Perguntinha.

Quando é que o Senado da República vai investigar por que um contrato imposto pelo governo socialista do Equador que não serve para a Repsol espanhola é bom para a Petrobras? O que existe por detrás de mais esta maracutaia, urdida à luz do dia? Não vai aparecer pelo menos um senador para chamar o presidente da Petrobras a dar explicações? Leia aqui.

O assassino visitará o Brasil.

Raúl Castro na guerrilha. Raúl Castro vendando um prisioneiro político para ser fuzilado. Raúl Castro com Fidel Castro. Raúl Castro com Lula.

Está confirmado. Lula da Silva disse hoje em Havana que o ditador assassino de Cuba, Raúl Castro, visitará o Brasil em dezembro e participará de uma cúpula de América Latina e Caribe sobre integração e desenvolvimento. Não, sobre direitos humanos e democracia não será trocada uma só palavra. Paulo Vanucchi, vamos organizar um protesto! Vamos lá, Vanucchi! Lula manifestou sua "alegria" ao "receber a notícia que sua excelência finalmente iria ao Brasil, em dezembro" após a assinatura de um contrato por parte da Petrobras para adquirir os direitos de prospecção em águas profundas cubanas. As verdadeiras águas profundas cubanas vão continuar inexploradas. As águas profundas dos assassinatos em massa, da censura à imprensa, da restrição à liberdade de ir e vir. Da ditadura atroz que escraviza e mata. Que condena a passar fome. Que joga seu povo aos tubarões. Que sobrevive com o apoio de brasileiros que deveriam perder a sua cidadania. Raúl Castro vai pisar com os seus pés sujos de sangue o solo brasileiro. Proteste, Tarso Genro! Proteste, Paulo Vanucchi! Ou calem as suas bocas cúmplices de um regime que matou dezenas de milhares de inocentes e aprisiona milhões de cubanos que gritam por liberdade.
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Acabei de ler o Generación Y(blog recomendando pelo Coturno Noturno) e o post mais recente trata dos votos que estão sendo dados na ONU contra o embargo à Cuba. No entanto, a blogueira ressalta outros embargos: o embargo contra a liberdade de viajar, contra a liberdade de abrir uma pequena empresa, contra a liberdade de organizar um pequeno partido político. São os embargos contra os quais nenhum cubano pode votar, submetidos a uma ditadura assassina. São embargos de cubanos contra cubanos. Apoiados por dirigentes como Luiz Inácio Lula da Silva, nosso infelizmente presidente.
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Se o Reinaldo Azevedo também está repercutindo a visita do assassino ao Brasil, ainda resta esperança de que possamos, juntos, fazer um grande protesto. Ontem este blog fazia o registro da possível visita de Raúl Castro e hoje fez este post. Sugiro criarmos um poster, a la Che Guevara, para inundar a web, só para começar. E divulgar estas fotos.

Se.

Se eu fosse um americano comum, um francês ou um inglês, o que faria com o meu rico dinheirinho nestes tempos de crise? Colocaria debaixo do colchão? Quase isso. Se a minha suada grana estivesse lá em Cingapura, em Hong Kong, na Tasmânia ou no Brasil, rendendo muito acima das modestas taxas do meu país de primeiro mundo, eu diria: "peraí, o mundo quebrou, o meu vizinho perdeu a casa, o que justifica estes espertalhões estarem pagando tudo isso?" Imediatamente, repatriaria meu rico dinheirinho, para ser aplicado em títulos do Tesouro do meu país. E se eu fosse um democrata e Obama fosse eleito, ou um republicano e McCain fosse o escolhido, atenderia cegamente o chamamento cívico do primeiro discurso de qualquer um dos dois: "americanos, tragam seu dinheiro de volta, vamos começar de novo!" É por sentimentos tão banais quanto estes que a crise vai chegar no Brasil e será profunda, dolorida e prolongada. A marolinha que nos transformou em emergentes virou o tsunami que vai nos transformar em "submergentes", afundados em nosso destino de subdesenvolvidos. Sempre dependemos do dinheiro dos outros países, na forma de investimento, de consumo e até de especulação. Ouvir a Dilma, o Mantega e o Lula tapando o sol com a peneira chega a dar dó. Da gente. Gente brasileira.

De volta para casa.

Os países emergentes serão as próximas vítimas da crise financeira internacional que começou nos Estados Unidos e se estendeu para a Europa, advertiu nesta sexta-feira o diretor gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn. Os países de economia emergente "não só deverão enfrentar a baixa de suas exportações e a redução da confiança como também são as últimas vítimas de uma crise financeira que começou nos Estados Unidos, se estendeu à Europa e está transbordando agora para além das fronteiras européias", escreveu o chefe do FMI. Com a retirada em massa de capitais e de investimentos estrangeiros nos países da Europa Central e do Leste, em particular, Strauss-Kahn insistiu "numa certa ironia da história". Ele observou que, atualmente, é mais atraente repatriar aos países altamente industrializados o dinheiro investido nos últimos anos com altos rendimentos nas economias emergentes, por causa das medidas aplicadas pelos dirigentes dos países ricos para sustentar os bancos nacionais em dificuldades. Leia mais aqui .

Vale reduz produção.

A Vale anunciou que vai cortar sua produção de minério de ferro em 30 milhões de toneladas métricas anuais a partir de novembro para se adequar ao cenário de desaceleração do crescimento da economia global. A companhia decidiu paralisar a partir deste sábado as atividades de algumas minas, produtoras de minérios de menor qualidade, localizadas nos Sistema Sul e Sudeste, em Minas Gerais. Segundo a Vale, essas unidades apresentam maior custo e produzem minérios de qualidade inferior relativamente aos demais produzidos pela mineradora. Leia aqui a matéria da Reuters.

A marolinha nos bancos.

Análise feita pelo J.P.Morgan, tendo como fonte o Bloomberg, em 20 de outubro de 2008, mostra o efeito devastador da marolinha do Lula nos maiores bancos do mundo. Adaptado pelo Coturno Noturno.

Os anjinhos.

Filoxera manda o link dos parentes demitidos no Congresso. Entre os anjinhos tem querubins, serafins e, principalmente, efrahins...

Chávez vai fabricar satélites.

Depois de lançar o satélite Simón Bolívar, Hugo Chávez declarou que está nacionalizando o espaço "ultraterrestre", que havia sido privatizado. E que vai montar uma fábrica para, assim como está recuperando "o latifúndio na terra, recuperar o latifúndio do espaço". E vocês ainda se queixam do Lula. Leia mais aqui.

Só 2,5%.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) reduziu para 2,5 por cento sua estimativa de crescimento para a economia da América Latina em 2009, contra um número anterior de 3 por cento, devido à crise financeira global, disse na quinta-feira o presidente da instituição."Estamos pensando em cerca de 2,5 (por cento) para o ano entrante", disse em entrevista à Reuters Luis Alberto Moreno, presidente do BID, durante a Cúpula Ibero-Americana em San Salvador.

Argentina fecha fronteiras.

Do Estadão, mostrando que o terceiro importador brasileiro, responsável por quase 10% das nossas exportações, já está em crise:

O secretário argentino de Indústria, Fernando Fraguío, assinou resolução que complicará a entrada de 1.200 produtos importados no país. Serão aplicados nesses produtos licenças automáticas, que atrasam a entrada de um produto no país por período de 48 a 72 horas. A lista, que inclui produtos importados dos sócios do Mercosul, inclui calçados, brinquedos, fios, eletrônicos, bicicletas e vestimentas, entre outros. O governo está aplicando os obstáculos burocráticos alfandegários a pedido do empresariado argentino, que teme uma "avalanche" de produtos asiáticos e brasileiros que possam "arrasar" a indústria nacional.

Pressão contra a lei.

Do Estadão, onde o presidente da indústria de indenizações, Paulo Vanucchi, segue a defesa dos interesses de assaltantes, seqüestradores e terroristas:

O secretário especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, cobrou ontem, em tom duro, que a Advocacia-Geral da União (AGU) reveja já o parecer que, a seu ver, "beneficia torturadores". Disse ainda que tem respaldo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para não deixar o tema sem solução."Torturadores e vampiros têm horror à luz, pois se alimentam das trevas, do silêncio, da escuridão", disse Vannuchi. "Mas não haverá pedra em cima do assunto", disse ele, ressalvando, que o governo está "aberto ao diálogo e à reconciliação".A AGU divulgou parecer em que considera cobertos pela Lei da Anistia - e, portanto, não passíveis de punição - os acusados de tortura durante o regime milietar. José Antonio Dias Toffoli, chefe do órgão e alvo das críticas de Vannuchi, foi orientado pelo Palácio do Planalto a não polemizar sobre o assunto.

TABU

Segundo Vannuchi, há "um evidente equívoco a ser corrigido" no parecer da AGU, feito para contestar ação movida na Justiça paulista pelo Ministério Público em defesa da punição de violadores de direitos humanos. O parecer beneficia diretamente os coronéis reformados do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Santos Maciel, acusados de violações aos direitos humanos. Em outro ponto, cria dificuldades para a abertura dos arquivos da repressão. "Eu não sei se será possível a AGU retirar essa peça e apresentar outra, ou se é melhor aguardar outro momento do processo para emitir posição", observou.Vannuchi disse que Lula é quem decidirá a questão. Ele lembrou que, quando chamado para o cargo, o presidente lhe disse estar insatisfeito com o encaminhamento dado pelo governo ao tema dos mortos e desaparecidos e o tabu em tratar do assunto para não ferir suscetibilidades no meio militar. Lula, conforme o ministro, disse ter avisado os chefes militares que não queria passar à história como o presidente que jogou uma pedra sobre o assunto.

Dantas x Eike.

Do Radar da Veja:

Lula assinou ontem um decreto adotando o sistema de concessões para a construção e operação de novos portos. Beleza. Mas a publicação do decreto hoje no Diário Oficial é apenas o primeiro minuto de uma partida que promete muito, muito barulho - até porque envolve Daniel Dantas, sempre muito perto de grandes e confusos negócios. Qual o problema no decreto? Ele traz alguns artigos que beneficiam...Quem? Ele mesmo: Dantas, controlador da Santos-Brasil, empresa que detém 50% do movimento do Porto de Santos, o maior da América Latina. A acusação é da senadora Kátia Abreu. Segundo ela, dois artigos do decreto - o 3º e o 27º - "reforçam o cartel que manda nos portos e permite o monopólio". Por dois motivos: permitiria que os atuais detentores de áreas portuárias participem nos leilões, assim como admite que ampliações das atuais áreas possam ser feitas sem novas licitações. Katia afirma que vai convocar uma audiência pública na semana que vem para discutir o assunto. Ela diz que estarão presentes o ministro dos Portos, Pedro Brito, o presidente da Antaq, Fernando Fialho, técnicos e empresários do setor. Quando estourou a Operação Satiagraha uma conversa grampeada entre dois auxiliares de Daniel Dantas acusaram (sem qualquer prova, ressalte-se) a senadora de trabalhar pelos interesses de Eike Batista que é adversário de Dantas na disputa do setor portuário.

