Chega, "antes que seja tarde".

De Fernando Henrique Cardoso:

A enxurrada de decisões governamentais esdrúxulas, frases presidenciais aparentemente sem sentido e muita propaganda talvez levem as pessoas de bom senso a se perguntarem: afinal, para onde vamos? Coloco o advérbio “talvez” porque alguns estão de tal modo inebriados com “o maior espetáculo da terra”, de riqueza fácil que beneficia a poucos, que tenho dúvidas. Parece mais confortável fazer de conta que tudo vai bem e esquecer as transgressões cotidianas, o discricionarismo das decisões, o atropelo, se não da lei, dos bons costumes. Tornou-se habitual dizer que o governo Lula deu continuidade ao que de bom foi feito pelo governo anterior e ainda por cima melhorou muita coisa. Então, por que e para que questionar os pequenos desvios de conduta ou pequenos arranhões na lei?

Só que cada pequena transgressão, cada desvio, vai se acumulando até desfigurar o original. Como dizia o famoso príncipe tresloucado, nesta loucura há método. Método que provavelmente não advenha do nosso Príncipe, apenas vítima, quem sabe, de apoteose verbal. Mas tudo o que o cerca possui um DNA que, mesmo sem conspiração alguma, pode levar o país, devagarinho, quase sem que se perceba, a moldar-se a um estilo de política e a uma forma de relacionamento entre Estado, economia e sociedade, que pouco têm a ver com nossos ideais democráticos.

É possível escolher ao acaso os exemplos de “pequenos assassinatos”. Por que fazer o Congresso engolir, sem tempo para respirar, uma mudança na legislação do petróleo mal explicada, mal ajambrada? Mudança que nem sequer pode ser apresentada como uma bandeira “nacionalista”, pois se o sistema atual, de concessões, fosse “entreguista” deveria ter sido banido, e não foi. Apenas se juntou a ele o sistema de partilha, sujeito a três ou quatro instâncias político-burocráticas para dificultar a vida dos empresários e cevar os facilitadores de negócios na máquina pública. Por que anunciar quem venceu a concorrência para a compra de aviões militares se o processo de seleção não terminou? Por que tanto ruído e tanta ingerência governamental em uma companhia (a Vale) que, se não é totalmente privada, possui capital misto regido pelo estatuto das empresas privadas? Por que antecipar a campanha eleitoral e, sem qualquer pudor, passear pelo Brasil às custas do Tesouro (tirando dinheiro do seu, do meu, do nosso bolso...) exibindo uma candidata claudicante? Por que, na política externa, esquecer-se de que no Irã há forças democráticas, muçulmanas inclusive, que lutam contra Ahmadinejad e fazer mesuras a quem não se preocupa com a paz ou os direitos humanos?

Pouco a pouco, por trás do que podem parecer gestos isolados e nem tão graves assim, o DNA do “autoritarismo popular” vai minando o espírito da democracia constitucional. Essa supõe regras, informação, participação, representação e deliberação consciente. Na contramão disso tudo, vamos regressando a formas políticas do tempo do autoritarismo militar, quando os “projetos de impacto” (alguns dos quais viraram “esqueletos”, quer dizer obras que deixaram penduradas no Tesouro dívidas impagáveis) animavam as empreiteiras e inflavam os corações dos ilusos: “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Em pauta, temos a transnordestina, o trem-bala, a Norte-Sul, a transposição do São Francisco e as centenas de pequenas obras do PAC, que, boas algumas, outras nem tanto, jorram aos borbotões no orçamento e minguam pela falta de competência operacional ou por desvios barrados pelo TCU. Não importa: no alarido da publicidade, é como se o povo já fruísse os benefícios: “Minha casa, minha vida”; biodiesel de mamona, redenção da agricultura familiar; etanol para o mundo e, na voragem de novos slogans, pré-sal para todos.

Diferentemente do que ocorria com o autoritarismo militar, o atual não põe ninguém na cadeia. Mas da própria boca presidencial saem impropérios para matar moralmente empresários, políticos, jornalistas ou quem quer que seja que ouse discordar do estilo “Brasil potência”. Até mesmo a apologia da bomba atômica como instrumento para que cheguemos ao Conselho de Segurança da ONU – contra a letra expressa da Constituição – vez por outra é defendida por altos funcionários, sem que se pergunte à cidadania qual o melhor rumo para o Brasil. Até porque o presidente já declarou que em matéria de objetivos estratégicos (como a compra dos caças) ele resolve sozinho. Pena que tivesse se esquecido de acrescentar “l’État c’est moi”. Mas não esqueceu de dar as razões que o levaram a tal decisão estratégica: viu que havia piratas na Somália e, portanto, precisamos de aviões de caça para defender “nosso pré-sal”. Está bem, tudo muito lógico.

Pode ser grave, mas, dirão os realistas, o tempo passa e o que fica são os resultados. Entre estes, contudo, há alguns preocupantes. Se há lógica nos despautérios, ela é uma só: a do poder sem limites. Poder presidencial com aplausos do povo, como em toda boa situação autoritária, e poder burocrático-corporativo, sem graça alguma para o povo. Este último tem método. Estado e sindicatos, Estado e movimentos sociais estão cada vez mais fundidos nos altos-fornos do Tesouro. Os partidos estão desmoralizados. Foi no “dedaço” que Lula escolheu a candidata do PT à sucessão, como faziam os presidentes mexicanos nos tempos do predomínio do PRI. Devastados os partidos, se Dilma ganhar as eleições, sobrará um subperonismo (o lulismo) contagiando os dóceis fragmentos partidários, uma burocracia sindical aninhada no Estado e, como base do bloco de poder, a força dos fundos de pensão. Estes são “estrelas novas”. Surgiram no firmamento, mudaram de trajetória e nossos vorazes mas ingênuos capitalistas recebem deles o abraço da morte. Com uma ajudinha do BNDES, então, tudo fica perfeito: temos a aliança entre o Estado, os sindicatos, os fundos de pensão e os felizardos de grandes empresas que a eles se associam.

Ora dirão (já que falei de estrelas), os fundos de pensão constituem a mola da economia moderna. É certo. Só que os nossos pertencem a funcionários de empresas públicas. Ora, nessas, o PT, que já dominava a representação dos empregados, domina agora a dos empregadores (governo). Com isso, os fundos se tornaram instrumentos de poder político, não propriamente de um partido, mas do segmento sindical-corporativo que o domina. No Brasil, os fundos de pensão não são apenas acionistas – com a liberdade de vender e comprar em bolsas – mas gestores: participam dos blocos de controle ou dos conselhos de empresas privadas ou “privatizadas”. Partidos fracos, sindicatos fortes, fundos de pensão convergindo com os interesses de um partido no governo e para eles atraindo sócios privados privilegiados, eis o bloco sobre o qual o subperonismo lulista se sustentará no futuro, se ganhar as eleições. Comecei com para onde vamos? Termino dizendo que é mais do que tempo de dar um basta ao continuísmo antes que seja tarde.

Fora, Zelaya.

O Congresso de Honduras vai ouvir a Suprema Corte e o Ministério Público antes de tomar a sua decisão sobre a restituição ou não de Zelaya. E ouvirá, em primeiríssimo lugar,o coração hondurenho. E o coração hondurenho é democrata. A OEA, Chávez, Lula, Morales, Fidel e o resto da camarilha não votam em Honduras. Tchau, facinorosos, a democracia venceu.

Dilma importa marqueteiro. Are you ready?

Da Veja desta semana, para que os leitores e comentaristas do Coturno Noturno saibam o que teremos que enfrentar em 2010. Are you ready?

A estratégia da ministra também passa pelo mundo virtual. Na semana passada, o PT inaugurou seu novo site, orçado em 600 000 reais, que terá canais de áudio e vídeo para ajudar a alavancar a candidatura de Dilma. Pelo site, também será possível arrecadar recursos a partir do início oficial da campanha, em julho. Extraoficialmente, porém, a máquina petista tem um raio de ação muito mais abrangente. Em abril passado, uma ficha criminal falsificada que relatava a participação da ministra em ações armadas contra o regime militar infestou a rede. O episódio levou os estrategistas de Dilma a importar o marqueteiro Ben Self, responsável pela parte digital da campanha do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Contratado por João Santana, Self esteve no Brasil duas vezes nos últimos cinco meses. Ele se reuniu com os coordenadores da campanha da ministra e sugeriu planos para reagir a esses tipos de ataque. Blogueiros e internautas estão sendo arregimentados para inundar as chamadas redes sociais com mensagens de apoio a Dilma e com ataques aos adversários. O trabalho custa entre 50 000 e 120 000 reais por mês e é realizado por empresas especializadas. "Tudo precisa ser clandestino. A força desse tipo de campanha é justamente a aparente espontaneidade das manifestações", disse a VEJA um especialista da área.

O cardeal da Dilma nas manchetes.

Valter Luiz Cardeal de Souza é homem de confiança de Dilma Rousseff. Foi um dos convidados para o casamento da filha da candidata.De acordo com o Ministério Público, o engenheiro gaúcho teria usado o cargo para autorizar mudanças em contrato da Cepisa (companhia energética do Piauí) com a Eletrobrás para a execução do programa Luz para Todos. A beneficiada teria sido a empreiteira Gautama, pivô do esquema descoberto pela Operação Navalha.Agora descobriu-se que a Eletrobras pagou mais de R$ 1 milhão para a sua defesa, contratando uma das bancas mais caras deste país. Procurador da República em São Paulo, José Roberto Pimenta de Oliveira considerou "um absurdo" a Eletrobrás pagar a defesa de acusados de corrupção."É evidente que fere a Constituição o ato de pagar com dinheiro do erário advogado para a defesa pessoal de servidor que é acusado de usar ato de ofício para obter algum tipo de benefício pessoal. Isso, em si, é uma ilicitude. Do ponto de vista criminal pode ser prevaricação; sob o prisma civil, improbidade administrativa", afirmou.Acontece que este senhor não é uma pessoa comum. Ele é um "cardeal" do "papado" da Dilma. Alguém esquece que foi a Gautama que emprestou aquele iate para que a "doutora" passeasse pela Baía de Todos os Santos?

Cláusula democrática.

No dia em que recebeu a informação de Lula de que a Comissão de Relações Exteriores do Senado, com voto a favor de Pedro Simon(PMDB-RS), havia aprovado o ingresso da Venezuela no Mercosul, Hugo Chávez declarou: "Eu lamento que Lula saia do governo. Por que ele tem de sair? Se um presidente governa bem e tem 80% (de aprovação popular), por que ele tem de sair?" Fez, novamente, a pregação de que os países devem rasgar as suas constituições para se transformarem em ditaduras. Não está nem aí para a tal "cláusula democrática" do acordo do Mercosul. Que um facinoroso como Romero Jucá relate a favor de Hugo Chávez, até se entende. O que é lamentável é ver um velho como Pedro Simon jogando a sua biografia na lama.

