o pior deles. E deveria ser o mais importante. Ninguém entende o seu funcionamento. É lento e caro. Seus membros buscam privilégios, e não a austeridade. Confundem independência entre os poderes com autonomia para fazer o que bem entendem. Estão de costas para o país. No fundo, desprezam as insistentes cobranças por justiça. Consideram uma intromissão."

MARCO ANTONIO VILLA é historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos. Este artigo intitulado "Um poder de costas para o país" foi publicado hoje, em O Globo.