Frase do dia.

"Afinal, todos somos vítimas do comportamento irresponsável daqueles que especulam com esperanças e vendem ilusões".

A frase é do Lula, hoje, em San Salvador, mas bem que poderia ser do povo brasileiro, dirigida justamente a ele.

Cassino Brasil.

Lula, na 18a. Cúpula Ibero-Americana, em San Salvador, conclamou todos os países a repensar os organismos financeiros internacionais, conferindo-lhes capacidade regulatória. "Afinal, todos somos vítimas do comportamento irresponsável daqueles que especulam com esperanças e vendem ilusões". Para o presidente, todo o esforço que está sendo feito pelos países em desenvolvimento para superar a pobreza e a exclusão até agora está "comprometido pela ação irresponsável daqueles que fizeram da economia um cassino." Lula continua sendo o grande croupier deste cassino, pagando os juros mais altos do mundo aos especuladores, sem lhes cobrar IOF e outros impostos. Não existe remuneração no mundo maior para os especuladores do que no Brasil, com juros que já chegam a 18% ao ano! Na prática, o discurso é outro.

Propina.

É de se pensar se Cuba não é o paraíso fiscal da esquerda latina, onde são depositados os saques milionários contra os cofres públicos, feitos por camaradas e companheiros corruptos, escamoteados em meio a investimentos inexplicáveis e ajudas humanitárias. Nada justifica este interesse de um país capitalista em Cuba, onde não existe a palavra lucro. A não ser o proveito pessoal, provavelmente socializado com os irmãos Castro, na forma de gordas comissões. Não vamos esquecer que propina, em espanhol, é gratificação, gorjeta, pagamento por serviços prestados. Tudo a ver.

Caindo na real.

"Esta crise internacional é uma crise de grande proporção, talvez a maior que a nossa geração já assistiu." A afirmação é do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que participou, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, de uma audiência pública para discutir, com os parlamentares, as repercussões, no Brasil, da crise financeira mundial e as medidas que o país está tomando para enfrentá-la. O ministro afirmou que a crise é muito superior a diversas outras que ocorreram na década de 90, que foram, segundo afirmou, "crises localizadas, que puderam ser computadas em bilhões de dólares, enquanto esta última, que tem como epicentro os países avançados, é uma crise de trilhões de dólares".

IGP-M sobe 0,98% com a marolinha.

Entre os componentes do IGP-M(Índice Geral de Preços do Mercado) que subiu 0,98% em outubro está o Índice de Preços por Atacado (IPA), que registrou alta de 1,24 por cento, ante avanço de apenas 0,04 por cento em setembro. Depois do atacado, vem o varejo, que repassa a conta para consumidor. Efeito cascata. E o Lula e a sua equipe econômica mandam todo mundo seguir comprando normalmente, sem olhar para o IGP-M que já saltou para 12,13% nos últimos doze meses. É uma pregação à inadimplência e ao calote.

Primeiros sinais (maus, por sinal).

Da Reuters:

A economia dos Estados Unidos contraiu-se 0,3 por cento no terceiro trimestre, em termos anualizados, na maior queda em sete anos por conta de uma redução nos gastos do consumidor e dos empresários. O Departamento de Comércio informou que o recuo do Produto Interno Bruto (PIB) foi o mais forte desde o terceiro trimestre de 2001. O dado veio um pouco melhor que o esperado pelo mercado, que via uma retração de 0,5 por cento. No segundo trimestre, a economia norte-americana cresceu 2,8 por cento.O gasto do consumidor no terceiro trimestre caiu 3,1 por cento. Foi a primeira queda desde o quarto trimestre de 1991 e a maior desde o segundo trimestre de 1980. O investimento empresarial sofreu redução de 1,0 por cento, após a alta de 2,5 por cento no segundo trimestre, marcando a primeira queda desde o fim de 2006.

A volta do terrorismo.

O secretário especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, criticou ontem em São Paulo o que classificou de "equivoco brutal" da Advocacia Geral da União (AGU) ao emitir posições que "extrapolam" suas atribuições, "sem conhecimento de causa e com abordagens superficiais". Continua, assim, a promover aquilo que notabilizou o seu grupo na história do Brasil: o terrorismo. Desta vez não tem assalto a bancos, assassinatos de recrutas, seqüestros de embaixadores. Agora é terrorismo midiático, com o objetivo de pressionar o próprio Lula a adotar uma linha de confronto com a legislação vigente. Desesperados para fazer proliferar a indústria de indenizações que sangra os cofres públicos, Vanunchi e os demais membros do seu "aparelho"ameaçam com demissão coletiva, para gerar uma crise e pressionar o próprio STF, a quem cabe a decisão final sobre o tema.

Fugindo do PAC.

Lula resolveu marcar a divulgação do quinto balanço oficial do PAC que será divulgado hoje e que estava previsto originalmente para o mês passado para um momento em que ele não está no país. Assim, foge de dar explicações. Atingido em cheio pela crise econômica o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) desacelerou de vez e o ritmo de gastos nas obras financiadas com dinheiro do contribuinte caiu, em média, mais de 70% em outubro, em relação aos meses anteriores. Sem PAC e sem pré-sal, qual será o próximo eldorado inventado por Lula para manter os seus índices de popularidade?

Lula em Cuba.

Da Folha, sobre a visita de Lula à Cuba, onde ele vai enterrar dinheiro público para ser tão querido quanto Chávez além, é claro, de ouvir conselhos de Fidel sobre o fim do capitalismo:

Na visita que inicia hoje a Havana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai reiterar o desejo de que o Brasil aumente sua presença em Cuba. O gesto de caráter político será alavancado por duas medidas práticas: a abertura de escritório da Apex (Agência Brasileira de Promoção das Exportações), para atrair investidores brasileiros a Cuba, e a assinatura de acordo entre Petrobras e Cupet -a estatal cubana- para prospecção compartilhada de petróleo.As iniciativas fazem parte do "pacote" negociado em janeiro, que incluiu o aumento da linha de crédito do BNDES para Cuba comprar alimentos. No Planalto, a percepção é que os anúncios ajudarão o governo de Raúl Castro, que enfrenta a pior crise desde que substituiu oficialmente seu irmão Fidel na Presidência em fevereiro. A passagem de dois furacões causou danos de US$ 5 bilhões.O convênio de prospecção de petróleo significa o retorno oficial da Petrobras a Cuba, onde já realizou trabalhos semelhantes, sem resultado. Havana anunciou neste mês que tem reservas equivalentes a 20 bilhões de barris para exploração "offshore" -a cifra é questionada por especialistas.Já a abertura de escritório da Apex, o primeiro do gênero em Cuba, reforça o aspecto político das iniciativas. Relatório da agência sobre oportunidades em Cuba pondera sobre a "centralização das compras pelo Estado" e "as dificuldades logísticas" da ilha, muitas conseqüências do embargo econômico mantido pelos EUA.Em junho, o chanceler Celso Amorim lançou o lema "Brasil parceiro número 1" da ilha, posto ocupado pela Venezuela. De lá para cá, a crise de caixa piorou. Havana deixou de pagar a uma petroleira canadense e a fornecedores japoneses.O presidente da Apex, Alessandro Teixeira, diz que a ilha "é um mercado estratégico" e que a decisão de abrir o escritório "não é emotiva". Cita números: as exportações brasileiras de janeiro a agosto de 2008 tiveram alta de 74% em relação ao mesmo período de 2007.Para Hélio Doyle, da Universidade de Brasília, está em jogo a afetividade de Lula por Fidel. "É uma decisão política, com conseqüências econômicas."

TV Lula em greve.

Não é só mais greve de audiência, onde é traço em cima de traço no Ibope. Funcionários da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), que inclui a TV Brasil, a Rádio Nacional e a Agência Brasil, decidiram ontem cruzar os braços até a próxima assembléia, na tarde de hoje.Encabeçado pelo Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, o comando de greve pede que, no plano de cargos e salários em elaboração pela empresa, os jornalistas tenham piso salarial de pelo menos R$ 3.000, por cinco horas diárias de trabalho.A EBC disse que não negocia durante a greve e não informou o total de funcionários parados. Para que fique bem entendido, a EBC tem contratado jornalistas sem concurso pagando mais do que o dobro do salário dos concursados.

Ele voltou.

O senador Renan Calheiros (AL) defendeu ontem que o PMDB fique com o cargo por representar a maior bancada na Casa, assumindo o papel de interlocutor do partido."Não dá para dizer para a bancada que o PMDB não vai ter candidato. Com a exceção do PT, todos os partidos entendem que o PMDB tem direito de indicar o nome do presidente", disse. Ao lado de José Sarney (PMDB-AP), Renan vem costurando nos bastidores a candidatura própria do partido. Ninguém melhor do que Renan Calheiros para conduzir os destinos da "noiva" PMDB e representar o balcão de negócios em que se transformou o senado da república.

Brasil pode pegar até U$ 23,2 bi no FMI.

O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) criou hoje um programa que contará com um fundo de US$ 100 bilhões para fornecer empréstimos de emergência sem condições a países com boas políticas econômicas, mas com problemas de liquidez.O mecanismo colocará à disposição dos Governos que recebam o sinal verde créditos em um máximo de 500% da parcela que esses têm alocada no Fundo, como ajuda a curto prazo para superar a crise econômica. Isso significa que Brasil poderá obter mais de US$ 23,2 bilhões, México, US$ 24,1 bilhões, e Coréia do Sul, quase US$ 22,4 bilhões. "O Brasil estava defendendo um novo instrumento de liquidez, mas não porque precisa", afirmou à Reuters Paulo Nogueira Batista, que representa o Brasil e outras oitos nações latino-americanas e caribenhas no FMI. Perguntado se o Brasil irá buscar os recursos, ele afirmou: "Eu não sei, eu acho que não. Não, o Brasil tem uma posição forte e então, eu não acho que precisará disso". O "acho" diz tudo.

Bush salva Lula.

Enquanto o BNDES emprestou U$ 50 bilhões para os mais diversos projetos bolivarianos, durante o governo Lula, hoje o FED, o banco central dos americanos, abriu uma linha de U$ 50 bilhões para que o Banco Central do Brasil possa trocar reais por dólares, evitando comprometer as suas reservas. Enquanto isso, Lula já embarcou para mais uma "cumbre", desta feita em São Salvador, onde vai lamber as botas de Chávez, Evo Morales, Fidel Castro e outros socialistas, cujo discurso é destruir os Estados Unidos da América. Pode fazer isso porque Bush, o maltratado Bush, estendeu a mão para ajudar o governo deste presidente imbecil e bobalhão.

Pré-sal só em 2018.

Entrevista do Estadão com o presidente do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBI), Adriano Pires, sobre a perda de oportunidade que o Governo Lula teve, ao transformar o pré-sal em arma de propaganda e de marketing, em vez de manter as regras do jogo no setor. Leia abaixo e aqui.