"Valijagate" verde-amarelo.

As "valijas" carregadas de dólares da PDVSA são uma tradição criada por Hugo Chávez. Foi com dezenas de "valijas" que ajudou a eleger Evo Morales, Rafael Correa e, principalmente, Cristina Kirchner, na Argentina, gerando o famoso escândalo, o "valijagate". Ontem, Dilma Rousseff estava em campanha eleitoral na Venezuela, cuidado do seu PAC pessoal. Prova disso é que se manteve em segundo plano em quase todos os eventos da viagem e evitou dar entrevistas e ser fotografada, mas foi a convidada de honra do jantar íntimo oferecido.Foi, sim, cuidar dos seus interesses. Mas Chávez foi generoso e fez discursos públicos a favor da "doutora" , que o venezuelano chamou com orgulho de guerrilheira. "Ela será a próxima presidente do Brasil. Podem escrever." Se depender de Chávez, não faltarão "valijas".

Lula e Chávez superfaturando.

E quem tem medo da lei em Banânia e em Bolivarânia? Lula e Chávez, apesar de todos os sobrepreços comprovados, assinaram o acordo para que, finalmente, a Venezuela entre com a sua parte na Refinaria Abreu e Lima, que está sendo construída pela Petrobras em Pernambuco. O propinoduto até a Venezuela será um dos maiores do mundo.

Deus castiga.

Lula e Chávez foram apanhados por forte tormenta, com ventos "huracanados", onde estavam reunidos, ao norte do Orinoco. O cenário voou pelos ares. Pouco antes, Chávez comparara Lula a Cristo. Lula, na semana passada, se colocou no lugar de um Jesus todo próprio dos facínoras, que se associa à Judas para se manter no poder. Aqui do Brasil, desejamos um terremoto de 10 na escala Richter. E que a pane da ida, no Aerolula, não se repita, para que não morram inocentes.

Pautamos o chefe da quadrilha.

Deu ontem no Coturno. Deu hoje na Folha.

Um aqui, outro lá.

Em São Paulo, Lula, que não precisa da imprensa, que por sua vez vive lambendo os seus pés como aquele cachorro que quanto mais apanha, mais gosta, desce a lenha nos jornalistas em meio a um evento de lixeiros. Agora, diga lá: qual a importância de um evento de lixeiros, para estar cheio de repórteres? Para cobrir a declaração de que um triciclo inventado por Itaipu terá uma linha de financiamento do BNDES, exclusiva para catadores? É mole? Já na Venezuela, onde a imprensa apanha, é torturada e veículos de comunicação são fechados e estatizados, Lula defende a liberdade de imprensa como "essencial". É um aqui, outro lá.

Lei que não pega(2).

Do Painel da Folha:

Tô fora. Ex-ministro de Lula, José Múcio se declarou impedido de relatar no TCU processos relativos ao Pan 2007, evento que extrapolou o orçamento em quase 800%. "Cheguei agora, vindo do Planalto. Qualquer coisa que eu fizesse poderia gerar suspeição."
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Vamos para 2010 e um escândalo de 2007 ainda está buscando um relator. É o país onde a lei não pega: apenas solta.

Lei que não pega.

No Brasil, mais do que nunca, existem leis que pegam e outras que não pegam. Poucas pegam, pois os ladrões estão à solta. Leis não pegam José Dirceu, José Genuíno, Delúbio Soares e o Lula. A última moda, agora, é que lei internacional também não pegue no país. É o caso da "cláusula democrática" do Mercosul, que não pegou ontem no Senado, com a liberação para o ingresso da Venezuela, inclusive pelo impoluto de ocasião Pedro Simon (PMDB-RS). Somos, definitivamente, o país onde a lei não pega: apenas solta.

Honduras: agora é com o Congresso.

Roberto Micheletti, assinou nesta quinta-feira (sexta-feira no Brasil) um acordo com os representantes do presidente deposto, Manuel Zelaya, para dar ao Congresso a tarefa de decidir sobre a restituição do líder, destituído por um golpe militar há quatro meses.O anúncio foi feito pelo secretário de Assuntos Políticos da OEA (Organização dos Estados Americanos), Víctor Rico, em um breve comparecimento perante a imprensa junto ao subsecretário de Estado americano para a América Latina, Thomas Shannon. "Chegamos a uma feliz conclusão. Há alguns minutos as delegações designadas para este diálogo assinaram a ata e os textos correspondentes", comentou Rico. "Foi de acordo das duas comissões que este tema (a restituição de Zelaya) seja resolvido pelo Congresso Nacional", afirmou o chefe da comissão de Micheletti, Armando Aguilar. Aguilar ressaltou, porém, que ainda não há prazos para que o Congresso tome a decisão sobre o assunto. Leia mais aqui.

Oi.

A internet aqui em casa, depois que virou Oi, tem dessas. Fica se arrastando por dias a fio. São as delícias dos monopólios recriados pelo Lula. Os posts, hoje, virão mais tarde.

Pergunta básica.

José Fogaça do Rio Grande do Sul está com Serra. Luiz Henrique de Santa Catarina está com Serra. Roberto Requião do Paraná está com Serra. Orestes Quércia de São Paulo está com Serra. Jarbas Vasconcelos do Pernambuco está com Serra. Todos são do PMDB e não aceitam o acordo do seu partido com o PT. Afinal de contas, quem Aécio vai mesmo "agregar", segundo declarou hoje, se for o candidato da oposição? Ele mesmo, já que trabalhou contra Geraldo Alckmin em 2006, ajudando a eleger Lula? O PMDB de Minas Gerais vai fechar com Aécio? O PP vai entregar o Ministério das Cidades, largar o PAC, para fazer acordo com o Aécio? O PV e o PCdoB vão estar com o Aecinho? Serra tem toda a razão. É preciso ter nervos de aço. Nariz também.

Chávez eleito para presidir o Mercosul.

A maioria do Lula no Senado aprovou o ingresso da Venezuela no Mercosul. Mas o que é mesmo o Mercosul? É melhor do que a Alba? Que a Unasul? Serve mesmo para quê? Leia aqui.

Dilma deixa flanco para Serra.

Ontem, a "doutora" marcou as cinco áreas prioritárias da sua campanha para 2010. Em entrevista antes de jantar com representantes do PP, ela citou como pontos importantes educação, moradia, segurança, tecnologia e cadeia produtiva de petróleo. "É preciso aprofundar nossas políticas sociais", disse. Não falou em saúde, emprego e transporte. A educação da Era Lula é marcada por 18 milhões de analfabetos, que supera os números do PROUNI, um programa que beneficia a classe média. Basta a oposição fazer uma pesquisa decente para ver que o PROUNI atende quem teria poder aquisitivo para ingressar na universidade. Calculem uma família com quatro membros e renda de doze salários mínimos de renda. É esta parcela da sociedade que o PROUNI atende. Já em moradia, existe o fracasso do Minha Casa, Minha Vida, onde está o um milhão com tanta gente esperando na fila? Tecnologia não é tema de campanha, tampouco a cadeia produtiva do petróleo. E sobre segurança, o governo não tem o que mostrar, a não ser helicópteros ardendo nos céus do Rio de Janeiro. Se a oposição fizer uma campanha calcada em saúde e nas pequenas coisas que um cidadão exige, ganha a eleição. O Brasil está cansado da megalomania cínica do Lula, basta mostrar o quão nociva ela é para o país. E a megalomania é o único discurso que pode sair da boca desumana, fria e técnica de Dilma Rousseff.

Lula afaga Record e bate na Globo.

A Record tem uma trajetória semelhante à Lula, segunda ele mesmo. Sempre foi vítima de preconceito, segundo Lula. Por isso Lula ficou muito orgulhoso de inaugurar, ontem, os estúdios da nova Record no Rio de Janeiro. Afirmou que seria "muito ruim" ter uma só TV dando informação. Bateu na Globo, na casa da Globo. Mas também bateu na Bandeirantes, no SBT, na Rede TV. Nos bastidores, Lula perguntou pelo amigo Edir Macedo, que tem evitado lugares públicos, haja vista as dezenas de possibilidades de sair de braços dados com dois soldados. Lula tem uma simpatia siamesa pela Record. Aliás, é mais do que simpatia: é afinidade. Os dois foram construídos com sacos de dinheiro vivo. A Record, com doações dos seus fiéis. Lula, com as corrupções dos seus companheiros.

Caixa dois para a turma do PAC.

Os funcionários do DNIT, que trabalham no PAC, vão ganhar ganhar um caixa dois para não atrasarem obras. Uma espécie de incentivo passar por cima de pererecas, mangues,m machadinhos indígenas, licitações fraudulentas e outras roubalheiras. O projeto de lei foi aprovado ontem na Câmara. A medida beneficiará 2.947 servidores ativos. O valor estabelecido pelos deputados do governo Lula foi de R$ 28,7 mil para funcionários de nível superior, R$ 12,2 mil para os de nível intermediário e R$ 3,2 mil para os auxiliares, a serem pagos em três parcelas. O benefício dura somente no período pré-eleitoral, acabando em abril. "Depois de abril de 2010 nada tem mais importância alguma porque aí não tem bônus mais. Aí os projetos podem parar? Isso é um desrespeito com o resto do funcionalismo. O policial e os militares que estão enfrentando os traficantes no Rio de Janeiro, os médicos que estão combatendo a gripe H1N1 não merecem mais o bônus do que quem está no ar-condicionado do Dnit?", disse o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO).

Final melancólico.

Da Folha:

A fase investigativa da CPI da Petrobras acabou ontem com os três representantes da oposição abandonando a reunião marcada para ouvir um gerente da estatal que nem apareceu, mas mandou dois representantes para falar sobre plataformas. "A fase investigativa acabou. Vamos agora fazer a mais importante, que é a propositiva", disse Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo e relator da comissão. "Não temos alternativa a não ser nos retirarmos dessa CPI", disse Alvaro Dias (PSDB-PR).

Dilma pediu para "desagilizar"?

O Supremo Tribunal Federal cobrou explicações da Procuradoria-Geral da República sobre a "demora excessiva" do inquérito que investiga o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), por suposto crime ambiental numa reserva ecológica em Goiás.Com potencial para criar embaraços à pretensão de Temer de ser vice na chapa de Dilma Rousseff à Presidência, o inquérito possui denúncias de que o congressista recorreu a grileiros para se apropriar de terras na Chapada dos Veadeiros. A Folha teve acesso ao inquérito. Um ano e seis meses depois de a Procuradoria solicitar sua abertura, a apuração se resume a dois depoimentos e quatro pedidos de informações ao Ibama e ao Instituto Chico Mendes. Com isso, o inquérito corre risco de prescrever, ou seja, perder o prazo para a abertura da ação penal. Estão envolvidos na "desagilização" a PF do Tarso, o Instituto Chico Mendes, o Ibama e o Procurador Geral da República. Será que tem o dedo da "doutora"?