Alguns analistas apontam o pré-sal como a esperança de investimentos no Brasil em 2009, que deve ser um ano de menor atividade e recursos em todo o mundo. Você concorda com essa visão?

Eu não acredito, não. Eu acho que a perspectiva para 2009 é que o mundo tenha crescimento negativo, em particular a economia americana e da Europa. O grande volume de investimentos no pré-sal vai se dar a partir de 2010. Então, o que eu imagino é que a Petrobras, quando divulgar o plano de investimentos dela - agora na primeira semana de dezembro -, deve apresentar corte de recursos nas refinarias, no Comperj (Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro), nos investimentos externos. E vai haver uma tentativa de manter os investimentos no pré-sal, aguardando como o preço vai se comportar em 2009. Caso o preço fique nesse patamar, de US$ 65, US$ 70 em 2009, ela deve diferir esses investimentos no tempo. Então eu acho que 2009 vai ser um ano muito complicado. O Brasil perdeu uma grande oportunidade quando o governo em 2007 retirou do leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP) os 41 blocos do pré-sal. Naquele momento, o petróleo estava a mais de US$ 100 e com viés de alta. Então era possível ter arrecadado recursos gigantescos, na faixa de R$ 30, R$ 40 bilhões em bônus de assinatura, o que ajudaria muito a passar por esse momento de crise.Além do mais, você teria comprometido uma série de empresas privadas nacionais e estrangeiras com investimentos no pré-sal, o chamado investimento no programa exploratório mínimo. Então, aí sim, o petróleo poderia ser o setor que nos daria um certo conforto para atravessar a crise. Isso não foi feito, ficou-se com aquelas bobagens de falar que era estratégico, que o governo ia resolver todos os problemas brasileiros com o pré-sal, e eu acho que uma oportunidade igual àquela a gente não vai ter tão cedo.

Culpa do Lula.

Sabe quem está sustentando toda a especulação que Lula tanto condena? O próprio Lula. O Tesouro já está pagando juros de 18% ao ano nos seus títulos, que não oferecem nenhum risco. Os banqueiros, investidores e empresários, em vez de emprestar, arriscar e produzir, preferem ganhar este dinheiro facinho, facinho, na forma de juros que o governo petista tem que pagar para financiar a estratosférica dívida pública contraída por quem? Por Lula, que é a alegria dos especuladores e o grande responsável pela crise que está se instalando no país.

Já vai tarde(2).

Artigo publicado originalmente no Blog do Noblat, onde o senador Demostenes Torres tem a mesma percepção daquela demonstrada em nota publicada neste Blog com o título "Já vai tarde".

A porta da rua é a serventia da casa

O secretário especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, caso venha mesmo pedir demissão poderia aproveitar o tempo de folga para estudar um pouco os estatutos legais e rever os seus provectos conceitos. Vannuchi é um democrata simulado que não gosta da Constituição e pensa que o estado de direito é instrumento de amparo às suas convicções revanchistas. Recentemente, em ato público contra a ditadura militar, teve arroubo de caçador de torturadores e declarou que garantiria de próprio punho o direito de defesa aos que agiram nos porões do regime de exceção. Agora, também publicamente, ameaça entregar o cargo ao presidente da República caso a Advocacia Geral da União (AGU) mantenha justamente a defesa do coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de comandar o DOI-Codi em ação movido pelo Ministério Público Federal. Ocorre que, neste caso, a União se tornou ré na relação processual e cabe, por dever constitucional, à AGU defendê-la e com o argumento de sempre: a Lei de Anistia encerrou o assunto e ponto. Como não é possível rasgar a Carta de 1988 para satisfazer o capricho de Vannuchi, o natural é que ministro encontre a porta de saída do governo Lula. O contrário seria optar pelo crime de responsabilidade.Vannuchi, em primeiro lugar, sustenta um absurdo jurídico do qual o próprio presidente da República, com muita razão, quer distância medida. Depois, a exoneração passa a ser um imperativo quando um subordinado chantageia em público o dono da caneta. Isto configura quebra explícita de confiança. O pior de tudo é que não há polêmica na matéria a não ser a própria vontade de Vannuchi de se cristianizar politicamente para encontrar alternativa honrosa à causa prescrita. Particularmente acho pouca qualquer punição para infratores da lei, especialmente torturadores, e tenho repulsa total a qualquer arbitrariedade, mais ainda as cometidas pelo regime de 1964. Agora, também não posso concordar que pretendam, em nome de uma ancestralidade esquerdista, fulminar o ato jurídico perfeito consagrado pela Lei de Anistia. Revigorar um assunto tão bem pacificado no ordenamento legal e político do País é lançar mão do mesmo expediente de exceção daquele tempo. Como isso trama contra a democracia, a demissão de Vannuchi terá até função educativa e pode ser o ponto de partida para o governo de uma vez por todas virar o disco e restaurar a sua autoridade. O presidente Lula precisa descer do muro e mostrar aos descontentes que a porta da rua é a serventia da casa.

Demóstenes Torres é procurador de Justiça e senador (DEM-GO)

Caminho de volta.

O Blog está voltando para casa. Retornamos ao final da tarde. Obrigado.

Beija-mão.

Eduardo Paes(PMDB), prefeito eleito do Rio de Janeiro, que costumava chamar Lula de "chefe de quadrilha"durante o Mensalão, desembarca hoje em Brasília para beijar a mão do presidente. É a cara do novo PMDB.

Foro de São Paulo vira livro.

Primeiro, uma dica de site: Fuerza Solidária. Segundo, lá está a informação que o Foro de São Paulo virou livro de Alejandro Peña Esclusa. Terceiro, não diz onde encontrar o livro, mas aqui vai o e-mail para contato: info@fuerzasolidaria.org. Quem conseguir maiores informações, lance nos comentários.

O leão ainda mais barbudo.

Com seis anos de atraso, os sindicalistas chegaram ao poder na Receita Federal. Desde que assumiu o cargo, no dia 31 de julho, a nova comandante do órgão, Lina Maria Vieira, vem discretamente substituindo os ocupantes dos principais cargos. O processo tem o seguinte padrão: para as superintendências regionais, preferencialmente sindicalistas; para a estrutura central da Receita em Brasília, técnicos. Leia mais aqui.

Ditador assassino em visita ao Brasil.

Raúl Castro, o irmão assassino do ditador assassino de Cuba, será convidado, amanhã, por Lula, para visitar o Brasil antes do final do ano. Será a sua primeira viagem internacional, depois que assumiu o posto de ditador na ilha-prisão. Para saber porque este blog chama Raúl Castro de assassino, vejam a foto publicada neste post. O assassino é aquele, de frente, que coloca a venda nos olhos de um preso político que será morto à sangue frio. Mandem a foto para o Paulo Vanucchi.

Estelionato eleitoral.

Do Painel da Folha:

Janela Indiscreta. Sob forte pressão do PMDB e com a boa vontade da maioria do Congresso, deve ser aprovada na Câmara a janela de 30 dias durante os quais fica permitido trocar de partido, contornando a limitação imposta pela regra da fidelidade. Vitorioso em 2008, o PMDB quer atrair deputados de outras legendas para 2010, além de estar particularmente interessado no passe de Aécio Neves (PSDB) como opção presidencial.O projeto, de Flávio Dino (PC do B-MA), está pronto para ir a plenário, mas optou-se por esperar o texto da reforma política que o governo remeterá à Casa no final de novembro. Segundo peemedebistas, isso amenizará as acusações de casuísmo. Na prática, porém, a janela deve ser o único resultado concreto da reforma.

Aviso.

Estou buscando dados do IP 189.124.154, assinante da Cabo Telecom, em Natal, Rio Grande do Norte. É só um aviso.

A pedido.

Recebi por e-mail esta foto de Los Bolivarianos. Se alguém souber a fonte, publico.

Acabou a lua-de-mel.

"Querendo ou não, mesmo com as mudanças que houve com o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], nós estamos com os investimentos públicos em infra-estrutura tremendamente atrasados. O governo tem de dar o sinal para acelerar os investimentos", afirmou. "Tem de ter coragem de se fazer cortes para que se faça investimentos."

Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Grupo Gerdau

Risco de vida.

Hoje o Aerolula decolou de Congonhas e vinte minutos depois pousou em Guarulhos. Presidente Lula correu sério risco de vida. O compartimento de bagagens não estava bem fechado. Mais um pouco e a mala poderia ter caído em pleno vôo, justamente sobre São Paulo.

Segundo o imbecil, não dependemos tanto deles.

Do Estadão:

A fabricante de eletrodomésticos norte-americana Whirlpool --dona, entre outras, das marcas Brastemp e Consul-- anunciou nesta terça-feira que cortará 5.000 postos de trabalho até o final de 2009 devido a uma clara desaceleração da demanda para seus produtos na América do Norte e na Europa. "Constatamos uma forte queda da demanda no terceiro trimestre na América do Norte e na Europa, e realmente não prevemos uma melhora a curto prazo", declarou em um comunicado o presidente da Whirlpool, Jeff Fetting.

Blog na estrada.

Hoje o Coturno vai gastar sola na estrada. Voltamos mais tarde para liberar comentários.

Para baixo.

Da Folha:

Integrantes da equipe econômica já avaliam que a economia crescerá só cerca de 2% em 2009, bem menos dos que a expectativa de 3,5% ou 4% alimentada publicamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e auxiliares. Segundo avaliação reservada da equipe econômica, o PIB de 2009 poderá ficar muito abaixo da esperada pelo presidente. Nas conversas reservadas até duas semanas atrás, Lula dizia que desejava um aumento na casa dos 4%.Agora, um crescimento de 3,5% ou 4% é considerado uma miragem. Lula passou a receber informações mais pessimistas sobre os efeitos da crise, o que ajuda a explicar a edição na semana passada da MP (medida provisória) 443 -ela permite que os bancos oficiais adquiram parcial ou totalmente bancos ou empresas de qualquer setor em dificuldades.Agora, um crescimento na faixa dos 2% é considerado internamente como o cenário mais provável para 2009, e isso perturba Lula politicamente.Há uma corrente interna do governo que avalia que Lula deveria sacrificar mais o crescimento de 2009 a fim de tentar recuperar a boa onda econômica em 2010, ano de sucessão presidencial. Mas Lula tem dificuldade em acreditar que, pisando no freio em 2009, voltará a acelerar em 2010. Teme a repetição da virada de 2004 para 2005, quando foi colhido pelo escândalo do mensalão com economia frágil.Na pesquisa semanal Focus do BC com analistas de mercado, a expectativa para o PIB no próximo ano caiu de 3,35% para 3,10%. Para 2008, teve um pequeno aumento de 5,22% para 5,23%.

Datafolha surra o Ibope.

Da Folha, hoje:

Nas cinco capitais em que realizou pesquisas de intenção de voto no segundo turno das eleições municipais, o Datafolha apontou com êxito todas as tendências da votação. Os resultados confirmaram pesquisas realizadas na véspera da votação nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre.A disputa em Minas Gerais foi palco da principal divergência entre o Datafolha e o Ibope no segundo turno. Com o levantamento de campo concluído no sábado, o Datafolha apontou a vitória, com larga vantagem, de Marcio Lacerda (PSB), enquanto o Ibope indicava empate técnico.O resultado da Justiça Eleitoral foi idêntico ao apontado pelo Datafolha na véspera. O instituto havia indicado 59% dos votos válidos para Lacerda e 41% para Quintão (PMDB), enquanto as urnas resultaram em 59,12% para Lacerda e 40,88% para Quintão.Em comunicado divulgado no sábado, o Ibope anunciou: "Lacerda e Quintão chegam tecnicamente empatados". O instituto atribuía 52% para Lacerda e 48% para Quintão, com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.Na pesquisa de boca-de-urna divulgada no último domingo, depois de encerrado o horário de votação, o Ibope indicou 56% para Lacerda e 44% para o peemedebista.O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, disse que o instituto realizou "uma cobertura precisa em Belo Horizonte".O Datafolha também detectou, no primeiro turno, a subida de Fernando Gabeira (PV) no Rio e indicou que ele poderia passar ao segundo turno.O diretor-geral do Datafolha credita esses acertos à metodologia empregada para coleta dos dados e ao cuidado na análise do material. O Datafolha realiza entrevistas nas ruas, em pontos de fluxo, enquanto o Ibope vai de casa em casa, a chamada pesquisa domiciliar.O diretor-presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, disse que o instituto "fez um ótimo trabalho nos 23 municípios" que pesquisou no segundo turno. Disse que "o Ibope acaba se arriscando mais, porque ele faz muito mais cidades do que os concorrentes".Sobre Belo Horizonte, Montenegro minimizou o ocorrido, embora tenha parabenizado o trabalho do Datafolha. "Não ocorreu nada. Belo Horizonte é complicado. No primeiro turno, o Quintão enganou o Ibope e o Datafolha. (...) [Na primeira fase da disputa,] a gente imaginava margem maior e o Quintão ficou a dois pontos, três pontos, do Marcio Lacerda. No segundo turno, o Quintão continuou enganando um pouquinho o Ibope, mas o Datafolha não foi enganado." Montenegro negou falha na metodologia do Ibope. Segundo ele, se estivesse errada, os resultados também teriam sido diferentes no segundo turno em São Paulo e no Rio, quando os dois institutos tiveram resultados iguais.

Já vai tarde.

Da Folha, mostrando um petista radical achando que o seu ponto-de-vista está acima da lei:

O ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, ameaçou ontem se demitir caso a AGU (Advocacia Geral da União) mantenha a defesa do coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, em processo no qual é acusado de ter sido torturador durante o período da ditadura militar (1964-1985).Vannuchi discursou ontem, na cerimônia de entrega do prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, em São Paulo.O ministro disse que foi chamado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2005 e aceitou o cargo, apesar de problemas pessoais, para avançar a defesa dos direitos humanos.O ministro afirmou que vai pedir ao presidente Lula, caso a AGU não recue, para deixar o ministério.

Ressaca.

Depois da onda de euforia com os biocombustíveis, que representou investimentos da ordem de R$ 50 bilhões nos últimos quatro anos, o setor sucroalcooleiro começa a fazer as contas para conseguir honrar todos os compromissos, incluindo pagar salários dos empregados.Sem acesso ao crédito, com dívidas elevadas e mal estruturadas, várias empresas já estão inadimplentes, em cerca de 30%, com fornecedores de equipamentos, diz o Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético (Ceise). Além disso, projetos de peso foram adiados. Leia mais aqui.

Normal.

Do Estadão:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez um apelo para que as pessoas continuem a comprar e a buscar crédito, porque isso é importante para a economia brasileira. Mas ele mesmo preferiu não arrumar prestações a perder de vista. Disse que está comprando um imóvel neste momento, o que nem deveria contar, mas só contou para animar o mercado. Negociou o imóvel diretamente com o proprietário.Foi perguntado a Mantega: "O senhor compraria um carro em 60 vezes, um imóvel em mais de 100 meses?" "Eu mesmo estou comprando um imóvel, numa quantidade pequena", respondeu. Foi-lhe perguntado então: "Em quantas vezes, ministro?" Mantega: "Ah, aí você quer entrar na minha intimidade". Pensou um pouco e prosseguiu: "Tá bom, vou dizer, em oito ou dez vezes, negociado diretamente com o proprietário". Em seguida, o ministro aconselhou todo mundo a manter seu ritmo normal de vida. "Se todo mundo ficar preocupado, com medo, aí é que você vai criar um problema econômico, porque vai deixar de consumir, de comprar um carro, de comprar uma casa, você vai reduzir o nível de atividade."

Perdeu.

Do Estadão:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acreditou que sua popularidade, em alta, seria suficiente para eleger os candidatos que apoiasse e foi surpreendido pelas urnas. Essa é a opinião do historiador Marco Antonio Villa, professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos. Para ele, os grandes perdedores das eleições municipais de domingo foram o presidente e o projeto político do PT.

De acordo com as primeiras análises o governo perdeu espaço político nas eleições de domingo. O senhor concorda?
É difícil dizer se o governo perdeu ou não, considerando sua ampla base, com mais de uma dúzia de partidos. É certo, porém, que o projeto político do PT perdeu. O presidente Lula foi surpreendido pelos resultados do domingo. A primeira grande surpresa foi São Paulo, onde imaginou que sua candidata poderia ganhar e ela teve menos votos do que na última eleição. No Rio, o presidente apoiou o bispo Marcelo Crivella, do PRB, que nem sequer chegou ao segundo turno. Em Belo Horizonte, o candidato apoiado pela seção estadual do PT venceu só no segundo turno, mesmo enfrentando um opositor fraco. Em Porto Alegre, cidade administrada mais de uma vez pelo PT, a derrota teve proporções enormes: José Fogaça foi o primeiro prefeito reeleito naquela capital desde 1945. Em Salvador, o presidente apoiou o petista Walter Pinheiro, outro derrotado.

E o caso de Fortaleza?
A prefeita Luizianne Lins reelegeu-se sem o apoio do presidente. Foi uma vitória pessoal da candidata e da corrente da qual faz parte, não de Lula. Por esse quadro, que eu mencionei, pequeno, mas com colégios eleitorais importantes, pode-se dizer que o PT e Lula não foram vitoriosos.

Como entender isso diante da enorme popularidade de Lula?
As pesquisas sobre popularidade registram um apoio político maior do que o existente na realidade, porque são feitas sem o contraditório. Não são produto de discussão política, como ocorre no processo eleitoral. Lula achou que, dada sua popularidade, bastaria apoiar um candidato para que fosse sagrado pelas urnas. O pior é que a oposição também acreditou nessa falácia.

É uma lição para 2010?
O PT vai pensar com mais cuidado na escolha de seu candidato para a Presidência. Será mesmo a Dilma Rousseff? Se alguém quiser dar nome a um poste, pode chamá-lo de Dilma. Ela nunca foi eleita para um cargo representativo, não tem experiência eleitoral. Como pretendem jogá-la na eleição de 2010, que se anuncia como a mais disputada da história republicana do Brasil?

O partido teria outras opções?
Eles não têm muitas escolhas. Boa parte da liderança do partido foi abatida pelo mensalão: José Dirceu, José Genoino, Antonio Palocci, João Paulo Cunha e outros. E não houve renovação: os nomes mais expressivos do PT são de pessoas que ajudaram na sua fundação, 25 anos atrás. Se eu fosse do governo, um dos nomes que pensaria como pré-candidato é o do Patrus Ananias. Ele assumiu o controle do maior programa assistencial do ocidente, um programa que vinha naufragando nas mãos da Benedita da Silva, e conseguiu torná-lo eficiente - sem entrar no mérito do programa.

Em que medida a crise econômica mundial, que começa a ter efeitos no Brasil, influirá na sucessão?
A crise ainda está no começo. Se atingir o Brasil fortemente, como parece que vai atingir, um dos efeitos será a queda da popularidade do presidente. Quando isso ocorrer, o primeiro partido a sair da base do governo será o PMDB, que é um aliado dos bons momentos: quando vê uma tempestade, ainda ao longe, o PMDB é o primeiro a abandonar o navio. Isso fará com que o partido chegue ainda mais dividido em 2010, mais sujeito às decisões dos caciques regionais. Hoje sabemos que Jarbas Vasconcelos, de Pernambuco, apóia José Serra para a Presidência, enquanto Roberto Requião, do Paraná, apóia quem Lula indicar. Numa situação como essa, com a queda da popularidade e perdas na base de apoio, a possibilidade de vitória de um candidato indicado por Lula diminui ainda mais.

Funcionou.

A estratégia de antecipar o feriado elegeu Eduardo Paes(PMDB) no Rio de Janeiro. As zonas que votaram mais Gabeira tiveram uma abstenção de 27,07%, contra 19,73% das zonas a favor de Paes. A diferença de pouco mais de 50.000 votos poderia ter sido tirada e mudado o resultado da eleição, se a segunda fosse dia útil.

Todos comendo na mão do PMDB.

Da Folha:

O mapa eleitoral que emerge das urnas impacta a corrida presidencial de 2010 em pelo menos três aspectos: o governador de São Paulo, José Serra, se projeta em definitivo como o presidenciável tucano, o PT enfraquecido dá autonomia ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para conduzir o processo de sucessão e o PMDB, fortalecido nacionalmente neste pleito, se afirma como a "noiva" cobiçada por tucanos e petistas. A análise é de cientistas políticos ouvidos pela Folha.Para especialistas, o PMDB terá a opção de manter a coligação com PT ou nacionalizar a união com o PSDB. Existe ainda a possibilidade de lançar um nome próprio, como observa Celi Jardim Pinto, cientista política e diretora do Instituto de de Filosofia e Ciências Humanas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)."Aécio [Neves, governador mineiro do PSDB] pode se tornar o nome forte que o PMDB busca. A hipótese não é de toda obscura e agrada a Lula, que gostaria de ver a oposição dividida", diz Celi. Para a especialista, o mineiro poderia deixar o PSDB. Apesar da vitória de dois de seus afilhados, em Belo Horizonte e Juiz de Fora, Aécio saiu "chamuscado dessas eleições", diz David Fleischer, professor emérito da Universidade de Brasília (UnB).O cientista político ressalta que tucanos alimentam o sonho de lançar "uma chapa puro sangue", com Serra na cabeça e Aécio vice. "Garante boa parte do eleitorado de Minas e de São Paulo, os dois maiores colégios do país. Mas o PSDB ainda teria que buscar votos no Sul e no Nordeste", afirma.Nesta dobradinha sobraria pouco espaço para acomodar o PMDB, o que abriria caminho para o presidente Lula negociar com o PMDB. O cientista político Carlos Alberto Furtado de Melo, do IBMEC, acha que a eleição deste ano "mostrou que Lula é muito maior que o PT e que não há transferência de voto. "Perderam os setores que poderiam sair vitoriosos e, assim, interferir no processo de sucessão."Melo e Fleischer dizem que o PMDB não conseguirá coesão nacional e deve se dividir entre Lula e Serra. "É provável que o PMDB de São Paulo esteja com Serra. Mas não dá para dizer que [Roberto] Requião (PR), e o Sérgio Cabral (RJ) seguirão."O professor de Ciência Política da USP Gildo Marçal Brandão concorda. "O PMDB nunca foi unido." Ele afirma que as eleições municipais derrubaram a crença de que grandes líderes, nacionais ou regionais, elegem quem quiserem. "A idéia de que Lula e Aécio elegem "um poste" não é assim."