Horário sindical gratuito.

Do Painel da Folha:

Em documento a ser apresentado na 1ª Confecom (Conferência Nacional de Comunicação), em dezembro, CUT, Força, CGTB, CTB, Nova Central e UGT pressionam o Planalto e o Congresso pela criação de um "horário sindical gratuito", nos moldes da cadeia nacional de rádio e TV de que se beneficiam os partidos políticos. O instrumento para atingir esse objetivo já foi providenciado: um projeto de lei que chegou à Câmara na semana passada, de autoria do deputado e ex-presidente da CUT Vicentinho (PT-SP).As centrais reivindicam ainda um canal de TV aberto e a adoção de critérios de distribuição de publicidade alheios a números de audiência e circulação.

Lula atropela a oposição. Novamente.

Lula é feliz porque tem uma oposição despreparada, que leva pancada quieta. Hoje, por exemplo, Lula disse que está feliz porque está faltando asfalto. Segundo Lula, porque o Brasil estava há 25 anos sem fazer obras. E ele sozinho conseguiu acabar com o estoque. Em primeiro lugar, dos 25 anos, 7 anos já são do Lula. Quando o imbecil fala, até parece que tomou posse ontem. Em segundo lugar, asfalto não é gasto tão somente em obras federais. As obras estaduais e municipais são em muito maior número. Mas a oposição nunca tem estes números à mão, para jogar na cara do imbecil. Além disso, ninguém tem culhões para bater boca com Lula. Está lá um corpo estendido no chão. O corpo da oposição. No asfalto do Lula.

A "doutora" em Copenhague.

Segundo o Estadão, a briga no governo sobre as metas brasileiras para a Conferência do Clima, em Copenhague, está cada vez mais pública. Ontem, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, questionou os cenários de crescimento médio de 5% e 6% para os próximos dez anos defendidos pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para o cálculo das metas de redução de emissão de CO2 que serão apresentadas pelo governo brasileiro. "Números improbabilíssimos" e "altamente improváveis" foram as classificações dadas por Minc aos cenários pedidos pela ministra Dilma, que é a pré-candidata do governo à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010. Ou seja: a "doutora" em ecologia vai à Copenhague fazer aquilo que mais a notabilizou até o momento, em sua vida pública. Mentir descaradamente. Desta vez, para obter dividendos políticos aqui no Brasil.

Incontrolável.

O MST é como inço, brota em todo o lugar. O dinheiro, segundo afirma oficialmente o Governo Lula, continuará abastecendo desde os ônibus fretados que levam os sem terra de lá para cá, para as invasões articuladas com precisão cirúrgica até as remessas para contribuir com as FARC. O dinheiro do Lula entra por meio de associações. E uma associação não é como uma empresa, pode ser fundada da noite para o dia. Por ser sem fins lucrativos, basta um estatuto, meia dúzia de assinaturas, registro em cartório e em três dias a Receita Fedetal emite um CNPJ. O MST deve ter umas cem associações registradas em seu nome. Suja uma, bota outra no lugar. Como todos fazem parte da mesma quadrilha, basta mudar o destino dos recursos. A CPI do MST vai fechar meia dúzia de associações. Surgirão outras no seu lugar. O MST é uma erva daninha. A raiz é quem tem a chave do cofre. É contra essa corja que afronta a lei que deveria haver CPI.

Chora, Ratito.

Da Folha:

Na véspera da chegada da comitiva americana liderada pelo secretário-assistente de Estado para o hemisfério Ocidental, Thomas Shannon, para tentar resolver a crise em Honduras, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, previu ontem um cenário "tétrico" para Honduras caso as eleições gerais de 29 de novembro ocorram sem que o presidente deposto Manuel Zelaya e os golpistas cheguem primeiro a um acordo.O reconhecimento dos resultados eleitorais mesmo que a votação ocorra sob o presidente interino Roberto Micheletti é apoiado pela oposição republicana nos EUA e ganha adeptos também no governo Obama. Nesse caso, ventila-se que aliados próximos dos EUA, como Peru, Panamá e Colômbia, poderiam seguir Washington.Para Amorim, se isso ocorrer, vai haver um racha na região. "[Seria uma situação] muito muito ruim, e acho que os americanos sabem disso. Claro que lá existe uma direita muito extremada, que pode ter outras ideias... Se reconhecerem, a região vai ficar muito dividida. Nós não vamos reconhecer. Muitos outros não irão reconhecer", continuou.Segundo o chanceler, a eventual legitimação da eleição sob os golpistas teria efeito negativo especialmente sobre a América Central, onde "existe uma enorme preocupação de que isso [o golpe] possa até servir de exemplo".O ministro voltou a defender que, ao abrigar Zelaya em sua embaixada em Tegucigalpa, o Brasil provocou uma oportunidade para uma saída negociada."Eu não vou discutir a política do Zelaya. Isso não interessa. Até porque essas coisas são usadas como pretexto", disse, em relação ao argumento dos golpistas de que Zelaya estaria tentando implantar a reeleição, vetada pela Constituição. "Na época do Jango [João Goulart 1961-1964, derrubado pelos militares] muita gente usou pretexto jurídico. Ah, porque a reforma agrária na beira das estradas era inconstitucional..."

O calabar mineiro entra em ação.

Da Folha de São Paulo:

O governador Aécio Neves (PSDB-MG) disse ontem que lançará sua candidatura ao Senado em janeiro se seu partido não decidir, até dezembro, qual será o candidato à Presidência. "Se o partido em dezembro ainda não tiver decidido seu candidato a presidente, seja por prévias ou não, eu sou candidato ao Senado já a partir de janeiro. Não posso esperar. Preciso então cuidar de Minas", disse, após almoçar com o presidente do DEM, Rodrigo Maia. Aécio disse que tinha obrigação de informar a Maia da decisão de só esperar até o fim do ano: "Eu disse a mesma coisa aos meus colegas tucanos na semana passada" , afirmou, numa referência ao seu encontro com o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, e com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo. Após o almoço, Maia -que tem dado declarações de apoio à candidatura de Aécio à Presidência- afirmou que o mineiro "está dando o seu timing". "Ele não pode esperar até março. Pode ser muito tarde."
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Para se eleger senador por Minas, Aécio Neves não precisa anunciar a sua candidatura em janeiro. Pode anunciar apenas em junho e terá uma das maiores votações da história. No entanto, para apunhalar o PSDB pelas costas, novamente, como fez em 2006, precisa um pouco mais de tempo. Lula fez uma votação estrondosa em Minas em 2006, praticamente a mesma votação de Aécio. A máquina de Aécio trabalhou afinada para Lula, enquanto ele participava de algumas carreatas com Geraldo Alckmin, para cumprir o protocolo. Dilma é mineira. Se Aécio fizer o que fez em 2006, a "doutora" começa a ter chances. O cabo eleitoral Aécio é imbatível por lá.

Vergonha.

Vergonhosa a mudança de posição do senador cearense Tasso Jereissatti (PSDB), relator do parecer que, inicialmente, vetava o ingresso da Venezuela no Mercosul, em função dos constantes ataques de Hugo Chávez ao sistema democrático daquele país."Se existirem garantias concretas de que essa evolução de modelo autoritário e preconceituoso não será feita, estou disposto a estudar para que possamos chegar a um acordo", disse o ex-presidente dos tucanos, depois de ouvir o prefeito de Caracas, "plantado" ali para fazer política pessoal. É uma bobagem achar que Chávez irá frear a cubanização do país. Então, melhor cair de pé e deixar que um Jucá apresente um parecer da maioria, redigido pela diplomacia vermelha do Itamaraty, do que transigir. Ontem, conforme publicado abaixo, colegas senadores americanos de Tasso passaram a exigir que a Venezuela seja considerado um estado terrorista, o que é uma afirmação muito mais grave, que já ultrapassou a discussão inocente se aquele país é ou não é uma democracia. Não é. Sarney, que é Sarney, reafirmou: "Não caberia a entrada pela violação da cláusula democrática." Para Tasso, ainda é possível negociar.

Civilização Maia.

O menino Maia, presidente do DEM, continua fazendo o jogo errado. Ainda não aprendeu que o DEM simplesmente não existe como partido político longe do PSDB. Sobra-lhe, na melhor das hipóteses, juntar-se com o PP mensaleiro em algumas plagas deste país. O Rio de Janeiro, a casa do menino Maia, deveria ser o seu espelho. É o único estado do país onde a oposição não tem um palanque. O DEM, do menino Maia, pressiona para que o PSDB escolha o seu candidato, sendo que o único nome do seu partido com algum fôlego eleitoral, o prefeito paulista Gilberto Kassab, está "fechado" com José Serra. Porque só existe por causa de José Serra. O DEM, do menino Maia, diz que esta indefinição impede os arranjos regionais e, com isso, Dilma vai avançando. Vai nada! Dilma não fechou nenhum acordo importante em nenhum estado, a não ser com o acordo pré-nupcial, sujeito a deixar a noiva na porta da igreja, com o PMDB. O menino Maia caiu nos encantos do calabar mineiro. Está fazendo o jogo do Aécio, que faz o jogo do PMDB, que é onde ele deveria estar pelo seu jeito de se mexer na política. Alguém precisa dizer que já está quase comprovado, por provas encontradas a cada dia aqui no Brasil, que a "civilização maia" sumiu porque não soube manter alianças essenciais para a sua sobrevivência. Um belo dia os aliados que tinham que aturar a petulância e a arrogância dos "maias" descobriram o óbvio, que podiam destruir facilmente o império "daquela raça". E foi da noite para o dia.

Venezuela terrorista.

Enquanto o Senado do Brasil está prestes a aprovar o ingresso da Venezuela no Mercosul, o Senado dos Estados Unidos começou a analisar, hoje, uma resolução que pede para que aquele país seja incluído na pequena lista de nações terroristas, que inclui Cuba, Sudão, Irã e Síria, Nesta condição, a Venezuela não poderia receber benefícios econômicos e nem firmar acordos financeiros. Aliás, Lula já visitou todos os países que os Estados Unidos considera estados terroristas.

Deveria dar cadeia.

Do Agência Folha:

O Hospital Universitário Getúlio Vargas, o maior público do Amazonas, suspendeu nesta terça-feira novas cirurgias por falta de medicamentos. A direção da unidade, que fica em Manaus, diz que faltam anestésicos, antibióticos, analgésicos, soro e fios cirúrgicos para procedimentos. Segundo o hospital, os repasses de R$ 1,2 milhão ao ano do Ministério da Educação são insuficientes para custear toda a infraestrutura. Ligada à Universidade Federal do Amazonas, a unidade também recebe recursos do SUS (Sistema Único de Saúde). Hoje, dos 251 leitos, 95 estão fechados devido à falta de manutenção nas instalações. Estão na lista de espera para cirurgias 1.132 pessoas. "O hospital vive uma situação caótica perene e não tem recursos nem para funcionar 90 dias", diz o diretor Lourivaldo Rodrigues.
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Esta verba de R$ 1,2 milhão por ano é 1% do que o MEC torrou com a irresponsabilidade e a incompetência da fraude no ENEM.