Sucessão.

Do Oiapoque ao Chuí, todos os políticos acordaram das eleições municipais falando em sucessão presidencial. Ao que parece, mergulhado na crise, Lula vai cumprir tabela nos próximos dois anos, tentando viabilizar uma candidatura petista, desesperado pelo apoio do PMDB, a puta velha que se transformou em donzela cortejada por todos. Falta ao PMDB um nome. Falta coisa nenhuma. O nome é Aécio Neves e só não enxerga quem não quer. O calabar mineiro não vai fazer acordo com o escorpião paulista. José Serra vai, novamente, provar do seu próprio veneno. Hoje, friamente, Aécio Neves é o nome mais forte para ser eleito presidente do país. Se olharmos detidamente a história dos últimos seis anos, existe alguém mais peemedebista do que ele? Ou alguma vez ele deixou de ser da tropa de choque do Lula, muito mais parceiro do que a maioria dos petistas? Portanto, está aberta a temporada das fortes emoções e traições. Façam suas apostas.

Imbecis.

Às vezes, recebo algumas críticas por chamar Lula de imbecil. Dizem que pego pesado demais. Pois vejam esta do Ricardo Noblat: "Atualização das 17h55 - Estou cansado por causa da cobertura de ontem. E com o raciocínio lento. Só agora me dei conta da frase de Lula que virou título da entrevista concedida por ele a Kostcho: "Desgastar o governo é uma imbecilidade". Foi o que ele e o PT fizeram quando estavam na oposição. Imbecis." Se Lula pode chamar opositores de imbecis, também posso tratar o Lula da mesma forma. Eu, vocês e, quem diria, até o seu eleitor Ricardo Noblat.

Abaixo dos 30.000 pontos.

O Ibovespa retrocedeu 6,50%, para os 29.435 pontos, o menor nível desde 28 de outubro de 2005. O giro financeiro é de R$ 3,24 bilhões, quase a metade da média do mês (R$ 5,51 bilhões). É o resultado da ausência dos investidores estrangeiros que continuam sacam recursos do mercado doméstico para cobrir perdas no exterior. O saldo de investimentos externos deve ficar negativo pelo quinto mês consecutivo: até o dia 22, as vendas de ações superavam as compras em R$ 3,70 bilhões. E esse fluxo negativo ocorre apesar da Bovespa já ter perdido mais de 50% desde o início do ano, em reais, e mais de 60%, se a queda for calculada em dólar. Mais aqui.

Bagunça(2).

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que na sexta disse uma coisa na segunda diz outra, afirmando que o governo brasileiro não vai socializar os prejuízos das empresas que perderam com operações de derivativos cambiais. "Quero deixar bem claro que o BNDES não está fazendo operações de socorro. O BNDES não é hospital. Nós não estamos bancando prejuízo", afirmou. "Quando afirmei na sexta (24) que o BNDES atuaria para apoiar as empresas que estavam perdendo com operações com derivativos eu deixei muito claro que as empresas que tiverem prejuízo terão de arcar com eles. É algo difícil que terão equacionar com o sistema bancário privado, que já se mostrou disposto a refinanciar", disse Coutinho. As declarações foram feitas depois que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou que o governo ajudaria companhias com problemas em operações vinculadas ao câmbio.(Com informações do Estadão)

2010.

Assista aqui uma entrevista com o escorpião paulistano. Sabe que olhando em volta até que ele não parece tão malvado?

Bagunça.

Na última sexta-feira, o blog publicava um post intitulado "Desmentindo Lula", onde informava que o BNDES emprestaria, sim, dinheiro para empresas especuladoras, conforme declaração do seu presidente. Hoje Guido Mantega desmente Luciano Coutinho afirmando que "o governo não vai salvar nenhuma empresa". "Empresas que ousaram têm que pagar o preço de sua ousadia", acrescentou, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Pelo que podemos perceber, continua cada um falando o que acha, sem a mínima estratégia de governo para enfrentar a crise.

Deixa descansar.

Não foi possível colocar no ar a enquete sobre o novo ministério que deveria ser criado por Lula para atender à candidata Marta Suplicy, fragorosamente derrotada em mais uma eleição para a prefeitura de São Paulo, em função das exageradas homenagens postadas pelos leitores. Então paramos por aqui e vamos deixar a candidata relaxar e gozar. Ela tem um milhão e trezentos mil bons motivos para isso. Au revoir e hasta la vista, Martaxa.

Perdas de R$ 1 trilhão.

A crise da marolinha já causou perda de R$ 1 trilhão do valor de mercado das empresas brasileiras de capital aberto, aponta cálculo da Economática, a partir de uma amostra de 330 companhias. Em dezembro, valiam R$ 2,099 trilhões. Na sexta-feira passada, o valor de mercado dessas mesmas empresas somava R$ 1,055 trilhão, o que significa um decréscimo de 49,7% sobre o montante calculado no final de 2007. Leia mais aqui.

Flauta.

Do Blog Campanha no Ar, da Folha:

O coordenador do plano de governo de Gilberto Kassab (DEM), Guilherme Afif Domingos, diz que a vitória de Kassab sobre Marta Suplicy (PT) tem um gosto especial. Afif afirma que é como ganhar de um time argentino no futebol."Eles jogam sujo, dão caneladas e cusparadas. E a gente ganha na bola", diz. A referência é aos programas eleitorais da petista que exploraram a vida pessoal do prefeito.

Também vale a flauta no argentino que ficava mandando beijinhos durante os debates, bem como plantando notícias falsas no seu blog de esgoto.

E o imbecil falou novamente.

"Um dado importante,admitido por todos, é que, se houver recessão, haverá problema de exportação em todo o mundo. Quando dizemos que o Brasil sofrerá menos é porque diversificou as relações comerciais. Não dependemos de um país. Se 50% de nossa relação comercial fosse com os EUA, sofreríamos mais, acontece que temos só 15%."Segundo Lula, com a África e com a Argentina, a relação comercial, que era de US$ 4 bilhões e US$ 9 bilhões, respectivamente, passou hoje para US$ 20 bilhões e US$ 35 bilhões. É aí que está o risco. Especialmente na Argentina já existe um forte movimento para impor restrições às importações, pois o país está quebrado. Não tem crédito internacional, acabou de estatizar os fundos de pensão para pagar a dívida externa, apenas Hugo Chávez ainda comprava bônus da dívida do país. Depender da Argentina para não entrar em crise é a mesma coisa que colocar a cabeça dentro da boca do jacaré. Lula ainda não entendeu o conceito de globalização. O Brasil pode até depender menos dos Estados Unidos, mas qualquer crise por lá afeta diretamente os países que substituíram os americanos em nossa pauta de exportações.

Entrou no laço.

Da Folha:

O correspondente da Folha em Porto Alegre, Graciliano Rocha, foi agredido no comitê de campanha do prefeito reeleito José Fogaça (PMDB) ontem à noite. Ao chegar à entrevista coletiva do prefeito, Rocha foi ameaçado por um dos militantes no local, que reclamou de uma reportagem publicada pela Folha anteontem.A coletiva acabou cancelada. Na saída, o repórter levou um soco no rosto do militante que o havia ameaçado, caiu e levou pontapés dele e de mais dois militantes da campanha. O repórter registrou ocorrência no 10º DP e passou à noite por um exame de corpo de delito.O coordenador de comunicação da campanha de Fogaça, Marcelo Villasbôas, lamentou o episódio, e disse que se tratou de "ato isolado".A reportagem da Folha em questão mostrou que, a menos de 48 horas da votação, a Prefeitura de Porto Alegre distribuiu bônus para a compra de casas a moradores afetados por um obra na periferia da cidade.

Pé frio.

Dois presidentes deram muito azar para os seus candidatos nestas eleições: o presidente da República e o presidente do Clube Militar. E aproveitando o impagável bom humor do carioca, aqui vai uma musiquinha para o Maracanã cantar para o Gabeira: "ô, ô, ô, o Gabeira é o terrô!".

O PAC é dos prefeitos.

Por mais que Lula tenha tentado criar uma bandeira para Dilma Rousseff, o que estas eleições municipais provaram é que o PAC é dos prefeitinhos. São eles que levaram os louros das obras e da vitória. Lula tem razão em dizer que ninguém falou mal do governo federal nestas eleições. Mas também não falou de bem. O PAC não tem pai. Muito menos mãe.

Enquete.

O blog quer promover uma enquete sobre qual o ministério deveria ser criado por Lula para acomodar Marta Suplicy no governo. Sejam criativos. As quatro melhores idéias, com todo o respeito, serão tiradas dos comentários e colocadas em votação. Desde já, obrigado.
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Estou tendo que deletar vários "ministérios". Melhor usar humor, em vez de rancor.

Nunca mais.

A derrota de Marta Suplicy(PT), apoiada em cofre e em carro aberto por Lula, para Gilberto Kassab(DEM) por 1,3 milhões de votos é acachapante. Da mesma forma, a derrota de Maria do Rosário(PT) para José Fogaça(PMDB) em Porto Alegre, com o apoio direto de Dilma Rousseff, mostra que nem dinheiro e nem prestígio apagam a memória destas duas cidades que sofreram na pele e na alma a experiência de serem governadas pelos "companheiros". Nestas duas grandes cidades, PT nunca mais.

Boca de urna.

A sensação agora fica apenas para as apurações no Rio de Janeiro. Nas demais capitais onde havia alguma possibilidade, não deu Lula. Isso merece um chopinho com a NG. Volto mais tarde.

PTapetão.

Os sujinhos adoram um tapetão. Xô, ratazanas vermelhas. Em Porto Alegre, a campanha da Maria do Terço (somente um terço dos votos) quer impugnar a candidatura de José Fogaça. Chora, petralha. Leia mais aqui.

Quem precisa desta raça?

Tarso Genro já começa, hoje, a falar de alianças para as próximas eleições, pois já mediu e precificou o tamanho da derrota. Cai fora, Béria. Quem precisa do partido de um homem só para 2010, se o homem já comprovou que é um zero à esquerda na transferência de um prestígio conquistado à base de populismo e demagogia? Quem precisa dos aloprados de São Paulo ou dos mensaleiros de Brasília? Quem precisa desta quadrilha que assalta os cofres públicos nos cartões corporativos e que ocupa a máquina do governo com a pior escória, vinda do sindicalismo pelego ou da guerrilha urbana? Quem precisa dos bolivarianos com tártaro nos dentes e dos sacristãos envolvidos com assassinatos de prefeitos? Quem precisa, como disse o saudoso senador Jorge Bornhausen, desta raça? Hoje, às 17 horas, será o início do fim desta camarilha que tomou conta do país. Eles vão tentar de tudo até 2010. Como diz o Aluízio Amorim, blogueiro catarinense, daqui para a frente é fogo nos botocudos!