Tchau, poste!


Se Lula tivesse o poder de transferir popularidade, a Marta Suplicy não teria se candidatado à prefeitura de São Paulo em 2008. Teria sido eleita governadora do estado em 2006. Não será agora que terá prestígio para eleger um poste em 2010.

Dilma foge da discussão do pré-sal.

Apesar de estar no Centro Cultural do Banco do Brasil, sede do governo, a "doutora" não quis botar a cara à tapa na negociação dos royalties do pré-sal. Mandou a fiel escudeira, a "dossiezeira" Erenice Guerra representá-la na reunião com o relator da proposta , deputado Henrique Alves (PMDB-RN). O peemedebista está cortando uma parcela do governo federal, para atender os governadores. Lula está chiando. A candidata, escondidinha, optou pelo famoso "me inclua fora desta". Leia aqui.

E agora, José?

O caso da denúncia de desvio de dinheiro público e das suspeitas de irregularidades na prestação de contas da Fundação José Sarney caiu nas mãos do ministro José Múcio Monteiro, do Tribunal de Contas da União (TCU), recém-empossado no órgão por indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Múcio foi o articulador político do Planalto durante o período que comandou o Ministério de Relações Institucionais. Como era de se esperar, José Múcio não se declarou impedido para julgar o velho aliado. Leia mais aqui.

O 1% do Lula.

"O gestor público está submetido a um enorme arcabouço de controle. Posso dizer que 99% deles são pessoas sérias, que fazem seus trabalhos dentro da lei".

A pérola foi dita pelo novo Advogado Geral da União, Lurch Adams, defendendo as idéias de Lula de "menas fiscalização". O problema é que Lula escolheu exatamente aquele 1% para gerir as obras do PAC.

Lula contrata Lurch Adams.

Ontem, o novo Advogado Geral da União,Luiz Inácio Adams, que ainda não teve tempo de ler quais são as suas atribuições, defendeu Lula e Dilma das acusações de que estão vergonhosamente fazendo campanha eleitoral antecipada."O presidente em nenhum momento feriu a lei em termos dos limites eleitorais. [...] Não há nenhuma situação até o momento em que a atuação não tenha sido sem causa administrativa". disse, em sua primeira entrevista após assumir o cargo na sexta-feira."Não é possível colocar o presidente da República numa redoma. Seja ele, seja a ministra Dilma, que tem ação como coordenadora do PAC junto aos demais ministérios. Ela não é candidata no momento, portanto, não só tem o direito, mas deve estar presente em atos pertinentes à administração institucional", completou. Definitivamente, Lula não nomeou um Advogado Geral da União, como se suspeitava. Contratou o mordomo Lurch Adams. O homem é um monstro!

Empreiteiras botam Chávez no Mercosul.

As empreiteiras que financiam todos os políticos estão pressionando para o ingresso da Venezuela no Mercosul. Na Comissão de Relações Exteriores do Senado, a imprensa informa que o placar a favor será de 11 x 7, vitória garantida, principalmente, pelo PMDB. Se políticos tivessem vergonha na cara, proporiam uma lei que proibisse doações de campanha por parte de empresas que tenham fornecido produtos ou serviços a qualquer órgão público, em âmbito municipal, estadual ou federal. Pois é, as empreiteiras doariam via caixa dois, mas pelo menos teriam que ter mais cuidado. No entanto, a aprovação ainda deverá passar pelo plenário. E depois, temos a favor o fato de que o Paraguai ainda tem oposição. Lá, o nome da Venezuela não passa, de jeito nenhum. Nossa oposição ao Chávez, por incrível que pareça, na está às margens do lago Paranoá, mas ao lado do lago Ipacaray. Só falta Lula, Cristina Kirchner e o Pepe Mujica, que será eleito no Uruguai, expulsarem o Lugo pedófilo para botar o Chávez maluco no lugar.

Oposição?

Do Painel da Folha:

A tentativa do governo de silenciar as críticas à caravana de vistoria da transposição do rio São Francisco com um convite a deputados e senadores para conhecer as obras divide a oposição.De um lado, o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), mostra simpatia à ideia, por ver nela uma chance de provar que o projeto não deslanchou. "Minha tendência é ir. Pode ser uma boa ocasião para a gente fiscalizar." O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), pensa de outra forma: "Se for para o governo definir o roteiro, claro que não vamos a lugar nenhum. Aí não há transparência. É jogo de cartas marcadas". Os convites foram despachados pelo ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) na quinta passada.
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Aqui vai uma modesta sugestão, de quem não entende nada de oposição. Por que os senhores deputados e senadores, por conta dos seus partidos, não se dividem e visitam obras que foram embargadas pelo TCU? E vão lá apontar o dedo para o problema que gerou a paralisação. O senhor José Aníbal(PSDB-SP) poderia apontar o dedo para o teto do aeroporto e dizer: " a obra foi parada porque ali, ó, queriam botar o triplo de mármore...". O senhor Ronaldo Caiado poderia afirmar: " sabe quanto queriam cobrar a mais para fazer a terraplenagem daquele pedaço ali?". Na modesta opinião deste blog, é a oposição quem pauta o Governo. E não o contrário. Por que não visitam o Rio São Francisco a convite de Dom Cappio?

Senadora tucana desmascara Dilma.

Da Folha Online:

A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) disse que a declaração de Dilma (de que está sendo perseguida porque é mulher) foi infeliz e demonstra que ela não tem "traquejo para debater temas relacionados às mulheres, nem do ponto de vista cultural muito menos do ponto de vista político". Para a senadora, as representações judiciais contra a antecipação de campanha são feitas "independentemente do sexo daquele que está transgredindo a lei".

Freire desmascara Lula.

Da Folha Online:

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, criticou nesta segunda-feira a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua comitiva às obras de transposição do rio São Francisco. Em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultural, questionou uma possível campanha antecipada da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata à Presidência em 2010, durante as viagens presidenciais. "Não há nada para inaugurar no São Francisco para ele [Lula] passar três dias armando uma tenda de mil e uma noites", afirmou Freire. Na opinião de Freire, a presença de Dilma nas viagens oficiais evidencia sua candidatura em 2010. "A Dilma acompanha ele [Lula] permanentemente, e acompanha como ministra do governo? Não! Ela é apresentada como sua candidata... Ele [Lula] diz: 'vamos falar baixo, longe das câmeras, senão a justiça vem e me pega'".

Marina desmascara Dilma.

Da Agência Estado:

Em viagem aos Estados Unidos nesta segunda-feira, 26, a senadora Marina Silva (PV-AC) classificou as caravanas do presidente Lula com a ministra Dilma Russeff como "atos de campanha", e pediu equilíbrio na CPI que irá investigar o Movimento dos Sem-Terra (MST). A senadora também rabateu as declarações em que a ministra afirma que as críticas são resultado de preconceito contra o fato de ser mulher. Marina, que realiza encontros com políticos americanos e participa de debates sobre o aquecimento global em Washington, deixou o PT recentemente para tentar se candidatar à Presidência pelo PV. A senadora disse que sua ex-colega de ministério usou a máquina pública para fazer campanha. "Há um incômodo legítimo da sociedade; essa ida ao São Francisco em caravana caracterizou um ato de campanha; os atos falhos falam por si", disse a senadora e pré-candidata à presidência. "Não tem nada a ver com ser homem ou mulher."

O enviado especial ao Irã.

A Agência Brasil enviou um jornalista à Teerã, para preparar a visita de Mahmoud Ahmadinejad ao país. O resultado está no post abaixo, uma matéria francamente contra os judeus, repercutindo o lado mais polêmico desta visita. O repórter foi lá ouvir o Irã, mas não se preocupou em ouvir Israel. O nome do repórter é Ivanir José Bortot. Repórter, não. Ele é editor-chefe da Agência Brasil. Um degrau abaixo da Helena Chagas. A pergunta necessária e urgente é: por que a Agência Brasil mandou um editor-chefe ao Irã? Por que não fez a matéria por telefone ou por e-mail? Que tamanha importância o Brasil está dando a esta visita? Ivanir José Borgot tem a cara da matéria nojenta que escreveu, que transcrevemos no post abaixo. É um líder estudantil dos anos 70, da faculdade das elites em Porto Alegre, a PUC. Lá as greves acabavam com algumas trouxinhas de maconha. Da sua vasta experiência como ativista escreveu um livro denominado " Abaixo a repressão! Movimento estudantil e as liberdades democráticas". Nem precisa dizer que o "libreto" contou com o patrocínio cultural da Eletrobrás, pela Lei de Incentivo à Cultura - MinC. O PT gaúcho deu ampla divulgação ao lançamento. Ivanir é a cara cuspida e escarrada dos "revolucionários" dos anos 70, que sobrevivem dos caraminguás que extorquem dos cofres públicos. Não é de duvidar que esteja inscrito para receber a Bolsa-Guerrilha. Agora ele está lá no Irã, recebendo gordas diárias e gastando em dólar. Completamente realizado por emplacar uma matéria francamente contra os judeus, como convém a um bom esquerdista.
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Em junho último, as autoridades iranianas proibiram a imprensa internacional de cobrir qualquer ato na rua que não contasse com a autorização do governo, por causa dos protestos convocados contra a reeleição do presidente ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad, fraudada vergonhosamente. Centenas de iranianos foram mortos friamente, em cenas chocantes. Lula, na ocasião, foi um dos primeiros presidentes a dizer que as eleições tinham sido legítimas, saindo em defesa do maluco sanguinário, que prega a destruição de Israel. O editor da Agência Brasil está em Teerã para um encontro internacional de jornalismo. Imagina-se o tipo de jornalista que está sendo atraído para lá, para um país que pisoteia a liberdade de imprensa como poucos.

Brasil assume posição contra judeus. Oficialmente.

Da Agência Brasil, órgão oficial do governo Lula, repercutindo afirmações que não condizem em nada com a história do nosso país. Onde está a Comissão de Relações Exteriores do Senado para impedir que o Brasil entre numa escalada anti-sionista, fomentada pelo governo petista?

O vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Alireza Salari, acredita que no encontro dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Mahmoud Ahmadinejad, do Irã, marcado para 23 de novembro em Brasília, deverão ser fortalecidas as relações consulares, com revisão do acesso de cidadãos dos dois países a vistos. Com isso, o Brasil passaria ser um dos poucos países a não exigir visto para cidadãos iranianos. Embora acredite na consolidação dessas relações, Salari manifestou preocupação com a reação contrária no cenário internacional, especialmente dos sionistas e israelenses."Os sionistas, os israelense, são inimigos da democracia na América Latina, basta ver o que ocorreu agora em Honduras. Estes grupos não querem o desenvolvimento das relações do Irã com o Brasil", disse Solari em entrevista à Agência Brasil no Ministério das Relações Exteriores em Teerã.Para o diplomata, o processo de integração econômica e cultural será consolidado em função do perfil do Brasil e do Irã. As duas economias, em fase de desenvolvimento, são complementares e têm um Produto Interno Bruto (PIB) da ordem de US$ 3 trilhões. Os estudos feitos pela área diplomática indicam que os acordos em projetos industriais e comerciais devem envolver não apenas as empresas públicas, mas o setor privado. "Há muita complementaridade na atividade produtiva dos dois países. O Brasil pode nos fornecer tecnologia de produção agrícola e nós insumos petroquímicos e adubos", disse.

Mendes: a própria lei criminaliza o MST.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, pode não ser um leitor muito atento das leis, mas ao que tudo indica lê os jornais de manhã bem cedinho. A Folha publicou um artigo que o Coturno Noturno repercutiu e o ministro, hoje pela manhã, já afirmou a mesma coisa. Segundo o Estadão, ele advertiu nesta para a responsabilidade do Judiciário, do Ministério Público (MP) e do governo sobre as ações agressivas de sem-terra no País. "A lei manda que o governo suste os subsídios para entidades que promovem invasões e violências", declarou o ministro, após a abertura do I Congresso Nacional de Direito Agrário, promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em São Paulo, no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).O ministro disse que "não se trata de criminalizar o movimento agrário ou movimentos sociais". Segundo ele, é uma questão de "aplicar a lei de forma normal"."Se houve prática de crime de qualquer um dos lados envolvidos nesse tipo de conflito, deve haver a resposta adequada do Estado de Direito", assinalou o presidente do STF.

A prova suprema.

Se o novo ministro do STF, imposto por Lula, José Antonio Dias Toffoli, não se declarar impedido e der o voto decisivo contra a extradição do assassino italiano Cesare Battisti, contrariando o voto do presidente do órgão, ministro Gilmar Mendes, teremos a prova suprema de que o governo Lula poderá tudo, de agora em diante. O julgamento está marcado para os primeiros dias de novembro.

Prefeito do PT preso com crack e travesti.

Pobre prefeito petista. Crack vicia e os tratamentos só funcionam se o paciente quiser, efetivamente, deixar o vício. Quanto à diversidade das preferências amorosas do prefeito petista, nada a contestar. O prefeito petista é apenas um ser humano que precisa de ajuda. Poderia, por exemplo, ser visitado pelo Lula e pela Dilma, para receber conselhos, orientação e apoio. Ou pelo presidente do PT, Ricardo Berzoini, para ver se a família necessita algum amparo. Talvez a presença do Frei Betto ou daquele padre Lancelotti, amigo do Suplicy. Vamos ver o que o PT vai fazer para ajudar este ser humano em frangalhos. Vamos ver qual movimento social vai correr para Raposos, na região metropolitana de Belo Horizonte, para dar o ombro ao prefeito petista João Carlos da Aparecida.

O verde e as "verdinhas".

Deu no Painel da Folha:

Responsável por uma fatia significativa do PAC, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) pediu ao Planalto um socorro de R$ 1,2 bilhão no Orçamento do ano que vem para bancar pilhas de estudos de impacto socioambiental. De acordo com o órgão, vinculado ao Ministério dos Transportes, o percentual gasto com essa finalidade, hoje, chega a 22,5% do valor da obra -contra 5% a 7,5% no primeiro mandato de Lula. Isso significa entre 25 e 40 "condicionantes" impostas pelo trio Ibama, Funai e Instituto Chico Mendes por rodovia. "São exigências intermináveis. Se a via passar pela Amazônia, então, dobram", diz o diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot. "Tem dinheiro na conta, mas eles travam o PAC."
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Este Pagot do DNIT é aquele mesmo que recebeu salários do Senado, sem trabalhar, durante 7 anos. Está pegando carona na pressão que o governo Lula faz contra os órgãos de fiscalização para avisar que precisa de mais dinheiro para cumprir as exigências ambientais das obras do PAC. Que nada. É por ali, certamente, aproveitando a onda verde, que as "verdinhas" vão rolar.

É muito cinismo.

A "doutora" Dilma em evento com os aloprados paulistas, ontem:

"É um preconceito contra a mulher. Eu posso ir para a cozinha cozinhar o projeto. Mas, na hora de servir na sala, nem ver". A candidata disse que, por ocupar a Casa Civil, coordena os principais projetos do governo federal e que "não caiu de paraquedas" nas agendas de Lula."Eu acho engraçadíssimo, na real. Ninguém desconhece que coordenei o pré-sal. O que eu sofri com esse PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. Eu participei, eu ajudei a fazer. Não posso ir olhar? Eu não posso participar da inauguração?", questionou.

Na mesma linha de cinismo da "cozinheira" Dilma, a comida que ela quer empurrar goela abaixo do Brasil recém foi para o fogo. Se fosse para servir agora, a maioria dos pratos estaria crua. Fora que uma parte expressiva das receitas por ela criadas foi proibida pela "saúde" pública, por usar ingredientes maquiados, até fraudulentos. "Engraçadíssimo"? Não, é mais do que isso. É cômico. Na última comilança promovida pela "cozinheira" a comida foi trazida por helicópteros e aviões, compradas em restaurante cinco estrelas para ser servida no meio do sertão. Às margens do São Francisco pobre e miserável, a "cozinheira" trocou o avental por capacetes, caniços, chapéus camuflados, colchões king size, câmeras de TV e palanques montados no meio do nada. A "cozinha" que a ministra deveria cuidar ficou abandonada. Lá em Brasília.

STF protege o MST.

De artigo de FÁBIO DE OLIVEIRA LUCHÉS, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros, na Folha de São Paulo.

Desde maio de 2001, está em vigor a medida provisória nº 2.109-52, que determina que os imóveis rurais que fossem invadidos não mais poderiam ser vistoriados, avaliados ou desapropriados: "O imóvel rural de domínio público ou particular objeto de esbulho possessório ou invasão motivada por conflito agrário ou fundiário de caráter coletivo não será vistoriado, avaliado ou desapropriado nos dois anos seguintes à sua desocupação ou no dobro desse prazo em caso de reincidência; e deverá ser apurada a responsabilidade civil e administrativa de quem concorra com qualquer ato omissivo ou comissivo que propicie o descumprimento dessas vedações". É evidente que esse dispositivo legal, como forma de buscar o fim da prática criminosa das invasões de terras, em especial daquelas praticadas por movimentos organizados e com nítidos interesses de gerar conflitos agrários, além de proibir a desapropriação dos imóveis invadidos, estabeleceu dever "ser apurada a responsabilidade civil e administrativa de quem concorra com qualquer ato omissivo ou comissivo que propicie o descumprimento dessas vedações". Constitui, portanto, falta grave de natureza civil e administrativa permitir ou concorrer para a desapropriação de imóvel rural invadido. Ocorre que essa questão tem sido reiteradamente levada ao conhecimento e julgamento de nosso Supremo Tribunal Federal, que, em evidente negativa de vigência a esse dispositivo legal, decreta a validade dos atos que visam desapropriações que se enquadram nessas condições. Para a jurisprudência do STF, ainda está em vigor o texto original do referido parágrafo 6º do artigo 2º da lei nº 8.629, de 1993, que apenas vedava a "vistoria" dos imóveis invadidos. Mas, se a vistoria já foi feita e a invasão ocorreu depois dela, então, legal a desapropriação. Por isso causa espécie quando ministros de nossa suprema corte condenam publicamente as invasões de terras, mas, na verdade, ao permitir a desapropriação de imóveis invadidos, incentivam-nas, incorrendo na responsabilidade prevista na parte final desse dispositivo legal. Infelizmente, ao grande público, os ministros do STF dizem coisa diversa do que efetivamente julgam.

Irmã de Fidel era agente da CIA.

Este era o segredo que Juanita Castro guardou por anos e revelou ontem sobre os assassinos Castro. Uma agente muito ruinzinha, por sinal. Mas valeu pela enquete ao lado. Leia aqui.

Segundo turno no Uruguai.

Da BBC:

As primeiras pesquisas de boca de urna divulgadas neste domingo após o fechamento das urnas na eleição presidencial no Uruguai indicam como provável a possibilidade de um segundo turno para definir o pleito. Segundo o analista Luis Eduardo González, do instituto de pesquisas Cifra, o candidato do governo, José 'Pepe' Mujica, da Frente Ampla, teria conseguido 47% dos votos - menos do que os 50% mais um necessários para vencer no primeiro turno. Outro instituto de pesquisas, o Factum, diz que Mujica teria recebido entre 47% e 49% dos votos, também indicando a necessidade de um segundo turno. Um terceiro instituto, o Equipos Mori, indicou uma votação de 48,1% para Mujica.

O deles trabalha.

O guerrilheiro tupamaro e virtual candidato vitorioso nas eleições de hoje no Uruguai, José Mujica, votou e voltou para trabalhar na chácara. É um demagogo populista que imita Lula, por quem nutre grande admiração. Pelo menos, este aí trabalha.

Preconceito.

O presidente venezuelano Hugo Chávez disse no domingo que o ministro da Defesa da Colômbia, Gabriel Silva, é um "retardado mental" por criticar os esforços da Venezuela na luta contra o narcotráfico. A declaração pode deixar ainda mais tensa a relação entre os países vizinhos. Silva garantiu nesta semana que existe um "tráfego livre" de aviões a serviço do narcotráfico saindo da Venezuela em direção à América Central e aos Estados Unidos. "Eu acho que ele é no mínimo um retardado mental, deve ser retardado mental", disse o líder venezuelano durante a transmissão do seu programa semanal de rádio "Alô, Presidente".

O PT quer roubar a mídia.