Patética e lamentável.

Lula chegou para votar em São Bernardo do Campo, São Paulo, acompanhado pelo seu candidato a prefeito, o sindicalista Luiz Marinho(PT), que fez a campanha mais rica do Brasil. Levou o neto para a urna, para votar no seu lugar. Também chegou acompanhado de Dona Marisa Letícia, a primeira dama, envergando uma camiseta vermelha, com a estrela enorme do PT no peito. Fico pensando em quantas oportunidades para servir o país uma esposa de presidente tem em dois mandatos consecutivos. Em mais de seis anos, mesmo que nada soubesse, a "Galega"poderia ter estudado, aprendido, buscado conhecimento, contribuído para qualquer coisa, desde participar de uma ONG para a proteção dos pombos de rua até uma visita semanal a uma creche de crianças abandonadas, onde levaria dondocas e madames para ensinar a cozinhar, tecer, lavar e passar. No entanto, esta primeira-dama vai entrar para a história por dois fatos: plantar uma estrela vermelha de sálvias no jardim do Palácio do Planalto e usar camisetas partidárias em todas as eleições, como se fosse uma fiscal de urna. Que figura patética e lamentável. Que Deus a perdoe por tamanha maldade, tendo tantas oportunidades para fazer o bem.

Brasil financia MST paraguaio.

O governo paraguaio vai comprar 22.000 hectares de terras de brasileiros, para entregar aos sem-terra locais, que ameaçam os plantadores de soja brasiguaios. Pagará à vista. Sabem de onde sairá o dinheiro? De Itaipu. Ou seja, além de financiarmos a guerrilha rural aqui dentro, também vamos financiar lá fora. E tem gente que não acredita no Foro de São Paulo. Leia mais aqui.

Mão grande.

A irresponsável e leviana oposição brasileira deve abrir o olho e começar a trabalhar na defesa dos interesses do país. A onda de estatização corre solta pela América Latina, seja na forma de marolinha, seja na forma de tsunami. Aqui Lula fez uma medida provisória que permite estatizar até o Bradesco. Na Argentina, os Kirchner confiscaram os fundos de pensão. Na Venezuela, Equador e Bolívia já virou rotina assistir aos bolivarianos enfiando a mão no patrimônio privado, especialmente o brasileiro. Por outro lado, este conjunto de governos corruptos tem por hábito estatizar os prejuízos dos amigos e financiadores, assumindo esqueletos de empresas em dificuldades às custas do erário. Está em aberto, para investigação, o empréstimo de R$ 900 milhões dado pelo Banco do Brasil à Sadia, de propriedade do ex-ministro Luiz Fernando Furlan, na calada da noite, para cobrir os prejuízos causados pela especulação, comandada por este velho colaborador do Lula. Se na Argentina levaram os fundos de pensão, aqui podem levar o FGTS. Até porque aqui os fundos de pensão já estão sob domínio da companheirada. Portanto, atenção. A mão do Lula só tem quatro dedos, mas é grande.
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Do Estadão: "Um procedimento típico funciona assim: o banco vende um derivativo para uma empresa que, na prática, é um empréstimo a baixo custo. Em compensação, o contrato prevê que a empresa tenha de fazer grandes pagamentos caso o dólar ultrapasse uma determinada cotação - o que parecia improvável alguns meses atrás. Na outra ponta, o banco repassa o contrato para um investidor do mercado. O ganho do banco é uma taxa pela intermediação do negócio. Mas, na prática, ele também é o garantidor das apostas das duas pontas, o que alimenta o medo de um prejuízo bilionário nos bancos."

Obamídia.

Estima-se que Obama usou US$ 250 milhões apenas nos últimos quatro meses para turbinar a sua imagem junto ao eleitorado. McCain, com um orçamento mais modesto, investiu US$ 110 milhões desde o começo da campanha. Esta arrecadação do democrata permite uma produção mais elaborada de comerciais e o dobro da veiculação. Não é uma vantagem desprezível, muito antes pelo contrário. É um dos fatores mais importantes para o favoritismo de Obama, que o transforma em verdadeiro espetáculo midiático.

Guerrilheiro, mensaleiro e língua solta.

Da Folha, hoje, dando início à temporada em que se você ajudar um petista a reescrever a história, pode ganhar uma indenização e uma pensão do " peçoal dos dereitos umanos":

A história contada à Folha pelo caminhoneiro Jairo Pereira foi confirmada por seu principal personagem, o deputado federal José Genoino. Em entrevista por telefone, o ex-presidente nacional do PT contou que não se lembra mais de nomes, mas que realmente ocorreram episódios contados pelo ex-militar.Genoino fala que se recorda da viagem de Brasília ao Araguaia, acorrentado na picape escoltada por caminhões e carros do comboio conduzido por militares da unidade do Exército em Ipameri (GO)."Eu tinha uma relação melhor com os militares de Ipameri. Eles não eram do PIC [Pelotão de Investigações Criminais, cujos oficiais seriam os responsáveis pelas torturas] nem eram pessoal da selva. Ficavam mais na logística da base de Xambioá", rememora o ex-guerrilheiro.Ele conta ter lembranças ruins do buraco escavado no solo enlameado em que dormia na base militar, sempre amarrado e vigiado por militares que tinham ordem para matá-lo caso tentasse fugir."Eu pedia para tirar as algemas, até para poder ir ao banheiro. Às vezes era atendido, mas eles nunca tiravam a corrente. Diziam que teriam que me matar se eu corresse, e que não queriam fazer isso. Nem para ir ao banheiro tiravam. Segundo eles, os comandantes mandariam matá-los se eu escapasse", afirmou Genoino.De acordo com o ex-prisioneiro, houve ocasião em que, escondidos, os soldados lhe emprestavam revistas populares, para passar o tempo. Dos espancamentos e torturas, o deputado confirma que ocorreram conforme o relato de Pereira, do modo e no local descritos. Disse também que os soldados de Ipameri não participavam das agressões."Eles me tratavam bem, me levavam comida", comentou.Genoino saudou o surgimento de uma testemunha do que se passou no Araguaia naquele período. "Uma coisa é o que eu conto, que tem uma dose de política. O oficial do Exército, ao falar, também tem a sua dose de política. Já esse soldado não tem."O ex-presidente do PT foi o primeiro guerrilheiro a ser preso em uma das investidas militares para combater o movimento no Araguaia, em 1972.

Apertem o cinto.

Na última semana, enquanto Lula não parava de falar na marolinha...
... o mundo inteiro perdia o sono com o tsunami que está chegando.

Na foto, Berlusconi(Itália), Zapatero(Espanha), Merkel(Alemanha), Taro Aso(Japão), Donald Tusk(Polônia), Brian Cowen(Irlanda), Gusenbauer(Áustria) e Danilo Turk(Eslovênia).

Marolinha derruba o PAC.

No ano passado, foram aplicados durante todo o mês de outubro R$ 620,5 milhões. Neste mês, até o dia 22, o governo federal aplicou R$ 250,9 milhões em obras de infra-estrutura do PAC. O governo federal precisaria aplicar R$ 369,6 milhões em nove dias, ou seja, quase o dobro do que aplicou até o momento, para igualar as aplicações realizadas em outubro do ano passado. Este mês, o desembolso diário é o menor desde janeiro deste ano. Em outubro, o governo federal investiu R$ 15,7 milhões por dia. Em setembro, essa soma foi de R$ 53,4 milhões, enquanto em agosto alcançou o valor máximo, com aplicações diárias de R$ 79,4 milhões nos projetos do pacote. As informações são do Contas Abertas.

Obama continua ianque.

Da Folha Online:

Um juiz federal rejeitou um ação judicial que questionava as qualificações do senador democrata Barack Obama para concorrer à presidência dos EUA. O advogado Philip J. Berg entrou com um ação com a alegação de que Obama não era um cidadão americano e que, portanto, seria inelegível para a presidência. Segundo Berg, Obama é um cidadão do Quênia, terra natal de seu pai, ou tornou-se um cidadão da Indonésia, que se mudou para lá quando era um garoto. O senador democrata nasceu no Havaí, de mãe americana e pai queniano. Seus pais se divorciaram e sua mão tornou a se casar com um indonésio. Circulam pela Internet teorias de que o Obama não é um "cidadão natural", como exigido pela Constituição para concorrer à presidência dos EUA, e que perdeu sua cidadania enquanto viveu no exterior. O juiz R. Barclay Surrick rejeitou a ação de Berg, na sexta-feira à noite, com o argumento de que o advogado não trouxe elementos para fundamentar sua ação.

Frase do dia.

"(FHC) é apenas o Lula que cursou faculdade, nada mais"

Hereticus, comentarista deste blog.

Choro contra a mídia.

Preparem-se. A choradeira do PT dos aloprados em função da derrota acachapante que Marta Suplicy terá para Gilberto Kassab, em São Paulo, será contra a mídia. Do Zé Dirceu ao maluco do megafone. É como se os jornalistas da Folha, Estadão e de outros veículos de comunicação, que apenas expressam a profunda rejeição que a cidade tem pela "dama de vermelho" tivessem o poder de votar milhões de vezes. Melhor culpar a mídia do que culpar o Lula que não consegue transferir prestígio a ninguém. Paga Lula, agora, o fato de sempre ter jogado os seus companheiros na cova dos leões para livrar a própria pele. Para não sair de bandido, Lula é o único "mocinho"que restou no partido mais corrupto e podre do Brasil.

Lado bom da crise.

O orçamento de Chávez para 2009 prevê um aumento de 23% nos gastos públicos, chegando a quase U$ 80 bilhões, o que é justificado para colocar a Venezuela na "direção estratégica para a construção da plena felicidade". De outro lado, com o petróleo a menos de U$ 60 com viés de baixa, Chávez renovou a mamata para os países da Petrocaribe: todo o petróleo vendido a meia dúzia de paisecos é recebido 50% em 60 dias e os outros 50% em 25 anos, com dois anos de carência e juros de 1%. Tudo para manter a sua influência na região e a sua pregação do socialismo bolivariano. É tudo uma farsa que gera uma revolta interna cada vez maior. O governo venezuelano informa uma produção de 3,6 milhões de barris/dia, mas a Agência Internacional de Energia e a OPEP só reconhece 2,4 milhões. A Venezuela é só petróleo. Importa U$ 50 bilhões por ano, o serviço da dívida pública chega a U$ 15 bilhões anuais. Não produz e não tem infra-estrutura. Somente em 2008, houve três grandes apagões no país. Tanto é que, em função das eleições próximas, foram comprados geradores para as mesas eleitorais, evitando, assim, que as mesmas tenham que ser adiadas por falta de luz. O socialismo bolivariano é uma bravata. Vai acabar por falta de luz e de produtos nas prateleiras. A crise, sem dúvida, tem um lado bom. Por lá e por aqui.