É intenso o tiroteio da tão amada esquerda pelos jornalistas brasileiros contra a imprensa livre. O PT descobriu a mídia, depois de eleger e reeleger Luiz Inácio Lula da Silva a partir de um vitorioso projeto de marketing, regiamente pago com o caixa dois dos banqueiros. A partir daí, o partido saiu do assembleísmo para utilizar as modernas técnicas de comunicação digital. Lula tornou-se um dos maiores fenômenos midiáticos de todos os tempos, amparado por uma estrutura de propaganda de fazer inveja a Goebbels. Só no Blog do Planalto, que é uma clipagem da produção própria da máquina estatal, militam seis compnaheiros. Abaixo, em outro post, noticiamos que a estrutura midiática lulopetista vai "adestrar" mais 200 pitbulls para a campanha da Dilma. Na Petrobras, então, algo que não existe em nenhuma empresa do mundo e em raras empresas jornalísticas: mais de 1.200 profissionais na área de comunicação. Dizem que vem aí o guru do Obama para eleger a Dilma. Dizem que vem aí o novo Portal do PT. Dizem que vem aí a emissora de TV do PT. E por todos estes meios, a ofensiva contra a imprensa independente está atingindo níveis máximos, prestes a se tornar algo físico, com agressões a jornalistas e depredações nas sedes de emissoras, revistas e periódicos. E não é mais coisa do pobre maluco do megafone, é coisa organizada, pensada, financiada.Tomara que alguns apanhem. Tomara que toquem fogo em algumas redações. Tomara que censurem não só o Estadão. A mídia brasileira está precisando de um tratamento de choque. Ricardo Noblat abre espaço em seu blog todas as sextas-feiras para o mensaleiro e chefe de quadrilha José Dirceu. Ao mesmo tempo, apanha nominalmente no Blog do Emir Sader, aquele que o senador Jorge Bornhausen meteu na cadeia e fez perder o emprego público. Bem feito. A imprensa quer ser politicamente correta com bandidos, corruptos e salafrários. Seria bom que cada editor, cada blogueiro e cada jornalista independente lesse a "Resolução do Diretório Nacional do PT para a Confecom", um evento que vai trazer gente do mundo inteiro para pregar o fim da liberdade de imprensa. Há coisas assustadoras pregadas ali, como lutar pela "produção de nova legislação para o Direito de Resposta, não apenas individual, mas também coletivo e difuso, de maneira que a sociedade, através de suas instâncias representativas, possa reivindicá-lo." Já pensou a revista Veja sendo processada por mais de duzentos "movimentos sociais" ao mesmo tempo? O PT descobriu a mídia. E, em sendo PT, quer roubar a mídia todinha para ele.

Fogo amigo.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, acha que o governo precisará segurar os gastos de custeio da máquina pública para que o País continue a crescer nos próximos anos. Coutinho ressalva que a opinião, que toca numa das principais críticas ao governo Lula, é estritamente pessoal. Mas entende que a ideia deveria ser discutida como parte de uma nova agenda para o País. Nessa nova agenda, ele sugere ainda a reforma da Previdência Social e, do lado empresarial, maior participação dos bancos privados no financiamento de grandes projetos. Leia a entrevista do Estadão.

Preparando o ataque midiático.

Às vésperas do ano eleitoral, Franklin e sua turma estão apostando na capacitação dos quadros internos do Planalto para melhorar a comunicação do governo. Vão torrar alguns milhares de reais para "adestrar" 200 companheiros que, se os critérios de contratação fossem técnicos, já deveriam trazer na bagagem as habilidades e competências que agora querem desenvolver às custas do erário. Assim sendo, 80 companheiros farão o curso de "Formação de Porta-Vozes", outros 60 farão o curso de "Comunicação e Políticas Públicas" e, por fim, mais 100 farão o curso de "Gestão da Comunicação e Novas Mídias". É o Franklin montando a máquina da Dilma, dentro do Palácio do Planalto. Capacita com dinheiro público e depois dá licença para trabalhar no comitê da campanha. É só acompanhar o edital para constatar que o vencedor será, com toda a certeza, algum companheiro da mídia chapa-branca.

Mais notícias sobre o protegido da Dilma.

Hoje a Folha de São Paulo revela mais um pouco sobre Fernando Sarney, aquele mesmo para quem Dilma Rousseff intercedeu, pedindo que a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, "agilizasse" uma investigação. O fato ocorreu em 9 de outubro de 2008. Fernando é filho de José e irmão de Roseana e o encarregado pela família de defender, com unhas, dentes, telefonemas e reuniões, os interesses dentro da máquina do governo. Inclusive junto à Dilma Rousseff, ao que tudo indica com sucesso, tendo em vista que tudo o que a Polícia Federal gravou acabou acontecendo. Ouça. Ou melhor, leia.

Negociações para preencher cargos na Eletrobrás começaram em fevereiro de 2008, um mês antes da definição da nova diretoria pelo ministro Edison Lobão (Minas e Energia), aliado de Sarney e alçado ao cargo em janeiro de 2008. Em 14 de fevereiro Fernando pediu ajuda ao pai para acomodar, na Eletrobrás, seu amigo Flávio Decat -engenheiro com o qual Fernando trocou vários telefonemas interceptados. "Quero orientação a respeito daquele meu amigo lá do Rio que está aí esperando um chamado seu, da Roseana. E eu preciso de uma orientação", disse o filho. "Manda passar lá no Senado. Às 17h30 no meu gabinete", respondeu Sarney. Três meses após a conversa com Sarney, Decat ganhou emprego na estatal: Lobão anunciou a criação da Diretoria de Distribuição para abrigá-lo. Outra indicação de Sarney que contentou Fernando foi a do engenheiro José Antônio Muniz para presidente da Eletrobrás. Assim que soube da nomeação, em 4 de março de 2008, Muniz ligou para Fernando e se reuniu com Sarney. "Deu certo", festejou Muniz. "Tô sabendo já. Como diria aquela frase do Galvão Bueno: eu já sabia. Estou satisfeito que tudo deu certo, que vai ser bom para o Lobão. Vai ser bom para todos", respondeu Fernando, que a seguir falou do encontro com Sarney: "Então tá bom. Amanhã vou estar aí. Se hoje [você] não falar com papai, amanhã a gente fala". Dias após a reunião, Fernando falou com Anelise Pacheco, assessora da presidência da Eletrobrás: "Já acenei com ele [Muniz] que aquela área nós temos interesse em ter sob controle. E ele disse que sem problema. Me pediu uma semana, dez dias para sentar na cadeira e tal. Depois da Semana Santa, nós vamos atacar. Mas já pensei nisso. Tá tudo pensado", disse Fernando em 14 de março. "É porque a menina da Roseana está me ligando para ver os programas que pode fazer", disse Anelise. "Nós chamamos, conversamos longamente e um dos pontos acertados foi este", tranquilizou Fernando. Meses depois, entre agosto e dezembro de 2008, a ONG do Maranhão da qual José Sarney é presidente de honra recebeu, sem licitação, R$ 590 mil da Eletrobrás como patrocínio para fazer festas no Estado -uma delas, realizada pela governadora Roseana Sarney (PMDB). Em julho deste ano, a Folha revelou que R$ 130 mil do total repassado pela Eletrobrás foram destinados a uma empresa da então assessora de Roseana. A PF também captou, em junho de 2008, uma conversa em que Fernando pediu a Augusto César Araújo, também assessor da presidência da Eletrobrás, que "resolva a vida" de uma amiga liberando dinheiro para eventos que ela agencia: "Acho que é mais fácil vir por meio dessas produções culturais do que um emprego formal".

Transposição: CNBB ataca Lula.

Quem diria! E disse! Até Dom Tomás Balduíno, bispo mérito de Goiás e ex-presidente da Comissão Pastoral da Terra da CNBB, no seio da qual pariram Lula, MST e outras pragas, ataca as obras de transposição do Rio São Francisco, na Folha de São Paulo:

Imagino que Lula, nordestino que passou sede no semiárido, carregou pote d'água na cabeça, possa estar sonhando em se ligar pessoalmente com o nordestino rio São Francisco, símbolo da integração nacional, transformando o grande sertão da seca num abençoado oásis graças a um gigantesco projeto de transposição de suas águas. O projeto nada deveria à Transamazônica nem a Itaipu...Isso explica, quem sabe, sua apaixonada tenacidade em querer levar adiante essa obra apesar das inúmeras reações contrárias de parte do Judiciário, do Ministério Público, da mídia, dos cientistas, do episcopado católico, das organizações sociais, dos atingidos pelas obras: camponeses, quilombolas, grupos indígenas...Na sua excursão ao longo do projetado canal, levando aos palanques Ciro Gomes, além da candidata Dilma Rousseff, não faltou, da parte do presidente, o irado recado para os que ele considera obstáculos à transposição... Muita gente está convencida da inviabilidade desse megaprojeto. Eis as razões. A transposição pretende guindar continuamente, em um desnível de 300 metros, 2,1 bilhões de m3 da água mais cara do mundo para o Nordeste, que, por sua vez, já acumula 37 bilhões de m3 a custo zero. Se o problema da seca do Nordeste não se resolve com esses 37 bilhões de m3 armazenados, irá ser resolvido com 2,1 bilhões de m3 da transposição? Uma certeza muitos têm: os 70 mil açudes do Nordeste construídos nesses cem anos demonstram que lá não falta água. O que falta é a distribuição dessa água. Basta implantar um vigoroso sistema de adutoras, como o proposto pela Agência Nacional de Águas, por meio do "Atlas do Nordeste", que foi abafado pelo governo. Trata-se de levar água por meio de uma malha de tubos e adutoras a toda a população difusa do semiárido para o abastecimento humano, sem a transposição. Enquanto a transposição atenderia 12 milhões de pessoas em quatro Estados, segundo dados oficiais, o projeto alternativo atenderia 44 milhões em dez Estados. Custo: metade do preço da transposição.

Enquete

Ao lado, uma rápida enquete sobre o "segredo que vai abalar os Irmãos Castro", que será revelado amanhã, às 13 horas, em Miami, pela irmã exilada, Juanita Castro. O que será finalmente contado ao mundo sobre dois dos maiores assassinos da História? Vote na enquete!

O Rio na boca do mundo.

Reportagem intitulada Rio de Janeiro, Cidade de Deus e do Diabo publicada neste domingo no El País, da Espanha:

La ecuación está casi completa. El Río Norte tomado por los traficantes. La zona oeste, conquistada por las milicias. En las favelas elevadas de la zona sur, algunos puntos de tráfico. En toda la ciudad, la población pobre a merced de los abusos de uno y otro lado. El vídeo que el Gobierno de Río entregó al Comité Olímpico Internacional ocultaba las favelas. Hasta la histórica Mangueira, pegada al estadio Maracaná. El vídeo no mostraba los muros que están siendo construidos en 13 favelas de Río, "para proteger la naturaleza" (versión oficial). No es que no se haga nada; hay algo de inversión social. En Santa Marta, por ejemplo. Y en la defensa de la candidatura olímpica en Copenhague, el gobernador Sergio Cabral comprometió 2,5 millones de euros para "entregar los Juegos más seguros". "Pero la policía sigue intimidando con armas", afirma Daniel Luz, de la ONG Viva Río. Hasta Jorge Bittar, secretario de Vivienda de la ciudad, confiesa que Santa Marta es sólo una favela. Una de muchas. La Ciudad Maravillosa tiene más de 700 (hace 20 años eran 300). Lo cierto es que en 2009 todo sigue parecido. La clase media, cheirando pó (esnifando cocaína) en las fiestas de la zona sur mientras el rapero MV Bill entona sus rimas afiladas desde la favela de Ciudad de Dios: "Compras cocaína de mis manos, luego me insultas en la televisión". La mayoría de los cariocas mira para otro lado, no quiere hablar de la violencia.

Os povos estão com Honduras.