Autópsia.

Do Blog do Guilherme Fiúza, na Época:

A se confirmar a estiagem de dinheiro no mundo nos próximos dois anos, começa agora a autópsia da Era Lula.Aninhado em seu berço esplêndido, o operário terá que descer do paraíso e dar uma chegadinha na Terra para ver um pouco da vida real. E preparar-se para ver seus mitos em liquidação nas Casas Bahia.Um deles é Dilma Rousseff. A mãe do PAC e de outras abstrações, a super-gerente da Carochinha, a ministra-candidata que ia acabar com a pobreza em 15 anos com o dinheiro do pré-sal – toda essa literatura pode começar a ser catalogada no museu do folclore.O mito do Lula desenvolvimentista também logo dará entrada no IML. Por trás do presidente generoso, quase um clone de JK, que dá dinheiro de graça aos pobres (mesmo os que têm carro na garagem), que cria repartições infinitas e distribui empregos aos companheiros, surgirá enfim a conta (salgada) da festa.A pedagogia da crise fará a autópsia do Lula sobre-humano. Com os bolsos apertados, a população começará a sentir a ressaca de ter absolvido um estado-maior quase 100% acusado de operações obscuras.A cândida inocência do líder, que nunca soube de nada do que aprontavam os seus Dirceus, Delúbios, Silvinhos, Gushikens, Berzoinis, Waldomiros, Valdebrans, Gedimars, Bargas, Lorenzettis e companhia, ficará sub judice.O sufoco econômico fará bem a Lula. Ele será despido de seu figurino de santidade, e entenderá o seu real valor – o de ter mantido o receituário da estabilidade econômica e surfado na estabilidade política. Talvez até dedique seus últimos dois anos no Planalto a governar. Os hobbies e passatempos – espionar Daniel Dantas, retocar a maquete da super Dilma, trocar bilhetinhos ideológicos com as Farc, insuflar Tarso Genro contra a imprensa burguesa etc – ficarão como doces lembranças de um tempo feliz. É chegada a hora de trabalhar. Adeus, Lula de pelúcia.

FHC fala da crise.

ÉPOCA:Durante o seu governo, o senhor já falava na necessidade de reformar o sistema financeiro global.

FHC – Se você olhar as cartas que eu mandei para o G7, todas as vezes que o G7 se reuniu, isso que estão dizendo agora, que o Gordon Brown (primeiro-ministro britânico) está falando, eu falava. O Clinton também falou. Tem que mudar o sistema financeiro internacional. Na primeira conferência que eu dei na Cepal (Comissão Econômica da ONU para a América Latina e Caribe, onde FHC trabalhou nos anos de exílio) depois de assumir a presidência, na viagem que eu fiz ao Chile em 1995, dizia: “Olha, a Cepal deve se concentrar no que está acontecendo no mundo”. A minha idéia era a seguinte: o Fundo Monetário perdeu força e está ficando pequeno. Todo mundo dizia que o Fundo Monetário vai impor isso e aquilo, e eu dizia o Fundo monetário perdeu a capacidade de resolver questões, porque houve a globalização financeira e não houve a correspondente globalização no sistema decisório. As instituições de Breton Woods (localidade dos Estados Unidos onde foi criado o FMI, em 1944) ficaram aquém do mundo. O mundo está descontrolado, tem que ter um novo acordo internacional. O tempo todo eu falei dessa história.

Leia aqui a entrevista completa.

Boa idéia.

Sucesso de vendas na amazon.com o boneco com manual e agulhas para fazer vudu em Nicolas Sarkozy, presidente da França. Sarkozy tentou, inclusive, suspender a venda com uma ação judicial. Não conseguiu. Leia mais aqui, em espanhol.

General Kozel.

Ontem, uma turma de médicos que teve a sua formatura interrompida em 1972, em função da morte de um colega numa passeata, refez a cerimônia, em ambiente de forte emoção. Um gesto bonito, apesar do forte conteúdo político. Deveriam os generais de hoje promover, também, algumas cerimônias desta natureza. Poderiam, por exemplo, promover póstuma e simbolicamente ao posto de general muitos soldados assassinados por organizações clandestinas de terroristas, seqüestradores e assaltantes de banco que, hoje, recebem gordas pensões e ocupam cargos públicos importantes. O Exército poderia começar pelo soldado Mário Kozel Filho, um verdadeiro herói de guerra,brutalmente assassinado na explosão de um carro-bomba, em 1968, colocado em frente a um quartel por terroristas. Entregar-lhe a espada, postumamente, seria uma homenagem tão emocionante quanto a dos médicos que, ontem, fizeram a colação de grau. Muito mais honrado do que receber ex-terroristas dentro do Clube Militar.

Milícia em Salvador.

A convite e sob o comando do governador Jaques Wagner (PT), cerca de 300 integrantes do MST chegaram em Salvador para criar sangue novo na campanha de Walter Pinheiro, em desvantagem nas pesquisas, no fim de semana da votação. Ontem já houve luta corporal com eleitores do prefeito João Henrique (PMDB). Os milicianos da guerrilha rural apoiado pelo petismo vieram para o que der e vier, podendo rolar cabeças degoladas por foices e facões.

Torcida.

Acabou. Quem está acima de dez pontos nas pesquisas já ganhou. Casos de Porto Alegre, Florianópolis e São Paulo. Nestas três cidades, o eleitor optou pela reeleição. Ah, tem debate? O povão só atura os dois primeiros blocos e cai fora. Ficam apenas os eleitores já decididos e os torcedores, cada um vibrando com os seus candidatos. Bom debate.

Desmentindo Lula.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou nesta sexta-feira que a instituição pode ajudar as empresas exportadoras do país que tiveram problemas com derivativos cambiais. Segundo ele, já há conversas entre o banco e algumas empresas afetadas pela forte valorização do dólar, mas o executivo não deu detalhes sobre como poderia funcionar essa ajuda. "São empresas exportadoras que são robustas e de qualidade, que têm meios de solução com o sistema bancário privado e terão, se necessário, o suporte do BNDES para que nenhum problema de liquidez inviabilize empresas de grande qualidade e potencial", disse Coutinho a jornalistas. (Da Agência Estado)

Sem parentes.

Da Agência Senado:

Em entrevista concedida na manhã desta sexta-feira (24), no Salão Azul, sobre o nepotismo, o chefe de gabinete da Presidência do Senado, Sergio Penna, que presidiu a comissão, declarou que as informações prestadas por senadores, chefes de gabinetes e diretores da instituição resultaram nas exonerações publicadas no Boletim de Pessoal e que atingem 86 servidores. Indagado sobre o risco de se descobrirem mais familiares beneficiados por nepotismo, Sérgio Penna respondeu que isso pode ocorrer em razão, por exemplo, de algum chefe de gabinete não estar em Brasília e constatar, posteriormente, que determinado nome não foi devidamente informado à comissão. - O trabalho da comissão está encerrado. No entanto, se surgir mais algum nome, algum chefe de gabinete que esteja em férias, evidentemente que ele vai informar esse nome quando voltar. - Vai ter alguma punição para quem tiver omitido?- Se tiver havido dolo, naturalmente que haverá punição. Há uItálicom processo administrativo para quem incorrer em falta dessa natureza.

Hora da verdade.

Mesmo com corte de produção determinado pela OPEP, o petróleo está sendo negociado, hoje, a U$ 62 o barril. O nosso futuro brilhante foi anunciado quando ele estava por volta de U$ 150. Isto é apenas um exemplo. De tanto produzir índices fantasiosos sobre o país, para inflar a popularidade do presidente, o que vemos agora é que o Brasil, na verdade, está entregue a um governo completamente despreparado para enfrentar uma crise das proporções da que explodiu no mundo. Lula vai ter que lidar, diariamente, com péssimas notícias. Terá equilíbrio para gerir o barco em meio à tempestade? Parece que não. Quem conhece Lula sabe que a sua ironia será substituída pela agressividade. Lembram do Lula quando não foi eleito no primeiro turno? Lembram do seu comportamento e das suas estratégias? O único problema é que a Mentirobras pode funcionar em política, mas não serve para nada quando o assunto é economia. Chegou a hora da verdade.

Desonestidade implícita.

Segundo o Painel da Folha, o governo acena com uma mudança para azeitar a aprovação da MP da estatização dos bancos quebrados, emitida por Lula: prever punição para gestores públicos que comprarem carteiras podres de bancos privados em dificuldades. Tal mudança, porém, deve enfrentar resistência da CEF e do BB. Receosos dos riscos que seus diretores e técnicos passarão a correr, os petralhas de plantão alegam que já existe fiscalização do TCU e do Ministério Público. É o governo da pouca vergonha, onde é preciso legislar 24 horas por dia sobre honestidade, transparência e decência com o dinheiro público.

U$ 50 bi para a marolinha.

Da Folha:

Após o dólar chegar a R$ 2,52 ontem, o Banco Central anunciou que está disposto a injetar até US$ 50 bilhões no mercado para conter a alta da moeda norte-americana, que vem desestabilizando empresas e a economia como um todo.Analistas criticavam o BC por não atuar mais firmemente no câmbio apesar das reservas recordes de US$ 200 bilhões. Após o anúncio de ontem, a moeda americana recuou e fechou o dia a R$ 2,305, com baixa de 3,15%. Mas apenas em outubro o dólar já subiu 21%. No ano, a alta chega a quase 30%, uma das maiores no mundo.A intervenção anunciada será por meio de contratos de "swap" cambial, papéis que equivalem a uma venda futura de dólares e que ajudam a reduzir a pressão sobre o dólar.Pouco depois da abertura dos negócios, quando a cotação do dólar se aproximava de R$ 2,55, o BC informou, por meio de um comunicado, que a medida faz parte de sua "estratégia de mitigação do impacto da crise financeira internacional sobre a economia brasileira".A medida foi recebida como um "arsenal bélico" para derrubar a cotação do dólar, hoje pressionado pela desmontagem da exposição cambial de empresas exportadoras, como Sadia e Aracruz, que apostaram na valorização do real, e pela crise global, que gera uma "corrida para segurança" que faz a moeda dos EUA subir com força em todo o mundo.Além de duas intervenções com títulos cambiais, o BC vendeu dólares à vista duas vezes pela manhã. Quando o mercado testava o patamar de R$ 2,50, o BC entrou vendendo a moeda a R$ 2,31. Logo depois, vendeu dólares a R$ 2,282."O BC mostrou a estratégia e o tamanho da munição. Havia uma dúvida se a munição estava acabando, e ele respondeu que não. US$ 50 bilhões é um volume excessivo, que pode comprimir a taxa para baixo", disse Sidnei Nehme, diretor da corretora de câmbio NGO."Com US$ 50 bilhões derruba até o Pão de Açúcar. É uma operação emergencial que oferece uma linha de crédito, mas não é oferta líquida de câmbio. Não tem influência na formação na taxa. Tanto é que só quando o BC ofereceu linha à vista que derrubou a taxa", disse Nathan Blanche, sócio da Tendências Consultoria.Quando vende um contrato de "swap" cambial, o BC se compromete a pagar aos bancos toda a variação apresentada pela cotação do dólar em um determinado período. Em troca, recebe uma taxa de juros predeterminada. Embora todos os pagamentos sejam em reais, a transação equivale a uma venda de dólares.O BC tem injetado contratos de "swap" no mercado desde o dia 6. De lá para cá, as vendas somaram US$ 16,2 bilhões, já considerando US$ 2,2 bilhões fechadas ontem.O comunicado de ontem não indica nenhuma mudança na forma (só na intensidade) de atuação do BC para tentar conter o dólar nem significa que a ação ficará limitada aos US$ 50 bilhões em contratos de "swap". A intenção foi mostrar que está disposto a agir caso considere que o câmbio esteja excessivamente distorcido pela especulação ou baixa liquidez.Além do "swap", o BC deve continuar atuando por meio da venda de dólares no mercado, o que pode ser feito de diversas maneiras. Na segunda-feira passada, por exemplo, US$ 1,6 bilhão foi emprestado a bancos sob o compromisso de que os recursos sejam repassados para exportadores na forma de linhas de financiamentos.Além disso, neste mês, até a semana passada, US$ 3,2 bilhões tinham sido vendidos diretamente no mercado de câmbio doméstico, com o objetivo de atender a parte da demanda dos investidores. Outros US$ 3,7 bilhões foram injetados por leilões casados de compra e venda de dólares. Nessas ofertas, o BC vende dólares para os bancos, que se comprometem a revender o mesmo volume de recursos de volta para o BC depois de um certo tempo.

Claramente adulador.

Kennedy Alencar, o arauto de Lula na Folha de São Paulo, saiu com esta, tentando justificar a compra de bancos quebrados pelos bancos públicos:

A medida provisória 443 tem sido chamada de MP da estatização. Mas Lula foi bem claro. Se necessário, vai usar os bancos oficiais para comprar participação acionária de empresas, sobretudo da economia real. No entanto, deseja vender tais ações na maré alta e mostrar que usou dinheiro público de forma responsável.

Notem a frase grifada em negrito. O colunista adulador poderia perguntar para o Lula por que, em vez de simplesmente comprar bancos quebrados com dinheiro público, ele não empresta dinheiro até o limite do patrimônio da empresa e dos seus proprietários, como é praxe no mercado? Não é Lula que dizia que os nossos bancos eram mais sólidos que os bancos americanos?

Ué, acordaram?

NOTA À IMPRENSA

O PSDB e o PPS repudiam a declaração do presidente Lula em relação à responsabilidade da oposição diante da crise.Trata-se de uma declaração que não se coaduna com a responsabilidade de um presidente da República. Nunca torcemos por crises, muito menos crises profundas.No passado, quando eram oposição, o presidente Lula e seu partido apostaram várias vezes no quanto pior melhor. Não é o nosso caso.Desejamos que o presidente e seu governo trabalhem sério e condenamos, sim, abordagens equivocadas sobre a extensão da crise, assim como afirmações demagógicas sobre problemas graves e complexos.Medidas estruturantes serão apoiadas sempre que fizerem sentido para o interesse nacional.O presidente deve parar de escamotear suas responsabilidades e tratar com seriedade os problemas que se apresentam, uma vez que a crise internacional ainda pode trazer sérias conseqüências para a economia brasileira, já no presente e para os próximos anos.

Deputado Roberto Freire
Presidente nacional do PPS

Sérgio Guerra
Presidente nacional do PSDB

Brasília, 23 outubro 2008

Descanse em paz.

Lula apareceu na propaganda da Maria do Terço (só um terço dos votos) em Porto Alegre, quebrando a isenção e afrontando diretamente o PMDB de José Fogaça. Pregou o último prego no caixão da Maria do Terço (só um terço dos votos), pois em Porto Alegre existe uma lei tácita: PT nunca mais. Leia aqui. Tchau, Maria do Terço.

FHC chama Lula de enganador.

No próximo sábado, circula a revista Época com uma entrevista com FHC em que ele afirma, sobre Lula: "Está dando capital de giro pras empresas e dando dinheiro para os bancos, para os bancos financiarem as empresas que fizeram apostas equivocadas, inclusive as que especularam". Leia aqui.

Aécio grudou em Lula.

Hoje os jornais estampam Aécio Neves(PMDB), governador de Minas Gerais, grudado em Lula, dando uma notícia a cada cinco minutos. Estratégia de última hora para consolidar a eleição do candidato tucopetralha de Belo Horizonte. By Duda Mendonça, aquele mesmo mensaleiro que confessou, em rede nacional, que recebeu dinheiro de caixa dois para a campanha de Lula em 2002.

Pelego forever.

Hoje, Lula prometeu que vai botar o dinheiro do Banco do Brasil a ajudar as financeiras do setor automotivo. Leia aqui.

De novo.

Sobre punir mensaleiros, maleteiros, cuequeiros e outros aloprados do seu PT, o partido mais corrupto do Brasil, segundo pesquisa da Fundação Perseu Abramo, o ministro Tarso Genro não se manifesta. Para revirar o passado, com o objetivo de encher os bolsos destes mesmos corruptos com gordas indenizações e pensões, ele está sempre pronto. Leia aqui.

Estrangeiros saem da bolsa brasileira.

Os investimentos estrangeiros no mercado financeiro já registram saldo negativo de mais de US$ 5 bilhões em outubro, segundo dados preliminares divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira, 23. A isenção de IOF é uma tentativa de estancar a sangria. Os investimentos em ações tiveram uma saída de US$ 4,398 bilhões. Já os investimentos em renda fixa de papéis negociados no Brasil, em outubro, acumulam saída de US$ 842 milhões, ante saldo positivo de US$ 632 milhões registrado em setembro.

Agenda.

Segundo o Palácio do Planalto, hoje, às 11:30, o Sheik de Garanhuns, Lullah Primeiro, futuro membro da OPEP, futuro membro do Conselho de Segurança da ONU, oh, futuro dos futuros, recebe Abdullah Segundo, Rei da Jordânia, para almoço.

Quebradeira à vista.

É das empresas exportadoras, jóia da coroa do reinado de Lula, o Imbecil, que vem a péssima notícia. Com o dólar chegando a U$ 2,38, como ontem, criam-se dívidas impagáveis nos maiores exportadores do país que, na sua maioria, estavam com altas aplicações nos derivativos vinculados ao câmbio. Não é só Sadia (ou doente, depois da desvalorização do real). A maioria das empresas está com o mesmo problema. E se as empresas falem e não pagam, o prejuízo é do banco. Por isso, a correria para fazer o "PROER do Lula" na calada da noite quando, um dia antes, ministro da Fazenda e presidente do Banco Central estiveram do Senado e não falaram absolutamente nada a respeito do tema. Leia mais aqui.

Marolinha vira PROER do Lula.

Da Folha:

Ainda que montantes e beneficiários sejam -espera-se- menores, o governo brasileiro criou uma modalidade de socorro a bancos menos transparente que o antigo Proer e potencialmente mais estatizante que os programas recém-lançados nos EUA e na Europa.Com o uso de dinheiro do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, o governo se autoconcedeu poderes para reerguer ou assumir um banco quebrado sem revelar quanto gastou, por que gastou, como gastou ou até com quem gastou, por emergência financeira, por estratégia empresarial, por conveniência política ou por convicção ideológica.O mesmo pode ser feito com qualquer outro tipo de instituição financeira ou, no caso da CEF, qualquer tipo de empresa. E -por que não?- também com bancos e com empresas em perfeitas condições.Como não se trata de recursos da arrecadação de impostos, o negócio não aparecerá no serviço de acompanhamento das despesas federais. Como tampouco é uma emissão de moeda ou de títulos do governo, não constará das estatísticas mensais da política monetária ou da dívida pública.Em bom português, será empregado o dinheiro dos correntistas, poupadores e demais depositantes dos principais bancos federais. Como em vários outros momentos da história das duas instituições, a conta chegará aos contribuintes do país se as operações contribuírem para a acumulação de perdas que reduzirão os dividendos pagos ao Tesouro.O BB, com ações em Bolsa, terá de informar ao mercado as compras de participação ou controle acionário que julgue relevantes, da forma que achar conveniente. A Caixa, nem isso. No máximo, as transações estarão mencionadas, total ou parcialmente, em balanços semestrais ou relatórios anuais.Lançado em 95, o Proer mereceu críticas pela opacidade de informações, mas, ao menos, os bancos resgatados passavam por intervenções formais do BC, o que exigia divulgação instantânea de nome da instituição, além do bloqueio de bens de todos os dirigentes, listados no documento. Os valores injetados no programa eram informados regularmente.O novo programa nacional leva ao pé da letra a idéia de estatização de bancos -expressão que, no caso das megaoperações do mundo desenvolvido, não pode ser empregada sem alguma licença poético-ideológica, dado que os governos, na grande maioria das vezes, não estão assumindo o controle dos bancos socorridos.No Brasil, permite-se ampliar de fato a lista de estatais federais do setor financeiro, que já conta com nada menos de 25 instituições. Ou 26, já contando com o novo banco de investimentos da Caixa.

Enquanto isso, no Clube...

Do Painel da Folha:

Ao visitar na segunda-feira o Clube Militar, Fernando Gabeira foi recebido pelo general Gilberto Figueiredo, presidente da entidade, e pelo major-brigadeiro Altevo Volotão. O ex-guerrilheiro, hoje candidato a prefeito do Rio de Janeiro, posou para fotos e ganhou o apoio dos presentes, mas, na despedida, tomou um susto.-Deputado, quero avisar que não voto no senhor de jeito nenhum!-, proclamou o general.Gabeira imaginou que se tratasse de algum ressentimento do passado e já preparava uma argumentação em sua defesa quando Figueiredo completou:-É que eu sou eleitor em Petrópolis...

PT no Bancoop dos réus.

A bancada do PSDB na Assembléia Legislativa de São Paulo protocolou pedido de CPI para investigar as irregularidades levantadas pelo Ministério Público de São Paulo na Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários). O documento foi protocolado pelo líder do PSDB na Casa, deputado Samuel Moreira, com a assinatura de 35 parlamentares --duas a mais do que o mínimo necessário para solicitar a investigação. É o maior escândalo dos petralhas, equivalente a dezenas de mensalões, até o número 1 se beneficiou. Leia mais aqui e clique no google para conhecer o assunto. Postem links nos comentários para orientar leituras.

Acões dos bancos fazem Bovespa desabar.

É o primeiro resultado da Medida Provisória que autoriza bancos oficiais comprarem bancos privados. A Bovespa está caindo quase 10% neste momento, puxada pelas ações de instituições financeiras. Leia mais aqui.