A "ditadura" e o "governo golpista" de Honduras imploram ao mundo para poder realizar eleições livres e democráticas, desde o primeiro dia da crise. O mundo "obamizado", influenciado por figuras patéticas como Lula, Hugo Chávez, Evo Morales, Daniel Ortega, Rafael Correa e Raul Castro, impõe um embargo cruel ao pequeno país. "Hospedado" na embaixada do Brasil, o mentor da crise, o ex-presidente Manuel Zelaya, que quis dar o golpe constitucional da eterna reeleição, igual ao já dado por Chávez, Morales, Correa e, ainda neste semana, por Ortega, acaba de romper o diálogo com o governo constitucional, não aceitando a proposta da renúncia conjunta com o atual presidente, para deixar que o povo decida nas eleições quem será o próximo presidente. O "ditador" quer renunciar para pacificar o país, o verdadeiro golpista não aceita. O mesmo mundo que caiu na conversa de Lula e seus asseclas começa a acordar. Hoje, o Centro Carter, do ex-presidente americano, que observa eleições no mundo inteiro, afirmou em visita ao país que " a nossa comitiva encontrou um país esperançoso e em aberta preparação para as eleições de 29 de novembro e os partidos políticos estão em plena campanha eleitoral". No mesmo dia, a OEA informa que realizou pesquisa nacional e que a esmagadora maioria apóia a renúncia de Zelaya e Micheletti como a solução definitiva para a crise. Como último truque, a "resistência" ameaça com a renúncia dos dois candidatos de esquerda à presidencia, o que faria com que as "papeletas" de votação tenham que ser reimpressas. Os patetas não dão o braço a torcer, não aceitam a derrota acachapante das suas teses. " Muitos países e muitos governos nos deram as costas, nos deixando sozinhos. Porém, definitivamente, os seus povos estão conosco." A frase da deputada Márcia Villeda, proferida hoje ao receber uma doação do Miami Medical Team, expressa muito bem o sentimento hondurenho de agradecimento à cidadania internacional que, acima de tudo, "comprou" a luta daquele pequeno país para proteger a sua democracia ameaçada. Vai haver muito choro, gemidos e ranger de dentes. Principalmente os dentes podres do Porquito Garcia. A democracia, calma e inexoravelmente, caminha para a vitória em Honduras.

OEA põe Zelaya e Lula na parede.

Até que enfim. O enviado da OEA (Organização dos Estados Americanos) para o diálogo em Honduras, John Biehl, revelou hoje que segundo pesquisas os hondurenhos apoiariam uma "terceira opção" na Presidência como "uma das soluções" à crise e afirmou que a suspensão do diálogo deve ser vista como um "intervalo". "Nas pesquisas, a maioria do povo hondurenho pensa que essa deve ser uma das soluções", respondeu Biehl perante uma pergunta sobre se considera factível um presidente que não seja Manuel Zelaya nem o governante de facto, Roberto Micheletti. Biehl explicou que essas "pesquisas são sérias e foram realizadas recentemente pela OEA e demonstram um arrasador apoio dos hondurenhos a uma solução negociada" e que querem "afastar-se de toda solução que tenha a ver com a violência". O diplomata se referiu a estas pesquisas, sobre as quais não deu mais detalhes, em entrevista coletiva na conclusão de mais de duas semanas de acompanhamento do diálogo, que começou no último dia 7, entre as comissões de Zelaya e Micheletti na busca de uma solução da crise e que, segundo ele, só está "suspensa". O diplomata comentou "esta suspensão do diálogo deve ser tomada como um intervalo" e para os hondurenhos deve servir para "reflexão", insistindo que "não há outro caminho para solução". (Informações da Folha Online)

Blogosfera.

O Coturno Noturno concorda, na maior parte das vezes, com o Blog do Josias, inclusive dando créditos e repercutindo seus posts por aqui. No caso lincado, concordamos tanto que a notícia saiu um dia antes aqui.

Pode passar no caixa.

Kennedy de Alencar mandou as perguntas para Lula, por escrito. Lula respondeu o que bem entendia, teve tempo para pensar. Tudo previamente combinado. O editor da Folha baixou a matéria e as coisas saíram do controle do jornalista chapa-branca. Hoje, consciente de que seu nome ficou associado à entrevista desastrosa de Lula, onde o presidente pregou fazer alianças com Judas para governar o país, correu a escrever um artigo de desagravo. Parece que recebeu uma ordem de Franklin Martins para desfazer o estrago. Na ânsia de continuar "bem cotado", o jornalista ataca até mesmo os próprios colegas: "Pelo peso que tem, o presidente da República deve ser cobrado a tentar tirá-la do papel(a reforma política). Mas não é responsabilidade apenas de Lula. A imprensa tem sua parcela de culpa. Na maioria das vezes, ridiculariza a proposta de reforma ou sentencia que uma nova articulação para aprová-la tenderá novamente a dar em nada. A imprensa deveria fazer uma campanha pela reforma." A imprensa não tem que fazer campanha por nada, deveria saber o jornalista. A imprensa tem que mostrar a realidade como ela é. Mas ele não pára por aí. Encerra elogiando Lula: "A entrevista retrata um presidente maduro e explica por que ele faz um governo bem avaliado e aprovado pela maioria da população. Lula se expôs com sinceridade e clareza de pensamento, algo incomum em entrevistas desse tipo. O petista não se escondeu. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB-SP), tem razão. A entrevista mostrou bem que Lula é." Então tá, pode passar no caixa.

64.

A verdade é que Lula inverteu os números da sua idade no bolo do aniversário, que comemorou hoje. Em meio às estrelas vermelhas, o 64 virou 46. Seja qual tenha sido a intenção, o que fica registrado para a história é que a chama de 64 não é qualquer Lula que pode apagar. Atualizando: a manguaça não vai ser pequena na festa. Para acompanhar, Lula chamou (bem à esquerda) o maior pinguço do PT, o ex-governador gaúcho e ex-ministro das Cidades, Olívio Dutra. As águas vão rolar, garrafa cheia eu não quero ver sobrar...

Se Jesus, que era Jesus...

Não é de hoje que Lula, na sua egolatria, relaciona o próprio desempenho com ninguém mais, ninguém menos, do que Jesus Cristo. Em 2004, quando o mensalão corria solto e o “mestre” ainda estava rodeado pela primeira quadrilha, afirmou a respeito de algumas medidas que havia tomado: “ teve gente que não gostou, mas também nem Jesus Cristo conseguiu unanimidade”. Depois de ouvir poucas e boas de um cidadão, em 2006, na cidade de Itajaí, Lula colocou-se no lugar de Cristo e transformou o brasileiro indignado em Judas: “de qualquer forma, eu fico sempre imaginando que se Jesus Cristo, que era Jesus Cristo, em uma mesa de 12 pessoas teve um traidor, vocês imaginem um governante”. Na Argentina, Lula foi longe e comparou Jesus Cristo com Perón, Allende e Getúlio Vargas, e também a si mesmo, em entrevista coletiva aos jornais locais: “olha, primeiro a vida política de um político só acaba quando ele morre. E se ele foi um bom político, ele tem seguidores para o resto da vida. Veja o que aconteceu com Jesus Cristo. Há 2000 anos os seguidores crescem a cada passo. Allende tem seguidores no Chile, Perón tem seguidores na Argentina, e Getúlio tem seguidores. Na Venezuela tem seguidores de Simon Bolívar, de quantos anos? Então veja, o ser político só morre se foi medíocre enquanto foi vivo, mas se foi um grande político, ele sobrevive aos tempos.” Quem acompanha a trajetória de Lula nas minúcias, sem dó e nem piedade, porque ele não merece, não ficou surpreso com a sua declaração desta semana, afirmando que ele, no papel de Jesus Cristo, tem que fazer alianças até com Judas para poder governar o Brasil. O sentido verdadeiro da frase, a tradução da metáfora mentirosa e desrespeitosa, é que Lula acredita piamente que está tão acima dos brasileiros comuns que a ele tudo deve ser facultado, como se fosse uma espécie de salvador ou messias. Ontem mesmo ainda declarou, ao propor rasgar a constituição federal e criar uma nova instância de fiscalização para os seus atos onde, logicamente, ele nomearia todos os componentes: “ E falo isso sem nenhum problema de mágoa ou de ressentimento, porque estou deixando o governo daqui a um ano, tenho a convicção de que o governo terminará infinitamente melhor do que entrou, não tenho nenhuma preocupação de comparação do meu governo com qualquer governo que passou, desde que foi proclamada a República”. Se Jesus Cristo olhasse para aquele ser raivoso e apoplético, naquele momento, diria novamente: "A boca fala do que está cheio o coração." No caso de Luiz Inácio Lula da Silva, é puro ódio e ressentimento.

Se pudesse, seria um ditador.

Posse do novo Advogado Geral da União, ontem, em Brasília. Lula profere um discurso de ditador, onde ofende o Estado democrático brasileiro, a sua Constituição e "surpreende-se" que as leis estejam acima das suas vontades como presidente:

Momento 1 - Lula elogia a si mesmo, afirmando que valorizou os funcionários públicos e que, por isso, agora eles fazem um trabalho inestimável, economizando bilhões e bilhões...

Precisou eu chegar à Presidência da República, para perceber que havia o engano do discurso fácil em época de campanha eleitoral, e eu constatei que a máquina pública brasileira era muito mal remunerada, e o salário não condizia com a capacidade profissional da maioria das pessoas que trabalhavam na máquina pública brasileira. As pessoas só querem saber quanto ganha um Advogado-Geral da União, mas não querem saber quantas causas ele ganhou, para evitar que o governo perdesse bilhões e bilhões de reais na justiça... As pessoas acham que um homem da Receita Federal, uma mulher ganha muito dinheiro, e não se dão conta de quanto o trabalho deles faz com que o Estado brasileiro deixa de perder para os sonegadores. ..E aqui se trabalha sem bônus, mas muitas vezes, se trabalha por amor a uma causa que as pessoas acreditam.

Momento 2 - Lula critica virulenta e violentamente os mesmos funcionários públicos , que ao fazer o seu trabalho de fiscalização, impedem que o Brasil cresça. É Lula no seu "momento Dilma", querendo que os funcionários públicos "agilizem" a liberação das obras.

Quando, muitas vezes, eu pergunto para a ministra Dilma “tal obra está pronta para inaugurar?”, ela fala: “Nem começou”, porque os entraves são demais e porque se parte do pressuposto de que todo mundo é desonesto até prova em contrário, quando o pressuposto deveria ser o de que todo mundo é honesto até prova em contrário. É uma...Eu quero dizer para vocês que eu quero deixar como legado, para quem vier depois de mim, uma harmonização melhor entre essas dezenas de instituições que entre si, às vezes, uma pessoa lá nos confins de um estado qualquer tem mais poder do que o presidente da República, do que uma reunião de Ministérios. Pessoas, às vezes, de quarto escalão resolvem que não pode fazer, e não pode fazer, e acabou.

Olho no Lula.

Nestes anos todos de "pudê", o que Lula mais fez foi dar mostras da sua índole mentirosa, prepotente e avessa à democracia. Passa a maior parte do tempo aprofundando uma divisão inexistente entre pobres e ricos, enquanto só dorme em lençóis egípcios, toma Romanèe-Conti, veste ternos Armani, gasta cinco milhões por ano secretamente no cartão corporativo da Presidência da República. Exige tapete vermelho para não ter que pisar mais no solo esturricado do sertão e que lautos jantares lhe sejam trazidos ainda quentinhos a bordo de aviões oficiais nos seus showmícios pelo interior do Brasil. O que diria São Francisco, o santo da pobreza! Estes hábitos que já estavam latentes no distante ABC, agora afloram escancarados na cumplicidade pelega com os grandes empresários, na camaradagem com os lobistas que entram e saem livremente no Planalto, no festerê aéreo com os novos ricos do sindicalismo ladrão do Brasil e, principalmente, no convívio harmonioso com os maiores bandidos e com os grandes fariseus da política brasileira. Lula substituiu rapidamente a gentalha asquerosa do primeiro mandato do mensalão pela escória da pior espécie do segundo, formando uma equipe capaz de tudo para blindar o chefe e inflar a sua popularidade, financiados pelos especialistas na multiplicação da extorsão e das negociatas em estatais e fundos de pensão. Ex-terroristas, ex-guerrilheiros, ex-assaltantes de bancos, gente próxima a crimes que jamais foram explicados, criadores de dossiês, falsificadores de agendas. Hoje, no Estadão, Chico de Oliveira, um ex-petista de primeira hora, afirma que Lula só deixou de abraçar a causa do terceiro mandato por uma questão tática. "Ele sabia que teria de enfrentar parte importante da opinião pública e que seu alto nível de popularidade iria derreter." José Paulo Martins Jr., cientista político e professor da Faculdade de Administração da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FAD/FESPSP), afirma "que podemos dizer, sem dúvida, é que ele transige com o republicanismo, no sentido de que não separa corretamente o público do privado." Para Francisco de Oliveira, do Departamento de Sociologia da USP, o presidente "não gosta dos instrumentos democráticos que põem limites à sua própria ação. Procura enquadrar a imprensa, que é o quarto poder, e vê no TCU um obstáculo para o PAC". Para José Álvaro Moisés, do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) , Lula demonstra seu desconforto com o aparato fiscalizatório do Executivo ao nomear um ex-ministro para o TCU. "Alguém imagina que José Múcio, que estava no governo até ontem, vai fiscalizar o governo?" Lula, ao final dos seus dois mandados e longe de fazer o sucessor, começa a perder definitivamente a trava e a liberar o que Roberto Jefferson definiu como os "instintos mais selvagens". O Poder Judiciário, por meio de Gilmar Mendes, presidente do STF, já entendeu o que está acontecendo e começa a reagir. O Poder Legislativo está nas mãos de José Sarney e de Michel Temer, o que dispensa comentários. O jogo da Democracia está empatado e Lula, literalmente, tem caráter de menos e dinheiro de sobra para comprar o juiz. Olho nele.

Não dá para "travar" a lingua dele?

Do Estadão:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retomou a ofensiva contra os organismos de fiscalização e controle, reiterando os ataques feitos ao Tribunal de Contas da União (TCU), mas sem citar o órgão nominalmente. Após dizer que o Brasil "está travado", ele defendeu a criação de uma câmara de nível superior, que possa decidir rapidamente sobre a liberação de obras suspensas por liminares da Justiça. "Não é fácil governar com a poderosa máquina de fiscalização e a pequena máquina de execução", declarou.
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Lula está preparando a desculpa de campanha para justificar o PAC que não anda por falta de dinheiro e por falta de projeto, quando não por prever obras eleitoreiras impossíveis de realizar. Porque o PT e o seu governo chinfrim não sabem "tocar obras". O que sabem é "tocar fogo" no país, nisto eles são bons. É o que farão em 2010 para tentar eleger a "doutora" e "mãe do PAC".

Mercadante ameaça oposição.

Do Painel da Folha:

"Se a oposição continuar a protestar contra as viagens do Lula, vai obrigá-lo a se licenciar do cargo para fazer apenas isso. Não sei se é uma ideia muito inteligente da parte deles."
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Do senador ALOIZIO MERCADANTE (PT-SP), sobre as reações negativas aos três dias de caravana presidencial para visitar as obras de transposição do rio São Francisco.

A frase acima é a síntese do câncer que representa o PT na política brasileira. Expressa chantagem. Denota mau caratismo. Exprime a mistura entre o público e o privado que está presente em toda a gestão lulo-petista. O "irrevogável" Mercadante está dizendo, na verdade, que é melhor que a oposição feche um olho para os pequenos crimes do Lula, pois, de outra forma, ele vai finalmente agir dentro da lei, licenciando-se para fazer campanha eleitoral. Na cabeça do Mercadante, melhor a oposição conviver com esta espécie de roubo de galinha que é torra dinheiro pública em palanque fora de época, do que ter o poderoso Lula leve, livre e solto para apoiar a Dilma. Mas é exatamente isto que o Brasil quer. Que Lula se licencie, Que largue o Aerolula. Que deixe de lado a máquina pública. Que vire somente um cabo eleitoral da Dilma. Que cumpra a lei! Aloísio Mercadante é um espécime perfeito da raça, vocês não acham? Está a merecer um solene pé no traseiro para se recolher à sua falta de estatura moral.

O simbolismo de Honduras.

O que está ocorrendo na Nicarágua, que já ocorreu na Venezuela, Bolívia e Equador, reforça o simbolismo de Honduras. Trecho de reportagem da Veja, desta semana:

A diferença agora é que os caudilhos se dizem de esquerda e "bolivarianos", tendo como traços comuns a impossibilidade de convivência com a imprensa livre, o desrespeito à Constituição e a formação de esquadras de bate-paus para intimidar fisicamente os adversários. O patrono da turma é o venezuelano Hugo Chávez, secundado por figuras menores como o equatoriano Rafael Correa e o boliviano Evo Morales. Em Honduras, Manuel Zelaya tentou o golpe bolivariano, mas seu voo de galinha foi interrompido em pleno ar pela Corte Suprema e pelos militares. O mais novo aderente ao caudilhismo de esquerda é o nicaraguense Daniel Ortega. A única surpresa é ele não ter sido o primeiro a aderir. Ortega está cumprindo à risca o manual de instalação de ditaduras de esquerda em países de instituições fracas. Na segunda-feira passada, um grupo de seis juízes da Corte Suprema acatou um recurso, apresentado pelo próprio presidente, exigindo a anulação do artigo 147 da Constituição, que proíbe a reeleição. Caso a decisão seja ratificada por nove dos dezesseis magistrados do tribunal, Ortega poderá concorrer nas eleições de 2011. Como ele nomeou oito desses juízes e ainda tem direito a indicar mais um, o golpe constitucional está praticamente pronto. Quando for consumado, o presidente da Nicarágua engrossará o time dessa nova modalidade de ditadura.

Lula, o "duas caras".

Da coluna de Dora Kramer, publicada hoje em alguns dos principais jornais brasileiros:

“Não entendi por que os mesmos que elegeram Sarney um mês depois queriam derrubá-lo”, declarou, fingindo-se de ingênuo, pois não faltaram fatos para propiciar a sua excelência perfeito entendimento a respeito da situação, perfeitamente compreendida pela bancada de seu partido no Senado.O presidente, que outro dia mesmo reclamava dos políticos de “duas caras”, de novo encarnou a simbologia do mau exemplo. Convalidou, pela enésima vez, as práticas nefastas que passou a vida dizendo que precisavam ser combatidas.Isso é pior do que ter duas caras: é jogar no lixo uma trajetória, enterrar uma biografia, é trair uma legião de brasileiros que o elegeu acreditando nas promessas de mudança.

Leia na íntegra.

Sindicato de ladrões.

A Revista Veja publica uma reportagem sobre a máquina sindical no Brasil, do qual pinçamos alguns trechos:

Poucos negócios no Brasil são tão lucrativos quanto montar um sindicato. Sim, você leu direito. Na república sindical instalada no Brasil pelo governo petista, conseguir representar uma categoria de trabalhadores virou excelente negócio. Mas não um negócio qualquer. Para começar, o sindicato tem monopólio local garantido por lei. Essa categoria é minha e ninguém tasca! A segunda característica desse ramo especialíssimo de negócio é o fato de que o dinheiro cai no caixa automaticamente, sem que seja preciso mexer uma palha. As contribuições, para filiados ou não, são compulsórias. Delas, dos impostos e da morte, ninguém escapa. Uma terceira faceta do negócio é ainda mais atraente. A lei garante a inviolabilidade de suas finanças. Isso significa que os sindicatos estão dispensados de prestar contas sobre como gastam o dinheiro arrecadado compulsoriamente.

O gangsterismo sindical, agora em sua versão explícita, começou com uma mudança legal ocorrida no ano passado. Uma portaria do governo, porém, passou a admitir a abertura de entidades "concorrentes" em uma mesma região desde que a sede da mais nova não fique no mesmo local que a sede da mais antiga.

A CUT e a Força Sindical, as duas maiores centrais do país, perderam território para as novas entidades, criadas por lideranças de olho na reestruturação da divisão do imposto sindical sacramentada pelo presidente Lula no ano passado. A mudança agraciou as centrais com 10% do imposto arrecadado pelos sindicatos, porcentagem que antes ficava para o governo. Foi um presentão do "paizão" Lula – como, na ocasião, se referiu ao presidente da República um sindicalista. O "presentão do paizão" foi comemorado em grande estilo. Dirigentes de classe organizaram um festão no Congresso, com vinho e uísque 12 anos rolando solto.

Não foi o único mimo ofertado por Lula aos companheiros sindicalistas. Em março de 2008, ele vetou um dispositivo que autorizava o Tribunal de Contas da União (TCU) a fiscalizar as contas dos sindicatos – inescrutáveis desde a Constituição de 1988, que pretendeu, dessa forma, proteger as organizações de interferências do poder público. "Esse veto é inacreditável. É a primeira vez em que alguém diz que dinheiro público não precisa ser auditado. Nem o Banco Central tem essa autonomia", afirma o sociólogo José Pastore.

No Brasil, os sindicatos já deram incontáveis provas de lealdade ao governo do qual dependem. Assumiram uma atitude de contemplação bovina diante de questões antes explosivas, como o salário mínimo e o desemprego. Mas o maior favor prestado ao "governo companheiro" é o ensurdecedor silêncio que os sindicatos dedicam aos escândalos da administração petista. Lula, o "paizão", tem retribuído à altura – fingindo ignorar que seus "filhos" agem como gângsteres na luta para manter os lucrativos territórios.